Dicionário da escravidão e liberdade

Dicionário da escravidão e liberdade Lilia Moritz Schwarcz
Flávio dos Santos Gomes




Resenhas - Dicionário Da Escravidão E Da Liberdade


6 encontrados | exibindo 1 a 6


Gabriel.Henrique 14/02/2024

Este livro é essencial para quem quer aprender sobre a escravidão no Brasil, é fácil de ser entendido e sua mensagem é forte e presente, Schwartz é sensacional tem o meu mais profundo respeito, que historiadora excepcional.
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m.dalri 17/11/2023

Muito bom a forma que o livro é escrito, é perceptível que foi pensado que pessoas comuns vão ler e não apenas acadêmicos. Esse livro deveria ser leitura obrigatória
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Vanessa.Coimbra 08/12/2022

Este é uma leitura que você deve realizar aos poucos e ao longo dela você conhece vários aspectos da história brasileira e mundial, além de fatos e visões deste período sombrio. Por ser artigos de pessoas/pesquisadores diferentes a narrativa varia também.
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Paulinho 20/07/2021

Se você tiver que ter apenas um único livro de historiografia na sua estante que seja este.
Eu sou formado em licenciatura em História pela Universidade Federal da Bahia, 2017, e Bacharelando em História pela mesma instituição, portanto, gosto imensamente de inúmeras obras historiográficas, para citas alguns favoritos em ordem de apreciação tem-se: “A hidra de muitas cabeças”, “Eichmann em Jerusalém um relato sobre a banalidade do mal” (não propriamente historiografia, mas muito importante e usado por nós), “Sexo, Desvio e Danação”, “Fios da Vida”, “O queijo e os vermes”, entre outros.

Mas o Dicionário da Escravidão e Liberdade se inscreve não apenas como um dos meus livros historiográficos favoritos, mas mais necessário. A riqueza de temas, abordado por especialistas faz dessa obra um verdadeiro primor, ao invés de tentar dar conta de uma história longa como fez em Brasil: uma biografia, Lilia Schwarcz e Flávio Gomes, optaram por dar vez e voz, a pesquisadores e pesquisadores que pesquisam esses temas há anos. Isso fez toda a diferença. Os verbetes são curtos, palatáveis e com dados fundamentais, se você é professor ou professora é ótima ferramenta para ir além do livro didático. Se você for pesquisador/pesquisadora, pode ajudar a definir, afunilar temas de pesquisas, descobrir, referências e interlocutores, e se você for apenas um brasileiro sem nenhuma formação na área de Ciências Humanas, Letras ou Direito, esta obra ainda é para você. Acessar a História ou melhor a historiografia, é um direito humano, um exercício de Cidadania.

Outro aspecto importante é o fato de muitas pessoas falarem da História pelo que se lembram de seus ensinos fundamentais e médios, como se a História, como qualquer conhecimento, inclusive e sobretudo o científico, possui historicidade, temporalidade, mudam e desenvolve-se a partir de novas fontes, métodos e tecnologias. E se você é um militante de rede social, alguém que se coloca contra injustiças e muitas vezes aborda temas sensíveis, é importante ler, mesmo querendo ajudar muita gente, reproduz muita desinformação nas redes sociais, até mesmo youtubers grandes e dos quais gosto muito.

Minha história com o Dicionário da Escravidão e Liberdade começa quando eu vejo o livro na Livraria Cultura (em Salvador) e leio os verbetes “Literatura e Escravidão” e “Navio Negreiro” fiquei tão encantado por esses textos que sabia que compraria o livro em algum momento. No mesmo ano, 2018, ocorre a Flipelô, e a mesa de abertura contava com ninguém menos que Lília, João José Reis, professor da UFBA, e Wlamyra Albuquerque, também professora da UFBA e com quem tive o imenso prazer de cursar duas disciplinas. Tratei de comprar o livro na LDM, a mesa começava às 18:00, cheguei na fila ás 15:00, rs. Foi maravilhoso, na sessão de autógrafo, para minha surpresa e felicidade havia mais 4 autores/autoras. Robert Slens, (que era professor convidado pela UFBA e ministrou uma disciplina para a pós), Luciana Brito, Robério Souza, um amigo querido, e se não me engano Luís Nicolau. No mesmo ano fui a primeira vez á FLICA, e numa amostra paralela na UFRB, estavam além de Luciana e Lília, Walter Fraga e Isabel Reis, com quem pude conversar bastante e tirar fotos. Desde então tenho o lido o “dicionário” como um dicionário, dependendo das minhas aulas, dos temas que apareciam em Livros como Amada da Toni Morrison, até que este ano após assistir The Underground Railroad da Amazon Prime Vídeo e pretendo ler Kindred de Octavia Butler, fiz a leitura completa e comentada com várias amigos e amigos.

