Nihil

Nihil Carolina Mancini




Resenhas - Nihil


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Vítor de Lerbo 15/08/2022

Um poema de horror
Terror e poesia podem andar juntos, e Nihil é uma bela prova. Numa narrativa com tanto lirismo quanto suspense, com tanta beleza quanto peso nas palavras, a autora apresenta uma distopia vista pelos olhos dos próprios sobreviventes, em diversos tipos de relatos. E, a todo instante, uma questão é latente: sobreviver é o suficiente?
O livro é curtinho, o que não tira em nada sua profundidade. Diversos temas densos são abordados com leveza, como a sanidade, o medo e a esperança. Vale destacar, também, o projeto gráfico que torna o livro físico uma obra de arte, com ilustrações que enriquecem ainda mais a trama.
Lançado antes da pandemia, Nihil é, de alguma forma, profético. O enclausuramento forçado, o distanciamento das pessoas que se ama, o medo do contágio, a desinformação propagada como verdade. E as dúvidas. O questionamento e a curiosidade nos fazem evoluir como espécie; por vezes, são, também, nossa derrocada.
Como toda boa distopia, Nihil causa medo porque apresenta uma realidade palpável, perfeitamente imaginável. Uma frase célebre me acompanhou durante toda a leitura: “o inferno está vazio e todos os demônios estão aqui”. E, novamente, o que mais assusta é o quão tangível é a ideia de uma sociedade em que o que manda é a necessidade por sobrevivência, seja qual for o preço.
A arte tem inúmeros atrativos. Um dos que mais aprecio é sua capacidade de nos tornar, simultaneamente, mais contemplativos quanto às belezas da vida e mais ativos para aproveitá-las. Cada relato em Nihil é um lembrete disso.
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Mii 14/09/2021

Amei
Nihil é uma história super interessante que fala sobre o medo. Em um mundo onde a nevoa além de cegar mata, nos é dado pequenas narrativas que nos permitem entender e conhecer esse mundo caótico.
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@autorajessicadias 01/08/2021

Essa é a palavra que resume o livro: profundo, tudo é muito profundo. Você afunda no cenário, nos sentimentos e na vontade da descoberta. Me flagrei tentando engolir meu próprio medo enquanto passava as páginas.
Parabéns à autora pela escrita elegante e envolvente, que pairou como uma névoa em minha cabeça. Obrigada por essa obra maravilhosa!
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Thainá - @osonharliterario 21/04/2021

Uma névoa devastadora e um isolamento desumano
O mundo foi devastado por uma misteriosa e mortal névoa; bombas caíram do céu. As pessoas, ao menos as que sobreviveram ao terror de uma morte angustiante e repentina ao serem tocadas pela neblina, foram obrigadas a se trancarem em suas casas, lacrarem suas janelas e viverem em uma quarentena eterna. Pelo menos até a sanidade e a comida aguentarem ou até alguém chegar para salvá-los.

Nihil contém diversos relatos desses sobreviventes, onde podemos conhecer suas dores, seus sofrimentos e suas relações com a morte que espreita logo ali, a alguns passos. Todos estando à beira da loucura, sendo inevitável a construção de uma nova vida repleta de medo, isolamento e solidão. Como sobreviver – e como querer continuar vivo – nesta situação, neste mundo?

Eu me senti presa naquele lugar, angustiada, querendo eu mesma sair dali correndo, não aguentando mais apenas sobreviver ao lado dos personagens. Cada relato é tocante, despedaça o coração e, pior ainda, traz uma similaridade gritante com o que estamos vivendo em meio a essa pandemia e quarentena que não parece ter fim. Acho que esse foi o ponto que mais me assustou no livro e que mais me deixou aflita a todo momento.

A escrita da Carolina também é excelente. Poética, intensa e com seus diferenciais certeiros em cada narração, ela faz com que o leitor veja beleza naquilo que é mais grotesco, que traz mais aflição e que mais assusta. É uma sensação incrivelmente agridoce.

Para quem gosta de terror – e de sentir aquele arrepio na espinha -, eu super recomendo a leitura.

Resenha completa no blog Sonhando Através de Palavras.

site: https://sonhandoatravesdepalavras.com.br/2021/04/21/resenha-nihil-carolina-mancini/
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Gárgula 31/03/2021

Nihil, de Carolina Mancini
Apenas leiam este livro!
Porque não li antes o livro Nihil, de Carolina Mancini? É a pergunta que me faço agora, depois de terminar o livro e perceber o quanto essa leitura me impactou.

