eduardaalvesz 28/05/2020Eu consegui aproveitar o livro do meio para o final, porém a primeira metade em muitos momentos não faz sentido, de uma forma bem comum em livros ?debut? de fantasia. Os personagens tomam muitas atitudes que são obviamente burras só para manter o plot caminhando, e apesar de eu ter gostado da jornada no final eu sempre lembrava que ela não teria acontecido se os protagonistas tivessem pelo menos um neurônio pensante. O Alfie principalmente, mas a Finn, que é uma ladra que teve que se virar sozinha por muitos anos, deveria ser mais inteligente; várias cenas da Finn eu conseguia imaginar a autora falando "nossa com certeza vão achar ela super badass nesse momento", mas ela (Finn) só estava sendo inconsequente mesmo. Eu também não gostei do uso do termo "magia negra", que é bem racista. Eu entendo que a magia no mundo de Nocturna tem diversas cores, mas será que a magia das trevas não poderia ter sido, sei lá, roxa?
O livro também toca em algumas questões como colonização e desigualdade de classes, mas não é uma discussão muito profunda, bem comum em livros YA mesmo.
Apesar disso, eu consegui me apegar aos personagens e ao relacionamento que está sendo desenvolvido entre eles, e a forma como o livro acaba me deixou com vontade de ler o segundo. Eu também gostei da ideia do ?proprio? e da magia ter cores diferentes para cada pessoa, além da parte elemental, que é um tipo de magia que eu adoro. É um sistema mágico interessante.
Enfim, é um livro bom apesar de clichê em termos de desenvolvimento, e ter um mundo fantástico baseado em uma fração da cultura latina foi o ponto alto da autora aqui. Eu recomendo se você procura uma história que te entretenha sem ser muito crítico em relação a ela.