O Véu

O Véu Luis Eduardo Matta
Luis Eduardo Matta




Resenhas - O Véu


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Betânia 09/09/2010

Do Rio a Teerã
A mistura de ficção e realidade é uma marca registrada na obra do escritor carioca de origem libanesa, que desde 1990 estuda a política do Oriente Médio. Em “O véu” – sétimo livro da carreira de Luis Eduardo Matta, que é reconhecido com um dos expoentes do romance de suspense não-policial do Brasil – os bastidores do rico mercado de arte se cruzam com as sórdidas entranhas da turbulenta política do Irã. A obra marca a estreia de Luis Eduardo Matta na Primavera Editorial, após ter livros publicados por editoras como Ática e Planeta.

Do Rio de Janeiro a Teerã, passando por Genebra, “O véu” possui uma narrativa eletrizante, na qual o ponto de partida é o leilão, no Brasil, de uma misteriosa tela a óleo, chamada “O Véu”. Condenado por lideranças muçulmanas por retratar uma mulher seminua usando o véu islâmico, o quadro tem uma trajetória marcada por sucesso, polêmica, intriga e tragédia. Diversas pessoas tiveram a morte associada à obra – inclusive o pintor, Lourenço Monte Mor. Resultado de minuciosa pesquisa sobre o Irã, “O véu” é uma obra atual, que transpôs para a ficção a história recente de um país marcado pela polêmica.
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O resenheiro 26/09/2020

Mistérios e segredos em torno de um quadro.
Muitos segredos podem ser revelados em torno de uma pintura chamada "O véu". O que achei muito interessante foi a forma de concatenar diferentes estórias que se passam em vários lugares do mundo (Rio de Janeiro, Teerã, Genebra, e muitas outras cidades são citadas). Tudo acaba se explicando ao longo do livro, muito bem contado e com um bom desfecho. Recomendo a leitura.
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Marcinhow 01/11/2010

marcinhoweoslivros.blogspot.com
Araci está indo visitar seu tão amado sobrinho Lourenço Mont Mor, ao chegar lá, ele lhe mostra seu ultimo quadro, sua obra prima, O Véu, Araci fica sem reação ao ver o quadro que parecia estar vivo, os olhos da mulher pintada no quadro parecia olhar e entrar na mente de Araci. Ela não sabia, mas aquele quadro mudará toda a sua historia.
Araci comanda uma casa de leilões, e está preparando um grande evento para leiloar belíssimos quadros, inclusive o O Véu, que fora cruelmente criticado pelos críticos e pelos lideres do islamismo, pois o quadro supostamente denegria a imagem da mulher mulçumana, e também supostamente foi o motivo da morte do seu autor, Lourenço Mont Mor. Mas antes do leilão, a cada de leilões Quintanilha sofre um atentado, e no dia do leilão o quadro O Véu é roubado...

Para Continuar lendo esta resenha, acesse:
http://marcinhoweoslivros.blogspot.com/2010/11/o-veu.html
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Sumie 04/08/2010

Ótimo!!!
O livro tem uma história que chama a atenção do começo ao fim,a cada acontecimento eu ficava mais e mais curiosa para saber que segredo era esse que "O Véu" guardava.Muitas vezes eu achava que já tinha solucionado o mistério,mas a cada página que eu avançava,surgiam acontecimentos novos, e em determinado momento da leitura,eu fiquei imaginando,será que todos esses acontecimentos,personagens e elementos apresentados,farão algum sentido na história.E a resposta me veio nas últimas páginas,com um final surpreendente.

