Vidas Secas

Vidas Secas Graciliano Ramos




Resenhas - Vidas Secas


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Gi Santos 23/04/2024

Vidas Secas é uma obra-prima! A forma como Graciliano Ramos retrata a dura realidade da família de retirantes no sertão nordestino é tão envolvente e comovente que me fez sentir uma mistura de emoções ao longo de toda a leitura. A maneira como ele descreve a luta diária pela sobrevivência e a busca por um lugar ao sol é tocante. Os personagens são tão reais que é impossível não se conectar com suas dores e esperanças. Este livro me fez refletir muito sobre desigualdade social e a força do ser humano diante das adversidades.
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Vii!! 22/04/2024

Eu tive que ler por causa da escola, é um livro que relata a difícil vida no sertão brasileiro. Eu demorei pra entender a história, mas depois tudo começou a fazer mais sentido. Não me senti tão conectado com os personagens pois ele é narrado em 3° pessoa.
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Pedro 22/04/2024

Nessa obra - escrita por Graciliano Ramos - acompanhamos uma família de nordestinos que, diante à seca, migram na busca de uma melhor qualidade de vida.

Com uma dinâmica de "capítulos desconexos" o autor consegue expressar precisamente a visão de cada personagem em relação a situação vivida.

No entanto, mesmo que a pauta principal seja as consequências da estiagem e o retirantes brasileiros, gostaria de destacar outro aspecto: a forma como Graciliano aborda a linguagem.

É frisado a todo momento como esse mecanismo é precário na vida dos protagonistas. Ao longo do romance modernista, nos colocamos em uma posição de empatia: como os personagens materializam seus pensamentos? Nesse momento, me senti totalmente angustiado, pois nunca tinha refletido sobre como a linguagem é importante pra mim e como é um privilégio ter acesso a essa ferramenta.

Esse reflexão nos leva, posteriormente, a uma discussão sobre o acesso à educação. Fabiano e Sinhá Vitória tinham "sede de aprendizado" mas, infelizmente, nunca tiveram uma oportunidade de aprender.

A obra possui um vocabulário levemente complexo, o que dificulta um pouco a interpretação. No mais, é um patrimônio nacional que merece sua popularidade e certamente recomendo a leitura. Por fim, afirmo: simplesmente o suco da literatura!
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Arthuro_Vieira 22/04/2024

Uma jóia literária
Uma leitura essencial para qualquer brasileiro, em especial os nordestinos. Acompanhar a saga dessa querida família de retirantes dá luz a um modo de vida em uma determinada realidade do país que existe até os dias atuais. Pessoas que enfrentam dificuldades geográficas e sociológicas, entretanto, têm sonhos assim como eu ou você. Anseiam nada menos que uma vida digna.
Neste romance encontra-se também uma das mais marcantes personagens da literatura brasileira, que, mesmo não sendo humana e não tendo nenhuma fala, nos cativa com o tamanho do seu coração afetuoso.
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Luisa.leituras 21/04/2024

Clássico
Apesar da escrita um pouco rebuscada e pouca conexão com os personagens, achei que foi uma leitura valida
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Aline Bento 21/04/2024

Nem tenho o que falar
Nem preciso falar que o livro bom. Ele é tocante, comovente, triste e necessario. Maravilhoso só o que posso dizer.
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Dani 21/04/2024

Confesso que foi difícil a leitura. As 100 páginas que costumo ler numa noite se arrastaram a passar principalmente porque a todo momento precisava reler pra entender sobre o que se estava dizendo já que não estava familiarizada com muitas palavras. Mesmo assim, achei bonito, triste, sufocante? sinhá vitória foi minha personagem preferida, as melhores partes da leitura foram sob o olhar dela
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Ariella11 21/04/2024

Pois não estavam vendo que ele era de carne e osso?
Que livro! Que escrita! Que brilhantismo! Quantas ideias e quantos sonhos contidos em uma mesma história. De uma beleza e crítica social enorme!

