Cottonwood

Cottonwood R. Lee Smith




Resenhas - Cottonwood


1 encontrados | exibindo 1 a 1


Carolina 10/05/2018

Não consigo parar de chorar
Ok, esse livro me destruiu. Ele abriu meu peito e arrancou meu coração fora. E ignorem essa capa, por favor, porque eu acho ela muito feia. Mas vamos à sinopse:

Primeiro preciso falar do elefante na sala: sim, esse livro é muito parecido com o filme Distrito 9. A ideia central é muito parecida. A autora disse que não houve cópia. Não sei se é verdade ou não, mas mesmo que tenha ocorrido ao menos uma homenagem, isso não muda o fato de que o livro é maravilhoso!

Neste livro, uma nave alienígena acaba parando na terra. Os integrantes dessa nave são aliens que lembram insetos e eles não oferecem resistência quando os humanos os "resgatam". Uma empresa chamada IBI é responsável pelo resgate e diz que vai cuidar dos aliens, os colocando em locais isolados para começar uma integração aos poucos. Entretanto, na verdade, esses aliens são colocados em campos de concentração, em condições extremamente precárias, sofrendo violência e abusos diariamente.

Vinte anos se passam. A protagonista de nossa história, Sarah, é uma jovem entusiasta que vê a oportunidade de trabalhar na IBI como uma forma de poder ajudar em algo mais. Mas quando ela chega em Cottowood, um dos campos onde os aliens são mantidos, vê a terrível condição nas quais eles vivem. Aos poucos, ela vai conhecendo alguns deles, inclusive Sanford e seu filho T'ak, e uma amizade e, quem sabe, um romance(?) afloram.

Não é um livro fácil de ser lido. Estou começando a acreditar que talvez nenhum livro da R. Lee Smith seja fácil de ler. Mas ele não é tão pesado quanto "The Last Hour of Gann" (minha resenha: https://www.goodreads.com/review/show...). Não se enganem. Tem sofrimento e dificuldade, mas menos (pelo menos há menção de um grande sofrimento que já aconteceu, sem você precisar ler ele acontecendo).

Não vou mentir. Esse livro me fez chorar. Muito! Principalmente perto do final. Porque a Sarah não é a única que fica ultrajada com o sofrimento desses aliens, mas inicialmente só acompanhamos a história dela e do Sanford. Quando outras pessoas e seus atos heróicos são mencionados mais pra frente, você vê o quanto a humanidade é capaz de coisas lindas e isso sempre me emociona. Há muitos paralelos traçados com os campos de concentração da Segunda Guerra Mundial e com o Apartheid e isso toca nosso coração de uma forma muito profunda.

Por isso não é um livro muito fácil de se ler, mas que vale a pena, porque é muito bem escrito e traz muita reflexão. Em "The Last Hour of Gann" temos muita reflexão sobre religião e fé. Em "Cottonwood" refletimos sobre a violência e o quanto vale uma vida, seja humana, animal ou alien. E sim, há romance em ambos os livros e em ambos o homem não é humano. Não sei se isso te incomoda. Não me incomodou. Muito pelo contrário. O Sanford de "Cottonwood" e o Meoraq de "The Last Hour of Gann" são personagens muito bem construídos e palpáveis. A relação entre os casais são realistas e muito bonitas.

Enfim, ainda estou com os olhos inchados de tanto chorar, mas grata por ter tido a oportunidade de ler algo tão bem escrito e bonito.
comentários(0)comente



1 encontrados | exibindo 1 a 1


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR