Resenhas - Histórias Não (Ou Mal) Contadas

Igor Almeida 27/12/2018

Baseado na capa infantilizada (entendo que tenha sido um chamativo do marketing), eu realmente não esperava muito. No entanto o livro se mostrou extremamente informativo, apesar de superficial; na verdade o livro é para o público informal, não técnico, então é perfeito ao que se propõe e faz milagre em 200 páginas.
Me deu ainda um pouco mais de noção a respeito do que a escravidão representou na formação das sociedades atuais (em todos os lugares e épocas) e me tirou um pouco do foco da escravidão negra - que é natural que todo brasileiro tenha, afinal foi a nossa realidade e é o que se mostra em todo livro de história, filme ou novela - mas sem esquecê-la.

Dallaz.leandro 09/06/2023

Interessante e triste
Gostei bastante do livro. De fácil leitura e entendimento. No livro o autor nos apresenta todos os aspectos de escravidão ao longo do tempo e do mundo. Mostrando que a escravidão não está restrita a apenas um grupo étnico, como normalmente pensamos. Mas mostta que ela é bem mais ampla do que imaginamos e que infelizmente esse tipo de situação esta longe de terminar.
Livro feito para leigos no assunto, mas que amplia nossa mente para esse tipo de situação. Interessante e triste ao mesmo tempo.

Daniela.Flores 27/04/2020

Contexto histórico e embasamento
Ele é bem detalhista, sem se alongar demais e tornar a leitura cansativa. O contexto histórico de cada um dos fatos apresentados é sempre evidenciado, o que facilita a compreensão dos casos e a melhor percepção. A citação de todas as culturas que fazem as práticas analisadas faz com que tenhamos todo um embasamento antropológico, político e social.
Um dos aspectos que mais chamou atenção foi a utilização do costume de mutilação feminina genital, pois é sempre associado aos países do continente da África, só que vizinhos nossos também o fazem em tribos: índios latino americanos. Sempre divulgada como remoção parcial ou total do clitóris, não é só isso: o livro coloca em ênfase que também pode consistir na remoção dos lábios inferiores e grandes lábios. deixando apenas um buraco para urinar e tornando a dama mais suscetível a doenças transmissíveis e dores na região. O mais marcante é que a valorização desta para arrumar casamento é perpassada pelo costume horrível.
Outra prática bem usual no Afeganistão e outros países do Oriente é a presença de Bacha Bazi(menino joguete) em vários postos de polícia e locais de ricaços. Consiste em sequestrar um menino em torno de doze a dezessete anos, educá-lo na dança, canto e tocar instrumentos, e mantê-lo como escravo sexual de outros homens. Pasmem: Homossexualidade não é permitida nesses países, mas...eles não consideram homossexualidade uma relação entre um menino sem barba e um homem mais velho. O pior que muitos quando crescem entram em rede de prostituição ou agenciam outros meninos. E manter atitude passiva nestes países na idade adulta significa desonra para a família dele.
Ainda por cima, as meninas são proibidas de se comunicarem com quaisquer homens que não sejam da família, e isto inclui médicos. O namoro inexiste antes do casamento.

Matheus 18/04/2024

A verdade nua e crua sobre a escravidão
A humanidade é realmente cruel, com todas as formas que encontrou em escravizar o próximo, de maneira a acabar com a liberdade e comercializar seres humanos.

Roberto 03/10/2018

Interessante!
Abordagem interessante de uma página negra da história universal. Infelizmente ainda temos a escravidão moderna.

David 09/03/2019

Lado triste do ser humano.
As páginas desse livro nos leva a conhecer um pouco mais sobre as monstruosidades praticadas pelo ser humano contra o seu semelhante no tempo passado e que infelizmente é presente em algumas sociedades atuais.
É triste ainda saber que isso ocorra, e que crianças e mulheres ainda são as mais vulneráveis vítimas dessa barbárie que é a escravidão.

Bibi 20/06/2019

Resenha originalmente publicada no @floreioselivros
RESENHA | Li o livro "Histórias não (ou mal) contadas ? Escravidão, do ano 1000 ao Século XXI ? do autor parceiro @rodrigo.trespach, gaúcho, historiador, pesquisador e escritor, autor de 11 livros.

Do gênero não-ficção, publicado em 2018 pela editora @harpercollinsbrasil, é um livro curto de apenas 200 páginas, o que é quase um milagre o autor conseguir sintetizar séculos de acontecimentos e informações em tão pouco espaço, e com uma linguagem tão fluída e acessível a qualquer pessoa.

