O Chamado de Cthulhu e Outros Contos

O Chamado de Cthulhu e Outros Contos H. P. Lovecraft
H. P. Lovecraft




Resenhas - O Chamado de Cthulhu e Outros Contos


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Fabio Shiva 10/09/2021

horror indescritível
Tem gente que ama, tem gente que odeia, mas dificilmente alguém fica indiferente às histórias de Lovecraft. Fazia mais de 20 anos que eu não lia algo dele. A primeira e extasiada leitura foi de “Um Sussurro nas Trevas e outras histórias”, feita ainda na adolescência, quando eu estava me iniciando no universo literário do terror. Lembro de ter gostado de Lovecraft, mas num grau bem inferior que Edgar Allan Poe, para mim então e agora o clássico imbatível.

Com o passar dos anos fui lendo uma antologia aqui, uma novela ali, com destaque para o conto “Ar Frio”, que vi primeiro na espetacular adaptação para os quadrinhos feita por Bernie Wrightson, que me fez achar Lovecraft muito bom. E por fim essa (re)leitura de “O Chamado de Cthulhu”, motivada talvez por outra citação dos quadrinhos, a ótima série metalinguística “Black Hammer”, que traz uma bela referência a Lovecraft com a personagem Cthu-Louise, uma garotinha americana como qualquer outra, com a diferença de ter a cabeça no formato do monstro cósmico de Lovecraft, além de poderes oriundos das trevas supradimensionais...

Enfim, após essa nova leitura, continuo achando divertida a imaginação delirante e frequentemente doentia de Howard Phillips Lovecraft. Também foi muito marcante a tecla que ele não cansa de martelar em suas histórias, sempre se referindo a um horror além da possibilidade de expressão por meio da linguagem humana:

“Há horrores que extrapolam o horror, e aquele momento pertencia aos núcleos de pavor onírico que o cosmos reserva quando quer acabar com alguns infelizes.” (A Casa Abandonada)

“A cor, que se assemelhava aos feixes no estranho espectro do meteoro, era quase impossível de ser descrita; e foi apenas por analogia que eles a chamaram de cor.”
(...)
“Não se avistavam cores sãs, exceto pela relva e folhagem verdes, mas por toda parte estavam as variantes febris e prismáticas de alguma tonalidade primária doentia que não encontrava lugar entre as cores conhecidas da terra.” (A Cor Que Caiu Do Céu)

“Sugerir a pessoas destituídas de imaginação um horror além de qualquer concepção humana...” (O Horror Em Red Hook)

“Mas dizer alguma coisa precisa sobre aquela superfície, ou sobre o formato geral da massa toda, quase desafia o poder da linguagem.” (Sussurros Na Escuridão)

Penso que essa agoniada repetição do tema “um horror tão terrível que não pode ser descrito com palavras” reflete o paradoxo crucial das histórias de terror: o monstro só é assustador quando está oculto nas trevas. Ao ser trazido para a luz do conhecimento, o monstro pode até continuar sendo feio, perigoso e mau, mas perde muito de seu poder de assustar, justamente porque enxergamos toda a sua fraqueza inerente. Foi mais ou menos isso o que, creio, Arthur Conan Doyle quis dizer pela boca de sua imortal criação, o detetive Sherlock Holmes:

“Onde não há imaginação, não há horror.”

Ensinamento que encontrou sua expressão máxima na fala do grande sábio indiano Swami Sri Yukteswar:

“Encare o seu medo de frente, e ele deixará de perturbar você.”

Voltando a Lovecraft, encerro com essas interessantes informações extraídas da apresentação feita pela Editora Pandorga:

“Muitos dos trabalhos de Lovecraft foram inspirados por seus constantes pesadelos, o que contribuiu para a criação de uma obra marcada pelo subconsciente e pelo simbolismo.”

“O princípio literário orientador de Lovecraft foi o que ele chamou de ‘cosmicismo’ ou ‘horror cósmico’: a ideia de que a vida é incompreensível para as mentes humanas e que o universo é fundamentalmente estranho.”

