Os Portais da Casa dos Mortos

Os Portais da Casa dos Mortos Steven Erikson




Resenhas - Os Portais da Casa dos Mortos


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Teo 31/08/2023

É surreal o quanto que estou adorando esse mundo de Malazan. Desde o primeiro livro é inacreditável como me senti afundando mais e mais no prazer que é ler essa série e com esse segundo livro não foi diferente. A cada capítulo que eu lia eu me sentia mais preso a história e aos personagens, me conectei de uma forma que fazia tempo que não me conectava, nem sei como descrever em palavras o sentimento bom que senti e ainda sinto ao pensar nesse livro. Absurdo de bom.
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fabio.hingst.1 17/10/2022

Um título fantástico, ambicioso e visceral
Foi, com certeza, uma das melhores experiências que já tive ao ler uma obra de Fantasia Épica. O universo de Erikson é intrincado, complexo, riquíssimo, vasto e, por vezes, confuso, mas isso faz parte da descoberta em virar cada uma dessas oitocentas páginas. Essa leitura inesquecível jamais deixará minha memória, tanto como leitor como escritor de fantasia. Meu objetivo na escrita, com toda certeza, é erigir algo tão grande quanto você, Steven.
Personagens incríveis, cenários estonteantes, batalhas de tirar o fôlego, feitiçaria insana e tudo que um tomo desses poderia pedir, e muito mais.
Me faltam palavras para comentar uma leitura que levou quase todo o ano turbulento e amargo de 2022 para finalizar, portanto, apenas tenho a agradecer por esse majestoso livro pela jornada e incentivar você, que está lendo isso, a fazê-lo com os Portais da Casa dos Mortos.
Pela sombra do Encapuzado, que história, meus amigos!
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Lily 26/07/2022

O ápice da fantasia
Honestamente nem se quisesse poderia botar em palavras o quanto amei este livro, o que posso falar é que chorei sofri ri fiquei com raiva feliz em pouquissimas partes porque este livro trata daquilo que todos temos medo, da maldade humana de tudo que somos capazes de fazer quando dada a oportunidade e Steven Erikson trata na escrita nua e crua de tudo isso de um modo que nunca antes de vi;
Não sei o que esperar do livro 3 porém digo isso a fantasia nunca mais sera a mesma pra mim depois que terminar essa saga.
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Júlio 16/05/2021

Melhor livro que já li
Finalizado esse espetáculo de livro e é simplesmente incrível o quão grandioso é esse universo e as reviravoltas ocorridas nessa história e foi só o livro 2 de 10. O hype já era gigante para leitura dos próximos, mas conforme a leitura foi avançando a empolgação para os próximos já estão em níveis estratosféricos kk.
Quando me perguntarem sobre o que se trata essa saga, falarei sobre uma das passagens do próprio livro:
"O aparecimento deles, sua partida e no meio de tudo isso e talvez o mais importante, sua indiferença em relação aos quatro mortais abaixo eram um grave lembrete de que o mundo era muito maior do que aquele definido por suas vidas, seus desejos e seus objetivos."

Que venham os próximos 8 e hoje posso falar com total certeza que esse é meu livro preferido e o melhor que já li do gênero de fantasia.
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Mauricio.Souza 26/04/2021

Um senhor dos anéis moderno
Essa e sem dúvidas minha série de fantasia favorita, é perfeita pra mim, por isso você já deve imaginar que vai ler uma opinião que não é neutra.

Pontos positivos.
-É um livro muito dinâmico, está sempre acontecendo algo.
-O autor não perde tempo, não enrola e não é prolixo, todas as informações são importantes.
- Tem MAGIA o tempo todo, e é muito legal.
-Todos os personagens e pontos de vista são muito interessantes e originais
-É a HOSTORIA de uma guerra, então tem muitos, mais muitos combates, lutas, mortes inesperadas.
-O autor é claro em sua ESCRITA, mas não entrava toda informação, você tem que ir juntando as pontas, entendendo contexto e as vezes até relendo alguns trechos pra entender melhor.
- Nesse livro em especial o PERSONAGEM MAIS LEGAL do primeiro livro e da história não aparece, só é citado, e mesmo assim acredito que este livro supere o primeiro em termos de qualidade.
- Nesse livro e ao longo da série PERSONAGENS "apelões" e meros mortais se misturam com maestria.
- Tem mais pontos positivos mas no momentos os citados acima são os que me vem a cabeça, Sorry!kkk


Pontos negativos
- Não há. Na minha opinião a história é ótima, se eu fosse escrever uma série de fantasia seria exatamente como essa. Mas há algo MUITO IMPORTANTE que você precisa saber a arqueiro não lançará a continuação da séries. Mas reforço que a mesma é tão boa que estou tentando ler o livro seguinte em inglês pelo Kindle e detalhe, não falo nada de inglês kkk
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Marcus Moura 24/03/2021

Mesmo com as conveniências no corpo da história, tudo se encaixa perfeitamente. O livro Malazano dos caídos não para de me surpreender. Que venham os próximos...
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Ryllder 29/08/2020

Complexo e brutal
Segundo volume dessa série enorme (10 livros principais),a trama me pareceu mais ajustada e interessante que o primeiro livro. A escrita continua complexa, exigindo atenção constante.Muitos personagens,todos bem desenvolvidos e necessários ao desenrolar da história.A violência por vezes choca,mas é condizente com o mundo brutal criado pelo autor. Infelizmente só foram traduzidos os dois primeiros volumes, darei seguimento aos restantes em espanhol.Recomendadíssimo.
Walace.Rocha 25/05/2021minha estante
Conseguiu os livros em espanhol, caro?




Jellinek 27/08/2020

Épico...
Épico. Sangrento. Sujo. Belo. Voraz.

Um dos melhores livros de literatura fantástica que eu já li.
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Leonel 15/02/2020

Intrincado
Sequência direta de "Os jardins da lua", prossegue a saga dos malazanos dessa vez tendo que lidar com uma revolta das sete cidades (conjunto de cidades num outro continente que estavam sob o controle do império).
A história segue sob o ponto de vista de vários personagens, alguns no fronte de batalha nas sete cidades, outros vagando pelo continente e um pequeno grupo seguindo na direção do centro do império malazano, cada grupo ou personagens específicos estão de alguma forma sendo influenciados por um ou mais ascendentes (deuses, ou em alguns casos mortais que conquistaram a condição de deuses). Muitas trechos da história do império e os papeis de algumas pessoas nessa história são revelados com mais detalhes.
As batalhas são sangrentas e muito do caráter cruel da guerra é visceralmente apresentado com páginas de descrição, ali são vistos o heroísmo, vilania, traição e lealdade, além dos traços humanos mais básicos, medo, tristeza, agonia, desespero...
O livro é muito bom, muitas das falas e comportamentos dos personagens são condizentes com as naturezas deles, fazendo-os parecerem mais reais, o livro é cheio de pequenas e grandes viradas, de modo que as vezes a gente se pega torcendo por alguns personagens que em analise final, não são os heróis.
Confesso de demorei bastante para concluir a leitura desse livro, assim como de "Os jardins da lua", tive alguma dificuldade em me adaptar ao ritmo da história que a todo momento pula de um personagem para outro, provavelmente porquê estava fazendo leituras mais simples antes de ler esses livros.
Eu torço para que a publicação dessa série de livros seja retomada aqui no Brasil.
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Gui 05/12/2019

Erikson e sua maestria antropológica.
O poder de criar um mundo vivo de Erikson aparece quando em Portais da Casa dos Mortos qualquer citação aos personagens do primeiro livro (Jardins da Lua) peguei-me com um sorriso de canto a canto. É impressionante como Erikson construiu um mundo real e vivo onde, em Portais, ele vai muito além, explorando elementos da criação desse universo, raças ancestrais, poderes ancestrais e até mesmo destinos ancestrais. O destaque do livro vai para a Corrente de Cães do Alto Punho Coltaine, personagem que nunca temos a oportunidade de entrar na cabeça - não há nenhum POV do personagem - pois para o leitor, assim como para os personagens do livro, Coltaine é um homem de ação e não palavras.
Se algo define esse livro isso seria "movimento", Erikson carrega os personagens, e o leitor, por um universo onde ação move a trama e o mundo do livro e é justamente essa peregrinação que transforma, que edifica e, destrói, os indivíduos envolvidos nele.
Há também um trabalho sensacional de tradução da Carol Chiovatto.
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cotonho72 29/06/2019