Minha versão eu li no formato de ebook, que peguei na Amazon porém você agora tem a chance de ter o livro físico que está com a campanha de financiamento coletivo aberta no Catarse (clique aqui e apoie). O livro é o vencedor do prêmio Narrativa de Horror Longa do evento Odisseia de Literatura Fantástica, de 2019. O livro ainda terá o posfácio de Cid Vale Ferreira, o que agrega ainda mais na obra.

Uma névoa que a tudo encobre
A autora nos joga em um mundo destruído e coberto por uma névoa estranha. O confinamento dos sobreviventes, desprovidos de tudo o que você pode imaginar, leva-os à mais imperativa loucura. Forçados a conviver consigo mesmo, aqueles que permanecem vivos relembram suas vidas e, na maioria dos casos, seus próprios erros. Para muitos, a insanidade é até mesmo libertadora, mas para outros, uma maldição.

O texto de Mancini é absolutamente trágico e poético. Você achará inclusive poesias em suas páginas. Todas são belas, com uma visão lírica que permeia a obra inteira que marca o desenvolvimento das várias narrativas. Um livro ao mesmo tempo aterrador e lindo, que hoje remete certamente ao que vivemos durante este confinamento pandêmico. Podemos traçar paralelos, visto que a neblina maldita da ignorância já nos cobre, além de a cada dia estarmos mais sós. O texto de Nihil talvez tenha nuances proféticas e essa reflexão é uma das que marcam a leitura.

A obra de Mancini me traz a lembrança não apenas do conto O Nevoeiro de Stephen King, assim como de livros onde eventos desconhecidos quebram a fina camada de civilização que existia. Textos assim são excelentes, certamente por nos permitir repensar o olhar que temos sobre o mundo. Sem dúvida alguma, ao terminar a narrativa de Nihil, você terá uma experiência muito similar.

Considerações finais
Em resumo, não deixe de ler Nihil, de Carolina Mancini, sabendo de antemão que na primeira página você precisa deixar sua esperança de fora. Talvez ela tenha traçado um novo caminho ao inferno, diferente do de Dante. Entretanto, para saber se isso é verdade ou não, você terá de ler esta obra.

Um livro que traz gatilhos para aqueles que estão sensíveis, principalmente em razão do confinamento, mas corajoso pelo retrato que desnuda sobre o autoconhecimento. O trabalho de Carolina Mancini é belo e assustador. Talvez seja um dos mais fiéis retratos de nossas almas, o qual nós nos recusamos a ver.

O livro está em financiamento coletivo no Catarse e você precisa apoiá-lo antes que a estranha névoa chegue até você!

Boa leitura!

Resenha publicada no blog Canto do Gárgula

site: https://cantodogargula.com.br/2021/03/23/nihil-de-carolina-mancini/
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Anny Ways 12/02/2021

Tenso
Como definir essa leitura? Nihil foi uma viagem, principalmente no momento em que vivemos (isolamento, pandemia).
Achei um livro muito interessante, fiquei com dúvidas em alguns pontos do livros, só que isso não tira o mérito do livro.
Queria uma parte 2 para saber mais sobre o destino dos personagens, para desvendar mais esse mistério.
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Duda 10/10/2020

É bom, mas não faz meu estilo
Acho que por não estar acostumado com poesia e estar esperando algo contrário ao que a história entrega, acabei não curtindo tanto quanto queria. É uma leitura rápida, mas confusa. Me senti muito lerda em certas partes por não entender referência ou reflexões que o livro queria passar.
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Guinho 07/10/2020

