Necropolítica

Necropolítica Achille Mbembe




Resenhas - NECROPOLITICA


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rfalessandra 24/10/2022

Um texto muito profundo e que proporciona muito aprendizado. O autor Achille Mbembe faz uma magnífica análise de como o poder de decidir quem DEVE morrer, quem PODE viver e quem está ESPOSTO à morte molda a busca por soberania.

Também é feita uma análise dos métodos para matar em diversas situações históricas como escravidão, apartheid, regime nazista, campos de concentração, colonização entre outros.

Enfim, já estou pensando em coloca-lo como meta de releitura.
Ramalho1 15/02/2023minha estante
É minha meta de releitura ?


rfalessandra 16/02/2023minha estante
Olha que legal ?




Larissa 15/05/2021

Necropolítica
Uma leitura absolutamente necessária para o contexto histórico-social e pandêmico vivenciado no Brasil.
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André Siqueira 20/04/2022

Tropecei em “Necropolítica” muito antes desta primeira leitura e, depois de cansar de escutar o termo e naturalizar seu significado, resolvi empreender esta leitura, e poxa, que tapa. Um ensaio curto, denso com significados que extrapolam as páginas e pingam em minha realidade cotidiana, sem mencionar a esfera política estatal.
A premissa da obra é simples: ampliar o conceito de biopoder (ou biopolítica) de Foucault - onde uma das formas de controle do estado é justamente o controle sobre o corpo do outro - através da necropolítica: um estado só é realmente soberano quando tem a capacidade de definir quem deve viver e quem deve morrer dentro de suas fronteiras.
Como muitos outros conceitos geniais, parece óbvio depois de lido. Mas não é, estranhar o familiar é prática que requer constante revisão e dúvida, evidenciar o papel do estado de decretar valor e condições à vida e a morte de seus cidadãos e debater os mecanismos através dos quais são tomadas estas decisões é fundamental, tanto do ponto de vista dos Direitos Humanos quanto da própria democracia.
Afinal o que é educação? O que é saúde? O que são direitos? O que é dinheiro público e a quem ele deve servir? O que é o mercado?O que é democracia e quais são as condições mínimas para que seja exercida?
Todas estas respostas perpassam o conceito de necropolítica, ou deveriam. Compreender a projeção de políticas públicas e privadas através da adição do mecanismo da morte, fim último e inalienável, é essencial, justamente por seu caráter impositivo.
Leitura obrigatória para qualquer análise pertinente das mortes evitáveis causadas pelo SARS-CoVid-19, pelas políticas sanitaristas indigenistas, incentivo ao desenvolvimento independente das consequências, dentre tantas outras pautas que se fazem cada dia mais urgentes.
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Luciano 24/04/2022

O autor define necropolítica como "as formas contemporâneas que subjugam a vida ao poder da morte". Na prática, não entendi muito bem o que diferencia a necropolítica da biopolítica. Talvez mereça uma releitura mais atenta da minha parte. De qualquer forma, é uma leitura que vale muito a pena.
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Heloísa 30/08/2020

Dominação econômica e cultural
Para quem não conhecia sobre o assunto, gostei da linguagem bastante acessível. É terrível ver que políticas como esterilização em massa, segregação racial, querer ter o poder sobre quem vive e quem morre fazem parte maciça da cultura humana desde a colonização das Américas. O racismo e considerar o outro inferior vinha não tanto da cor, mas da estranheza em aceitar a integração de índios e africanos à natureza de forma natural, ao contrário do homem colonizador. Talvez remanescente de tal ideia esteja a negação da importância da defesa do meio ambiente.
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Clara 11/04/2021

A Confusa Necropolitica
O livro é muito bom e um conceito importantissimo para o atual debate da política genocida, em especial a que vivemos no Brasil. Entender que os governantes podem nos matar, escolher quem matar, praticar um genocídio sem necessariamente que nos apontem uma 38. Matam, em especifico a população pobre, preta, favelada, ao deixa-los a deriva, sem acesso à saude, educação e direitos basicos, como uma casa digna e saneamento básico. Encaminham essas pessoas à mortes, condenando-as à uma finalidade ja prescrita por eles.
O conceito é essencial para reforçar a importancia da luta por direitos básicos, porque com elas, é um passo a mais de distancia da morte dessas pessoas.
Entretanto, eu esperava um livro um pouco mais direto. O livro é cheio de viagens filosóficas, o que eu realmente não estava esperando.
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Adriana Scarpin 29/04/2018

Leitura rapidíssima que adentra os meandros da necropolítica, ao contrário do que se pensa o seu auge não foi com o holocausto nazista, mas sim com a política de imperialismo colonial, nações invadidas e suas populações sentenciadas à morte em nome de uma supremacia europeia. Mbembe ainda dá o parecer que é isso que ocorre hoje na Palestina também.
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Arthur 16/11/2020

"A subjugação da vida pela morte"
Ensaio curto, mas necessário para compreender as relações de poder na contemporaneidade. Mbembe aprofunda o conceito de biopoder de Foucault - que confesso, ainda não "bebi da fonte" - para falar não apenas do controle da população, mas como as noções de poder, dominação e soberania hoje passam pela morte, ou ao menos o convívio com a sua ideia ou ela em si.
Para mim foi inevitável, ao ler esse ensaio, pensar na situação do país, em racismo e nas intervenções militares nas periferias urbanas.
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João 28/09/2021

A política da morte
Mbembe nos traz nessa obra uma temática que, além de interessantíssima, é de grande importante. Fala sobre a política da morte.

