Vidas Secas

Vidas Secas Graciliano Ramos




Resenhas - Vidas Secas


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Raony.Lima 17/04/2024

Tão antigo e tão atual
Um clássico da nossa literatura. Livro da década de 30, mas tão atual. Li esse livro há 16 anos na época da escola estudando para o vestibular e decidi ler novamente pq com certeza minha percepção e meu entendimento não seriam o mesmo.

Que livro!!! Uma família que como Graciliano diz, falam muito pouco. Uma verdade crua e real de uma família de retirantes lutando contra a seca e a fome. Baleia sempre estará no meu coração ?
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Thalita.Almeida 17/04/2024

Vidas secas traz a história de uma família composta pelo pai, a mãe, dois filhos e uma cachorrinha chamada baleia (amada como parte da família, mas ironicamente muito magra).
Todo o cenário se passa na caatinga, onde precisam lidar com a seca e viver fugindo dela. "Seca" aqui vai além da falta de água, mas expressa a miséria, a falta do saber dessas pessoas por viverem completamente à margem da sociedade, sendo ludibriadas e enganadas. Vivem com tão pouco, que seus desejos e anseios são muito simples, como uma cama melhor para dormir. Além disso, precisam encarar a tão dura seca nordestina, vivem temerosos e sabem que ela vai chegar.
A linguagem é dura, traduz com verdade a vida sofrida dessa família. Mesmo quem não vive essa realidade, consegue se aproximar pela narração crua dos pensamentos e anseios dos personagens.
O capítulo da cachorra baleia foi um punhal no meu peito, um dos capítulos mais duros que já li.
Triste, duro e até cruel, Graciliano Ramos traz sua tradução da realidade de tantas vidas secas na caatinga.

"Baleia queria dormir. Acordaria feliz, num mundo cheio de preás. E lamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano enorme. As crianças se espojariam com ela, rolariam com ela num pátio enorme, num chiqueiro enorme. O mundo ficaria todo cheio de preás, gordos, enormes."

- Baleia (vidas secas)
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Gabi.Costa 17/04/2024

Eu já sabia
Eu tinha plena consciência que essa leitura ia acabar comigo mas 🤬 #$%!& não tem como tá preparado pra isso aqui não. Eu nunca mais vou ser feliz.
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Alexya. 17/04/2024

Comovente e emocionante.
Quando comecei a ler Vidas Secas, eu imaginei a tristeza que poderia ser o livro. Afinal, o nome não é dado atoa, a vida aqui de fato é pura secura.

Se carece de tudo, alimento, verde, vida, carinho, cama, mas uma coisa que não se finda neste livro: a esperança por um dia melhor.

Eu pensei em não ler ele, fiquei pensando ?de tristeza já basta a vida da gente?, mas eu digo: nossa vida (pelo menos a minha) de triste não tem nada. Depois que você ler o livro, só pensa numa coisa: obrigada pela cama que durmo e pela comida que como.

Graciliano Ramos arrebata a gente nessa vida cheia de miséria e desconforto. Você pensa o tempo todo ?como eu queria tirar esse povo dali? e pior de tudo, quantas pessoas não viveram semelhante desgraça neste mundo?

Fabiano, o pai, marido, que foi marcado pela dor da criação, da seca, da pobreza, era um homem duro, mas de um coração bom que por vezes eu pensei ?oxe, se fosse eu, fazia era coisa ruim?, mas ele não, se via como covarde, mas na verdade só era boa gente.

Cada personagem aqui é descrito de uma forma maravilhosa, mas confesso que Baleia me pegou no coração. E se preparem, porque tem uma parte específica aqui que eu chorei e não foi pouco.

O livro é triste, é lindo, é fácil de ler, é rápido, mas deixa uma lição valiosa para toda vida.
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leitora 16/04/2024

É um livro que fala sobre o período de seca e um casal que saiam em busca de um local onde pudessem sobreviver. Achei a história bem escrita, recomendo a leitura.
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Julia Rodrigues 15/04/2024

Meu primeiro contato com literatura regional. Livro cru e cruel. Desgraça atrás de desgraça, mas verdadeiro, e o fato de ser verdadeiro é o que o torna cruel. Nosso povo é formado de sobreviventes. Se dissesse que é formado de pessoas fortes, talvez estivesse romantizando uma busca desesperada pela sobrevivência em uma paisagem tão árida, tão seca, que formou homens secos de sonhos, de perspectivas, de desenvolvimento intelectual e de esperanças. A vida cruel não poupa nem os homens, que dirá os sonhos.
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Karoline67 15/04/2024