“É particularmente essa tensão entre o científico estéril de Lovecraft e a imaginação mística - cuja relação contraditória sempre reconheceu e apreciou - que a crítica entende ser a fonte do caráter altamente original de seu trabalho.”

“S. T. Joshi estima que Lovecraft tenha escrito cerca de 87.500 cartas, de 1912 até sua morte em 1937, incluindo uma carta de 70 páginas, de 9 de novembro de 1929, para Woodburn Harris.”

“Nessas cartas, Lovecraft discutia uma gama enciclopédica de assuntos em ensaios extensos e profundos; ali ele também ventilava suas obsessões ao longo da vida, em especial seu amor ao passado e à verdade científica, e sua aversão ao mundo moderno e a todos os povos que não eram do fluxo cultural anglo-nórdico.”

“Lovecraft criou também um dos mais famosos e explorados artefatos das histórias de terror: o Necronomicon, um livro fictício de invocação de demônios escrito pelo também fictício Abdul Alhazred. Até hoje é popular o mito da existência real deste livro, fomentado especialmente pela publicação de várias edições falsas do Necronomicon e por um texto, da autoria do próprio Lovecraft, explicando sua origem e percurso histórico.”

“A reação crítica ao trabalho de Lovecraft mostra uma diversidade incomum, desde ataques exasperados dos que tomam sua obra como os desvarios pueris de um incompetente artístico e intelectual até as celebrações de Lovecraft como um dos maiores escritores e pensadores da era moderna.”

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2021/09/o-chamado-de-cthulhu-e-outros-contos-h.html



site: https://www.facebook.com/sincronicidio
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Diego.Rates 24/08/2020

Desapontado.
Comecei esse livro, esperando uma história completamente diferente. O livro se inicia com um comunicado, informando sobre o passado racista, do escritor Lovecraft. A ênfase que o criador dá a pessoas negras em uma forma muito negativa, me tirou completamente da leitura.

A mitologia que foi criada pelo escritor merece o reconhecimento, a atmosfera realmente é assustadora, essa foi minha primeira experiência no gênero de terror (nesse caso, terror cósmico), mas senti que a história deveria ter tomado rumos diferentes.
Lise 24/08/2020minha estante
puts tenho ele aqui e ainda não li, to com medo agora




_lendoemsaturno 24/11/2023

O chamado de Cthulhu.
Trecho retirado do livro: [.."A vida é uma coisa hedionda, e dos bastidores do que conhecemos dela espreitam pistas demoníacas de verdades que às vezes a tornam ainda mais horrenda."]

2° livro do Lovecraft que eu li, gostei bem mais desse e dos contos desse 2 livro, a leitura fluiu de forma rápida e bem menos entediante, assim como Poe, Conan Doyle e Stephen King, o Lovecraft também é bem detalhista pra escrever cenários e acontecimentos, não me incomodou muito mas acho que poderia ter menos detalhes em alguns contos. 

O chamado de Cthulhu me decepcionou muito, achava que seria uma super história de horror e foi algo bem água de salsicha sabe? Sem grandes acontecimentos, nada aterrorizante, nada de mais, pra mim o melhor conto foi A casa abandonada, me prendeu bastante e tinha um quê sobrenatural na história, gostei bastante 10/10 o conto, começo e final bem escrito e desenvolvido, nesse livro aqui Lovecraft me mostrou todo o potencial que eu sabia que ele tinha, enfim gostei bastante da leitura, pretendo ler mais coisas do autor futuramente.
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Kevin 20/02/2022

Bom
A leitura pode ser um pouco chata as vezes, mas uma boa playlist de suspense resolve esse problema facilmente.
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Duda 31/07/2021

Primeiro contato
Gostei muito da forma como as histórias são contadas, todos os contos tem uma pessoa que ouviu histórias, viu ou escutou coisas estranhas. O que leva o principal a procurar mais informações e acaba se deparando com criaturas e seres cósmicos. Tenho curiosidade de ler outros contos dele.
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Marlos 15/09/2021

Importante ressaltar que, tendo em vista o contesto social em que vivia o autor, para um aproveitamento melhor da leitura, apesar de ser difícil, é necessário evitar uma visão anacrônica.