Muito inspirado nos trabalhos de Arendt, Foucault, Bataille, Bauman, Heidegger e outros. Desenvolve e elabora a ideia da necropolítica, trazendo conceitos desses autores e exemplos atuais. Além disso, presenta sua crítica a Marx, aborda a escravidão, fala sobre a colonização atual, os homens bomba e afins.

Apesar de levantar essa discussão de imensa importância, o autor não desenvolve bem os conceitos, de forma que os exemplos dados parecem um tanto quanto deslocados. De toda forma, Achille faz uma boa introdução ao assunto, vale bastante a leitura.
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Marinho 27/11/2020

Soberania é ter poder sobre a morte
No início da pandemia do coronavírus, um Brasil estarrecido via declarações de um certo presidente que demonstravam um certo desdém para com as vidas alheias. “É só uma gripezinha” foi uma das afirmações vindas do ocupante do mais alto cargo institucional do país ao passo em que as mortes diárias decorrentes do Covid-19 chegaram a bater um recorde que passava de 1600. Em meios aos discursos dos apoiadores que se difundiram no debate público, estava o argumento de que era necessário salvar a economia, que o país não poderia parar. E, quando os números deixaram claro que a parcela historicamente mais vulnerável da sociedade brasileira, a população pobre, negra e periférica, era também a mais afetada pela pandemia, não era possível deixar de pensar que estas vidas estavam sendo vistas pelo estado, como sempre foram, enquanto descartáveis. É a partir desta reflexão que podemos entender a necropolítica de Mbembe: é o Estado se reservando ao direito de escolher quem deve morrer e quem pode viver.

A filosofia moderna ocidental cunhou uma ideia de soberania democrática atrelada à razão – eurocêntrica -, no qual o papel do Estado seria de assegurar as liberdades, igualdades e direitos individuais entre os homens. Uma das perguntas fundamentais de Achile Mbembe em “Necropolítica” é: “liberdade para quem?”. Logo no início de sua argumentação, trata de criticar a (falta de) aplicação de tais preceitos na dimensão global. Quando aplicada aos povos não-europeus, tal noção de soberania se modifica, transformando-se no poder de instrumentalizar os corpos segundo o interesse do Estado. O conceito de “necropolítica” que Mbembe traz para analisar os episódios de genocídios programados e violência sistêmica é de fundamental importância para o campo das ciências humanas, do Direito às Relações Internacionais, pois é a partir de tal noção que podemos pensar as políticas de repressão históricas acometidas a, no caso brasileiro, populações indígenas e afrodescendentes.

O conceito, portanto, está intimamente ligado à ideia de racismo. Foi com base nas diferenças categóricas da identidade que os europeus legitimaram sua dominação aos demais grupos, com base na lógica dicotômica “nós x eles”. A escravidão seria uma das primeiras instâncias da necropolítica na modernidade, com o corpo submisso desprovido de autonomia, direitos e existência política, logo, desprovido de própria existência espiritual enquanto ser humano. O espaço colonizado configuraria-se como “não-espaço”, no sentido que era compartimentalizado, com diferenças sociais claras, e instituições que garantiam a hierarquia do poder com base no terrorismo de Estado. Os grupos dominantes que guiavam o Estado colonial não contavam, porém, com a capacidade dos grupos subalternizados em interagir e ressignificar os símbolos ao seu redor, em um movimento social no qual podemos caracterizar como “resistência”.

O texto de Mbembe, no entanto, não se limita a conceituar e exemplificar as aplicações materiais da necropolítica, mas tece diversas reflexões filosóficas e sociais sobre diversos episódios históricos, inclusive por viés espirituais. É de bom grado lembrar a origem camaronesa do autor, o que o faz ter visões que vão além da tradição acadêmica ocidental. Por exemplo, promove uma reflexão sobre a industrialização da morte, que passa pela guilhotina da revolução francesa – contraditória por humanizar o processo de assassinato estatal, permitindo um ato rápido e indolor, e, ao mesmo tempo, desumanizar, tornando o processo frio e estático – e que se estende ao regime nazista, expressão máxima da escala industrial da necropolítica. Outras conjunturas também são dignas de análises, como o apartheid sul-africano, a relação entre Palestina e Israel, as economias de guerra em torno de recursos naturais em estados africanos, e até mesmo uma reflexão sobre as implicações sociais dos homens-bomba.

