O fim de Eddy

O fim de Eddy Édouard Louis




Resenhas - O fim de Eddy


108 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Nado 23/09/2021

Essa é uma obra de estreia do autor francês, e se trata de uma autobiografia que é contada através da história de um garoto que vive em um pequeno vilarejo na França.
A trama, ambientada na década de 90, é narrada em primeira pessoa pelo garoto Eddy Bellegueule. O leitor vai conhecer como ele vive em uma pequena vila industrial que fica ao norte do país europeu. De maneira crua e direta, o autor já joga o que se pode esperar da narrativa. O narrador expõe nos primeiros parágrafos do livro o que ele passa em sua vida, principalmente na escola por conta de sua sexualidade.
O garoto passa por momentos difíceis não só no colégio. Dentro de casa ele precisa enfrentar um pai alcoólatra e racista, e uma mãe que tem que se desdobrar para dar a mesma atenção para os filhos. Sem contar que ele tem um irmão mais velho, forte e agressivo, que não cansa de ameaçá-lo por conta de seus trejeitos.
Eddy vive em uma comunidade conservadora e machista, que por vezes o obriga a tentar ser aquilo que ele não é. E não é por falta de tentativas que o menino não consegue. O autor deixa claro, como a sociedade já deveria estar cansada de saber, que orientação sexual não é uma escolha.
O leitor que pretende ler essa história, narrada em poucas páginas e com uma leitura fluida, precisa estar preparado para acontecimentos fortes que podem despertar alguns gatilhos.
Eddy conversou muito comigo em suas falas, em seus medos e em suas incertezas perante a vida, e principalmente, perante as pessoas que se precisam enfrentar. Impossível não se identificar e não se emocionar com as descobertas de uma criança, que mostra que o que ela mais precisa é de alguém que a entenda e de um abraço nos dias de choro e desespero.
comentários(0)comente



Bookster Pedro Pacifico 26/02/2020

O fim de Eddy, de Édouard Louis – Nota 8/10
Romance autobiográfico que fez bastante sucesso na França, “O fim de Eddy” retrata as dificuldades e conflitos internos vividos por um garoto que ainda questiona a sua sexualidade. A discriminação sentida desde a infância é ainda mais reforçada pelo ambiente em que Eddy nasceu: uma pequena cidade de operários no interior da França, ainda extremamente marcada pelo conservadorismo na década de 90.

Escolhi esse livro para o #desafiobookster2019 do mês de junho, cujo tema era LGBTfobia, e posso dizer que a leitura consegue, de uma maneira impactante, transmitir ao leitor o sofrimento de quem é vítima desse preconceito. A gravidade dessa questão social fica latente no livro quando percebemos que nem a própria família do autor conseguiu poupar a discriminação contra uma criança. A falta de empatia chega a incomodar. A escola também se tornou um pesadelo para o garoto, que era constantemente vítima de agressões físicas e psicológicas. Para tentar se enquadrar em uma sociedade que não aceita o diferente, Eddy segue sua vida orientado por uma frase: “hoje vou ser um durão” (“aujourd’hui je serai un dur”). É a esperança de que o esforço poderá transformá-lo naquilo que todos esperam dele. É a homofobia presente na cabeça de Eddy a todo momento e que norteia os seus passos e escolhas. E o leitor acompanha os sofrimentos desse garoto que está descobrindo sua sexualidade, mas que se vê obrigado a esconder - até de si mesmo - o que sente. Eddy faz sua vida com base no que os outros vão aprovar.

A escrita do autor é bem crua e rápida. A história é construída a partir de uma sucessão de eventos marcantes na infância e adolescência do autor e que tiveram inegáveis reflexos durante toda a sua vida. Confesso que em alguns momentos senti a escrita um pouco simples demais e talvez isso possa ter se dado por problemas da tradução. Até recebi mensagens de pessoas que leram no original e adoraram o tom poético da escrita. Isso, infelizmente, não consegui perceber na versão em português. Mas de qualquer forma, o livro possui diversas qualidades e consegue colocar o leitor na perspectiva de quem sofre rotineiramente pela LGBTfobia.

site: https://www.instagram.com/book.ster/
comentários(0)comente



Shanahan (Me Acabei de Ler) 25/06/2021

Excelente!
Relato extremamente relacionável (principalmente se você faz parte da comunidade LGBTQIA+) da vida do autor, desde a sua infância até a adolescência!