Ótimo!
Esse é o segundo livro da série O livro Malazano dos Caídos, já se passaram dez anos desde que Laseen tomou o trono de uma maneira traiçoeira, e com a chegada do ano de Dryjhna, nas Sete Cidades, uma antiga e esquecida profecia veio à tona, que fala do surgimento da Deusa do furação que vai se erguer no Deserto Sagrado de Raraku, a sacerdotisa Sha'ik vai liderar o povo nesse levante contra o império Malaz e todos já escutam falar de um verdadeiro apocalipse e uma rebelião sangrenta entre o império e as Setes Cidades.

Ganoes Paran tornou-se um traidor do Império ao aliar-se aos Queimadores de Pontes, Tavore irmã de Ganoes, torna-se Conselheira da Imperatriz Lassen, e para recuperar o nome da família ela envia a irmã mais nova, Felisin, para as Minas de Otataral no Copo de Crânio, um lugar abandonado por Deus a quilômetros de sua casa, para sobreviver ela acaba fazendo uma aliança com Heboric, um sacerdote de Fener, e Baudin, um assassino.
Duiker por ser historiador encontra-se em uma situação privilegiada, sua função é registrar os eventos que acontecem durante a retirada do exército de Coltaine das Sete Cidades, quando a guerra civil os obriga a percorrer o deserto com os refugiados. O exército de Coltaine encontra-se com um número muito inferior a de seus inimigos, mas sempre resistem devido à disciplina, união e ferocidade de seus integrantes, quando a guerra civil os obriga a percorrer o deserto com os refugiados, Duiker assiste às vitórias com assombro e chocado com a carga de selvageria testemunhada em ambos os lados do campo de batalha.
Enquanto isso, Kalam, Violinista, Apsalar e Crokus estão temporariamente juntos, Apsalar e Crokus querem apenas retornar para o antigo vilarejo de Apsalar, para que desta maneira possam reencontrar o pai dela, Kalam tem outros planos e não demora muito tempo para se separar do grupo, seu objetivo é um só, matar a Imperatriz Laseen. Kalam então parte sozinho em sua missão em busca da sua vingança, mas antes ele entrega o livro sagrado para Sha’ik, para que assim a profecia possa ser iniciada, mas Kalam terá muitas surpresas durante o seu percurso.
Mappo e Icarium são responsáveis pela carga emotiva do livro, a amizade de ambos, nascida de uma tragédia, parece destinada a terminar da mesma maneira, são criaturas extremamente poderosas que enfrentam um dilema capaz de por em cheque sua antiga amizade. Icarium sofre de amnésia devido a seus surtos de fúria, um tormento que seu companheiro entende como sendo, na verdade, uma bênção, um modo de esquecer toda a violência que ele cometeu.
O autor Steven Erikson novamente cria uma trama incrível e inesquecível, os novos personagens são muito bem desenvolvidos e nos apegamos facilmente a eles, nessa continuação o Império Malazano é mais explorado e a história continua violenta e sombria.É um livro espetacular, cheio de ação, batalhas e com inúmeros personagens, cada um deles tem um papel importante na trama, que tem diversas profecias, magias e criaturas que irão tirar o fôlego do leitor.
As histórias separadas são interessantes e convergem à medida que nos aproximamos do final do livro, aliás, os últimos capítulos são de tirar o fôlego e o final é surpreendente, esse om certeza é um dos melhores livros de fantasia e não vejo a hora de ler a continuação, para os fãs do gênero é uma leitura obrigatória.

site: https://devoradordeletras.blogspot.com
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Fernando Lafaiete 30/11/2018