Sofrido demais
Graciliano em pouquíssimas palavras (sim, porque é um livro bem curtinho) conseguiu retratar coisas belíssimas dentro de um cenário tão triste. É um livro realmente marcante e importante. Eu me sinto grata de ter me permitido ser tocado pela Baleia, pra mim o melhor personagem e o mais tocante.
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Drielly21 14/04/2024

Atemporal
Incrível como essa história de mais de 80 anos consegue até hoje representa a fragilidade da vida dos pobres sertanejos, o qual desgastante, injusta e infeliz continua sendo a vida de muitos que residem no sertão nordestino na esperança de ter água e mão de obra pra trabalhar e tentar manter uma vida digna de pelo menos o básico para se viver. A obra é um misto de emoções, fazendo você fica angustiado de ver aquela família passando aquela situação, onde são considerados nada e que são roubados pela aqueles que tiveram oportunidades de ter conhecimento de mundo.
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Dudabanana 14/04/2024

Triste e muito real
O livro de Graciliano conta a história de Fabiano, sinhá vitória e os dois filhos que não tem nome e a cachorra baleia. A história nos mostra a dificuldade de uma família pobre em uma região árida e muita seca do nordeste brasileiro.
Ao decorrer do livro a gente se sensibiliza pela vontade de Fabiano de querer saber falar e não ter conhecimento suficiente pra isso, a enorme vontade de sinhá vitória de ter uma cama boa pra dormir e a falta de conhecimento dos filhos que mesmo sendo curiosos sabem muito pouco da sua própria realidade e do mundo em que vivem.
A minha sincera opinião sobre o livro é que mesmo ele nos mostrando toda essa realidade triste, e que muitas pessoas podem não conhecer sobre pessoas pobres que moram em regiões secas ou áridas, nos trás o ensinamento de que ter conhecimento, estudar e ler é importante, principalmente através da perspectiva de Fabiano, que gostaria de saber falar, se expressar e se defender e não consegue pois não tem conhecimento das palavras.
Foi uma leitura "obrigatória" mas que me trouxe outra visão de mundo e outras perspectiva de vida diferente da minha.
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Nina Pina 13/04/2024

Realidade dolorida.
O escritor Graciliano Ramos, mostra todo o sofrimento, e dificuldades enfrentadas pelos nordestinos, a seca, a pobreza e a fome, tornam as pessoas amargas e sem esperança. Fabiano era rude, bruto e sinhá Vitória era como o marido, mas mais esperta.
O texto conta a história muito triste de uma família que luta para sobreviver e não morrer de fome e sede.
A família de retirantes sertanejos mudavam constantemente de lugar, para tentar encontrar um lugar menos devastado pela seca. Analfabetos, pobres e sem esperança.
Onde não tem água não tem vida.
Esse livro deixou meu coração partido.
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Erich 13/04/2024

"Por que não haveriam de ser gente, possuir uma cama"

Vidas secas é um clássico nacional. Uma ode à peregrinação do sertão às cidades grandes, contando sobre a migração forçada durante as grandes secas. É também um livro que apresenta um personagem inusitado: a cachorra Baleia. Cuja história entristece boa parte dos leitores.

Primeira vez que li este livro foi na escola e as imagens que ficaram foram do papagaio, da cachorra Baleia, do injusto soldado amarelo. Nesta releitura, por outro lado, o que sobressaiu foi a família. Vemos Fabiano e sua família como pessoas que tem uma leitura reduzida do mundo, e isso se conecta ao pouco vocabulário que eles têm, ao pouco conhecimento que tiveram acesso. Eles vivem, ou melhor dizendo, sobrevivem em uma situação precária. A tal ponto que a reflexão que aparece diversas vezes é "Por que não haveriam de ser gente?". A situação deles é tão opressora que eles não encontram nem contra o que se revoltar pela miséria. Talvez pois mesmo na miséria (mal tendo dinheiro para roupas) eles estavam em situação melhor do que durante a peregrinação que abre o livro.

Acredito que a incerteza do fim do livro que me entristece. Pois apesar dos personagens não saberem o que os aguarda, o leitor sabe. Sabemos que boa parte dos que conseguem finalmente chegar à cidade grande não são de verdade bem cuidados pelo poder público. E, afinal, o que irão fazer na cidade? "O vaqueiro ensombrava-se com a ideia de que se dirigia a terras onde talvez não houvesse gado para tratar.". Claro, as esperanças ainda são capazes de motivar, e sabemos que alguns conseguirão sim crescer. Ao fim do livro a jornada está apenas começando.