O Luis conseguiu criar uma história que deixa o leitor envolvido e curioso para saber,o que vai acontecer nas próximas páginas.Além de nos fazer conhecer mais sobre as artes,através dos ricos detalhes,que são descritas.É uma história muito bem contada,que prende o leitor.E não deixa em nada a desejar para as histórias internacionais.

http://fadadoslivros.blogspot.com/2010/08/o-veu.html
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naniedias 26/08/2010

O Véu, de Luis Eduardo Matta
Aracy Quintanilha é uma mulher vivida. Ela sempre trabalhou com arte e gosta muito do seu trabalho. Hoje ela é a responsável por uma das maiores casas de leilão de arte do Rio de Janeiro - a Casa Quintanilha. Gosta do que faz, mas não dessa vez. Ela irá leiloar, dentre muitos outros itens o quadro "O Véu", pintado pelo seu sobrinho Lourenço Monte Mor.
Há dois anos, Lourenço morreu em um incêndio na casa de praia onde morava. A polícia arquivou o caso, mas, na época, houve rumores de que uma facção terrorista - a Azadi - estaria envolvida na morte do rapaz. Tudo por causa do quadro "O Véu", que havia sido considerado uma afronta ao Islamismo. Aracy não tinha gostado do quadro desde o primeiro momento em que o vira, mas não imaginava tudo o que aconteceria por causa dele.
O quadro havia sido dado como queimado após o incêndio que vitimou o seu pintor. Mas na verdade, ele havia ficado guardado na casa de Araci, a pedido do cunhado, durante todo esse tempo. E ele só ia a leilão por um pedido do cunhado. No fundo, ela se sentia aliviada por se ver livre do quadro.
Mas as coisas não seriam tão simples.
Na noite anterior ao leilão, houve uma pequena explosão que danificou o telhado do prédio onde seria feito o leilão. E uma das paredes havia sido pichada com um recado em persa. Seria a Azadi mostrando novamente suas garras por causa do quadro?
Araci estava apreensiva, ela pressentia que as coisas não iam bem. Mas não poderia imaginar o turbilhão de coisas que aconteceriam na sua vida.

O que eu achei do livro:
Eu adorei o livro! Cheio de mistérios, intrigas, viagens - o livro é delicioso! Acompanhar os vários personagens, a princípio, sem entender muito bem sua ligação, é ótimo!
Luis Eduardo Matta mais uma vez conseguiu me surpreender com um thriller maravilhoso, repleto de ação!
Se você é fã do gênero, essa é uma leitura obrigatória. O Véu não é cercado por apenas um mistério, e eu adorei isso. São vários acontecimentos que vão sendo desvendados aos poucos e as descobertas são incríveis. Me arrisco a dizer que é impossível desvendar os segredos que cercam a trama antes da hora certa (que é quando o autor revela).
O livro se passa no Rio de Janeiro, Genebra, Paris e Teerão - ou seja, uma viagem literária deliciosa entre esses países. Outro detalhe que eu gostei muito foi a imersão na cultura do Irã, que acontece aos pouquinhos e de maneira acanhada. Mas, para o leitor atento, são bastante informações nas entrelinhas sobre essa cultura que é tão diferente da nossa.
A linguagem do livro não é difícil, mas a história é bem grande - mais de 500 páginas. Entretanto, como a trama é muito boa e envolvente, lê-se rapidinho.

Nota: 9
Dificuldade de Leitura: 8

Veja mais resenhas em: http://naniedias.blogspot.com
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Renato Klisman 13/06/2011

By: http://rkbooks.wordpress.com
Assim como o quadro O Véu foi a obra-prima de Lourenço Monte Mor, este livro com a mais absoluta certeza é a obra-prima de Luis Eduardo Matta.

Um quadro com uma suposta maldição. Todos os que colocaram suas mãos nele morreram de alguma maneira, inclusive seu autor, num incêndio que ninguém sabe se foi ou não criminoso. Todos acreditavam que O Véu havia sido destruído, que sua maldição havia sido invalidada juntamente com seu criador. Porém todos estavam enganados.
O Véu permaneceu durante anos guardado por Araci Quintanilha, e num belo dia ela resolve colocá-lo em sua casa de leilões, a Casa Quintanilha. Mas as consequências geradas por um simples leilão mudam a vida dela para sempre.
Um grupo terrorista chamado Azadi, praticamente renasce das cinzas e começam a perseguir Araci e seu marido. Sem alternativa ela acaba fugindo do Brasil, mas as coisas só tendem a piorar.
A perseguição não termina, cada rua, casa ou prédio representa uma ameaça. Eles estão em toda parte, Araci não vê outra escapatória além de investigar, antes que a Azadi perca de vez a paciência e resolva eliminá-la.
Todos os personagens correm em uma direção, sem saber que servem à um mesmo propósito. Todos estão interligados. E talvez a única pista para resolver tudo isso esteja no Belo e Aterrador quadro O Véu.

