A tirania do amor

A tirania do amor Cristovão Tezza




Resenhas -


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Marcus 04/05/2021

A Tirania do Amor nos apresenta Otávio Espinhosa, um bancário que está em um momento delicado da vida, enquanto o governo está investigando seu trabalho seu casamento está chegando ao fim. Basicamente acompanhamos os devaneios do personagem principal que se perde em lembranças de sua antiga namorada Teresa, sua esposa (que está na iminência de ser ex) Rachel e seu "affair" do momento, Débora.
Minha nota baixa para o livro se deu porque essa obra simplesmente não me trouxe nada de bom, não acho que o livro tenha sido ruim, talvez eu só o tenha lido em um momento errado.
De qualquer forma quem tiver curiosidade para ler a obra eu recomendo que leia e tire suas próprias conclusões, um dia eu vou revisitá-la, em outro momento.
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dtabach 29/08/2018

Turbilhão mental
Primeiro, uma pequena porém necessária retificação da sinopse da editora: Espinhosa não está de carro, mas a pé.

A diferença não é irrelevante, porque o livro inteiro são turbilhões de pensamentos e memórias, que ocorrem principalmente enquanto o protagonista caminha, a passos contados, os curtos trajetos de um único dia difícil: “Preciso andar, ele disse. Andar me acalma”.

Como é típico dos turbilhões de pensamento, a narrativa é truncada, recorrendo com frequência aos parênteses e travessões para introduzir os constantes saltos no tempo cronológico e psicológico da trama.

Esta falta de linearidade, que pode exigir do leitor alguma atenção adicional até que se pegue o ritmo da leitura, não compromete a qualidade da obra. Pelo contrário, é sua característica mais distinta: o grande ‘barato’ do livro é, justamente, acompanhar a tentativa de Espinhosa de colocar as ideias no lugar durante um dia de completa mudança de rumos, até “uma exaustão feliz”, a que ele chega menos por sua extraordinária capacidade de calcular do que pelo que está além do seu controle.

O livro funciona bem para um leitor despretensioso em busca de um texto bem construído.

site: http://clsirio.org/livros/tirania-amor
Cristine 09/09/2018minha estante
Uma história com apenas um ponto de vista é muito cansativa...




Rodrigo 16/12/2019

A TIRANIA DO AMOR
Um dos melhores livros brasileiros que li este ano, se não o melhor.
Um fluxo de pensamento, um dia inteiro dentro da cabeça de um homem em crise. E muitas verdades.
Recomendo.
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O Ciclista 16/07/2020

Casos de Família
Não achei uma leitura profunda, mas confusa. A ideia passada pelo autor não ocorre de maneira limpa, mas cheia de ruídos. A ideia de colocar um narrador personagem é excelente, mas em certos momentos ocorre um grande vai e vem de pensamentos do passado, que atrapalham um pouco a localizaçao do leitor dentro do contexto. Também é muito rápida a transição de cenários, personagens e contextos, sem uma informação prévia como subtítulos por exemplo. Mas não deixa de ser uma leitura interessante, que reflete bem um pouco da nossa sociedade urbana atual, com uma pegada dos romances americanos dos anos 80, estilo circulo do livro.
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@wesleisalgado 22/03/2021

A matemática da vida por Kelvin Oliva
Otávio, um economista de meia idade na cidade de São Paulo, começa seu dia com a resolução de abdicar de sexo para sempre. Esse seria o mote principal da história,até mesmo por constar na sinopse, porém acaba sem relevância nenhuma. A partir daí, ele nos conta sobre seu casamento prestes a terminar com a advogada Rachel, sobre seus filhos mimados, Luciene e Daniel, sobre sua atual amante, Débora e um pouco sobre seu pai e uma antiga namorada, Teresa. A estrutura da história em forma de pensamentos e lembranças pode cansar um pouco. Tudo ali se passa em um dia, e avançamos e voltamos no tempo daquele dia várias vezes ao longo de um mesmo capítulo. A dinâmica de um dia em São Paulo e em uma bolsa de valores desperta o interesse do leitor, bem como o dom matemático do nosso protagonista. No mais, não havia expectativa da minha parte com livro, então acabou sendo uma história correta e deveras adulta.
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Izabel.Cristina 09/08/2020

Inicialmente o livro me deixou muito confusa, o estilo de escrita do autor foi me cativando e encantando aos poucos. Os constantes momentos de reflexão do personagem principal no decorrer do dia me fez perceber como esses devaneios são mais comuns as pessoas da vida real do que é esperado. Pensar e associar diferentes coisas e momentos é inato do ser humano de tal forma que fazemos isso sem perceber. Me conectar a essa versão vívida do que são os nossos pensamentos foi bem complexo a priori mas no fim foi muito prazeroso.
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a-mada 13/02/2021

"Não existe liberdade da cabeça, somos escravos perpétuos dela."