É um livro duro por essência, um verdadeiro soco no estômago. Fala sobre degradação, pobreza e trabalho. Mas, também fala sobre afetos, humanidade, sonhos e esperança de um futuro melhor, digno e próspero.

O autor, Graciliano Ramos, ao escrever acerca do sertão nordestino e a família composta por Fabiano, Sinha Vitória, os dois filhos e a cadela Baleia, convida o leitor a conhecer o Brasil negligenciado, marginalizado e abandonado para morrer de fome na caatinga seca.

É um livro precisamente crítico ao capitalismo, pois, por meio da figura do Soldado Amarelo, dos Fiscais e do Patrão, propõe como questão central a desigualdade social, um projeto sistêmico que submete as pessoas a miséria e a própria ruína.

Ademais, que misto de emoções é capaz de provocar uma história que jamais desiste de acreditar no lado bom das coisas ainda que as condições sejam as mais difíceis e sufocantes do mundo?

Soa como uma proposta para o exercício de acreditar que o melhor é possível e pode ser real, mas que para isso são necessárias pessoas capazes de desafiar as imposições dadas pelas autoridades que até então permanecem pisando e mandando nas camadas mais populares socialmente submetidas ao sistema econômico de exploração do capital.
lukecoura 23/04/2024minha estante
o Brasil negligenciado descrito por você é o retrato do Brasil real. sertanejos, ribeirinhos, quilombolas e tantos outros povos marginalizados e impostos a viver com pouca ou se quer nenhuma dignidade.

a manutenção do ostracismo social que esses povos protagonizam se dá por intermédio do sistema. é o acúmulo obsceno de capital a restringir a riqueza somente aos grandes centros urbanos que provoca a aniquilação das populações do Brasil profundo.

as violências não se restringem tão somente a impô-los a fome e a miséria, mas também a violência verbal e física proporcionada pelo braço armado do Estado.

"Então por que um sem-vergonha desordeiro se arrelia, bota-se um cabra na cadeia, dá-se pancada nele? Sabia perfeitamente que era assim, acostumara-se a todas as violências, a todas as injustiças."

a vida acaba resumindo-se a peregrinação eterna em busca de felicidade. continuar remando em alto-mar em direção de sabe-se lá o que na tentativa de encontrar terra firme. a esperança é bela e incentivável, mas ao mesmo tempo há muita crueldade envolvida. se visa a superação de um cenário de completo caos, no qual esse caos nem se quer deveria existir, pra início de conversa.

"Aparentemente resignado, sentia um ódio imenso a qualquer coisa que era ao mesmo tempo a campina seca, o patrão, os soldados e os agentes da prefeitura. Tudo na verdade era contra ele. Estava acostumado, tinha a casca muito grossa, mas às vezes se arreliava. Não havia paciência que suportasse tanta coisa"

além de humilhado, explorado. "aquele negócio de juros", descrito por Fabiano, é o retrato do completo esmagamento do trabalhador. dinâmicas de trabalho a impor-lhe uma cela e antolhos.

"Fabiano, encaiporado, fechou as mãos e deu murros na coxa. Diabo. Esforçava-se por esquecer uma infelicidade, e vinham outras infelicidades. Não queria lembrar-se do patrão nem do soldado amarelo. Mas lembrava-se, com desespero, enroscando-se como uma cascavel assanhada. Era um infeliz, era a criatura mais infeliz do mundo."

para nos libertarmos, sejamos Seu Tomás da Bolandeira. nos informemos, adquiramos saber, compartilhemos. conectando-se ao povo e as demandas por eles comunicadas, encontraremos o triunfo.

venceremos.




Ana Nobre 20/04/2024

"Numa sociedade como a nossa, em que o outro (de classe, de gênero, de etnia) está soterrado, uma obra como a de Graciliano Ramos é algo quase único. Mas que não se busque aí o canto da alteridade como coisa dada, pois o que temos é difícil ou quase impossível alteridade. É no limite que ela se compõe. O modo de compor abre a narrativa a busca do outro." Hermenegildo Bastos

A cada nova obra de autores nacionais fico perplexa e penso que urgentemente devemos valorizar o nosso.