Os contos de Lovecraft são baseados no terror cósmico, onde o mero vislumbre de um artefato ritualístico, mesmo que através de um sonho, é capaz de levar a pessoa à insanidade ao compreender a sua insignificância existencial ante o universo, e a sua vulnerabilidade em relação aos desejos de entidades mais antigas que a própria humanidade.

Em um dos contos há o relato de personagens ingressando por acidente na cidade submersa de R'lyeh, onde experimentam uma experiência de desorientação em relação a arquitetura e aos pontos gravitacionais de referencia, exemplificando de forma interessante a sensação de ingressar em uma dimensão além da nossa e sob a influencia de forças além da compreensão.

Não é a melhor das coletâneas de Lovecraft, mas ainda assim é uma leitura interessante.
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MWeirich 07/04/2022

Depcionei-me
Me decepcionei com o livro, pois os contos selecionados no livro não são nem de perto os melhores do autor. Considerei os contos muito rasos e cheios de lacunas.
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Dukharloz 27/03/2021

Adoro a forma como Lovecraft cria a atmosfera de terror e como faz questão de citar diretamente suas grandes referências (como Poe e Doré), mas detesto sua necessidade de demonstrar seus preconceitos raciais de forma tão explícita. Em particular no contro "a verdade sobre o falecido Jermyn e sua família", chega a ser tão desconfortável que quase não tive vontade de terminar o livro.

Enfim, algumas das histórias são boas e apesar da principal delas apresentar uma das criaturas mais famosas do autor (Cthulhu), foi o volume que menos me agradou em relação aos outros livros da série.
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cupidosz 18/02/2023

é?.
Gostei apenas de duas histórias, a principal e a música de Erich Zann ? que mesmo com os comentários desnecessários (racistas) do autor acredito que sejam histórias que merecem ser lidas pelos amantes do gênero que desejam conhecer ?o pai do terror?.

A construção do ambiente é fenomenal, faz alguns anos que li o livro mas até hoje as imagens que o autor me fez imaginar permanecem na minha mente e me perturbam de vez em quando.
gabrielle.brambilla 18/02/2023minha estante
Também foi minha história favorita quando li
O pior de tudo é que gosto muito do gênero de horror que o H.P é pai, mas quando comecei a ler as obras dele fiquei muito decepcionada por conta do racismo e xenofobia em praticante todas as histórias :(




Kess 06/04/2022

Sinistro
Durante a leitura dos contos tinha a sensação de que estava lendo histórias de fatos reais. A leitura me apresentou um universo de horror cósmico com as mais tenebrosas criaturas que só Lovecraft foi capaz de criar.

Os textos de Lovecraft possui comentários preconceituosos (devido a época, é claro), mas ignorando essa "intolerância" é uma leitura muito boa!

O melhor conto para mim foi "Os gatos de Ulthar" e o pior foi "A verdade sobre o Arthur Jermyn e sua família".

Ps: Lovecraft descreveu a pronúncia de Cthulhu como Khlûl'-hloo e disse que "a primeira sílaba [de Khlül'-hloo é] pronunciada de forma gutural e muito grossa". O u é como é em full; e a primeira sílaba não soa diferente de klul, consequentemente o h representa a grossura gutural.
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Eduardo 24/02/2022

Lovecraftverso
Li esse livro mais pelo conto principal e mais famoso do H. P., o Chamado de Cthulu. Acontece que acabei preferindo outros contos a esse, afinal o Cthulu é apenas mais um dentre muitos dos seres mitológicos do Lovecraftverso e honestamente não sei porque ele recebe tanto destaque. Os contos são bem concisos e apresentam estruturas e estilos parecidos e o livro também conta com algumas informações a respeito dos contos em particular, assim como sobre o autor.
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Alessander.Oliveira 11/04/2023

Um passatempo apenas
Iniciei a leitura por curiosidade, pelo fato do autor ser referência a uma banda que gosto (Metallica).
Os contos são bem escritos mas, particularmente, pra mim não empolgaram. No fim foi apenas um passatempo razoável.
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Lucas.Rocha 04/12/2021

Um novo universo literário
Já tinha ouvido falar sobre H.P Lovecraft, indiretamente influenciado por todas as referências na cultura dada grande influência do autor. Diretamente através de um amigo que só falava no autor e nos seus monstros.