Os Portais da Casa dos Mortos: Fantasia de alto nível que deve ser encarada como leitura obrigatória!
******************************NÃO contém spoiler da série******************************
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Um mundo governado por uma poderosa mulher. Uma imperatriz que outrora fora uma guerreira corajosa o suficiente para matar o imperador e tomar seu lugar. Um mundo povoado por seres míticos, por deuses, por assassinos e que espera o renascimento de uma poderosa e vingativa vidente. Um mundo complexo, com guerras, reviravoltas, intrigas e um sistema de magia muito bem arquitetado. Estes são apenas alguns dos aspectos que você irá encontrar nesta magnífica série intitulada O Livro Malazano dos Caídos. Aspectos estes que não passam apenas da mísera ponta do iceberg criado por Steven Erikson.

Ler uma fantasia como essa sempre me deixa embasbacado com a imensa capacidade criativa que alguns autores possuem. Jardins da Lua, o primeiro volume desta extensa série composta por 10 livros, se destaca no meio das demais fantasias adultas disponíveis no mercado. É um livro complexo, com uma narrativa corajosa e audaciosa. Ao abrir o livro e iniciar a leitura, nos vemos no meio de campos de batalhas, com mortes ocorrendo, com aparições infinitas de personagens, com intrigas e com a interação de poderosos deuses. Tudo isso ocorrendo ao mesmo tempo e sem o autor demonstrar a menor preocupação em te ambientar. Como ele mesmo faz questão de reforçar na nota do autor no começo do livro, esta série não foi feita para leitores preguiçosos. Já Os Portais da Casa dos Mortos traz uma estrutura e um desenvolvimento mais tradicional. Não me senti em nenhum momento perdido como se estivesse no meio de um deserto sem saber para onde ir.

Esta continuação apresenta uma nova gama de personagens interagindo com alguns poucos conhecidos dos leitores da série. Cada grupo de personagens ou cada personagem específico, possui um objetivo. Alguns querem derrubar o império, outros querem protegê-lo, outros buscam por vingança e alguns querem apenas salvar a própria pele. A escrita de Erikson é fabulosa e combina perfeitamente com o clima épico da narrativa.

Confesso que achei parcialmente assertiva a escolha do autor em focar em novos personagens. Isto só demonstra o quão imenso este universo é, e o quão gigantesco é o portfólio de personagens do autor. Mas ainda assim, não posso deixar de citar que senti muita falta dos personagens antigos os quais criei muito mais empatia e que me fascinaram em uma escala muito maior. Queria muito ter tido mais de Anomander Rake; espero que esta minha necessidade seja suprida no próximo volume.

Levando em consideração o que citei no parágrafo anterior, acabei não me importando muito com as mortes e demais tragédias de Os Portais da Casa dos Mortos. Diferente do que li e assisti em algumas resenhas, não achei nada tão brutal e nem nada no nível ou superior ao que George R. R. Martin faz em As Crônicas de Gelo e Fogo. Achei tudo bem ok e nada me surpreendeu ou me fez perder o fôlego; apesar de eu considerar este livro espetacular e uma fantasia de alto nível.

Devo ressaltar que muitas coisas não são respondidas e nem serão respondidas, mesmo que você termine de ler os 10 enormes volumes desta série. Isto se dá porque este enigmático mundo foi criado por 4 mãos. Steven Erikson e Cameron Esslemont, autores estes que dividem a construção deste mundo em algumas séries. A trilogia prequel Karkhanas, escrita por Steven Erikson; a série O Livro Caído dos Malazanos, escrita por Steve Erikson e composta por 10 livros; novelas do Império Malazano, escritas por Cameron Esslemont; e trilogia Caminho para a Ascendência, escrita por Cameron Esslemont e que conta a história de Kellanved, o imperador traído por Laseen que se torna a impetuosa imperatriz da série aqui resenhada. Sem contar os diversos contos existentes.

