Ana Paula 16/03/2019
4,5 Estrelas - Sem pontas soltas, amém
SEMANA ESPECIAL CICLO DA HERANÇA
Herança, o quarto volume da série Ciclo da Herança, de Christopher Paolini (2011)
Classificação: 4.5 estrelas
E então, a esperada conclusão da fantástica série. Expectativas altas, muito para ser narrado e amarrado, diferentes histórias e pontos de vista para abordar. Christopher Paolini consegue realizar tudo com maestria: todas as promessas e acontecimentos dos livros anteriores que haviam ficado sem explicação ou esquecidos, foram abordados (exceto um que colocarei mais abaixo após um aviso de spoiler!), todas as personagens tiveram, de uma forma ou de outra, seu final.
E, bem, ele conseguiu colocar todos os problemas que surgiriam em seu devido lugar, deu uma alternativa para a manutenção da paz - porque não é algo imutável, como ele mesmo demonstrou.
Durante as últimas páginas, estava emocionada. Cheguei a chorar, confesso. Me apeguei a tudo: a Eragon, Arya, Nasuada, Murtagh e a Orik, a Saphira, a todos.
O que mais me agradou foi que o livro conseguiu demonstrar que estava tudo sendo pensado desde o primeiro livro, tudo que acontecia tinha um plano e um rumo. Um diálogo sem importância no primeiro volume? Retomado aqui e se mostrando de grande valia. Christopher se mostrou um autor digno de palmas, é isso que digo.
Uma coisa que me desagradou nesse livro - e por isso as 4.5 estrelas - foi o fato que a grande batalha em si acaba lá pela página 600. Só que depois, as consequências, tomadas de atitude e finalizações dos personagens, duram mais quase 200 páginas! Quer dizer, isso por si só não seria ruim - sabemos que o estilo de escrita de Paolini é extremamente descritivo, não esperaria outra coisa - mas, apesar de tantas páginas, senti que algumas coisas foram corridas enquanto outras arrastadas por demais.
Para você que não leu os livros ainda, essa resenha acaba aqui, se não quiser se aventurar pela parte onde discorro com alguns spoilers.
[SPOILER, não diga que não avisei!]
[SPOILER, não diga que não avisei!]
Se você está aqui, já leu essa série e deve estar tão embasbacado quanto eu. Arya uma Cavaleira? Achei muito corrido esse surgimento dela na Ordem e a apresentação do seu dragão, mas me agradou a ideia. A proposta da existência de Cavaleiros de todas as quatro raças: anões, elfos, humanos e urgals? Justo, meu coração aqueceu com a felicidade dos urgals de serem incluídos, finalmente, como uma raça que merece atenção.
A solução de Eragon de sair de Alagaësia e treinar os novos cavaleiros... Bem, necessária e já sabíamos desde o primeiro volume que seu destino seria voar para longe. Porém, não menos doída. Senti que o final teve de tudo, menos de ser um "final feliz". Nasuada e Murtagh (que surpresa agradável, devo dizer) não tiveram o seu, principalmente não Murtagh; Arya e Eragon também não tiveram o seu, de certa forma; Eragon não encontrou o cinto de Belath, e isso foi algo que me chateou.
De qualquer forma, foi um final maravilhoso, não poderia estar mais contente com a série. Obrigada, @christopher_paolini, pela oportunidade de mergulhar no fantástico mundo que você criou. Obrigada!