Os Portais da Casa dos Mortos

Os Portais da Casa dos Mortos Steven Erikson




Resenhas - Os Portais da Casa dos Mortos


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Acervo do Leitor 10/05/2018

Os Portais da Casa dos Mortos – O Livro Malazano dos Caídos #2 | Resenha
Este é um daqueles livros que redefine o que é uma obra-prima. Não há muito o que florear com relação a isto, Os Portais da Casa dos Mortos é um livro marcante, inesquecível! Completamente complexo e denso, suas vísceras são expostas a cada momento, uma leitura para ser feita com calma, apreciando todos os detalhes criados pelo autor. Sua composição é danosa aos mais fracos de espírito, chegando ao ponto da crueldade. Toda esta deturpação está voando pelo mundo de Malazan, como areia nos desertos de Raraku. O clima é árido, pesado e por vezes angustiante, seu final não acalenta, mas violenta ainda mais. Se esta não for sua próxima leitura, você certamente irá se arrepender no futuro.

“— Eu me lembro de um homem desarmado a falta de armadura em suas mãos virou minha lança no último momento. lembro-me da espada de Dujek, que roubou minha beleza enquanto meu cavalo mordia seu braço, estraçalhando lhe o osso. Lembro que Dujek perdeu aquele braço para os cirurgiões, corrompido como estava pelo hálito do meu cavalo. Cá entre nós, sai perdendo naquela interação, pois um braço a menos não acabou com a carreira gloriosa de Dujek, enquanto a perda da minha beleza me deixou apenas com a esposa que eu já tinha.
— E ela não era sua irmã, Bult?
— Era, Coltaine. E cega.”

A história se passa em outros locais, com novos e alguns poucos personagens do primeiro livro. O Apocalipse está chegando, as Sete Cidades estão em ebulição, o Império de Laseen está sofrendo como nunca antes, e todos, absolutamente todos sofrerão com os efeitos colaterais deste embate. Mortais ou Imortais, não importa, a lâmina corta e faz sangrar. Steven Erikson é como um maestro de um soneto sombrio numa noite de Inverno. Seus personagens têm alma, não é preciso muito para nos afeiçoarmos a eles, e lamentar suas perdas. Os Portais da Casa dos Mortos faz jus ao seu título, e realmente traz a morte, não importando sexo, idade ou credo. E elas não são “limpas” ou “honradas”, elas podem e farão parte de seus pesadelos.

“Na trilha, a não mais de cinquenta passos do ponto em que Duiker se encontrava, um deplorável pelotão de soldados malazanos se contorcia no que eram localmente chamadas de “camas deslizantes”: quatro lanças altas postas na vertical, com a vítima presa sobre as pontas dentadas, nos ombros e nas coxas. Dependendo do peso e da força de vontade para ficar imóvel, o processo de trespassar e deslizar devagar na direção do chão poderia levar horas. Com a benção do Encapuzado, o sol do dia seguinte aceleraria a morte agonizante. O historiador sentiu seu coração congelar de fúria.”

O livro possui uma gama de novos personagens, mas que vão se diluindo com a leitura, não sentimos em nenhum momento que o autor apenas colocou àquele ou este para “ocupar espaço”, cada elemento deste mosaico é parte integrante de um todo formidável. Os temores de Mappo, a coragem e determinação de Duiker, a vigilância sempre constante de Violinista e as motivações de todos os demais personagens são críveis e elementares. Em suma, todos buscam pela sobrevivência em um mundo completamente corrompido.

“— O voto de limpar as sete cidades dos mezlas é mais importante — grunhiu o sargento. — Dryjnha exige sua alma, dosino. O Apocalipse chegou. Os exércitos se unem em toda a terra e todos devem escutar o chamado.”

