Vanessa @LarLiterario 03/05/2021Amber Hewerdine precisou assumir a guarda das duas filhas da sua melhor amiga Sharon, após a mesma ter morrido num incêndio. Desde então, sua vida não é mais a mesma. Sofrendo de insônia, ela vai a procura de uma hipnoterapeuta para ver se melhora sua situação.
Apesar de ter ido atrás da hipnoterapia, Amber estava muito resistente com a maneira com Ginny, a terapeuta, estava conduzindo a seção. Quando ela enfim decide cooperar, algo estranho acontece, Ginny pede que ela fale uma lembrança e Amber fala a frase: Gentil, cruel e meio que cruel. Nessa ordem.
As palavras eu Amber havia falado, eram de extrema importância para um caso que o marido estava trabalhando. As palavras foram encontradas em uma folha de papel na cena de um crime que matou uma professora chamada Katherine Allen. Mas Amber não faz a menor ideia de onde viu essa palavras e não faz ideia do que significa. É aí que começa o mistério.
Como eu havia dito, o livro faz parte de uma série chamada “Spilling” e esse é o 7° livro. A única ligação entre os livros são os detetives Charlie Zailer e Simon Waterhouse. Ou seja, a história principal é independente. Existe sim, uma trama paralela sobre os detetives, mas não influencia na trama principal.
Eu achei simplesmente genial a maneira como Sophie Hannah brinca com o psicológico da personagem e consequentemente com o do leitor. Há muito da psicanalise nesse livro e eu como acadêmica de psicologia fiquei fascinada. A maneira como Hannah aborda transtorno de personalidade narcisista e pais abusivos é incrível. Além de ela deixar várias pistas que nos faz refletir sobre o caráter do ser humano.
Chega um determinado momento do livro que tudo leva a uma única pessoa, o que nos faz continuar curiosos é sobre o motivo que levou ela a fazer tudo que fez. Preciso frisar que os policiais e detetives aqui são extremamente incompetentes a ponto de uma pessoa de fora, que não tem formação nenhuma matar a charada. Enfim, o final não foi surpreendente de deixar o queixo caído mas, com certeza, foi bem construído.
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