Os Portais das Casa dos Mortos foi uma leitura incrível, mas me diferencio dos leitores que afirmam que este livro é superior ao primeiro. Gostei bastante, mas ainda prefiro o livro anterior. Ainda não me deparei com nada que me faça surtar e me revoltar como o casamento vermelho de Tormenta de Espadas, terceiro volume de As Crônicas de Gelo e Fogo, nada revoltante como alguns ocorridos de Ciclo das Trevas de Peter V. Brett ou nada tão surpreendente e desesperador como o final de Filho Dourado de Pierce Brown.

Indico de olhos fechados, mas lembre-se... não seja um leitor preguiçoso! Seja persistente e não abandone ou desista da série após ler ou antes mesmo de terminar Jardins da Lua. São livros/séries como esse/essas que aumentam nosso senso crítico e que enriquecem nossa bagagem literária. O mundo Malazano é incrível em sua construção, concepção e execução. Se é fã de fantasia, esta é mais uma série que você deve encarar como leitura obrigatória.
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Rotina Agridoce 09/10/2018

recomendo!
Considerada uma das melhores séries de fantasia épica da atualidade e escrita pelo Steven Erikson, que além de escritor também é arqueólogo e antropólogo, achei isso muito interessante! Os Portais da Casa dos Mortos traz tudo o que um amante de uma boa fantasia pode desejar.


Achei a vibe desse livro bem mais dark do que do livro anterior. A história começa na aristocrática cidade de Unta, protagonizada pela irmã mais nova de Ganoes Paran, um dos personagens principais de Jardins da Lua. Felisin Paran é apenas uma das nobres escravizadas da Conselheira Tavore, que não só é a substituta de Lorn como conselheira da Imperatriz Laseen, como é também irmã da própria Felisin. Arrastada como escrava para as Minas de Otaratal, um minério conhecido pelas propriedades mágicas, Felisin torna-se dependente da droga chamada durhang e cria relações profundas e pouco lineares com um velho tatuado e sem mãos, o antigo historiador e sacerdote do deus javali Fener, Heboric, e com um misterioso ladrão chamado Baudin. Felisin é arrastada para um turbilhão de sobrevivência e desolação em que não poderá confiar em ninguém.


Apenas 5 personagens do livro anteior aparecem nesse, o Violinista, Kalam, Crokus e Apsalar, acompanhados pelo macaco doméstico de Mammot, Moby. Depois do que ocorreu em Darujhistan, eles decidiram atravessar o mar rumo ao continente de QuonTali. Mas são Whiskeyjack e Ben que irão trabalhar numa vingança contra a Imperatriz o que os leva ao continente das Sete Cidades.

Leia o restante da resenha no Blog Rotina Agridoce:

site: http://www.rotinaagridoce.com/2018/10/resenha-1650-os-portais-da-casa-dos.html
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Saga Literária 26/09/2018

Um universo incrível
Os Portais da Casa dos Mortos foi escrito pelo autor canadense Steven Erikson e é o segundo volume da série "O Livro Malazano dos Caídos", além disso faz parte do universo Malazan elaborado em co-autoria com o seu amigo Ian C. Esslemont. A história no presente livro ocorre dez anos depois dos acontecimentos finais do livro anterior (Portais da Lua), precisamente no ano de 1164 do Sono da Incineração e em outro continente. Após os acontecimentos em Darujhista uma brecha foi aberta no governo da imperatriz e com a chegada do ano de Dryjhna, uma antiga e esquecida profecia veio à tona, essa profecia trata do surgimento da Deusa do furação que vai se erguer no Deserto Sagrado de Raraku.

Quem conhece essa profecia sussurra aos quatro cantos sobre um apocalipse e uma rebelião sangrenta envolvendo o império e as Sete Cidades e é no Deserto Sagrado de Raraku que a sacerdotisa Sha'ik conclama o povo da região das Sete Cidades à insurgir-se contra o império Malaz em um perigoso movimento de rebelião. Enquanto a rebelião vai ganhando forma estão atravessando esse deserto um grupo formado por Apsalar, pelo ladrão Crokus, o sapador Violinista e o assassino Kalam, eles estão caminhando em direção ao continente de Quon Tali onde pretendem retornar ao vilarejo de Apsalar para que ela possa buscar e reencontrar o seu pai que está desaparecido.

