Nati Amend @livrosdanati 08/02/2020SERIA ESTE O MELHOR FINAL DE TODOS?Preparem-se para muitos surtos nesta resenha. Uma das minhas distopias (ou seria utopia?) favoritas sempre foi O Ceifador. Eu amei com tanta força este livro que, quando chegou a sua sequência, não consegui dar continuidade na leitura. Sabe aquele velho medo da expectativa ser alta demais? Pois é. Só que mesmo lendo A Nuvem quase um ano depois, o tombo que levei foi grande… Mas foi o melhor tombo de todos.
O segundo volume desta história já se diferencia pela narrativa que, ao invés de ser intercalada entre personagens e as páginas de diários antigos, dessa vez é dividida entre eles e a Nimbo Cúmulo — uma espécie de supercomputador que controla tudo. Só pela forma como essa “entidade robótica” se expressa e nos elucida sobre o seu poder e onisciência, já percebemos que esta será uma leitura dramática.
Toda a trama de A Nuvem é tão bem construída, tão eletrizante e claustrofóbica, que desde os primeiros capítulos você sente um arrepio no corpo e vai ficando sem ar conforme a história vai se desenrolando. Isso porque você sente lá no seu cerne que algo vai dar muito errado... e algo realmente dá muito errado.
É possível notar também a evolução dos protagonistas, que foram moldados pelos acontecimentos do livro anterior e que, agora como ceifadores, precisam efetivamente coletar vidas. E a forma como cada um dos personagens irá realizar suas missões e assassinatos, dirá muito sobre seus caráteres e motivações; é nítido o amadurecimento dos dois. Outro ponto positivo é o romance nessa continuação, que está presente mas não é o foco do relacionamento dos protagonistas.
Mas meus caros, eu não estava preparada para O GRITO que foi este final. A intensidade com que o autor narra os acontecimentos é tão grande e o plot do enredo é tão absurdamente chocante, que você termina o livro fazendo uma única coisa: aplaudindo Neal Shusterman. Simplesmente genial. Definitivamente, o melhor final que já li.
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