É um livro muito bom, mas não é necessariamente para todo mundo! A escrita é muito boa, mas as descrições de alguns acontecimentos podem afetar muito pessoas mais sensíveis por serem muito gráficas.
Altieris 21/03/2022minha estante
Eu estou lendo este livro seguindo uma recomendação sua e estou gostando mesmo entendendo que se trata de um relato sensível da infância do autor. Obrigado pela recomendação.




_paulo_ 01/04/2023

Relato sensível da infância e juventude de uma pessoa queer
Amei muito realizar essa leitura, apesar de ser bem pesada, tratando vários temas importantíssimos (homofobia, conservadorismo, xenofobia etc) que o próprio autor passou durante diferentes fases da sua vida. Narrativa crua, envolvente e fluida, vale a pena dar uma chance para essa obra, mas não acho que seja um livro pra todo mundo, pq contém muitos gatilhos.

??????????
comentários(0)comente



Daniel 03/07/2018

A vida sem retoques
O livro parece ser uma autobiografia do autor. A pobreza e a falta de educação são os grandes vilões desta história. E não se trata apenas do relato de um menino gay, descobrindo sua sexualidade em meio à brutalidade de sua família e sua comunidade: ele também analisa o círculo vicioso da pobreza e da falta de oportunidades: os filhos "machos" que deixam de estudar e vão trabalhar cedo, começando a beber desde a infância, engravidando namoradas, perpetuando atitudes machistas, xenófobas e preconceituosas; as moças "de família" que acabam se tornando mães solteiras, infelizes e sem perspectivas em empregos frustrantes, repetindo a história de suas mães e avós. Este enredo que se passa no interior da França poderia perfeitamente se passar no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo carente principalmente de educação. O livro não tem qualidades literárias de um livro de uma Elena Ferrante, por exemplo... Mas é um retrato bastante fiel da realidade de muitas famílias menos favorecidas. Não achei cansativo, mas bastante triste.

Uma curiosidade: este livro foi adaptado para um filme chamado MARVIN. Vale a pena ver.
comentários(0)comente



Thamiris.Treigher 13/05/2023

"A gente nunca se acostuma às ofensas"
Em "O Fim de Eddy", conhecemos a história do francês Édouard Louis, que nasceu em 1992, em uma comunidade pobre na zona rural francesa.

Em uma narrativa autobiográfica, Édouard faz um relato cruel e desesperador sobre como era ser um garoto homossexual, que não se sentia bem em seu corpo masculino, em uma comunidade pobre, conservadora, homofóbica e extremamente machista.

Na pequena cidade operária onde vivia, o que importava era ser um "macho durão" e, desde pequeno, Eddy sofria violências e ofensas por ser "diferente", ter trejeitos femininos, uma voz fina e um jeito de andar delicado. "E você é veado?" virou uma frase que o perseguiu, estigmatizou e devastou.

Eddy tentou de toda forma "virar homem", agradar seus pais, namorar garotas, engrossar a voz e mexer menos as mãos, tentando se tornar alguém inexistente em sua essência.

Descobrir sua sexualidade em meio a esse cenário opressor, ao bullying e à pobreza trouxe experiências amargas e sufocantes. Nesse relato emocionante e devastador, conhecemos toda a sua história durante a infância e adolescência. Eu tinha vontade, o tempo todo, de poder entrar na história para abraçar e acolher o pequeno Eddy, que não conhecia outra realidade a não ser a da violência e da ofensa.

"Eu parava e retomava a frase: Hoje eu vou ser um durão. Eu me lembro porque eu repetia exatamente aquela frase, como se faz com uma oração, com aquelas exatas palavras - Hoje eu vou ser um durão (e eu choro enquanto escrevo estas linhas: choro porque eu acho essa frase ridícula e horripilante, essa frase que, durante anos, me acompanhou e que de certa forma ocupou, não creio que haja exagero em dizer isso, o centro da minha vida)."