Uma trama bem feita, cheia de suspense e reviravoltas alucinantes. Prepare-se para temer e ansiar por cada virada de página.

Um livro que vicia mais rápido que as drogas mais viciantes.

Comparar Dan Brown com Luis Eduardo Matta seria um sacrilégio. Matta é mil vezes melhor!

A Capa: Média. Na verdade achei que a capa não mostra todo potencial do livro. E aquele efeito de sangue em cima das letras não ficou legal. Podiam ter deixado somente o efeito perto da capa da mulher, ou então usado um outro efeito de sangue nas letras, já que fica na cara que usaram os mesmos respingos. Desculpa a sinceridade, mas preferia que não tivesse aqueles sangues ali.

Comparando os Livros: Luis Eduardo Matta, tem outros títulos publicados no Brasil, entre eles 120 HORAS e IRA IMPLACÁVEL, ambos abordam como tema principal o Oriente Médio.
Comparando o Véu com os outros dois livros, o Véu ficou muito melhor (Olha que já diziam que tudo melhora com a prática), não estou dizendo que os outros são ruins, pelo contrário são muito bons, mas o leitor precisa ter um pouco de paciência para passar pelas primeiras páginas, que são um pouco monótonas (Isso dependerá do tipo de leitor, eu mesmo não tenho problemas para passar os começos calmos em-que-nada-acontece, mas tem gente que simplesmente abandona o livro por não ter paciência). Mas depois disso o livro acelera e a trama passa a envolver mais o leitor.
O Véu ficou melhor foi basicamente nisso, a trama já começa acelerada e só acalma mesmo no final, isso faz com que os será-que-nada-acontece-nesse-livro sintam-se incentivados a prosseguir na leitura.

Uma palavra que definiria o livro: Cobiça.

Um Acontecimento Marcante: Sabiam que eu quase perdi o meu O Véu? Pois é, inacreditável não?
Era dia de pagamento, ou seja, fui no banco sacar o dinheiro. Como sempre eu estava com um livro na mão, desta vez era O Véu. Aí, coloquei o livro no canto do caixa eletrônico e iniciei os processos para retirada do $$.
Peguei a bufunfa e saí do banco.
– espera aí! Esqueci de algo não?
Saí do banco e fui trabalhar. Cheguei no serviço mais cedo. A porta ainda estava fechada. Resolvi terminar de ler O Véu (faltavam umas 30 páginas). E então.
– Cadê O Véu????
Procurava em tudo quanto é canto e não achava o livro. Aí lembrei.
– O Banco.
Corri, corri, corri, corri...(Coloca mais uns 200 “corri”) até o banco. Cheguei lá feito um poodle molhado. Fui até o caixa e...
– Cadê o livro???
Vi a faxineira do banco e perguntei: – Você não achou um livro aqui não?
Pela cara dela deduzi que ela estava começando a me odiar. Ela falou: – Qual o título do livro.
Respondi: – Hum... É... (Acreditam que me deu um branco?) É... Lembrei! É O Véu!
A faxineira fez aquela cara de porquê-você-não-deixou-ele-pra-mim? Entrou lá dentro da agência e me trouxe o livro.
O peguei. Agradeci e corri pro trabalho. Já que eu estava beeem atrasado.
Pelo menos a correria valeu a pena.
Terminei de ler O Véu!
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Murphy'sLibrary 19/01/2011

O Véu foi o primeiro livro brasileiro da atual leva literária lido por mim que passa de 300 páginas, eu acho. E passa com louvor, contando uma história que, por mim, poderia ter ido ainda mais longe. Com uma narrativa muito bem construída e personagens com personalidades extremamente bem delineadas, Luis Eduardo Matta conseguiu escrever uma história intrincada e extremamente original.

