Um ano depois

Um ano depois Anne Wiazemsky




Resenhas -


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Tellys 04/06/2021

Leve!
Uma leitura leve e despretensiosa que convida o leitor a partilhar episódios da vida do casal Godard/Wiazemsky, passados entre os anos de 1968 e 1969. Em tempos tão sombrios e com tanta disputa de narrativas, parar para ler esse relato foi uma experiência relaxante e necessária. De certa forma, também, enriquecidos, embora trivial.
Tellys 04/06/2021minha estante
*enriquecedora




Lucas1429 20/12/2022

Um ano depois, terminei.
De trocadilho sútil, mas sincero, digo que Anne representa uma mazela mais despreocupada do que foi a contracultura francesa com a explosão dos protestos de 68. Sendo esposa de Godard, prolífico mas blasé, não seria uma má ideia adentrar em memórias e num material valioso dessas personas históricas. Porém, a leitura soa enfadonha como o próprio cineasta esposo-muso.

Não seria abusivo delinear os relatos todos triviais. Não que precisassem ser ensaios sociológicos, mas muitas vezes é um quase nada mesclado às prerrogativas do que Anne considerou das reivindicações do jovens universitários, políticos e artistas, um momento de subversão.

O marido, condescendente com o movimento em toda sua extensão, é justamente o oposto, se ela vai à praia ao invés de manusear cartazes ou violentar policiais, em concordância à turba de revolucionários, é uma reaça. Enquanto toma pra si toda o peso do mundo e pensa ser ele o salvador. Patético.

É compreensível também a placidez da escrita leve, sem peso consciente na sua maioria, e um pouco distante da valoração daquele momento, Anne era uma flor desabrochando na referência social que sua classe provoca e pelo qual respira. Mas faltou no livro a potência necessária pra seu leitor contemporâneo fantasiar a vivência outrora icônica, ou simpatizar com as cenas do casamento. Posso ser exceção.
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Jo 12/05/2023

Interesting, achei q ia odiar o godard mas no começo tava até admirando o querido mas depois confirmei q ele realmente era maluco precisava d mta terapia. essa mulher deve ter aguentado mta coisa. me senti numa aula do meu curso, lia ouvindo minha prof Jane falando todos os nomes dos diretores (bjs Jane sdds). parecia q ambos viviam nos seus próprios filmes mesmo. muito personagens, deviam imaginar que a vida era seu filme particular (mesmo godard fingindo que não)
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Adriana Scarpin 17/05/2018

Pensa numa autobiografia bem escrita, não só pelo estilo e personagens grandiosos envolvidos, mas pela forma que a autora concretiza seu passado. Todo mundo que gosta de cinema sabe que o Jean-Luc é o típico macho chato do caralho e aqui ele não se apresenta de forma diferente, mas é na forma que a Wiazemsky o retrata que se dá o pulo do gato, tão ético, sem ressentimentos e picuinhas, tão diferente dos livros de memórias que vemos por aí que a leveza que sentimos ao vê-la nas telas é aqui transposto em forma de palavras para descrever aquele ano bombástico de maio de 1968 à maio de 1969 e que não foi apenas uma guinada na história da França, mas que refletiu no microcosmo de Anne e Jean-Luc para o macrocosmo de seu cinema.
De fato uma obra de grande maturidade e de cujo último parágrafo inevitavelmente fez descer uma lágrima pois resume o peso e densidade da autobiografada.
Daniel 24/07/2018minha estante
Eu ia escrever uma resenha, mas a sua já disse tudo o que eu queria.




Pedrohp 09/12/2023

Um Ano Depois
Uma leitura bastante interessante e despretensiosa. Foi interessante se aprofundar um pouco mais nesse período tão importante da vida do Godard que foi o maio de 68, ainda mais pela visão da própria Anne Wiazemsky.
Lendo esse livro deu pra perceber como Godard era, embora um gênio, uma pessoa complicada.
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Juliana Ascoli 11/01/2024

Interessante para quem gosta de ler sobre os acontecimentos de maio de 68 na França. Também pode ser bom para quem gosta de "fofocas do cinema" envolvendo muitos diretores e atrizes da época da Nouvelle Vague.
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jeanrluc 07/03/2023

Pq ela faria isso comigo
"Nossos caminhos profissionais, que já tinham começado a se separar, aos poucos se tornariam maneiras diferentes de conceber a vida, o amor e a morte. [...] O triste fim de nossa história foi banal e privado, deixei de ser uma testemunha privilegiada daquela época. Não escreverei sobre isso."

ai gente que FACADA to muito mal ela foi mto visceral
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Unefemme 24/09/2023

O que dizer sobre esse livro? Se vc quer saber mais sobre a vida pessoal do grande cineasta jean-luc godard esse livro é pra vc. E explora e explica muito bem os acontecimentos de maio de 68 com o ponto de vista pessoal da atriz anne wiazemsky quem tiver interesse nessa época vai gostar do livro também. É uma ótima biografia descobrimos alguns eventos de sua vida pessoal e um pouco mais de sua personalidade
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mari 07/11/2023

Meu nao ficção do ano. apenas comprova o que todo mundo ja sabe: godard era o gênio mais insuportável que ja existiu
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Emerson Dylan 29/12/2023

À bout de Jean-Luc
Pra quem é fissurado pelo que aconteceu em maio de 1968, é um prato cheio. Anne Wiazemsky narra com honestidade suas lembranças - e, nossa senhora, como ela era jovem em maio de 1968. É bastante prazeroso encontrar os personagens do cinema, da política, da intelectualidade que tanto amamos em um relato tão sincero, tão pessoal. Passei a achar maio/68 ainda mais parecido com o nosso junho/13 depois desse livro.
Apesar de ser uma leitura gostosa e rápida, é fugaz, em breve imagino ter esquecido. Só não dá para esquecer o quanto Jean-Luc Godard é um tremendo idiota. Ídolo enquanto artista, jamais negarei, mas um babaca completo enquanto pessoa. A expressão "se perdeu no personagem" nunca coube tão bem a alguém como a ele. Incrível como ele prefere se afastar de todos e de tudo em nome de uma persona inventada e levada ao extremo por aquele mês confuso. Se havia dúvidas de sua pequenez (provas não faltam, talvez a cena final de VISAGES VILLAGES, da Agnes Varda seja a mais conhecida), este livro é quase como um veredito.
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