Aquarelas do Brasil

Aquarelas do Brasil Flávio Moreira Da Costa




Resenhas -


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Stella F.. 06/11/2018

Música como pano de fundo!
O livro de contos “Aquarelas do Brasil”, organizado por Flávio Moreira da Costa tem como proposta o fundo musical como pano de fundo da vida cotidiana. Bem organizado, alcançou com louvor a proposta sugerida.
Os contos têm uma mescla de autores clássicos, autores mais do início do século XX e autores mais contemporâneos.
Tenho uma certa dificuldade em ler contos por serem histórias mais estanques que o romance.
O pano de fundo musical foi mudando de acordo com a época que o conto foi publicado.
Na primeira parte os três primeiros contos são de Machado de Assis, um mestre. Fala da música “nobre” e não “nobre” e da vontade dos personagens tornarem-se músicos famosos através da música erudita. Mas o que acontecia é que muitas vezes só conseguiam produzir música popular ou ter talento para tocar um instrumento da moda que muitas vezes era mal visto.
Surgem ciúmes por causa de uma polca, uma cantada com a ajuda de um violão ou mesmo a tentativa de encontrar um marido através do talento para o piano.
Na segunda parte os contos nos levam ao interior e nos falam do tocador de bombo que tem vergonha de saber tocá-lo tão bem, vamos a grandes festas e ao famoso São João.
Na terceira parte vamos vendo a evolução da música de Carnaval e os diferentes tipos de grupos que se reuniam para comemorar essa data tão importante, principalmente para os cariocas. Primeiro vem o entrudo, com batalhas de limão em um Rio de Janeiro da época de Pereira Passos. Depois surgem os corsos e os cordões, já como uma competição entre diferentes grupos, uma prévia das Escolas de Samba. Nessa parte, Olavo
Bilac nos traz o que para ele seria uma tradução do Carnavalesco.
E surge então o Carnaval na quarta parte. Vemos o desalento de um antigo sambista que em uma noite perde a batalha de escolha do samba e o quanto isso afeta completamente sua vida.
Na quinta parte os assuntos vão ser vários incluindo compositores importantes como Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga e por último nos falta de João Gilberto e o surgimento da bossa nova.
Os contos perpassam toda a influência da música em nossas vidas.
Alguns contos foram para mim estranhos e outros muito prazerosos. Gostei dos contos de Machado de Assis, Lima Barreto, Arthur Azevedo, Raul Pompéia, Olavo Bilac e do último conto, fechando o livro, de Sérgio Sant’Anna. Achei interessante, mas um pouco extenso.
No geral o livro, que ganhei de presente, me agradou bastante!

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Jaque 27/05/2020

Os contos brasileiros costumam ser excelentes e este livro reúne uma variedade que agrada qualquer fã de literatura. São histórias de autores consagrados que mostram a importância e diversidade da música brasileira. Ótima leitura!
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