A primeira coisa que me passou pela cabeça ao pegar o livro na mão, assim que o carteiro me entregou, foi que a ideia do livro me lembrava um pouquinho de Dan Brown. E eu fiquei meio assim. Eu gosto de Dan Brown, até o ponto final do primeiro livro que li dele. Depois, foi só repetição. O Véu me surpreendeu porque não é uma repetição de nada que eu já tenha lido.

Existem diversos elementos na história—em parte, as questões políticas dela, muito bem colocadas, por sinal—que são elementos já utilizados, sim, mas Matta conseguiu fazer um encaixe maravilhoso em sua história, narrada de tantas perspectivas diferentes, mas se encaixando e sendo interpretadas de uma maneira tão genial. A ideia de dividir o livro em partes—e que bela divisão—deu à história um sentido ainda melhor!

O mais interessante é que a primeira parte da história, introduzindo Araci e O Véu, é pequenina e especialmente importante. Suas poucas páginas são quase como um presságio da história que está por vir.

Sou apaixonada por histórias instigantes, e acredito completamente que apenas livros instigantes merecem muitas páginas. Por isso que afirmo que O Véu merecia, sim, algumas a mais. As organizações que embasam a trama são ricas em detalhes e histórias, todas muito bem fundamentadas e centradas com personagens extremamente misteriosos. Somos enviados, durante toda a história, a uma trama cheia de desconfianças. O livro é do tipo que você não tem vontade de largar com medo de que o simples fato de se afastar um pouco vá fazer você perder algum detalhe importante. É um livro muito inteligente, sem sombra de dúvidas.

O único motivo pelo qual o livro não recebe cinco livros de classificação se dá ao fato de que, na minha opinião, a revisão poderia ter quebrado alguns parágrafos explicativos de maneira a dar fluência ao texto. Enquanto são todos necessários, alguns são demasiadamente longos. Não atrapalha muito o ritmo da história, mas, na perspectiva de diagramação, pode vir a tornar o texto um pouco cansativo de ser livro. Mas como enredo? Nota 10.
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Vivi 25/04/2011

O Véu - Luis Eduardo Matta
Esse sem dúvida é o suspense mais fantástico que já li na Literatura Brasileira!! Com uma trama tensa, inteligente, envolvente até sua última página, é o tipo de livro que não se consegue parar de ler e o desfecho da história é simplesmente surpreendente!!!

A história gira em torno de uma Tela que estará a venda em uma casa de leilões no Rio de Janeiro, essa tela esconde um mistério impressionante, pelo qual diversas pessoas já morreram. Araci Quintanilha nem imagina que sua vida está prestes a virar de cabeça pra baixo por causa de "O Véu" pintado por seu amado e já falecido sobrinho Lourenço Monte Mor.
O Véu foi tachado como um desrespeito à pureza da mulher muçulmana, por retratar uma cena sensual de uma mulher parcialmente coberta pelo véu islâmico.
Um atentado na Casa Quintanilha um dia antes do leilão dá inicio à uma série de acontecimentos que intrigará o leitor além de prendê-lo a essa história fascinante e intensa que o autor Luis Eduardo Matta nos apresenta.

Não se engane pelas aparências... É só o que posso dizer sobre essa história, eu não passei nem perto de descobrir o mistério e só ao final pude entender e pasmar com o desfecho.