Graciliano Ramos foi um gênio na escrita de Vidas Secas, narrando a vida difícil de Baleia, Fabiano, Sinhá Vitória, menino mais velho e menino mais novo...

Baleia muito sábia. Fabiano ciente de sua rudeza. Sinhá Vitória forte. Menino mais velho curioso. Menino mais novo ainda por descobertas.

Em ambientes de seca e exploração.
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Lutexana 19/04/2024

A cachorra Baleia é gente
Com a escrita seca e um enredo bem amarrado e amargo, o escritor alagoano Graciliano Ramos nos leva a acompanhar um pouco da vida de Fabiano e sua família. Algo que se destacou muito pra mim foi como a cachorra Baleia é trabalhada porque, em um ambiente de sobrevivência constante, os homens começam a se comparar aos animais ( Como Fabiano ressaltada diversas vezes que é: Bicho, cabra, que não é gente...). A Baleia representa o povo maltratado pela seca, pelo descaso governamental e pelo coronelismo.
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bruna 18/04/2024

Meio obrigado pelo ensino médio, a gente lê os clássicos e acaba pegando ódio deles de graça. no meu caso, felizmente, fui fazendo o processo contrário. comecei a amar eles, um a um, do romantismo ao modernismo. vidas secas foi mais um desses, que, por mais que foi recomendação da escola mesmo, eu me apaixonei logo no primeiro capítulo. chorei que nem retardada com a morte de Baleia e simpatizei tanto com Fabiano e sinhá Vitória que até agora eu tô achando que eles viveram de verdade. Uma linguagem que dança bem demais entre o difícil, o profundo e o bonito e uma delícia de cortar o coração.
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Paula 18/04/2024

Classico
Classico, atemporal, necessário, reflexivo?
Literatura brasileira com referências da vida dura do sertanejo, escrita por quem sabe o que está dizendo.
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Romário 18/04/2024

Legado da literatura brasileira
Vidas Secas retrata a dura realidade do sertanejo nordestino, imerso em um ambiente árido e desolador. Através da jornada da família de Fabiano, Sinhá Vitória, os dois filhos e a cachorra Baleia, o autor expõe as agruras da vida no sertão, marcada pelas secas, a miséria e a opressão.

Graciliano utiliza uma linguagem singular e direta, sem rodeios, para descrever a luta diária pela sobrevivência em meio à seca implacável. A narrativa, permeada por uma atmosfera de desesperança e resignação, revela a impotência dos personagens diante de um destino cruel e injusto. A opressão não é apenas o ambiente da seca, mas também o patrão, o soldado amarelo, as contas.

A relação entre os membros da família e a cachorra Baleia é comovente, destacando a humanidade e a compaixão em meio à adversidade. A busca por uma vida melhor é constantemente frustrada, evidenciando a condição de abandono a qual o sertanejo está sujeito e apesar disso ele não desiste e um pequeno filete de esperança é o suficiente para reavivar a vontade de lutar por algo melhor.

Vidas Secas é uma obra que transcende o tempo, oferecendo uma reflexão profunda sobre as desigualdades sociais e as condições desumanas enfrentadas por muitos brasileiros no interior do país, mas muito além disso trata de forma visceral diversas camadas que compõe esse cenário.
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Gabi 18/04/2024

Definitivamente não é meu tipo de livro mas como fui forçada a ler sinto na obrigação de marcar ele como lido esse ano para ao menos me servir como páginas lidas/livro lido no ano
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Raony.Lima 17/04/2024

Tão antigo e tão atual
Um clássico da nossa literatura. Livro da década de 30, mas tão atual. Li esse livro há 16 anos na época da escola estudando para o vestibular e decidi ler novamente pq com certeza minha percepção e meu entendimento não seriam o mesmo.

Que livro!!! Uma família que como Graciliano diz, falam muito pouco. Uma verdade crua e real de uma família de retirantes lutando contra a seca e a fome. Baleia sempre estará no meu coração ?
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