UMA OBRA DE ARTE EM FORMA DE SUSPENSE! 👏👏👏👏
Após finalizar a leitura de Nihil, veio a imagem de um quadro na minha mente, daqueles bem surrealistas que só uma visão artística para decifrar a mensagem que a pintor passou. Então, se você tem uma visão técnica, ou seja, está acostumado a histórias padronizadas: bem detalhadas descrições de personagens e cenário, vai estranhar este livro. Nihil tem uma trama episódica que se concentra nos acontecimentos da chegada da névoa - para mim, a "protagonista" do livro!. Entretanto, através da escrita sensível da autora, não é difícil entrar rapidamente na situação caótica que os personagens vivem e sentir a desesperança deles.
Apesar de ter traços de horror e thriller, a obra de @artesdecarolinamancini pode também adentrar no drama, no sci-fi e principalmente, na filosofia, pois sua mensagem nos faz questionar: "será que teríamos ainda nossa humanidade pela sobrevivência contra uma ameaça mortal?"
Não posso deixar de citar a diagramação linda da Editora Estronho e as belas ilustrações internas que - pasmem! - é da própria autora e ajudaram a imergir no clima narrado pelo texto. Como disse no início, Nihil não é para todo mundo. Então o recomendo para os que tem uma sensibilidade mais artística e uma mente mais fora dos padrões literários.
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Lennon.Lima 13/09/2020

Nunca coisas tão horríveis foram escritas com palavras tão belas
Sobre o livro
Um mundo onde as pessoas precisam viver encerradas dentro de casa ou em qualquer outro lugar na qual consigam evitar a entrada de um agente externo praticamente onipresente e mortífero.

O único som que os sobreviventes conseguem escutar do lado de fora é o estardalhaço dos bombardeios patrocinados, provavelmente, pelas autoridades públicas para tentar exterminar uma ameaça que talvez exista apenas na cabeça e no coração de cada um.

Poderia ser a sinopse brazuca de 2020, mas, não, é o enredo formulado pela autora Carolina Mancini, que também ilustra a arte do livro.

“Os dias e as noites estão indefiníveis, e eu os conto pelas voltas do relógio. A Ana não tem mais mamado do meu leite, e Paulo não brinca e nem ri. Miguel não consegue desviar sua atenção da nossa palidez”

O “agente externo” no caso é uma neblina devastadora e implacável que explode literalmente cabeças, além de arrancar membros. Não se sabe ao certo como essa neblina surgiu e porque provoca essas reações tão horripilantes.

O que gostei em Nihil
Horror poético
Confesso que não sei se isso já foi feito antes. É a primeira vez que vejo materializado em livro a junção de horror + poesia e nem desconfiava que tal soma era possível. Nihil me mostrou que sim. A narrativa não ocorre em forma de poema, que fique claro, apesar de ter alguns trechos que são de fato poesia pura.

Nihil tem uma poética que se impulsiona com o horror. Nunca coisas tão horríveis foram escritas com palavras tão belas. Imagine uma poetisa usando a sua arte para descrever a decrepitude, o abandono, a morte lenta e próxima, o suicídio.

Os trechos intitulados “Fúlgidos” são bem ilustrativos do estilo:

Fúlgidos

“Feito estrela, precisava expandir-se. Andou cegamente pela neblina aceitando que essa era sua nova condição. Perdeu a conta do quanto seguiu. Só teve medo quando ventou e percebeu andar em círculos. Achou que jamais sairia do lugar e, de medo, cravou os pés desesperados. Se tivesse seguido andando, talvez encontrasse algo, mas dominada pela dúvida, enraizou seu final”

As palavras cuidadosamente escolhidas se encarregam de evocar lirismo tocante na tragédia que se narra. Estilo que permite abordar e descrever cenas horríveis sem chocar em demasia e tornar possível o prosseguimento da leitura. A mensagem é transmitida, mas de forma palatável, ainda que não deixe de causar incômodo

Sensacional.

Marcante e inspirador
Durante a leitura eu me sentir inebriado pela inspiração contida nessa narração repleta de dor e graça, como se ela emanasse do livro em forma de neblina e tomasse pouco a pouco o ambiente em que estava fazendo a leitura.

Por vezes me via pensando, com a cabeça de escritor: “Que momento mágico ela devia estar passando durante a escrita. Cada linha transborda sentimento. Espero um dia passar por uma erupção dessas”.

Se você nunca se deparou com algo assim, e se você é fã do gênero, curte esse tipo de história, é uma experiência que está faltando na sua vida de leitor. Não digo que com certeza vá gostar, mas certamente vale conferir e tirar suas conclusões.

"Mamãe, claro, refutava. Ela viu minha tia enfrentar a neblina para, no instante seguinte, ter seus miolos, um olho e a correntinha de cruz grudadas no vidro da porta".

