a.bookaholic 07/07/2018
Nesse livro, Raquel Sodré faz uma viagem pela história da psicologia para nos contar os fatos mais malucos que aconteceram nessa ciência.
Nossa história começa na era Medieval que, como sabemos, fez a humanidade dar muitos passinhos para trás. Nessa época, surgiu o primeiro hospital psiquiátrico que foi o Hospital Bedlam, cujas "técnicas de tratamento" consistiam em, por exemplo, jejum, sangrias e choques. Esse hospital, inclusive, estava na rota turística de Londres, acredita? Você poderia reunir sua família e, em vez de ir até um parque ou um teatro, vocês andariam por entre as celas assistindo os acessos de fúrias dos internos e, quem sabe, poderia "prestigiar" até uma execução pública.
Vindo para um período mais recentemente, no século passado, a moda da vez era a lobotomia. Cortar cérebros, aparentemente, em algum momento pareceu uma ótima ideia, tanto que rendeu o Nobel de medicina para o criador dessa brilhante ideia.
Falando em ideias brilhantes, antes de existir um código de ética para essa ciência, muitos experimentos que jamais passariam por um conselho de ética foram realizados. Muitas das pessoas que participaram dos experimentos com toda certeza ficaram com sequelas psicológicas. Mas alguns desses experimentos, inegavelmente, trouxeram resultados bem interessantes:
●A professora Jane Elliott que ensinou na prática para seus alunos de 8 e 9 anos o poder da discriminação e a força do preconceito separando a turma entre grupos de olhos castanhos e olhos azuis, colocando um dia um grupo em posição de superioridade e no dia seguinte, invertendo os papeis;
●O professor de psicologia Milgram que quis entender as atrocidades cometidas em nome do nazismo e concluiu que grande parcela das pessoas estão sim dispostas a cometer atos de violência se puderem transferir a culpa para um superior e alegar que estavam cumprindo ordens;
●Philip Zimbardo que realizou um estudo sobre o sistema presidiário fazendo um experimento bem polêmico! Mas cujos resultados são bem assustadores mostrando como o ambiente condiciona as ações, tanto dos que estavam no papel de presos quanto nos papéis de guardas.
Adorei e super recomendo o livro!
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