A tirania do amor foi o primeiro contato que tive com o trabalho do Tezza, sou uma leitora iniciante, acredito que isso influencie consideravelmente as minhas avaliações.  Demorei algumas páginas pra acostumar com a forma de escrita do autor e, só depois disso, me encantar por ela. O narrador é "duplo", hora em primeira pessoa, hora em terceira pessoa. A experiência da leitura é como adentrar a mente de um homem em crise existencial, as lembranças do passado ocorrem como um gatilho aos acontecimentos presentes. Da mesma maneira que acontece na nossa cabeça ou, pelo menos, na minha haha. Isso faz com que a leitura requeira um pouco mais de atenção, mas não chega a ser densa. Confesso que considerei muito mais isso (a forma da escrita) na minha avaliação do que o conteúdo que, na minha opinião, deixou a desejar quanto ao que promete. Nenhuma das ideias centrais da sinopse são profundamente desenvolvidas no romance, isso me causou uma frustração, já que o que me atraiu para a leitura no final das contas nem precisaria ter sido citado. No máximo uma abordagem bem superficial da coisa, principalmente no que se refere a abdicação sexual.
Aos que pretendem ler, é interessante ao final da leitura se perguntar: por que o título é "a tirania do amor"? Fui um pouco mais grata pela leitura depois de refletir nisso.
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Tiago 02/05/2020

A tirania da forma
É mais fácil de se compreender"A Tirania do Amor" quando se percebe que sua forma (sua feição técnica, bastante madura, vale salientar) vem sendo exercitada dentro da obra de Tezza desde "Um Erro Emocional", talvez, com voos mais radicais (embora ainda não tão bem sucedidos, pelo menos no caso do primeiro, que li), em títulos como "O Professor" (2014) e "A Tradutora"(2016). Trata-se de uma narrativa espiralada (há uma mestra contemporânea nisso e ela se chama Elvira Vigna), centrada num mote episódico e em variações ou digressões circulares do narrador em torno dele, à medida que a narrativa avança, com seus personagens e suas ações.

À diferença do que ocorria em Vigna, porém, em Tezza este belo artifício técnico (por mais bem executado que seja) soa como mera firula quando a serviço de um enredo pífio, e de personagens um tanto translúcidos e caricatos - que parecem única e exclusivamente conspirar à trama urdida em torno do seu protagonista. Colocando em termos de firula, é a diferença entre um Ronaldinho Gaúcho e um Neymar: este dá o drible antes de ser derrubado, aquele dá o drible antes da assistência para o gol.

Não mais de uma vez, o próprio Tezza já lamentou sua falta de capacidade imaginativa (vide o prefácio de "Beatriz", próximo livro que resenho). É uma autocrítica injusta a romances como "Trapo", "O Filho Eterno" ou "A Suavidade do Vento", que talvez sejam narrativas antípodas da própria experiência do Tezza autor, na ficção, mas ainda assim: são narrativas impossíveis de serem realizadas por uma capacidade imaginativa limítrofe.

O que acontece em "A Tirania do Amor" é mais digno de mea culpa: Otávio Espinhosa é um economista um tanto macaqueado, com seu talento de extrair a raiz quadrada de toda e qualquer sequência numérica que apareça à sua frente. Paira sobre ele os clichês ou da narrativa pré-bolsonarista (que já começa a se consolidar, com seus gurus lunáticos que tentam transpor para as páginas o personagem real Olavo de Carvalho - aqui representado pelo próprio Espinhosa, ou o seu alterego Kelvin Oliva) ou da narrativa do próprio Tezza (o casamento fracassado e as fantasias homicidas do marido, bem como o filho disfuncional - presente aqui numa caricatura dispensável do militante de esquerda, muito mais contaminada pela frustração de Tezza com a esquerda que influenciada por sua habilidade de criar tipos humanos).

