Pássaros da América

Pássaros da América Lorrie Moore




Resenhas - Pássaros da América


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João Victor - @sigamoslivros 18/10/2021

Assim como os pássaros, precisamos aprender a alçar voos?
Assim como os pássaros, precisamos aprender a alçar voos mais altos!

#RESENHASOL | Lorrie Moore | 1998 | 293 paginas | +10 | Contos | @grupoedi

Os pássaros da América, escrito pela premiadíssima Lorrie Moore, autora conhecida por seus contos publicados em diversos veículos de imprensa, no brasil esse é seu segundo livro publicado, mas ela tem mais 7 escritos entre romances, contos e infantis.

Nessa antologia, temos assuntos abordados bem penetrantes, de intensidade significativa, pois a Lorrie nos apresenta personagens e problemas comuns, vidas reais, não passeia pelo extraordinário ou inimaginável, nem em vidas de destaque que merecem ser contadas alguma história, é uma realidade palpável.

Todas as narrativas têm suas similaridades, elas jornadeiam pela solidão, tédio, angústia, falta de propósito, submersão nas exigências sociais e familiares, pessoas sem objetivos, mas, apesar de tudo, é necessário prosseguir, a vida não para por uma desilusão, por uma perda de emprego, pelo luto e outros motivos. Esses personagens nos mostram isso!

São 12 histórias, a primeira dela, mais marcante é de uma atriz de cinema que desistiu de sua carreira frente às câmeras e ao voltar pra sua cidade natal se apaixona por um mecânico que não faz ideia de quem ela seja, e não se importa em saber, e claro haverá a cobrança de: você é famosa, ou já foi, merece ?algo melhor?, como se fosse possível definir isso tendo uma visão externa.

Durante os contos a Lorrie deixa nítida seu modelo de escrita, a gente tem a certeza que quem escreveu o conto seguinte, foi a mesma do conto anterior, e você pode se perguntar: mas isso não é obvio? Nem sempre. Se tratando de contos autores utilizam temas diferentes e gostam de mudar a forma com que a história é escrita.

Apesar de tantos elogios não é um livro atrativo e um dos mais empolgantes de se ler, as histórias não apresentam um início comovente e nem se concluem da melhor forma. Mas volto a frisar que pela forma com que ela escreve é válido se ler.

?- Sempre temos biscoitos na aula!
Ele abriu um sorriso tão aliviado que ela soube que, ao menos, uma vez, tinha dito a coisa certa. Isso a encheu de afeto por ele. Talvez, pensou, fosse assim que a afeição começava: com uma frase improvável, em um momento em que alguém, de maneira inesperada, finalmente diz a coisa certa. ?Sempre temos biscoitos na aula.?? (pág. 92)
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