Drácula, Meu Amor

Drácula, Meu Amor Syrie James




Resenhas - Drácula, Meu Amor


7 encontrados | exibindo 1 a 7


Queria Estar Lendo 25/07/2018

Resenha: Drácula, Meu Amor
Drácula, meu amor, da autora Syrie James, dá uma visão mais ampla sobre a grandiosa história clássica tão conhecida. Publicado aqui pela Editora Record - que cedeu o exemplar para esta resenha - a obra reconta o grandioso romance através dos diários de Mina Harker.

Como já diz a premissa, a trama acompanha os relatos de Mina Harker durante os acontecimentos do famoso Drácula de Bram Stoker. Através dos olhos da protagonista, temos uma visão mais humana a respeito da caçada ao monstro imortal e o romance que divide o coração de Mina entre dois homens: o próprio conde Drácula e Jonathan, parceiro e companheiro da personagem por toda uma vida.

Esse foi o pior resumo que alguém já fez de Drácula em toda a história da humanidade. Peço perdão.

"Que tipo de homem ia visitar, pensou, do qual todos pareciam ter medo?"

Mas a trama é basicamente isso; temos todos os elementos do clássico, toda a trama de caçada ao Drácula, a participação dos personagens famosos construídos dentro da narrativa de Bram Stoker, mas tudo isso pelos olhos da personagem feminina. Syrie fez um bom trabalho ao dar voz para Mina, uma vez que tínhamos essa figura imaculada e intocável escrita pelo autor e, aqui, vemos uma mulher mais humanizada e emocional e menos perfeita.

Mina não foi fácil de acompanhar, que fique bem claro. Por vezes me vi irritada com as discrepâncias e indecisões e posturas pouco coerentes com as decisões anteriores. Mas, dentro do cenário, da época e da contextualização, é crível que ela se porte da maneira que se portou na maioria das situações. Afinal de contas, ainda era um período em que mulheres não tinham voz, não faziam mais do que servir ao marido e obedecer às suas crenças e situações impostas pela sociedade. E Mina era uma figura à frente de seu tempo.

"Estaríamos todos interpretando esse homem erroneamente? Não era o que se poderia considerar totalmente bom, mas talvez não fosse totalmente mau."

Eu gostei muito dos momentos em que ela se deixou questionar. Quando virava as costas para o "certo" dito por todos e seguia o que seu coração mandava; Mina encontrou em Drácula muito da sua liberdade, ainda que ela envolvesse muita escuridão e perigos. Drácula não é um par perfeito e definitivamente não é um homem (monstro?) pra se idealizar como romance arrebatador, mas eu gostei de como ele foi construído. Muito mais civilizado e sensato do que os outros homens com quem Mina convivia.

"- É possível aprender praticamente tudo, pelo que sei, com um misto de aptidão e toda a eternidade para se dedicar."

Por ter visto tanto do mundo e da humanidade, Drácula é uma figura sábia, carregado em perspicácia e até mesmo de um humorzinho sarcástico que foi gostoso de ler. A instabilidade relacionada ao seu lado monstruoso e amaldiçoado era abordada abertamente. Um pouco romantizada em alguns momentos, mas, num geral, bem apresentada. Não havia aquela sensação de "é possível amá-lo em todos os momentos, até nos mais perigosos", mas sim de simpatizar com ele quando era equalitário e aberto com a Mina, e temê-lo quando mostrava seu lado vampiresco.

Em relação ao romance, fãs do clássico com certeza vão se esbaldar com essa obra. Ela dá mais destaque ao coração de Mina e dos seus dois amores do que o original; dá espaço para que a incerteza e as escolhas da protagonista sejam verdadeiros desafios para ela nessa sua jornada.

Os personagens secundários foram bem trabalhados. Embustes machistas? Sim. Mas não é culpa do livro que os homens existam e sejam uns pés no saco, ainda mais naquela época.

Jonathan foi um dos que eu mais quis estrangular durante o passar das páginas. Apesar de ter seus momentos doces e de mostrar o quanto era dedicado e apaixonado pela Mina, odiei a misoginia óbvia e aquela necessidade de se provar o macho alfa da situação. Coerente com o período? Sim, mas não exclui o fato de ser um embuste. Se o Drácula, com seus 295729723 anos de idade, conseguia olhar para a Mina com igualdade e criticar o que a sociedade impunha para as mulheres, outros podiam fazer o mesmo.

Van Helsing foi interessante ao mesmo tempo em que era um panaca. Toda a pose de "sei o que estou fazendo, não precisa falar nada" era de revirar os olhos. Isso porque em todas as vezes que aceitou ouvir as sugestões da Mina, as coisas funcionaram. Quando seguia o próprio plano só fazia besteira. Por que será?