É possível se abstrair tudo isso e ter uma experiência de leitura, do fluir do texto e do fruir o texto (óbvio: são anos de um patrimônio ficcional investido aqui, de um escritor de atributos incontestáveis), mas o substrato é ainda pouco para ser considerado fora da alçada da forma. É a tirania dela, o desafio de encará-la, domá-la e domesticá-la, que talvez leve o próprio Tezza a considerar esta sua obra-prima. O raciocínio nunca foi tão distante do que pensa o seu leitor, e me lembra um García Márquez mais deslumbrado com seus livros técnicos (e ilegíveis) que com os seus mais sublime e legíveis (e tão técnicos quanto, embora de uma técnica que ele se esmerasse em dominar e virar as costas).

Saudades do velho Tezza, para o qual o novo Tezza virou as costas.

site: https://medium.com/@tiagogermano/a-tirania-da-forma-5135b4b74db
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Valmor 04/05/2020

A tirania do amor
Um romance de um autor brasileiro contemporâneo, aclamado pela crítica pela sua obra "filho eterno".
Nesse mais novo livro de Cristovão Tezza, o personagem principal pensa inicialmente em abdicar da vida sexual, após descobrir a traição de sua esposa.
Toda trama se passa em um único dia, com um turbilhão de pensamentos do economista Espinosa, tendo como pano de fundo a matemática e economia, faz críticas ao cenário político brasileiro, tem uma relação conflituosa com seu filho militante político, e encontra paz e suavidade com sua filha, e refúgio em sua amante, revive ainda sua carreira acadêmica fracassada e o lançamento de seu livro de auto ajuda com um pseudônimo.
Em a tirania do amor, pelo vai e vem das situações, o ritmo alucinante de escrita, tive q ler em voz alta para acompanhar as mudanças de cenário dos pensamentos do autor, senão me sentia perdido na trama. Ele se utiliza do sexo como pano de fundo para evidenciar a falência do amor e das relações familiares conturbadas
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bricyo murilo 09/06/2020

Esse livro é baseado em um turbilhão de pensamentos do personagem Otávio, narrando as relações em todas as esferas possíveis. Esse autor trabalha muito com a cronologia dos fatos em um mesmo parágrafo, assim, em apenas 1 deles você pode ter uma conversa do passado com uma fala do futuro, ou um acontecimento presente. Ele BEM psicológico. Confunde, mas depois você ganha o ritmo.
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Marquinho 03/06/2020

*A TIRANIA DO AMOR*

(???) Vidas profissional e pessoal que fracassaram para o protagonista dessa história. Com uma narrativa arrastada, entrecortada com fatos e análises, o livro conta os problemas vividos pela personagem diante de ameaça de demissão e do fim do casamento. Embora bem temporal a narrativa possui também seu perfil atemporal. É um enfrentamento dos próprios fantasmas e do momento de tomada de decisão, que obriga seguir em frente lutando e encarando o dilema: que caminho seguir. Uma narrativa bem construída mas que exige foco do leitor. Válida como conhecimento de obra-autor mas sem recomendações futuras. (???)
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Ely 05/12/2020

"Pensou em caminhar até em casa... mas permaneceu imóvel."
O livro é narrado na perspectiva de Otávio, que está passando por situação difícil no trabalho e em casa. Com isso, ele fica divagando sobre sua vida, tentando encontrar motivos para alguns acontecimentos, se deixando levar por outros. Como acontece na vida.
O que não gostei muito foi a forma da narrativa, ele passa do presente ao passado, de uma lembrança ao presente momento, de um momento no futuro a outro de agora tudo em uma única página, às vezes em um parágrafo. De repete abre um parêntese para um comentário tão grande que quando volta ao princípio da conversa - lembrança - eu já nem sabia mais ao que ele estava se referindo. Como vi em um comentário, entendi que ele escrevia como é o nosso pensamento, uma confusão de ideias muitas vezes desconexa, e é mesmo, mas isso em narrativa me deixou muito confusa.
3 estrelas pois sou grata por todas as experiências na vida, inclusive das que não me agradam tanto.
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gui almeida 25/12/2020

Tirano que nada
Esse livro pode ser resumido por um tweet e uma poesia que li esses dias. ?Nada aborrece mais do que um homem branco falando de economia?, e o Drummond, quando disse ?se os olhos reaprendessem a chorar, seria um dilúvio?.
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