Mas o livro ser fluido e curto não necessariamente me ajudou na leitura, que é difícil por conta dos fatos reais e cruéis que são trazidos na narrativa.

God! Como está sendo difícil desenrolar esta resenha! Eu iniciei a leitura do livro dia 8 e terminei hoje, 19, mas podia ter terminado há 3 ou 4 dias atrás. Mas, sabe aquele livro que é bom e vai acabar logo e você não quer acabar porque quer saber mais, e ele é difícil de ler, e ao mesmo tempo que você quer ler não quer voltar pra aquele mundo?
Confuso né? Pois é. Vou ser mais direta.

Rodrigo Trespach veio pra dar um tapa na cara do leitor, porque esse livro quer alertar, informar, te tirar completamente da zona de conforto, te fazer entender como é que sempre funcionou realmente o mundo, te mostrar que o buraco é mais embaixo, que a história é mais profunda e tem muitas coisas que a gente PRECISA saber. Urgente!

A escola nos ensina tão por alto a história da escravidão que você vai se sentir um idiota desinformado. Eu me senti. E olha que sempre gostei de história. Mas estou aprendendo que a história na escola é só uma pontinha de iceberg, bem minúscula.

Todos que não querem continuar a ser ignorantes (no sentido de não saber da realidade mesmo), precisam ler esse livro.

Não vou dizer que vai ser fácil, é difícil de digerir, porque sabemos que trata da história do que aconteceu (é acontece) de verdade, com pessoas reais. Ainda bem que o autor não é tão descritivo, pois existem várias formas de escrever que alguém era açoitado, por exemplo, quem já leu Outlander sabe. Rodrigo traz os fatos sem fazer escorrer sangue no livro e eu agradeço por isso. Só os fatos já são terríveis o suficiente.
É tão necessário esse livro.
Falamos e ouvimos tantas bobagens sobre o assunto Escravidão, e a ignorância tem sim consequências!

Muitos cidadãos alemães, por exemplo ignoravam que, ainda antes de estourar a 2ª Guerra Mundial, existiam 21.400 humanos prisioneiros em campos de concentração, como trabalhadores escravos na indústria alemã.

Você sabia que mesmo antes de Colombo e Cabral chegarem nas Américas já existia escravidão por aqui?
Ou que milhares de chineses foram escravizados no Perú?
Que na África já existia o maior comércio escravo muito antes da escravidão negra nas Américas começar?
Que povos escravizaram o próprio povo?
-> Que o Brasil tem hoje cerca de 161 mil escravos?
Que o Estado Islâmico escraviza sexualmente meninos menores de idade? Estou falando de CRIANÇAS.
Que tráfico de pessoas para exploração sexual é escravidão, nunca paramos pra assmiliar isso, não é?!?

Pois comece. Essa situação ainda existe e precisa mudar. Leia esse livro! Choque-se, informe-se, entenda, divulgue!

Nenhum, sério, nenhum povo é inocente, todas as etnias, povos, escravizaram e foram escravizados em algum momento da história.

As mudanças começaram a realmente acontecer há poucos anos, dos aos 80 pra cá. E ainda existem milhões de seres humanos escravizados no mundo!
Não existe "spoiler" pra esse livro, porque isso você, eu, já deveríamos saber.

Precisamos desenvolver nossa empatia e fazer pelo menos o mínimo, se informar.

O papel do historiador é um dos maiores e mais importantes do mundo. Esse livro é fundamental para nós sairmos da ignorância e o mundo sair de verdade e completamente da escravidão algum dia. A voz que esse livro levanta é fundamental para a população se conscientizar.
Dá voz aos tantos escravizados e aponta nomes de escravizadores. Isso é preciso.

Não nos enganemos, há um árduo caminho pela frente!

Alguns adjetivos que anotei durante a leitura do "Histórias não (ou mal) contadas ? Escravidão, do ano 1000 ao Século XXI": impactante, impressionante, chocante, difícil de digerir. É assustador, mostra o lado terrível, cruel e perverso do ser humano.
De fato havia coisas que eu não imaginava que existiam é muito menos que ainda acontecem.
É um livro importante e necessário!
É um livro explodidor de mentes!
É um livro de História mas também um Livro-Denúncia muito atual!
Quem dera fosse tudo no passado. Vou pensar muito ainda sobre essa leitura.