SENTENÇA

Se em Jardins da Lua somos jogados em uma batalha campal, com inúmeros personagens de motivações desconhecidas, e aos poucos vamos nos esgueirando e aprendendo sobre a genialidade da obra, neste livro tudo é muito mais linear, mas sem perder a complexidade. O próprio autor admitiu isto no inicio do primeiro livro. Persistam e deleitem-se. Jardins da Lua, foi sem dúvidas minha melhor leitura do ano e Os Portais da Casa dos Mortos é sem dúvidas uma das minhas melhores leituras da vida. O Livro Malazano dos Caídos é talvez o ápice da Literatura Fantástica, e depende de nosso empenho de comprar e divulgar (ao lado da editora) para que ele não tenha um futuro tão sórdido quanto seus personagens.

site: http://acervodoleitor.com.br/os-portais-da-casa-dos-mortos-resenha/
Pérola XP 12/02/2020minha estante
Me deu uma vontade imensa de começar a ler os livros




fabio.hingst.1 17/10/2022

Um título fantástico, ambicioso e visceral
Foi, com certeza, uma das melhores experiências que já tive ao ler uma obra de Fantasia Épica. O universo de Erikson é intrincado, complexo, riquíssimo, vasto e, por vezes, confuso, mas isso faz parte da descoberta em virar cada uma dessas oitocentas páginas. Essa leitura inesquecível jamais deixará minha memória, tanto como leitor como escritor de fantasia. Meu objetivo na escrita, com toda certeza, é erigir algo tão grande quanto você, Steven.
Personagens incríveis, cenários estonteantes, batalhas de tirar o fôlego, feitiçaria insana e tudo que um tomo desses poderia pedir, e muito mais.
Me faltam palavras para comentar uma leitura que levou quase todo o ano turbulento e amargo de 2022 para finalizar, portanto, apenas tenho a agradecer por esse majestoso livro pela jornada e incentivar você, que está lendo isso, a fazê-lo com os Portais da Casa dos Mortos.
Pela sombra do Encapuzado, que história, meus amigos!
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Marcus Moura 24/03/2021

Mesmo com as conveniências no corpo da história, tudo se encaixa perfeitamente. O livro Malazano dos caídos não para de me surpreender. Que venham os próximos...
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Jellinek 27/08/2020

Épico...
Épico. Sangrento. Sujo. Belo. Voraz.

Um dos melhores livros de literatura fantástica que eu já li.
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Ryllder 29/08/2020

Complexo e brutal
Segundo volume dessa série enorme (10 livros principais),a trama me pareceu mais ajustada e interessante que o primeiro livro. A escrita continua complexa, exigindo atenção constante.Muitos personagens,todos bem desenvolvidos e necessários ao desenrolar da história.A violência por vezes choca,mas é condizente com o mundo brutal criado pelo autor. Infelizmente só foram traduzidos os dois primeiros volumes, darei seguimento aos restantes em espanhol.Recomendadíssimo.
Walace.Rocha 25/05/2021minha estante
Conseguiu os livros em espanhol, caro?




Mauricio.Souza 26/04/2021

Um senhor dos anéis moderno
Essa e sem dúvidas minha série de fantasia favorita, é perfeita pra mim, por isso você já deve imaginar que vai ler uma opinião que não é neutra.

Pontos positivos.
-É um livro muito dinâmico, está sempre acontecendo algo.
-O autor não perde tempo, não enrola e não é prolixo, todas as informações são importantes.
- Tem MAGIA o tempo todo, e é muito legal.
-Todos os personagens e pontos de vista são muito interessantes e originais
-É a HOSTORIA de uma guerra, então tem muitos, mais muitos combates, lutas, mortes inesperadas.
-O autor é claro em sua ESCRITA, mas não entrava toda informação, você tem que ir juntando as pontas, entendendo contexto e as vezes até relendo alguns trechos pra entender melhor.
- Nesse livro em especial o PERSONAGEM MAIS LEGAL do primeiro livro e da história não aparece, só é citado, e mesmo assim acredito que este livro supere o primeiro em termos de qualidade.
- Nesse livro e ao longo da série PERSONAGENS "apelões" e meros mortais se misturam com maestria.
- Tem mais pontos positivos mas no momentos os citados acima são os que me vem a cabeça, Sorry!kkk