Contudo Kalam tem seus próprios planos e quando a revolta explode ele se separa do grupo e parte em busca de um objetivo extremamente perigoso, matar a Imperatriz Laseen que cometeu uma grande traição ao seu ver e quando a revolta inicia ele precisa buscar por rotas alternativas. Apesar de gostar andar sozinho, nessa jornada Kalam vai encontrar pessoas que podem ajudá-lo a concluir a sua missão e entre elas está Minala, uma mulher teimosa que no passado sofreu nas mãos do falecido marido, mas que demonstra possuir uma força interior e determinação ímpares.

A rebelião ganha força e território, conduzida pelo inescrupuloso Korbolo Dom, um Alto Punho que no passado pertenceu ao exército malazano, consegue aos poucos conquistar posições malazanas pelo continente e em meio ao terror promovido pela rebelião, os colonizados e soldados malazanos são subjugados e terrivelmente trucidados. A única resistência que ainda demonstra alguma forma é na cidade de Hispar, onde os soldados do 7º exército malazano é comandado por Punho Coltaine que organiza uma grande evacuação da cidade e conduz mais de 50 mil refugiados em uma difícil jornada até Aren, a capital malazana no continente.

Por fim, Steven Erikson nos apresenta outro arco na história de "Os Portais da Casa dos Mortos" e acompanhamos a jornada de Felisin Paran, uma jovem mulher que pertenceu a uma casa nobre que foi perseguida e condenada pela própria irmã. Felisin Paran foi capturada e mantida como escrava em uma mina de Ortatal (metal resistente a magia), é durante esse difícil período de trabalhos forçado que ela passa por diversas torturas físicas e psicológicas, durante essa fase ela se torna uma mulher amargurada com a vida. Felisin em meio as dificuldades acaba conhecendo e criando uma relação de dependência com Herboric e Baudin, um ex-sacerdote do Deus guerreiro Fener e um historiador exilado. Contudo o destino quis que ela prevalecesse sobre os obstáculos e horrores da vida, pois a coloca no caminho da rebelião onde poderá desempenhar um papel importante.

Opinião: Os Portais da Casa dos Mortos é um grande livro de literatura fantástica e conta com uma ambientação em especial que é o fascinante deserto de Raraku que conta com a região das Setes Cidades, mas a história conta ainda com outros cenários novos e interessantes. A trama apresentada por Steven Erikson é chocante, pois o romance tem como essência a violência e opressão, os personagens beiram a loucura devido aos surtos de raiva e discursos de ódio que apresentam. O autor narra de forma nua e crua as mazelas originadas de uma guerra que leva o caos aos quatro cantos e desperta o que há de pior nas pessoas, o autor nos surpreende ao demonstrar os horrores e o quanto desumano podem ser as atitudes do ser humano em meio ao cenário de desesperança promovido pela guerra.

A narrativa apresentada pelo autor é muito fluida e envolvente, porém devido à dureza e descrições detalhadas de violência e crueldade, o leitor por vezes vai precisar parar e dar uma relaxada para retornar à leitura. Mas nem tudo é violência já que em certo momentos vamos rir do senso de humor apresentado pelo autor. Apesar de toda forte carga emocional que contém no livro, nós somos recompensados por um dos melhores livros de literatura fantástica já escrita e esse segundo volume (total de dez volumes) consegue ser melhor que o Jardins da Lua (O Livro Malazano dos Caídos #1). Nesse livro tem um pouco de tudo, magos, bruxos, raças ancestrais, deuses, metamorfos, piratas, nobres e soldados. Super recomendo a leitura de "Os Portais da Casa dos Mortos" para todos que gostam de literatura fantástica ou mesmo um livro de alta qualidade!

site: http://www.sagaliteraria.com.br/2018/09/resenha-549-os-portais-da-casa-dos.html
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Cleber Farinazzo Jr 20/08/2018