Bjokas!!!!
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sentilivros 30/09/2010

resenha de O Véu
A leitura te envolve de tal forma que voce fica querendo descobrir o que e quem está armando as coisas, que fica difícil largar o livro.
Outra coisa que achei legal, é que o Luiz Eduardo, procura esclarecer bem as coisas, inclusive as vivências dos personagens e "seus mundos".
O Prólogo já nos conta sobre a AZADI, grupo terrorista em que toda história circunda.
A 1ª parte, apresenta-nos a Araci Quintanilha, sua família e o pintor de "O Véu", a qual será protagonista da história.
Na 2ª parte, a história começa a se desenrolar, mais personagens vão aparecendo e incrementando a trama, deixando você nervosa com o rumo que as coisas vão tomando, a AZADI, ao que parece vai se apresentando. Assassinatos, tramas políticas e pessoais vão ocorrendo e chegamos a 3ª parte.
Nessa última parte, a ação ocorre mais intensamente, ao mesmo tempo que aos poucos aos mistérios vão se revelando e as histórias se entrelaçando. O final...é de tirar o fôlego.
Eu gostei muito, mais muito mesmo do livro. Do começo ao fim me senti tensa com a história, me vi no lugar da Araci e depois no da Fátima ( só lendo para conhecê-la...rsrsrs...), fiquei de boca aberta com determinadas revelações, teve horas em que parei e falei "espera aí...volta a fita", imaginado se tinha perdido algo, e o final, sem palavras, até agora estou me remoendo...Perplexa.
Sabe outra coisa que me agradou? Conhecer um pouco mais do Irã, a relação das mulheres nesse país e até um pouco da política. O livro traz uma oportunidade de conhecimento incrível,tanto histórica, geográfica quanto artisticamente.


site: http://sentimentonoslivros.blogspot.com.br/2010/09/o-veu-luiz-eduardo-matta.html
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Vanessa Vieira 17/01/2011

O Véu_Luis Eduardo Matta
O livro O Véu, de Luis Eduardo Matta, nos narra a história de um quadro, homônimo ao título do livro, supostamente amaldiçoado, pois todas as pessoas que tiveram alcance a ele faleceram, inclusive o pintor do mesmo, Lourenço Monte Mor. Todos acreditavam que o quadro havia sido destruído no incêndio que vitimou o seu criador, mas isso não foi verdade. O quadro foi guardado pelo pai de Lourenço, Aníbal , longe da vista de todos.


Aníbal decide expor o quadro e pede para que Araci Quintanilha, dona da conceituada Casa Quintanilha, leve a obra a um leilão. No momento do leilão coisas sinistras acontecem e Araci precisa fugir, ou melhor, se refugiar em outro país, junto com o seu marido Bartô, pois tudo leva a crer que eles estão na mira de um grupo terrorista intitulado Azadi. A perseguição é fulgaz e a todo momento pessoas ameaçadoras estão no encalço do casal.


Vários personagens surgem na trama, todos interligados e entrelaçados pelo mesmo motivo: o quadro O Véu. O livro é perfeito, com uma ótima linha de suspense e cheio de reviravoltas a cada página. Posso até afirmar que a história é viciante, pois quanto eu mais lia, mais tinha vontade de continuar lendo para chegar no desfecho final. Altamente recomendado!
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juliorocha 04/10/2011

Mais um excelente thriller de Luis Eduardo Matta
Mais uma vez, Luis Eduardo Matta prova que é um dos melhores escritores de thrillers brasileiros. O Véu é uma trama inteligente, cheia de viradas e personagens cativantes.
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Lê Golz 10/12/2014

Resenha - O véu
Confesso que tive que recuperar o fôlego para começar essa resenha. Recebi O Véu em parceria com a Primavera Editorial e não imaginei que a obra fosse me surpreender tanto assim. É o primeiro livro que leio do autor, mas já fiquei fascinada com sua narrativa e sua imaginação para criar uma trama tão perfeita.

O foco da história é uma tela a óleo chamada ''O Véu'', pintada por Lourenço Monte Mor. A obra retrata uma mulher muçulmana seminua usando apenas um véu islâmico. Quando o quadro é exposto pela primeira vez, desperta a ira de religiosos islâmicos, que a consideram uma obra ofensiva ao Islã e uma blasfêmia à pureza da mulher muçulmana. Desde então acontecimentos muito estranhos começam a acontecer em várias partes do mundo, e pessoas que estão ligadas direta ou indiretamente ao quadro, são aparentemente assassinadas, inclusive o pintor.