A questão da imortalidade e da maldição do Drácula, a caçada de Van Helsing ao monstro e mesmo a história do conde antes de se tornar o vampiro desenvolvem bons momentos dentro da narrativa. A obra equilibra tensão e investigações ao crescimento da sua protagonista; da garota assustada para a mulher disposta a tudo para salvar os dois homens para os quais entregou seu coração.

A edição da Record está muito bonita e bem feita. Tradução e revisão impecáveis, diagramação agradável e uma capa interessante para compor o conjunto da obra.

Drácula, meu amor é um complemento digno ao original. Syrie conseguiu equilibrar o lado romântico ao suspense e ao sobrenatural, e entregou uma bela história sobre o monstro e o homem através dos olhos da mulher que o amou.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2018/07/resenha-dracula-meu-amor.html
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Daniela.Pepes 11/05/2020

NAO SEI PQ LI
Não sei pq li, não sei pq comprei e por mim, esse livro nem existiria..só isso mesmo.
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Eliza.Obryen 19/08/2023

Drácula, meu amor
Drácula, meu amor é um complemento digno ao original. Syrie conseguiu equilibrar o lado romântico ao suspense e ao sobrenatural, e entregou uma bela história sobre o monstro e o homem através dos olhos da mulher que o amou. Como fã de Drácula de Bram Stoker não poderia deixar de ler Drácula, meu amor.
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Bruna.Tuma 13/08/2018

Drácula, Meu Amor
Drácula, Meu Amor | Syrie James

Mina Murray é uma mulher inteligente, forte e a frente de seu tempo. Após sair do orfanato em que foi criada, onde conheceu seu grande amigo e noivo Jonathan Harker, estudou para tornar-se professora, e, justamente nesse escola, conheceu sua melhor amiga Lucy Westenra. As duas, noivas, decidiram passar as últimas férias juntas e solteiras em Whitby, uma cidade portuária com vários encantos. O que Mina não sabia, é que o maior encanto de Whitby viria a ser o alto, magro e chocantemente belo Sr. Wagner. Conheceram-se por acaso, mas a cada encontro, parecendo ser elaborados pelo próprio destino, os dois encontravam mais coisas em comum e apreciavam cada vez mais a companhia um do outro. Mina, porém, sempre sente-se muito culpada após cada um dos encontros, pensando em Jonathan e preocupada com sua falta de notícias. Finalmente, quando Mina recebe uma carta revelando o paradeiro e a situação de seu noivo, que havia acabado de voltar de uma negociação com um velho e rico Conde chamado Drácula, ela precisa partir de Whitby para ir a seu amparo. Com o coração partido tanto pela situação do seu tão esperado reencontro com seu amado noivo e seu inevitável adeus ao Sr. Wagner, Mina está decidida a fazer de tudo para passar o resto da vida com Jonathan e ser uma esposa e mãe exemplar, além de saber de que as chances de encontrar o Sr. Wagner novamente são muito improváveis.

Domínio público é uma coisa fantástica, meus amigos. A obra original de Bram Stoker é certamente insubstituível, mas esse não é o objetivo desses maravilhosos autores que conseguem pegar o enredo e os personagens deles e incorporar seus próprios elementos e reviravoltas. Drácula, Meu Amor é uma recontagem justamente para aqueles que são fãs do original de Stoker, mas que imaginam como seria a obra com uma pitada mais romântica e se teria acontecido algo “a mais” entre Mina e o Conde.
Syrie James possui uma escrita bastante detalhada, mas que não é cansativa. Apesar de alguns diálogos curtos e “secos”, não chega a interferir negativamente na leitura. Ela possui uma capacidade de ambientar a história muito bem, atenta à inúmeros detalhes da época que só pode ser devido a já ter escrito outros romances nesse mesmo cenário. É uma leitura que realmente vicia, e fazer a história toda ser no ponto de vista exclusivo de Mina nos faz sentir o que ela sente, e pensar o que ela pensa. Passamos a ver o Conde Drácula de diversas maneiras ao longo da leitura, acreditando nele, desacreditando nele, entendendo ele, desconfiando dele. É uma aventura magnífica pela qual James consegue nos guiar.
A Mina de James permaneceu fiel à Mina de Stoker, mas com uma história própria mais detalhada e características mais marcantes. É gratificante ver Mina se encontrar e descobrir mais sobre si mesma e seu passado, mas ela não é a única personagem que revemos na obra. Encontramos novamente os bravos homens de Stoker: Jonathan Harker, Dr. John Seward, Quincey Morris, Arthur Holmwood, Renfield, Lucy Westenra e logicamente não poderia faltar o querido Dr. Van Helsing.
Van Helsing tem um destaque especial na obra de James e, assim como Drácula, a opinião de Mina (e portanto a sua) sobre ele muda algumas vezes ao longo da obra. De qualquer forma, é um dos personagens mais interessantes do livro, goste dele ou não. James certamente conseguiu dar seus próprio toque especial à Van Helsing em Drácula, Meu Amor.
Mas, a estrela do livro é certamente o próprio Conde. Você acaba criando tantas suposições em relação a ele que isso acaba impulsionando a leitura, pois fica sedento de vontade de saber a verdadeira história por trás do antigo vampiro. E, vou dizer, não é à toa que Mina sente-se dividida entre Jonathan e Drácula.
Em suma, Syrie James tenha talvez conseguido fazer a melhor recontagem do clássico Drácula em formato de leitura. É um livro que prende o leitor do início ao fim, ao menos foi assim comigo. Não há, na totalidade da obra, um capítulo sequer que tenha sido chato. Não há um diálogo desnecessário e nenhuma cena tediosa. Inclusive, é um livro que me agradou tanto que temo ficar de ressaca literária, e já tenho vontade de reler. James conseguiu fazer um final que mexe completamente com as emoções do leitor (eu fiquei louca) e, ao mesmo tempo, está aberto a certa interpretação de cada um, possivelmente a melhor forma de terminar essa obra depois de tanta expectativa que o leitor cria para ter o final que deseja.
Não há a menor sombra de dúvida, Drácula, Meu Amor precisa ser lido por todos os amantes românticos de Drácula, e até para os que não conhecem o clássico, pois pode ser exatamente a alavanca necessária para fazê-los se interessarem. É uma mistura prazerosa entre o clássico, o sobrenatural e o romance de época.