É isso queria registrar minha experiência com a obra e estimular outras pessoas a lerem. Sei que Laurentino Gomes já publicou dois livros sobre Escravidão e tal, e não vou entrar na questão do mérito de suas obras ou obra, mas queria fazer um convite de se ler mais historiografia, obras escritas por historiadores e historiadoras.
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ELB 05/08/2019

Se você parar para pensar no seu eu lá da época da escola, e pensar no dia 13 de maio, qual evento marca essa data ? Provavelmente, você vai se lembrar da abolição da escravatura.... muito tempo talvez tenha se passado desde que você saiu da escola (ou não) e o livro da resenha de hoje vem justamente para nos fazer pensar um pouco sobre essa data.

Falar sobre escravatura no Brasil é muitíssimo complicado porque existem pessoas que simplesmente negam que esse período ocorreu ou ainda que o Brasil é um país vergonhosamente fundamentado em preconceitos raciais e um abismo entre as classes sociais.

Mesmo com tantos pontos polêmicos que podem vir a enfrentar Lilia M. Schwarcz (professora no departamento de Antropologia da USP) e Flávio Gomes (Doutor em História Social pela Universidade Unicamp) no apresenta um livro sobre uma história que não é uma história fictícia, esse livro é composto por 50 textos críticos organizado por temas sobre os conceitos de escravidão e liberdade indígena e Africana no Brasil.

figura 94. Conjunto representando Negros de diferentes nações.


Em 2019 completam 131 anos da abolição da escravatura, mas o que na escola parecia ser uma data para se comemorar o movimento de resistência Negra no Brasil, nos mostra que é exatamente ao contrario, essa é uma data para nunca esquecer o tratamento dispensado aos que se tornaram ex escravos em nosso país.

" O imaginário coletivo Brasileir, forjado por telenovelas e livros didáticos, entre outros produtos culturais e educacionais, concebe o dia 13 de maio de 1888 como o marco da mudança nas relações de trabalho no país."

Fica impossível nos aprofundarmos em uma única resenhas nos 50 textos selecionados, mas a ideia aqui é trazer esse livro como uma leitura obrigatória para ser feita e refeita durante a vida, aqui nós somos levados a pensar sobre nosso lugar de fala, sobre o conceito de ser livre ou de ser escravo ou ainda sobre "África durante o comercio Negreiro" , "Africanos Livres" , " Castigos físicos e legislação", "Imprensa Negra", "Literatura e escravidão" entre outros recortes.

Esse tema é uma ferida que precisamos mexer e curar; em um dos recortes os historiadores nos contam que 4,8 milhões de escravizados chegaram ao Brasil entre os anos de 1500 e 1850, de todos os escravizados chegados nas Américas, 46% foram destinados ao Brasil.

Quando lembramos o fato que o Brasil foi o último país há abolir a escravidão mercantil, devemos lembrar que ainda há muitos outros tipo de escravidão que está criando um sistema estrutural de desigualdade até hoje. E apesar desse fato ter ocorrido a mais de um século, torná-lo passivo é construir um novo tipo de escravidão velada na atualidade, independente do texto que você ler dentro desse livro, a sensação de contemporaneidade é bem assustadora, não é a toa que a possibilidade de um jovem negro ser assassinado pela polícia nos dias de hoje são infinitamente maiores do que um jovem branco e essa desigualdade não está ligada apenas a segurança, mas também a venerabilidade social como um todo.

"A abolição ocorreu "ontem", se pensarmos em termos geracionistas. No entanto, com os associativismos e a imprensa negra de inicio do XX, com o crescimento dos movimentos contra o racismo, e com a retomada de uma produção acadêmica [...] tal quadro indica novas mudanças. Resta saber como o presente será inventado nas narrativas sobre o passado, e como os projetos de futuro poderão delinear uma nação mais igual e cidadã."

Esse livro é um tremendo presente, uma ótima seleção de recortes sobre o assunto, quase uma obra de arte, o projeto gráfico do livro contém uma jacket que quando desdobrada se transforma num poster e o miolo contém um caderno de ilustrações que dá imagens ao que o texto descreve.
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Moisés 15/07/2019

Escravizados e pesquisa bibliográfica no Brasil
O livro é um dicionário onde cada verbete é escrito por um pesquisador especialista na questão dos escravizados no Brasil. Excelente fonte de pesquisa bibliográfica.
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