Um livro curto, real e muito necessário. Recomendo demais a leitura!
Michele Boroh 13/05/2023minha estante
Olhei logo ali nas estrelas e: ufa, ela gostou. ?


Thamiris.Treigher 14/05/2023minha estante
Hahahah como eu suspeitava, eu amei!! Amo suas indicações ??




Márlon 10/08/2021

Há em todo adulto que foi uma "criança viada" um quê de mágoa, de raiva, de dor, de medo... Quando penso em todas as violências que eu carrego da vida, das vezes que me gritaram "bicha" na escola, que me senti intimidado na rua, no trabalho, etcétera, foi em casa que eu me vi mais agastado e triste, sobretudo por não ter o acolhimento que gostaria. Quando me vejo afastado, sem querer muito me abrir sentimentalmente, interpretado como frio, como antissocial, penso que, foi em casa que minaram as minhas demonstrações de afeto. A rua só ratificou isso. O primeiro medo de ser quem eu sou, senti em casa. Quando Édouard nos fala das múltiplas vezes em que foi violentado - física e emocionalmente - eu consigo sentir a solidão que isso provoca. Uma solidão que nos acompanha sempre, porque, infelizmente, a gente não deixa de ser o que é nunca. Nem mesmo no fim.
Roberto 11/08/2021minha estante
!


eden¡! 20/07/2022minha estante
nossa, exatamente!!!!




Caio Mário 02/06/2021

Muito bom!
Livro muito bem escrito, com um ótimo enredo e temas sociais bastante presentes. Achei muito interessante a perspectiva francesa sobre a violência contra os corpos, contra os homossexuais, e ainda mais por lá ser bastante parecido com a realidade no Brasil, uma crítica bem pertinente. Porém, é bastante triste, é não por ter muito sofrimento depressivo e tals, mas porque retrata a fome, miséria e, como disse, a violência de corpo, e com isso quero dizer violência sociocultural. Muito, muito, forte.
comentários(0)comente



Kleilson.Torquatto 30/04/2023

Um relato viceral sobre sexualidade e preconceitos.
Comecei esse livro sem pretensão nenhuma, e não pensei que ia gostar tanto?
Em uma história forte, cheia de violência, permeada pelo processo de descoberta, o autor traz um relato meio que auto biográfico de sua própria vivência em um pequeno vilarejo no interior da França, onde o mesmo nasceu e vivenciou tudo isso.
É uma leitura muito imersiva no auto descobrimento sexual e pessoal do Eddy o protagonista, em uma cidade conservadora, machista, e severamente preconceituosa. O personagem passa por diversos períodos de aversão ao seus sentimentos em decorrência da aceitação de todos a sua volta. A história vai contar desde o começo na vida escolar do Eddy até o começo da sua formação como homem em que se aceita e passa a ver que não podemos escolher quem queremos ser, mas nascemos pra ser quem somos. De forma devastadora, angustiando e triste o autor traz diversos gatilhos, mas maravilhosas pautas a serem debatidas nos tempos atuais.
É uma leitura grandiosa que eu amei demais!! Já quero ler mais coisas desse autor.
Leiam ?O Fim de Eddy?
FAVORITADO!! ????????????
comentários(0)comente



luamagnetica 03/04/2021

Um livro um pouco desconecto em sua linha do tempo mas muito realista quanto a maneira que os traumas de infância te seguem na vida adulta, com pequenos flashbacks e gatilhos de momentos e sentimentos tão específicos que eu achava que só eu havia sentido antes. Édouard Louis consegue com excelência trazer uma obra que representa bem como é carregar traumas da sua infância constantemente flutuando em sua mente. Das muitas formas que alguém pode experienciar a violência desde criança, vinda dos pais, dos colegas da escola ou de estranhos na rua e como é revoltante como esses momentos são memórias de curto-prazo para o violentador mas são um filme em constante replay na memória da vítima. Esse livro me trouxe, a cada página, lágrimas e memórias da minha própria biografia e em muitos momentos me deixou tão angustiada a ponto de não conseguir respirar até o capítulo terminar.


