Kleber 15/07/2021
Um dos maiores clássicos de aventura de todos os tempos
A volta ao mundo em 80 dias é merecidamente um dos maiores clássicos dos romances de aventura, por conter um enredo tão envolvente e empolgante como o que é vivido pelo aristocrata Phileas Fogg e seu fiel escudeiro Jean Passepartout.
Phileas é um nobre inglês que durante um carteado com os amigos do Clube Reformafor empreende uma aposta de que conseguiria dar a volta ao mundo em 80 dias, algo ousado de se apostar naquela época do século XIX, onde viagens eram sempre muito demoradas.
Em sua aventura, ele conta com a parceria de seu simpático criado francês, Jean Passepartout, que no começo duvida que o patrão realmente conseguirá vencer a aposta, mas por testemunhar sua força de vontade, sua grande perseverança e seu caráter inabalável, acaba por se convencer, e faz o que está ao seu alcance para ajudar o amo.
De fato, Phileas Fogg é um homem singular, dotado de impressionante sangue-frio e que apesar de todos os contratempos, aventuras e perigos pelos quais passou durante sua árdua jornada ao redor do globo, jamais se deixou abalar ou impressionar com nada. Mas não se enganem: apesar de parecer insensível, Fogg mostra-se em diversas situações um cavalheiro de grande valor e de generosidade enorme.
E servindo de contraponto ao seu patrão de semblante inflexível, Passepartout é um personagem de extremo carisma, responsável por alguns dos momentos mais cômicos da obra, e extremamente fiel para com seu amo. É certo que ele algumas vezes mais atrapalhou do que ajudou, mas sempre lhe eram melhores as intenções.
Não posso deixar de mencionar outro personagem que acompanha a trama do começo ao fim, o grande antagonista dessa história: o detetive Fix. Certo de que Phileas Fogg era o criminoso que roubou de um importante banco inglês a quantia de 55 mil libras, Fix fez o que pôde para atrapalhar a viagem do rico apostador, sempre com o intuito de prendê-lo enquanto ainda estivesse em território inglês. Tudo bem que ele estava apenas fazendo o seu trabalho, mas suas intromissões e seus planos escusos o tornam um personagem muito detestável!
Se o Phileas Fogg era realmente o ladrão do banco, e se ele conseguiu vencer a aposta ou não, não revelarei nesta resenha. Descubram, pois, por conta própria. Todavia, não acredito que o desfecho dessa incrível e secular história, com suas espetaculares reviravoltas, não seja do conhecimento geral do público leitor.