Resenhas - How Democracies Die

Giulia 01/10/2023

? how democracies die
Eu acho que o que eu esperava mais do livro era que fosse focado em mais casos mundo a fora e não nos eua. Achei a leitura um pouco cansativa e pela te, mas para quem se interessa pelo entendimento da era Trump, pode ser uma boa. Deveria existir um estudo para tentar entender como tanto doido com tendência autoritária se elegeu nessa época.

Inocêncio 06/04/2022

Relevante no período pré-Trump, mas "Americano" demais
O objetivo do livro é falar sobre o risco de Donald Trump à democracia dos Estados Unidos. Para isso, os autores usam vários regimes, líderes, e países como exemplo. No entanto, esses outros países são CAMINHO para falar dos Estados Unidos - e isso é importante pontuar.

Apesar de trazer conceitos e teorias atemporais, agora que Trump já saiu da presidência e tanto aconteceu desde então, várias passagens e previsões soam datadas. Ainda assim, serve para analisar e pensar quais outros caminhos poderiam ter sido seguidos e por que não o foram.

Agora, se você não se interessa tanto por ou não entende o funcionamento da política estadunidense, vai ser uma leitura um pouco difícil, já que alguns capítulos são exclusivemente dedicados à história e à política dos EUA. Precisei pesquisar para compreender certos termos e exemplos.

Ademais, algo que me causou uma certa irritação é a maneira - quase negligente, na minha opinião - com que eles exaltam os Estados Unidos como democracia-modelo. Em poucas passagens eles pontuam como essa democracia foi formada sobre violência, e simplesmente não ressaltam como "o país da democracia" foi responsável pela ascensão de várias ditaduras na América Latina, por exemplo. Concluem, inclusive, presunçosamente dizendo que escrever o livro mostrou como a "América", no final, não é "tão diferente assim de outras nações".

Leitura interessante, mas que eu recomendo com uma série de ressalvas.

Lara 22/10/2021

O que mais gostei foi a parte ?teórica? do livro, em que falam as origens/características de governos autoritários. O livro foca bastante no contexto sociopolítico americano e como o Trump representava uma ameaça à democracia.

@gezaine_ 29/06/2020

Excelente livro. Embora seja focado nos Estados Unidos, os autores também exploram a derrocada da democracia em países como Peru, Venezuela, Equador, Turquia, Hungria e outros. Como foi publicado antes de 2018, o Brasil ficou de fora.
Apresenta sinais para identificarmos governantes potencialmente autoritários e explica como a instalação de uma ditadura muitas das vezes se dá sutilmente.

Paulo Henrique 15/06/2020

Profecia sobre o Brasil
Na mente de todo brasileiro o conceito de golpe contra um governo constituído está em militares armados tomarem as ruas de um país e principalmente o palácio presidencial. Pois bem, esse livro prova que isso não mais acontece, e com exemplos demonstra que a nova maneira de dar um golpe é utilizando a própria democracia. Os mais novos integrantes de ditaduras não chegaram ao poder através das armas, mas das urnas tendo políticos demagogos no comando. Exemplos: Turquia e Venezuela.
O livro foi escrito para retratar os EUA na era Trump e demonstrar como ele chegou ao poder e como vem minando a democracia americana e os riscos que representa para ela, e é nesse ponto que o livro se mostra profético. Ao contar muito da história da política americana desde a formação deles como país o livro retrata os problemas atuais, incluindo o racismo e como isso tem causado fortes tremores. Trump é encarnação do autoritário que representa uma minoria e o os autores chegam a citar os movimentos negros "Black Lives Matter" que se não resolvidos poder ocasionar sérios problemas para a democracia americana. Hoje em 2020 o que o livro retrata se torna realidade.
O ponto mais curioso é que os autores retratam 4 características de um político demagogo que quer se tornar um ditador sem uso de armas:
1 - Não concordam com as regras vigentes e acusam fraudes em eleições caso eles venham a perder;
2 - Negam a legitimidade de seus oponentes, acusando-os constantemente de bandidos;
3 - Encorajam e toleram violências contra opositores;
4 - Brigam constantemente com a mídia e ameaçam calar por contarem mentiras.
Se isso se parece com o atual presidente do Brasil, saiba que o livro foi escrito antes de Bolsonaro chegar ao poder e apesar do item 2 dar razão a ele essas informações por si só mostram a qualidade do livro.
Um livro profético e de leitura fluida em que você aprenderá muito sobre a política americana e até mesmo latina, como a do Chile.

Paula 28/05/2020

Necessário para o nosso momento atual
Este livro é maravilhoso. Os autores conseguem explicar como podemos barrar o avanço do totalitarismo. O poder regulatório dos partidos, e como reconhecer os sinais da morte de uma democracia.

Lucas 27/06/2019

Olhar americano
O livro é muito rico em detalhes, especialmente da história político-democrática dos Estados Unidos. Os autores trazem muitos conceitos interessantes de ciência política, que ajudariam a explicar a deterioração de democracias, além de extenso número de experiências históricas. A leitura é agradável e interessante. Por outro lado, o livro tem a pretensão de se apresentar global, trazendo exemplos de outros países. Mas os exemplos estrangeiros são explorados de forma bastante superficial e rápida. Os exemplos mais recorrentes são da Venezuela, e, ocasionalmente, da Polônia, Turquia, Hungria, alguns países latino-americanos e experiências do nazi-fascismo. O livro foca principalmente nos Estados Unidos, e em Trump. Em alguns momentos, tenho a impressão que o livro adota uma postura de ?déspota esclarecido?, criticando o Partido Republicano, sem fazer uma crítica mais aprofundada dos erros do próprio Partido Democrata. A meu ver, peca no diagnóstico, pois pouco fala sobre outros aspectos claramente correlacionados com a deterioração das democracias liberais, tais como crise do capitalismo global, crise financeira de 2008, desigualdade crescente, crescimento do nacionalismo, redes sociais, imigração em massa, etc. Não expõe a contribuição dos Estados Unidos para as ditaduras na América Latina nem para as guerras no oriente médio, fenômenos esses que geraram crises democráticas em muitos países. Pouco se fala do Brasil. Aliás, diz que a democracia no nosso país permanecia ?intacta? até 2017 - diagnóstico claramente equivocado, tendo em vista a deterioração após o impeachment de Dilma. Apesar desses pontos negativos, não deixa de ser um bom livro, especialmente para entender ciência política e a história política americana.