A partir dos exemplos, é possível concluir que a soberania de controle dos corpos, ao legimitar ao Estado a violência sobre a população, permeia todos os regimes políticos, das monarquias coloniais às democracias liberais. O socialismo marxista também não escapa à lógica: segundo o autor, uma tentativa de ruptura histórica não-espontânea exigiria necessariamente violência contra os grupos opositores, coibindo um dos expoentes da pluralidade humana. Tal conclusão nos provoca a refletir sobre as possíveis saídas, ou, remetendo ainda mais para a raiz do problema, se é possível imaginar um futuro possível, no qual a existência da humanidade se sobreponha aos interesses que dão base à necropolítica. Observando a conjuntura recente, acredito ser necessário uma alta dose de imaginação política e utopia para pensarmos em tal possibilidade. No entanto, não podemos perder a utopia de vista, sob a pena de sucumbirmos de vez às instituições que enxergam nos grupos sociais mera força de trabalho, não apenas facilmente substituível como, em certos casos, intencionalmente descartável.
Ramon.Jung 04/01/2021minha estante
Parabéns, Marinho. Gostei muito da sua resenha. Muito obrigado.




Romeu Felix 23/02/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
"Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte" é um livro escrito pelo filósofo camaronês Achille Mbembe e publicado em 2018. A obra se dedica a analisar o conceito de necropolítica, que consiste no uso do poder político para controlar a vida e a morte dos indivíduos, em especial das populações consideradas indesejáveis ou descartáveis. A edição em português mais recente é de 2020, publicada pela editora N-1 Edições.

O livro é dividido em cinco capítulos. No primeiro, Mbembe apresenta o conceito de necropolítica e como ele se relaciona com o biopoder, a soberania e o estado de exceção. Ele argumenta que a necropolítica é uma forma de poder que se concentra na gestão da morte e na produção da morte em massa.

No segundo capítulo, Mbembe analisa a relação entre a necropolítica e a colonialidade, argumentando que a necropolítica é uma continuação da política colonial que se concentra na produção e gestão da morte dos povos colonizados e subalternos.

No terceiro capítulo, Mbembe discute a relação entre a necropolítica e o capitalismo, argumentando que o capitalismo globalizado produz e explora a morte de maneiras cada vez mais intensas e sofisticadas.

No quarto capítulo, Mbembe se dedica a analisar a relação entre a necropolítica e a guerra, argumentando que as guerras modernas são cada vez mais marcadas pela produção da morte em massa e pela utilização de técnicas de controle e gestão da morte.

No último capítulo, Mbembe apresenta a noção de resistência à necropolítica, argumentando que é possível resistir à produção e gestão da morte por meio de práticas de solidariedade, comunalidade e reconfiguração do poder político.

Em resumo, "Necropolítica" é uma obra fundamental para a compreensão das formas contemporâneas de poder e de violência política, especialmente no que diz respeito ao controle da vida e da morte dos indivíduos e das populações. A obra de Mbembe tem sido amplamente discutida no campo da filosofia política e da teoria crítica, e suas ideias têm inspirado movimentos de resistência e de luta por justiça social e política.
Por. Romeu Felix Menin Junior.
Gustavo Aguiar 30/04/2023minha estante
cara, arrasou! obrigado demais por compartilhar o fichamento! ajudou muito por aqui




Aline 17/01/2022

um dos melhores e mais importantes textos teoricos que ja li na minha vida, perfeito demais, sem palavras
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Lucas Viegas 21/07/2022

Necessário
O livro do filósofo camaronês Achille Mbembe é fundamental para compreender a soberania do Estado. Isso, pois, a partir de reflexão sobre o colonialismo contemporâneo, o biopoder, o necropoder e a necropolítica, o autor agrega um novo conceito ao debate contemporâneo para entender a violência do Estado, escolhendo que vive e quem morre. Um exemplo da realidade brasileira é a pandemia de COVID, a qual matou majoritariamente pretos e pobres, evidenciando a falta de políticas públicas decentes e a relação da política da morte
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Isabela 27/08/2021

Necropolitica
Novamente me sentindo incapaz de resenhar um livro pela importância e dimensão dele.
Bom, esse é um livro essencial para compreender as políticas de extermínio que vigoram em países como o Brasil (mesmo que também não tenha sido feito pensando a nossa realidade).
Mbembe discorre sobre as políticas de morte, bem como as concepções de autores como Agambem e Heidegger sobre o tema, enquanto analisa a dinâmica do poder em territórios sob ocupação colonial. Leitor de Fanon e Foucault, Mbembe é detentor de um conhecimento único!

P.S.: Minha única crítica vai para edição do livro que é horrível: costura mal feita, páginas manchadas para um preço absurdo.
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ricardo marçal 23/02/2021

A clarividência de Mbembe, desvelando o óbvio-oculto, tornou o termo "necropolítica" essencial ao debate contemporâneo. Ainda por cima o texto é acessível e dá pra ler de uma sentada.
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