OS PORTAIS DA CASA DOS MORTOS - Steven Erikson
(Trilha sonora: "End of All Hope" - Nightwish)

O primeiro livro desta série, Jardins da Lua, possuía um uma narrativa bem fragmentada, com muitas lacunas e frequentes mudanças de ponto de visão, de modo que o leitor precisava dar bastante atenção a cada minúcia para tentar preencher as lacunas (considerando que muitas lacunas não poderiam ser preenchidas ainda) e essa escrita complicada do primeiro livro era um dos pontos mais ressaltados pelos leitores. Muita gente detestou Jardins da Lua por sua escrita e muitos abandonaram o livro antes de chegar no meio. Eu curti Jardins da Lua e inclusive gostava de sua escrita, mas a experiência aqui no segundo livro é bem diferente.

Em Portais da Casa dos Mortos, Steven Erikson deixa a narrativa bem mais linear, sem toda a fragmentação que havia no primeiro, e os pontos de visão já não mudam com tanta frequência e de maneira tão abrupta. Ou seja, no que diz respeito à narrativa, as características que poderiam ter desagradado leitores do primeiro livro já estão bem mais brandas aqui.

O livro possui um clima pesado e desesperançoso. O mundo é cruel e não se pode confiar em ninguém. Aquele tipo de coisa típica de fantasia grimdark. E, como autores de grimdark gostam de fazer, há aqueles capítulos em que você sente uma pontada no peito, quer fechar o livro e só voltar a ler outro dia.

Em Malazan, a fantasia e a magia estão presentes de maneiras absurdas. Tudo é muito superlativo. Tudo é tão grandioso que até deuses possuem sua porção de seres a quem devem temer. Há sempre aquela sensação de que somos pequenos demais diante de coisas tão grandiosas que possam estar presentes no universo sem que tenhamos conhecimento, diante de tantas histórias que começaram muito antes de nós e que ainda irão durar até muito depois de nenhum de nós estarmos mais aqui. Apesar disso, o autor é muito eficiente em intercalar tramas de simples humanos sobrevivendo em suas guerras banais e tramas de deuses, raças ancestrais e magias além da compreensão, de modo que tudo pareça convicente. Parece um grande tabuleiro em que enxergamos tanto as peças quanto os jogadores. E, no meio disso, qualquer ser menor teme em algum momento se tornar apenas uma marionete na mão de um deus (ou qualquer outra coisa) que tenha seus propósitos escusos a serem alcançados através deles.

Em nunca achei que fosse curtir, em literatura, histórias com níveis tão absurdos de fantasia. Sempre achei que esse tipo de coisa funcionaria bem em jogos, em RPG, mas não em um livro. Ou pelo menos não em um livro adulto. Sempre tive a impressão de que histórias assim não conseguiriam trazer justamente a sensação de realidade aos personagens e às situações. Isso é uma das coisas que acho mais incríveis nessa série. Tudo é muito palpável, por mais absurdo que seja.

A magia na história tem aquele clima de soft magic em que qualquer coisa pode acontecer e as regras não são bem definidas, mas dá pra notar que existem coisas típicas de cada raça e, dentro de cada raça, coisas difernetes dentro de cada povo e dentro de cada profissão. Meio que dá pra ir montando na cabeça uma daquelas árvores de skills de RPG. E, vale ressaltar, essa série transpira RPG. Em algumas cenas dava quase para ouvir o dado rolando.

Eu só não vou citar aqui alguns pontos básicos que guiam a narrativa do livro (a sinopse não está nem perto de representar o que o livro contém), porque para isso eu acabaria tendo que escrever umas duas laudas. Ou seja, é uma daquelas histórias de fantasia megalomaníacas em que há incontáveis personagens, lugares, tramas e subtramas acontecendo ao mesmo tempo.

Não recomendaria a série para qualquer um. Não acho que seja uma boa porta de entrada para livros de fantasia. Acho que funciona melhor para quem já é fissurado pela coisa.

Não tenho nenhum defeito pra apontar. Nenhum mesmo. É sério. Virei fanboy.
A série está entre minhas leituras favoritas.

5/5








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