Pontos negativos
- Não há. Na minha opinião a história é ótima, se eu fosse escrever uma série de fantasia seria exatamente como essa. Mas há algo MUITO IMPORTANTE que você precisa saber a arqueiro não lançará a continuação da séries. Mas reforço que a mesma é tão boa que estou tentando ler o livro seguinte em inglês pelo Kindle e detalhe, não falo nada de inglês kkk
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Júlio 16/05/2021

Melhor livro que já li
Finalizado esse espetáculo de livro e é simplesmente incrível o quão grandioso é esse universo e as reviravoltas ocorridas nessa história e foi só o livro 2 de 10. O hype já era gigante para leitura dos próximos, mas conforme a leitura foi avançando a empolgação para os próximos já estão em níveis estratosféricos kk.
Quando me perguntarem sobre o que se trata essa saga, falarei sobre uma das passagens do próprio livro:
"O aparecimento deles, sua partida e no meio de tudo isso e talvez o mais importante, sua indiferença em relação aos quatro mortais abaixo eram um grave lembrete de que o mundo era muito maior do que aquele definido por suas vidas, seus desejos e seus objetivos."

Que venham os próximos 8 e hoje posso falar com total certeza que esse é meu livro preferido e o melhor que já li do gênero de fantasia.
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Lit.em Pauta 17/04/2018

Literatura em Pauta: seu primeiro portal para críticas e notícias literárias!

"Deadhouse Gates/ Os Portais da Casa dos Mortos, o segundo volume da série de fantasia The Malazan Book of the Fallen escrita por Steven Erikson, é um livro ainda melhor que o primeiro. Belamente estruturado e escrito, o romance revela-se incrivelmente pessimista, apresentando uma vasta gama de personagens trágicos, cujos arcos narrativos sempre voltam para a mesma questão: como encarar o horror da violência?

A história em Deadhouse Gates transcorre em um continente diferente daquele apresentado em Jardins da Lua, introduzindo personagens e cenários novos. O foco é as Setes Cidades, uma região cercada por deserto, cuja mitologia é toda sustentada em cima da noção de rebelião. Tendo sido conquistadas pelo Império Malazano anos atrás, as cidades estão em ponto de ebulição quando o velho historiador Duiker é designado a trabalhar para o general Coltaine na tentativa de conter uma guerra civil.

Além de Duiker, vários são os pontos de vista seguidos no livro: Felisin Paran é uma jovem da nobreza que precisa lidar com o choque de ser enviada pela própria irmã para uma mina, onde passa a trabalhar como escrava; Mappo e Icarium são criaturas extremamente poderosas que enfrentam um dilema capaz de por em cheque sua antiga amizade; e o assassino Kalam viaja com seus colegas, Fiddler, Crokus e Apsalar, com o intuito de assassinar sua imperatriz, Laseen.

O prólogo do livro mostra-se eficaz em estabelecer o tom da história e introduzir os temas tratados e parte dos artifícios narrativos empregados por Erikson, enquanto acompanha a perspectiva de uma Felisin desnorteada durante o expurgo de sua cidade pelo Império: nobres estão sendo julgados por um júri de mendigos e juízes bêbados para, em seguida, serem despejados em uma espécie de arena para a catarse violenta dos pobres, que os puxam, pisoteiam e matam. A comandante Malazana encarregada pelo evento é justamente a irmã de Felisin, Tavore Paran, que pretende castigá-la para limpar o nome de sua família. Seguindo em fila até o linchamento iminente, a garota conversa com um monge sem mãos, chamado Herboric, e um assassino, chamado Baudin, sobre suas chances de sobrevivência. A resposta de Baudin vem com uma execução repentina, mas demorada, de uma nobre, cuja cabeça é jogada para a multidão numa tentativa de ganhar tempo com a distração.