Confira a resenha completa!

site: https://cartolacultural.wordpress.com/2020/09/10/resenha-nihil-carolina-mancini/
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André 12/09/2020

Nunca pensei que um livro de terror fosse me fazer sentir esperança, mas é justamente essa a sensação final. Claro que antes disso senti angústia e desconforto, mas o fechamento do livro é bem tocante.

O livro é composto de microcontos narrando as experiências de diversas pessoas em um universo distópico. A autora trabalha isso mto bem, consegue fazer vários tipos de narrativa, em formatos variados, encarnando personagens bem diferentes e fazendo que as estórias sejam cativantes, vc se importa com os personagens, vc sente o que eles estão passando. Aliás, todo elogio à escrita da autora é merecido, escreve maravilhosamente bem, permite uma leitura fluída.

O livro vai abordando vários temas, como medo, solidão, depressão, amor, tristeza, sacrifício etc., mas, como eu disse, a nota final é positiva, falando sobre ter esperança, sobre como viver e não apenas sobreviver.

É um livro curto, dá pra ler em um dia e que tem uma carga enorme, permite uma reflexão verdadeira. Vale a pena demais ser lido.
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Cinthia.David 29/06/2020

Intenso e Intrigante
Uma realidade distópica, angustiante e caótica.
Uma espessa neblina domina o mundo, a névoa é o elemento predominante nesta obra. Quem tenta sair de casa ou não volta, ou volta sem partes do corpo e dentro de suas casas, as pessoas viam a comida acabar dia após dia e suas vidas serem transformadas brutalmente, ou seria arrancadas a palavra certa?
Os relatos dos sobreviventes são apresentados de diversas formas diferentes e esse é o ponto forte da obra. Cartas, relatórios, poemas, conversas dentro da própria mente, todos eles nos fazem caminhar por entre os acontecimentos e esta nova realidade.
A princípio parece apenas relatos foram de ordem, mas conforme vamos avançando nas leituras, vemos algumsa conexões interessantes entre eles. A névoa é intrigante e assustadora, e felizmente há repostas no fim da leituras, respostas estas que me deixaram bem pensativa e admirada. Gostei muito do assunto principal abordado; também achei interessante a maneira como a autora construiu e deu vida aos seus sobreviventes, todos eles possuem vozes distintas entre si e bem reais.
A capa e diagramação estão super caprichadas.Capa com textura aveludada, diagramação com letras diferenciadas em algumas partes,que dificultam um pouco a leitura, mas atribuem mais realidade aos relatos.Ilustrações diferenciadas, poéticas e bonitas
Confesso que a leitura foi desafiadora, pois não estou acostumada com a forma como a autora apresenta a história, para quem é acostumada com prosa, o estilo roteiro é bem desafiador. Por vezes me peguei tentando adivinhar quem falava ou como e onde os personagens estavam, no começo da leitura isso me causou muita confusão, mas aos poucos eu fui me libertando de certas amarras.

Espero que mais pessoas possam se aventurar pela névoa.
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Aelita Lear 29/06/2020

Intenso e horripilante.
Chega até ser difícil escrever uma resenha para esse livro. Eu poderia resumir em apenas uma palavra: LEIA! É um terror e uma distopia de arrepiar, muito intenso e bem escrito, você fica submerso neste livro.
Já fazia um tempo que eu rodeava esse livro, mas ainda bem que não li antes e nem depois. Li durante essa fase terrível que estamos passando, e fiquei ainda mais absorta nele por causa disso.
A leitura é muito fluída e rápida, mas é aquele tipo de livro que vai me acompanhar por muito tempo, tamanho o horror dos seus acontecimentos. Embora o fim fique bem aberto e inúmeras questões fiquem inexplicáveis, eu amei ele demais justamente por causa disso.
É de cair o queixo. Leiam essa obra prima.
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Luíza 06/05/2020

Diferente
O livro me prendeu desde o início, não conseguia largar porque queria saber mais e ele é super curto então dá pra ler tudo de uma vez. Gostei muito da escrita da autora e da maneira que ela conduz a história. Ficaram coisas que eu não entendi direito mas nesse caso isso não me incomodou, acho que o objetivo do livro não era deixar tudo explicado mesmo. Não li muitos livros na vida mas achei diferente de todos que já li e gostei bastante.

Tô querendo ler mais livros nacionais e esse com certeza foi uma boa escolha.
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