A obra contém várias mensagens motivando a necessidade de uma educação verdadeira. E aqui podemos fazer um paralelo com outra obra do autor: São Bernardo. Em São Bernardo vemos Graciliano Ramos pintar um personagem que é contrário à educação, e que representa o ponto de vista dos "coronéis" e "fazendeiros" que detém o poder. Aqui em Vidas Secas, Graciliano Ramos nos leva a acompanhar a vida daqueles que não tiveram o acesso ao ensino. E vemos a falta que lhes faz o português, a matemática financeira e noções de direito. A visão estreita da realidade é representada por diversas passagens, dentre elas quando Fabiano associa a seca à migração de aves: "As bichas excomungadas eram a causa da seca. Se pudesse matá-las, a seca se extinguiria.". Colocando a culpa nas aves, quando elas apenas eram um sinal de um problema maior.

Para finalizar, comento que é bem significativo ver escrito os pensamentos da cachorra Baleia. Somos transportados para mais perto dela e a identificamos assim como mais um dos personagens. É marcante o seu pensamento: "Acordaria feliz, num mundo cheio de preás."
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pslover_ 13/04/2024

Leitura curta, forte, dura, àspera assim como os personagens
"Vidas Secas" me impactou profundamente. A leitura me transportou para o árido sertão nordestino, onde a fome e a miséria moldam a vida das pessoas de forma cruel. Graciliano Ramos desumaniza os personagens, destacando como a pobreza os animaliza, embrutecem e endurecem, enquanto humaniza a cachorra Baleia, criando um contraponto emocionante. Uma obra que me fez refletir sobre as injustiças sociais e a luta pela sobrevivência, deixando uma marca indelével em mim.
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Josi 13/04/2024

Esse livro me despertou dois sentimentos conflitantes: "Porque não li antes?" e "Ainda bem que esperei o momento certo, agora tenho a maturidade adequada para apreciá-lo".

O livro é curtinho, mas com uma intensa carga emocional. Nele, acompanhamos uma família de retirantes ? Fabiano, sinha Vitória, os dois filhos e a fiel cachorrinha Baleia ? em constante busca por uma vida melhor e mais digna, longe das aflições da seca no sertão nordestino.

Com uma linguagem carregada de regionalismo, típica do autor, o livro retrata o descaso social e o embrutecimento das relações pessoais em tempos de profunda adversidade, onde a pobreza, a falta de instrução e perspectiva imobilizam o sujeito diante das injustiças, o forçando a silenciar seus anseios e ambições em nome da sobrevivência.

Em uma narrativa quase sem diálogos, o narrador ganha papel de destaque, assumindo a voz e pensamento dos personagens, verbalizando o que eles não conseguem devido a seu escasso vocabulário. A deficiência na comunicação é, aliás, um dos pontos que mais me impactaram durante a leitura, como o fato de os filhos de Fabiano sequer serem nomeados, sendo referidos apenas como "menino mais velho" e "menino mais novo", ou a frustração do primeiro ao tentar descobrir, sem uma resposta satisfatória, o significado da palavra Inferno. Em meio a tanta necessidade, há pouco espaço para demonstrações de afeto, ainda que o amor que os une seja genuíno.

Baleia da mesma forma que os personagens humanos, tem seus pensamentos traduzidos pelo narrador, salva a família em um momento de desespero, quando já haviam perdido as esperanças e protagoniza um dos capítulos mais emocionantes da obra. Aliás, foi este capítulo, originalmente um conto, escrito a partir de uma experiência pessoal do autor durante a infância, que deu origem ao livro.

O desfecho retoma a jornada inicial, como um ciclo que se renova constantemente, ilustrando o destino de incertezas na vida dos retirantes e sua determinação para driblar a fome e a miséria, sempre movidos pelo sonho de um futuro melhor.

Um clássico atemporal, que vale a pena ser lido e sentido!
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Geovane57 13/04/2024

Um livro que, mesmo com mais de 80 anos, ainda relata a realidade de algumas pessoas desafortunados, que lutam, sofrem e são simplesmente tratados como bichos por certas pessoas de classes abastardas. Foi uma leitura interessante, com personagens cativantes, que se viram como podem nas situações cotidianas as quais eles passam.
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