Deadhouse Gates é um romance pautado pela violência, cujos personagens e povos são propensos a surtos de raiva, discursos de ódio e atos que causam a mais profunda repulsa. Gore, portanto, é um elemento constante na narrativa, que sempre surpreende o leitor com os horrores que um ser humano pode infringir no outro. O clímax do prólogo é uma execução aterrorizante, mas os eventos que se seguem são ainda mais chocantes.

Erikson trabalha com violência gráfica por meio de um processo calculado, em que o nível da brutalidade é intensificado progressivamente, enquanto metáforas visuais a marcam na mente do leitor. Além disso, os personagens parecem eternamente presos em um último instante de agonia, incapazes de morrer e, por isso, enxergando a morte como salvação. Logo na primeira página, por exemplo, ouvem-se os uivos desesperados de um cachorro próximo de morrer, “mas não próximo o suficiente”.

Uma das muitas atrocidades com que o assassino Kalam se depara em sua jornada é um menino crucificado. O desenvolvimento da cena acompanha toda essa diretriz: primeiro ele observa o buraco sangrento no lugar de um dos olhos do garoto, seu nariz destruído, e assusta-se ao avistar várias outras crianças nas mesmas condições atrás daquela. Seu olhar bate, então, nas mariposas devorando a carne do menino – tantas que faziam os braços da criança lembrarem asas – para, enfim, notar que a criança ainda vivia.

Finalmente, Erikson faz questão de ressaltar o elemento humano por trás das tragédias: não basta descrever que centenas de mulheres foram estupradas enquanto eram enforcados pelas tripas dos homens que jaziam ao seu redor. O autor insere uma pausa, assinalada por travessões, para indicar que tais homens eram seus maridos, irmãos, pais e filhos.

O autor também merece aplausos por trabalhar a questão da raiva e da agressividade não somente na visceralidade das descrições da narrativa, como também na escolha do vocabulário. Os personagens em Deadhouse Gates não falam e conversam, mas gritam e grunhem suas palavras. Os verbos mais utilizados são “grunt”, “growl”, “groan”, “grimace” e “grin”. Todos iniciados com “gr”, produzindo na narrativa o ruído constante de um rosnado: um excelente uso de aliteração que complementa a atmosfera sufocante da história e casa com o fato de que o grupo de Coltaine é chamado de “Chain of Dogs”."

Confira a crítica completa em:

site: http://literaturaempauta.com.br/Livro-detail/deadhouse-gates-critica/
none 24/04/2019minha estante
Adorei a resenha.




Lily 26/07/2022

O ápice da fantasia
Honestamente nem se quisesse poderia botar em palavras o quanto amei este livro, o que posso falar é que chorei sofri ri fiquei com raiva feliz em pouquissimas partes porque este livro trata daquilo que todos temos medo, da maldade humana de tudo que somos capazes de fazer quando dada a oportunidade e Steven Erikson trata na escrita nua e crua de tudo isso de um modo que nunca antes de vi;
Não sei o que esperar do livro 3 porém digo isso a fantasia nunca mais sera a mesma pra mim depois que terminar essa saga.
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Teo 31/08/2023

É surreal o quanto que estou adorando esse mundo de Malazan. Desde o primeiro livro é inacreditável como me senti afundando mais e mais no prazer que é ler essa série e com esse segundo livro não foi diferente. A cada capítulo que eu lia eu me sentia mais preso a história e aos personagens, me conectei de uma forma que fazia tempo que não me conectava, nem sei como descrever em palavras o sentimento bom que senti e ainda sinto ao pensar nesse livro. Absurdo de bom.
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Fernando Lafaiete 30/11/2018

Os Portais da Casa dos Mortos: Fantasia de alto nível que deve ser encarada como leitura obrigatória!
******************************NÃO contém spoiler da série******************************
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Um mundo governado por uma poderosa mulher. Uma imperatriz que outrora fora uma guerreira corajosa o suficiente para matar o imperador e tomar seu lugar. Um mundo povoado por seres míticos, por deuses, por assassinos e que espera o renascimento de uma poderosa e vingativa vidente. Um mundo complexo, com guerras, reviravoltas, intrigas e um sistema de magia muito bem arquitetado. Estes são apenas alguns dos aspectos que você irá encontrar nesta magnífica série intitulada O Livro Malazano dos Caídos. Aspectos estes que não passam apenas da mísera ponta do iceberg criado por Steven Erikson.

Ler uma fantasia como essa sempre me deixa embasbacado com a imensa capacidade criativa que alguns autores possuem. Jardins da Lua, o primeiro volume desta extensa série composta por 10 livros, se destaca no meio das demais fantasias adultas disponíveis no mercado. É um livro complexo, com uma narrativa corajosa e audaciosa. Ao abrir o livro e iniciar a leitura, nos vemos no meio de campos de batalhas, com mortes ocorrendo, com aparições infinitas de personagens, com intrigas e com a interação de poderosos deuses. Tudo isso ocorrendo ao mesmo tempo e sem o autor demonstrar a menor preocupação em te ambientar. Como ele mesmo faz questão de reforçar na nota do autor no começo do livro, esta série não foi feita para leitores preguiçosos. Já Os Portais da Casa dos Mortos traz uma estrutura e um desenvolvimento mais tradicional. Não me senti em nenhum momento perdido como se estivesse no meio de um deserto sem saber para onde ir.

Esta continuação apresenta uma nova gama de personagens interagindo com alguns poucos conhecidos dos leitores da série. Cada grupo de personagens ou cada personagem específico, possui um objetivo. Alguns querem derrubar o império, outros querem protegê-lo, outros buscam por vingança e alguns querem apenas salvar a própria pele. A escrita de Erikson é fabulosa e combina perfeitamente com o clima épico da narrativa.

Confesso que achei parcialmente assertiva a escolha do autor em focar em novos personagens. Isto só demonstra o quão imenso este universo é, e o quão gigantesco é o portfólio de personagens do autor. Mas ainda assim, não posso deixar de citar que senti muita falta dos personagens antigos os quais criei muito mais empatia e que me fascinaram em uma escala muito maior. Queria muito ter tido mais de Anomander Rake; espero que esta minha necessidade seja suprida no próximo volume.

Levando em consideração o que citei no parágrafo anterior, acabei não me importando muito com as mortes e demais tragédias de Os Portais da Casa dos Mortos. Diferente do que li e assisti em algumas resenhas, não achei nada tão brutal e nem nada no nível ou superior ao que George R. R. Martin faz em As Crônicas de Gelo e Fogo. Achei tudo bem ok e nada me surpreendeu ou me fez perder o fôlego; apesar de eu considerar este livro espetacular e uma fantasia de alto nível.

Devo ressaltar que muitas coisas não são respondidas e nem serão respondidas, mesmo que você termine de ler os 10 enormes volumes desta série. Isto se dá porque este enigmático mundo foi criado por 4 mãos. Steven Erikson e Cameron Esslemont, autores estes que dividem a construção deste mundo em algumas séries. A trilogia prequel Karkhanas, escrita por Steven Erikson; a série O Livro Caído dos Malazanos, escrita por Steve Erikson e composta por 10 livros; novelas do Império Malazano, escritas por Cameron Esslemont; e trilogia Caminho para a Ascendência, escrita por Cameron Esslemont e que conta a história de Kellanved, o imperador traído por Laseen que se torna a impetuosa imperatriz da série aqui resenhada. Sem contar os diversos contos existentes.

Os Portais das Casa dos Mortos foi uma leitura incrível, mas me diferencio dos leitores que afirmam que este livro é superior ao primeiro. Gostei bastante, mas ainda prefiro o livro anterior. Ainda não me deparei com nada que me faça surtar e me revoltar como o casamento vermelho de Tormenta de Espadas, terceiro volume de As Crônicas de Gelo e Fogo, nada revoltante como alguns ocorridos de Ciclo das Trevas de Peter V. Brett ou nada tão surpreendente e desesperador como o final de Filho Dourado de Pierce Brown.

Indico de olhos fechados, mas lembre-se... não seja um leitor preguiçoso! Seja persistente e não abandone ou desista da série após ler ou antes mesmo de terminar Jardins da Lua. São livros/séries como esse/essas que aumentam nosso senso crítico e que enriquecem nossa bagagem literária. O mundo Malazano é incrível em sua construção, concepção e execução. Se é fã de fantasia, esta é mais uma série que você deve encarar como leitura obrigatória.
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Gui 05/12/2019

Erikson e sua maestria antropológica.
O poder de criar um mundo vivo de Erikson aparece quando em Portais da Casa dos Mortos qualquer citação aos personagens do primeiro livro (Jardins da Lua) peguei-me com um sorriso de canto a canto. É impressionante como Erikson construiu um mundo real e vivo onde, em Portais, ele vai muito além, explorando elementos da criação desse universo, raças ancestrais, poderes ancestrais e até mesmo destinos ancestrais. O destaque do livro vai para a Corrente de Cães do Alto Punho Coltaine, personagem que nunca temos a oportunidade de entrar na cabeça - não há nenhum POV do personagem - pois para o leitor, assim como para os personagens do livro, Coltaine é um homem de ação e não palavras.
Se algo define esse livro isso seria "movimento", Erikson carrega os personagens, e o leitor, por um universo onde ação move a trama e o mundo do livro e é justamente essa peregrinação que transforma, que edifica e, destrói, os indivíduos envolvidos nele.
Há também um trabalho sensacional de tradução da Carol Chiovatto.
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Leonel 15/02/2020

Intrincado
Sequência direta de "Os jardins da lua", prossegue a saga dos malazanos dessa vez tendo que lidar com uma revolta das sete cidades (conjunto de cidades num outro continente que estavam sob o controle do império).
A história segue sob o ponto de vista de vários personagens, alguns no fronte de batalha nas sete cidades, outros vagando pelo continente e um pequeno grupo seguindo na direção do centro do império malazano, cada grupo ou personagens específicos estão de alguma forma sendo influenciados por um ou mais ascendentes (deuses, ou em alguns casos mortais que conquistaram a condição de deuses). Muitas trechos da história do império e os papeis de algumas pessoas nessa história são revelados com mais detalhes.
As batalhas são sangrentas e muito do caráter cruel da guerra é visceralmente apresentado com páginas de descrição, ali são vistos o heroísmo, vilania, traição e lealdade, além dos traços humanos mais básicos, medo, tristeza, agonia, desespero...
O livro é muito bom, muitas das falas e comportamentos dos personagens são condizentes com as naturezas deles, fazendo-os parecerem mais reais, o livro é cheio de pequenas e grandes viradas, de modo que as vezes a gente se pega torcendo por alguns personagens que em analise final, não são os heróis.
Confesso de demorei bastante para concluir a leitura desse livro, assim como de "Os jardins da lua", tive alguma dificuldade em me adaptar ao ritmo da história que a todo momento pula de um personagem para outro, provavelmente porquê estava fazendo leituras mais simples antes de ler esses livros.
Eu torço para que a publicação dessa série de livros seja retomada aqui no Brasil.
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Leandro 24/05/2018

OS PORTAIS DA CASA DOS MORTOS E A INSIGNIFICÂNCIA DA VIDA
Dando sequência à incrível jornada iniciada em Jardins da Lua (resenha AQUI), Steven Erikson subverte mais uma vez tudo o que sabemos sobre esse fantástico universo e parece começar uma nova história, ao mesmo tempo que avança e muito na criação de suas lendas.

A história se inicia exatamente de onde Jardins da Lua encerrou, com seus protagonistas, se é que eles existem nessa vasta trama, separados e com objetivos diversos. O livro apresenta diferentes pontos de vista, mas que não se convergem em capítulos próprios. Diversas vezes vocês estará acompanhando uma trama, sedento por saber seu desfecho e então será jogado para outro lado do vasto Império Malazano.

Para continuar, acesse: Diário de Seriador

site: http://www.diariodeseriador.tv/2018/05/os-portais-da-casa-dos-mortos-e.html
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