5/5
Frase favorita: “Você é tudo o que eu quero. Não a desejo por um dia, ou por uma década, ou por uma vida inteira. Quero estar com você para sempre. Mas quero-a livre; se não for assim, não a quero.”


site: https://www.instagram.com/osuwariliterario/
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Fu Isabel 06/06/2021

Leitura obrigatória...
O que eu, que nesse momento me encontro em prantos, poderia falar dessa verdadeira obra de arte?
Começei o livro esperando um romance entre o suposto "vilão" e a "mocinha" da história mas, incrivelmente, eu me deparei com uma obra dignamente espetacular.
Esse livro lhe carrega para dentro dele, para dentro dos pensamentos da Mina. Você se envolve, e quer que algo, que para alguns é errado, aconteça e muito pois, você se pega apaixonada pelas opiniões, pelo jeito, pela forma magnífica que a autora descreve o Drácula.
Drácula não é descrito como um personagem "fraco" ou que esconde o quanto é poderoso e forte para a mocinha não se assustar, pelo contrário, a Mina sabia exatamente o quanto ele era poderoso e mesmo assim não se deixou abater.
A Mina é uma moça que é muito inteligente, e autossuficiente. Ela é a definição de uma mulher que, com certeza, revolucionou muitas coisas em sua época. (Ela é maravilhosa)
A forma da escrita é algo que realmente é cativante pois, a forma como a Mina descreve as coisas e suas profundidades é lindo, interessante e nada cansativo de se ler.
O final me pegou em cheio com uma estaca de madeira bem no meu coração, e está sangrando até agora. Eu simplesmente não tenho palavras para descrever o quanto eu amei e amo esse livro. Por mais que o final tenha me pegado de surpresa, e não uma boa, foi um final digno tanto para a Mina, uma humana, quanto para o Drácula, um vampiro.
De forma alguma eu poderia deixa de enfatizar a forma ESPETACULAR que a autora fez para tapar vários e vários furos do livro original de Bram Stoker, falo com convicção pois já li o original. Esse fato me marcou e me impressionou de uma forma magnífica, além de ter feito com que eu me apaixonasse ainda mais na história.
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Franciele 27/05/2018

Como fã de Drácula de Bram Stoker não poderia deixar de ler Drácula, Meu Amor...
A historia está mais apaixonante, adorei o modo que Mina escreveu seu diário depois de todo ocorrido, as lacunas que Bram Stoker deixou no seu livro foram devidamente preenchidas, mostrando a Mina dividida entre Jonatan e Nicolae (Drácula).
Syrie James teve o cuidado de falar da origem do Drácula, o ponto de vista dele em relação aos delírios que Jonatan teve em seu castelo, e a morte de Lucy. Mostrando que o terrível demônio é só uma vitima de todo o folclore, na verdade sendo ele perdidamente apaixonado pela Mina na qual queria uma companhia para eternidade dividindo a literatura, música e toda a arte e cultura possível.
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Maria 04/02/2023

Incrível!!
Esse livro foi um dos melhores que eu já li em toda a minha vida. Um romance super desenvolvido, apesar que não teve um final nada agradável, me apeguei muito com o Drácula (não vou negar, é o homem dos meus sonhos) mas enfim, tô apaixonada nesse conto, espero que mais gente possa ler esse maravilhoso Romance.????
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