Sobre o estilo e a mitologia do autor conhecia muito pouco, a não ser por alguns vídeos que antes de comprar livros de Lovecraft resolvi ver, para saber onde estava entrando. Ao ler esta edição me deparo com um novo universo literário, logicamente por ser grande admirador da fantasia e do horror não seria novidade alguma gostar das histórias e contos do autor.

Os contos são de um tom sombrio que nunca presenciei em outros livros ou autores, o conto O Chamado de Cthulhu é primordial, assombroso e épico, devido à grandiosidade em que é composto. A medida que a narrativa se desenvolve o leitor se agarra cada vez mais na trama que em nada deixa a desejar. Lendo fiquei imaginando os personagens, as paisagens e seres macabros em que é composta a história, é grandioso!

Em A música de erich zann, o desenrolar da história é funesto e assombroso, pode parecer algo simples, porém, ao ler coloquei Niccolò Paganini ao fundo e confesso que dei umas espiadas ao corredor...

A Edição não é das melhores, mas me surpreendeu. Devido a críticas sobre a tradução e qualidade do livro, que vi em avaliações de outros leitores. Porém, foi para mim uma ótima experiência de leitura, fluída e surpreendente, me inserindo em um novo universo literário, o cosmicismo, que certamente esvaziará minha carteira e enchera mais ainda minha pequena estante de livros!
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Letícia Vincenzi 13/04/2021

Monstros marinhos não me assustam
Gostei muito da atmosfera que o autor cria em suas histórias e da narrativa que transparece o sentimento de que o que está sendo passado para o leitor é um documento histórico, com datas, nomes, relações de parentescos e etc. No entanto, não me senti cativada pelos aclamados contos "O chamado de Cthulu" e "Dagon", gostei muito de "A música de Erich Zann" e "A casa abandonada".
Krishna.Nunes 13/04/2021minha estante
"O chamado de Cthulhu" não dá medo mesmo, o mais legal são a atmosfera da história e a mitologia que ela cria. Aliás, nunca fiquei com medo lendo nada considerado de terror. "A música de Erich Zann" e "A casa abandonada" são ótimos e eu também gostei muito de "A cor que caiu do céu".


Letícia Vincenzi 14/04/2021minha estante
Irei começar a leitura do livro que tem esse conto agora! Eu sou da geração que cresceu lendo goosebumps, achei que Lovecraft me remeteu essa nostalgia desses livros que eu lia quando criança que me intrigavam com o clima de mistério. Até hoje o único livro que conseguiu tirar o meu sono por medo foi o primeiro do Ed e da Lorraine Warren da Darkside (ainda não li o 2° e 3°).




Helena 27/04/2021

Esse é um tipo de literatura que precisava ler para saber se é ou não do meu gosto. Resultado: não é.
Eu gosto muito de suspense, de histórias que trazem enigmas, dúvidas, possibilidades. Por isso gosto de Allan Poe.
Mas não posso negar que Lovecraft fez um bom trabalho. A forma como descreve seus monstros é magnífica, pois consegue desenhá-los com palavras e eu vi todos em minha imaginação a medida que lia.
É um bom livro, mas há algumas falhas que acredito que muitos saibam, como o racismo explícito. Havia momentos na leitura que eu ficava até enojada com o que estava escrito.
Tentando ignorar esse ponto terrível do livro, continuei a leitura e vi textos bem escritos, um autor com uma imaginação ímpar. Ele conseguiu criar um bom suspense, principalmente na última história, a única que eu realmente gostei. Em "A casa abandonada", vi o verdadeiro terror, aquele que prende a atenção de tal forma que sente até o receio do que pode acontecer. A narrativa foi bem fluída, história bem construída e um suspense surreal. Esse vale muito a pena a leitura.
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