Alexya. 17/04/2024
Comovente e emocionante.
Quando comecei a ler Vidas Secas, eu imaginei a tristeza que poderia ser o livro. Afinal, o nome não é dado atoa, a vida aqui de fato é pura secura.
Se carece de tudo, alimento, verde, vida, carinho, cama, mas uma coisa que não se finda neste livro: a esperança por um dia melhor.
Eu pensei em não ler ele, fiquei pensando ?de tristeza já basta a vida da gente?, mas eu digo: nossa vida (pelo menos a minha) de triste não tem nada. Depois que você ler o livro, só pensa numa coisa: obrigada pela cama que durmo e pela comida que como.
Graciliano Ramos arrebata a gente nessa vida cheia de miséria e desconforto. Você pensa o tempo todo ?como eu queria tirar esse povo dali? e pior de tudo, quantas pessoas não viveram semelhante desgraça neste mundo?
Fabiano, o pai, marido, que foi marcado pela dor da criação, da seca, da pobreza, era um homem duro, mas de um coração bom que por vezes eu pensei ?oxe, se fosse eu, fazia era coisa ruim?, mas ele não, se via como covarde, mas na verdade só era boa gente.
Cada personagem aqui é descrito de uma forma maravilhosa, mas confesso que Baleia me pegou no coração. E se preparem, porque tem uma parte específica aqui que eu chorei e não foi pouco.
O livro é triste, é lindo, é fácil de ler, é rápido, mas deixa uma lição valiosa para toda vida.