Eddy vive em um vilarejo conservador onde a masculinidade, alcoolismo, misoginia e heteronormatividade é culturalmente vangloriado aos extremos e desde criança, com seus trejeitos afeminados, recebia olhares e comentários desagradáveis apenas por - existir errado -
E com toda negligência e ignorância diante de sua homossexualidade velada teve suas primeiras relações (sexuais ou não) com homens e mulheres de maneira pertubadora o que, infelizmente, é a realidade de muitas pessoas LGBTQI+. Em um desses relatos das experiências ele diz algo que considero destaque do livro: "Brincar de homossexual era uma maneira que eles tinham de mostrar que não o eram. Era preciso não ser bicha para poder brincar que era, por uma noite, sem ser xingado"


Obras autobiográficas como essa que mostram como a homofobia e a violência atingem uma vítima são de extrema importância para pessoas que se colocam em cima do muro na luta, cruzam os braços e aceitam que o mundo seja como é. Dos olhares e comentários mais discretos diante dos trejeitos afeminados de Eddy até a violencia verbal mais direta e a violência física mais dolorosa, todos foram responsáveis por fazer uma criança constantemente odiar sua própria existência e viver em torno de mudar sua essência, sua natureza.
Também é uma bela obra àqueles que não conseguem entender pessoas que não são apegadas ou nem mesmo sentem amor pela sua familia. Quando a sua casa é cheia de violência, racismo e rejeição à tudo que você é não dá para sentir amor pelas pessoas apenas por dividirem o mesmo sangue.

Recomendo muito mas aviso que tem muitas partes de revirar o estômago, cuidado com os gatilhos!
comentários(0)comente



@wesleisalgado 11/03/2021

Viadinho
Percebeu como você se sentiu ao ler essa palavra? Independente do seu sexo, ela causou uma reação em você, não causou? Quase uma reação física de desconforto. E não foi boa, foi? É exatamente assim que eu me senti lendo O Fim de Eddy.
Romance onde o autor narra a infância (sua) em um bairro operário francês nos idos dos anos 90. Eddy, o garoto que não se encaixa, desconfortável no próprio corpo, com trejeitos afeminados e por isso rechaçado por todos, inclusive sua família.
O livro tem vários socos no estômago e expõe algumas verdades difíceis de ler. Para quem, como eu, teve a infância nos anos 90, se lembra que na escola todo mundo mexia com todo mundo, e os problemas eram resolvidos ali, sendo que bullying nem era uma palavra conhecida. E eu fiquei pensando depois, várias pessoas (eu inclusive) conseguem rir das coisas que aconteceram na escola durante a infância, mas e as pessoas que não conseguem, até mesmo hoje?
É exatamente aí que o livro coloca o dedo na ferida. Leitura não necessariamente agradável, mas acho que, precisa.
"-É você o veado?
Quando a pronunciaram, eles a inscreveram em mim para sempre, como um estigma, aquelas marcas que os gregos infligiriam a ferro em brasa ou a faca no corpo dos indivíduos desviantes, perigosos para a comunidade. E percebi a impossibilidade de me desfazer desse estigma. Foi a surpresa que me atravessou, mesmo que aquela não fosse a primeira vez que me diziam algo semelhante.
A gente nunca se acostuma às ofensas."
comentários(0)comente



Steph.Mostav 11/07/2021

"(...) aquela violência de classe que o havia excluído do mundo escolar (...)"
Mais um relato triste e (por isso, infelizmente) realista lido nessa #MLI2021. Dessa vez, a autobiografia no formato de romance do autor, um homem gay nascido em uma cidade conservadora no interior da França. É nítida a influência opressora que a homofobia, a xenofobia, a misoginia sistemáticas tem sobre o pensamento desse garoto desde a infância; dele, que sempre soube dentro de si que não encaixava nos padrões exigidos por uma população pobre, com pouco estudo e muito preconceituosa, e por esse motivo esforçou-se até o limite do inaceitável para anular-se e tentar pertencer a essa comunidade. É um livro muito doloroso, muito gráfico, muito violento em vários aspectos, mas principalmente no psicológico. E é muito bom saber que o autor rompeu esse ciclo que mantém as pessoas presas não só à miséria e à falta de oportunidades, mas também ao pensamento excludente, machista, racista e que hoje em dia ele possa compartilhar conosco o processo, difícil mas bem sucedido, de sua libertação.
comentários(0)comente