Vítima de um incêndio na sua casa no Rio de Janeiro, Lourenço termina sua carreira de uma maneira trágica. Devido a repercussão que o quadro causou pelo mundo, acreditava-se que havia sido um atentado, mas como não acharam evidências que provaram isso, o caso nunca fora esclarecido totalmente.

Todos imaginavam que ''O Véu'' havia sido destruído no incêndio, mas ele estava sobre a confiança de Aníbal, pai de Lourenço. Após dois anos da morte do filho, ele resolve leiloar o quadro na Casa Quintanilha de Leilões no Rio de Janeiro, onde Araci Quintanilha, tia de Lourenço, é proprietária.

Os dias que antecedem o leilão fora de muita expectativa para Araci, que nunca se sentiu a vontade com a imagem daquele quadro, que tinha uma trajetória marcada pelo sucesso e pela tragédia. Suas aflições tinham fundamento, pois depois que o quadro resolve ser leiloado ela recebe ameaças e coisas estranhas começam a acontecer: duas explosões no telhado da Casa de Leilões, o muro é pichado com uma mensagem estranha, o segurança do local é assassinado e o quadro é roubado.


"- O fascínio que o quadro exerce sobre as pessoas não seria o mesmo se não fosse o rastro de sangue que ele, supostamente, deixou - Araci olhou o pai de relance e voltou a se fixar nos olhos lúbricos da pintura." (p. 50)


Os próximos dias são de mistério total. Diversas pessoas morrem, inclusive o professor Mohsen Khajepour, um intelectual iraniano que havia chegado ao Brasil para o lançamento de seu livro. Ele também parecia estar ligado ao quadro, pois a maneira com que ele foi assassinado evidenciava isso.

Diante de tantos acontecimentos misteriosos, o mundo estava focado na Azadi, uma organização extremista iraniana que foi responsável por diversos atos terroristas nas décadas de 80 e 90. Acreditava-se que com a morte do líder do grupo, anos antes, a organização havia se destruído, mas parece que alguém havia assumido o comando e que a organização estava mais viva do que nunca e sendo responsável por todos esses ataques e assassinatos pelo mundo relacionados ao ''O Véu''.


"Precisava se controlar, mas não conseguia. A energia negativa e inescrutável que desde sempre acompanhara aquela pintura abjeta espalhava por onde passava um rastro desditoso de desgraça." (p.107)



Inúmeros personagens vão surgindo ao longo da trama, e não tem como citar todos. A impressão que eu tinha é que todos eram culpados ou tinham uma mínima relação com aquele pintura tão polêmica. A cada personagem que surgia o rumo da história mudava um pouco, e tudo o que eu desconfiava antes parecia não ter mais fundamento.

A diagramação está simples e perfeita. As páginas são amarelas e as letras grandes. A capa e título condiz exatamente com a história. Alguns capítulos são mais longos que outros, mas nada que atrapalhasse a leitura.

A narrativa é feita em terceira pessoa, e fluiu naturalmente. O autor construiu uma trama complexa, cheia de mistérios e que te surpreende com novas revelações a cada virada de página. Fiquei impressionada com tamanha imaginação para criar tantos fatos que aos poucos foram se unindo de uma maneira incrível. A única coisa que me incomodou foi alguns trechos que achei muito descritivos e arrastou um pouco a leitura.

Apesar de algumas ressalvas não há dúvidas que vou querer ler outras obras do autor, pois a trama que ele criou para O Véu foi genial. Aos poucos as peças desse quebra-cabeça encaixaram-se e ninguém parecia inocente. Fiz algumas sugestões na minha mente, mas me enganei completamente em todas elas. Os últimos capítulos foram decisivos e me prendeu muito na leitura, pois eram descobertas impressionantes de um plano muito, mais muito maquiavélico. Lendo esse livro você vai viajar pelas entranhas da política do Irã, por cruéis conspirações terroristas, pelo fanatismo que leva a loucura à mente humana e, descobrirá que até as obras de artes guardam seus segredos. O Véu é um thriller genial e envolvente e que recomendo com certeza!

site: http://livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br/2014/10/resenha-o-veu.html
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