Emanuel 08/04/2020

A representatividade que dói
Durante minha vida, principalmente na infância e na adolescência, tive dificuldade em me ver representado nas expressões de arte. É uma tendência natural do ser humano, buscar em obras ficcionais nuances de nossa personalidade, anseios e temores. No entanto, a maioria dos filmes, músicas e livros que consumi representam pessoas distantes de quem eu era, sou e me tornei. Aqui, em "O Fim de Eddy", no entanto, Édouard Louis conseguiu colocar em suas páginas os sentimentos que permearam não só a minha, mas a vida de vários meninos gays que tentaram suprimir parte fundamental do que somos: a sexualidade.

A percepção dos trejeitos pelos outros, antes de que nós mesmos tenhamos consciência do que eles representam; o medo de se expressar livremente; a tendência de buscar um novo tom de voz, gestos mais contidos, interesses mais masculinos; as tentativas frustradas de se relacionar com meninas; e a esperança, sempre renovada e sempre fracassada, de recomeçar em um novo meio, onde ninguém consiga perceber o que está escondido no íntimo. São inúmeras as semelhanças que tornam a vida do autor e protagonista desse livro tão próxima das experiências de muitos de nós.

Ontem, ao terminar "O Fim de Eddy", senti aquilo que sempre tive dificuldade de encontrar: a representatividade. Mais dolorida e palpável do que eu gostaria, mas necessária e pungente.
comentários(0)comente



Adiel Barbosa 21/01/2021

Nu e cru!
Esse é um daqueles livros que nos faz refletir sobre quem somos. É fácil para algumas pessoas se reconhecer nas palavras de Édouard Louis. O autor aqui tece de uma maneira bem seca e realista sobre a homofobia, a pobreza estrutural, a ignorância e o sistema de classes da sociedade provinciana francesa, mas é fácil identificar muitos outros lugares como o citado na obra.
A história é descrita como se o autor estivesse conversando com o leitor, e, por ser autobiográfico, a experiência se torna grandiosa, então nós acabamos imergindo nas palavras dele profundamente, reconhecendo a importância de suas palavras. É importante ressaltar que as críticas mencionadas no livro não são exclusividades da sociedade francesa e são bastante atuais e universais. A narrativa se desenrola de maneira sublime, explorando a sexualidade, a negação e, enfim, a dura aceitação do protagonista. Os conflitos internos do protagonista são do tipo que são causados por agentes externos e que poderiam ser evitados com bom senso, empatia e sabedoria, e é nesse ponto que vemos/sentimos o quão nocivos são o preconceito e a ignorância. Um livro incrível, uma história crua sobre a realidade de uma parcela da população, uma leitura demasiadamente necessária.
comentários(0)comente



Praxedes 23/07/2020

Por que "o fim"?
O fim de Eddy, romance autobiográfico, é um livro que mexe com nossas emoções. São poucas páginas, porém com muitos sentimentos, identifiquei-me com várias das partes desse livro. Eu tomei como "o fim" toda a trajetória infantil do Eddy, desde que nasceu sofre por ser quem ele é, sofre preconceitos, mesmo sem entender. O livro trata muito bem a questão da violência institucionalizada, como se formam as raízes para tais atos infames que rondam a sociedade. São palavras de ódio, olhares de desgostos lançados a uma criança que, sem entender o porquê daquilo, tenta ignorar e leva essa dor como uma simples brincadeira. Confesso que o capítulo "O depósito" foi uma coisa que achei bastante peculiar e impactante dentro da narrativa, é muito chocante, uma vez que toca em dois pontos importantes da história: a inocência e a descoberta, como o autor fala disso, dos desejos de uma criança de 11 anos é muito surpreendente. Nós acompanhamos essa jornada de uma criança que nasce em meio a uma vilarejo preconceituoso e muito limitado, que lida com esses preconceitos da pior forma e percebe que, ser quem ele é, é muito difícil e quase impossível. Deixo essa dica de leitura fantástica para vocês. Abraços.

site: https://www.instagram.com/let.tura/
comentários(0)comente



108 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR