Resenhas - Praia de Manhattan

Beatriz.Rodrigues 22/09/2021

o livro é interessante e prende a nossa atenção em diversas partes, no entanto, a leitura é arrastada, pois a autora faz várias voltas na história, fora isso, é um bom livro, mas não recomendaria pra nenhum amigo.

Vinicius 20/10/2021

Recriando uma época
Meu primeiro contato com Jennifer Egan e posso dizer que foi muito prazeroso. Não leia este livro se você busca uma trama cheia de energia, reviravoltas e frases de efeito pra destacar. Não.

Egan parece que está além (e nem precisa) disso. Um livro existe por uma razão que só seu criador sabe, assim como cada obra de arte. Talvez agrade uns, outro não, mas isso pouco importa. É uma expressão única.

Todo trabalho de mais de uma década de pesquisas em bibliotecas, museus, entrevistas e diversos relatos, resulta numa ambientação riquíssima de uma NY pós Depressão de 29 até a Segunda Guerra.

Aqui importa mais ser transportado pra dentro de uma família comum, explorar a natureza humana e os detalhes da cultura da época do que um final impactante que leva às lagrimas. É como se a autora pegasse nossas mãos e dissesse: "quer saber como era NY nesses anos? Deixa eu te mostrar um pouquinho."

Leia sem expectativas e saboreie cada construção de frase sem pressa.

Marcianeysa 04/08/2022

Boa surpresa
A autora escreve muito bem, a historia tem uma reconstrução histórica excepcional. Mas que capa HORROROSA!

Juliano.Ramos 08/11/2020

Bom livro, boa história, alguns momentos inverossímeis, mas nada que atrapalhe, vale a pena a leitura.

Julinha 22/12/2021

?Não há nada que Jennifer Egan não possa fazer?
Realmente não há nada que Egan não possa fazer?
Decidi ler esse livro depois de ter a experiência com ?A visita cruel do tempo?, um clássico de Egan. De primeira, foi um livro que não consegui me identificar, para ler um capítulo demorei dias e mais dias, o larguei um pouco de lado, até que decidi dar uma segunda chance. Sou grata por ter dado uma segunda chance, me encantei pela forma como Egan novamente me fez amar o que ela escreve(mesmo que a leitura tenha sido um pouco pesada, mas depois vai fluindo), a forma como ela interliga os personagens é algo que me fascina, não sei dizer o porque, só sei que fascina, e sem mencionar a riqueza de como ela retratada os fatos históricos de uma forma que lhe faz acreditar, as inúmeras pesquisas e estudos que fizeram esse livro ser real. Um ponto que quero ressaltar é a determinação de Kerrigan, de conseguir realizar o sonho dela de ser mergulhadora onde naquela época as mulheres não podiam exercer certas áreas só por serem mulheres.
OBS: em algumas partes o livro pode ser um pouco enrolado, algumas voltas que podem confundir e se fazer perder.

Daniel 23/08/2018

Bom e só
A Visita Cruel do Tempo é um dos meus livros favoritos. Acho engenhoso, bem escrito, cheio de trechos lindos que trazem mil reflexões...
Por isso cheguei a este Praia de Manhattan cheio de expectativa... Infelizmente me frustrei um pouco. Não é um livro ruim: tem uma boa estória, uma excelente reconstituição de tempo e espaço (Nova York na primeira metade do século XX)... Mas não me pegou. A trama não aborrece mas também não empolga.
Acho que é o tipo de livro que daqui há alguns anos vou ter que me esforçar para lembrar do que se trata.

Kleber 19/12/2021

Esse vai para os "Melhores do ano"
Praia de Manhattan foi uma leitura que eu comecei sem grandes expectativas, e que acabou tornando-se uma das melhores do ano.

O livro foca em três personagens: Anna, uma garota que faz tudo por sua irmã que nasceu com deficiência psicomotora, e que era muito apegada ao pai, mas vê essa relação se desmoronar quando ele some de casa; Eddie, pai da Anna e da Lydia, e esta última a causa de sua maior frustração: ter uma filha deficiente; e por fim, e não menos importante, Dexter Styles, um dos chefões do submundo de Nova York.

As vidas desses três personagens se entrelaçam de uma maneira surpreendente, com direito a reviravoltas, muito suspense (a ponto de me fazer prender a respiração em certos trechos), e muita emoção.

É sem dúvida uma obra-prima da Jennifer Egan, a qual recomendo bastante que todos leiam.

Amanda.Cavalcante 01/03/2022

"Não ponha nada por escrito se puder só falar, e não fale nada se silêncio for suficiente."
Eu, pessoalmente, fico feliz por Egan ter posto por escrito essa história.

Anna, Eddie e Styles são personagens que estão morando na minha cabeça até hoje, alguns dias depois de terminar a leitura.

A história acontece em NY, entre a quebra da bolsa, em 29, e o curso e final da 2ª Guerra, em meio a gangues e pessoas comuns.

Anna criança e Anna jovem me deixaram com sensações conflitantes. Muita humanidade. É uma personagem para amar, para não entender, para criticar. Um mulher forte (uma redundância? Acho que sim) e que faz coisas contra intuitivas (pra mim) buscando respostas e, no final das contas, buscando ser feliz - que é o que fazemos todos. Torci muito por ela.

A escrita de Jennifer Egan é arrebatadora pra mim. Sei disso desde A visita cruel do tempo. É uma escrita perfeita mesmo quando eu discordo dos rumos.

É que para o livro ser bom, não é necessário que tome os rumos que a gente prefere. É gostoso quando toma. Mas é real quando nos faz questionar.

Indico para quem gosta de livros que não são truncados, mas que não são simples de lidar.

site: https://www.instagram.com/emcadapalavra/

cl4rinhw 11/02/2023

Ele é bom, te prende em certas partes da leitura, porém meio confundo as vezes.
não é um livro que eu recomendaria

sarah 17/11/2021

poucas emoções
É o que posso dizer que senti ao ler esse livro, talvez iludida por minha própria expectativa sobre o que encontraria por entre essas páginas.

Achando que encontraria aqui um grande mistério sobre o que aconteceu com o pai da protagonista e uma vontade de descobrir seu paradeiro, mas me deparei com descrições de uma vida pacata de uma garota que sonhava alto, e por esse unico motivo foi o que me manteve lendo essa história.

Conheci aqui as personagens Dexter Styles e Eddie Kerrigan mas nada me interessava neles, me sentia presa em palavras arrastadas e pouco desenvolvimento, desejava ler mais sobre Anna Kerrigan e sua vontade por mergulho.

Praia de Manhattan e sua personagem principal me ensinaram a não deixar de lado suas vontades, pois Anna nunca abaixou sua cabeça em um ambiente machista sendo a única e primeira mulher mergulhadora no arsenal de marinha em que trabalhava, e em meio a uma decisão decisiva no desfecho dessa história não deixou que outros dissessem o que ela deveria fazer e seguiu com o que ela queria.

O desfecho agradável, com Anna conseguindo construir uma nova vida com a família mesmo que distantes de seus amigos que conquistou com o tempo, esses que construí um pequeno afeto ao longo do livro e foi muito bom saber que cada um teve o que desejava.

Mas não foi nada além disso, uma leitura pacata e que arrastei por um bom tempo. As três estrelas são para Anna Kerrigan.

Lorenna.Tasinato 06/07/2021

Um bom livro, mas que demanda paciência
Eu me apaixonei pelo livro desde o começo, me perdi nos persoengens e só pensava neles, mesmo depois de ter parado de ler (justamente pela riqueza da narrativa de Egan). Entretanto, me peguei cansada no segundo terço do livro, fiz um esforço para que conseguisse acabar o livro, mas valeu a pena. Não eh um livro que eu recomendaria para todos, e nem faria uma releitura dele, mas com certeza foi uma ótima experiência literária.

Gabriela.Schmitt 22/10/2021

Não há nada que Anna e Egan não possam fazer
Para ser lido em pequenas doses diárias. Ainda que na metade do livro a história fique densa e até confusa, os cenários e as personagens compensam demais. É uma viagem à área portuária de Nova York do início do século XX, entrelaçada com a a experiência de uma garota comum do Brooklyn e seu sonho, ser mergulhadora.

@serrarebeca 12/11/2021

?Não há nada que Egan não possa fazer.? ??????????
Embora tenha alguns momentos que a história prenda a atenção do leitor, sem sombras de dúvidas, a leitura é arrastada, pede o foco da história em diversos momentos e tem falas totalmente desnecessárias e, muitas vezes, preconceituosas.

Clara 19/03/2022

Leitura arrastada
O livro em si é bom, faz você imaginar bem pela riqueza de detalhes, porém o que poderia ser resolvido em 200 páginas, tem mais de 400. No início você se sente uma história com tantas partes mas desconectada e, para mim, essa conexão não passou de uma forma de juntar muitas páginas. O que mais me incomodou nesse livro foi o tanto de páginas desnecessárias e um plot clichê de quando tudo está dando certo para a principal, ela engravida... Parecia que ela só queria terminar de uma maneira diferente e colocou isso.
Enfim, para mim, não fluiu e eu não indicaria este livro a ninguém.

Lucas1429 08/04/2024

Idas e vindas
Meu segundo contato com Egan. O primeiro, foi em seu brilhante "A visita cruel do tempo", que me cativou e hoje figura entre meus livros favoritos.

Em Praia de Manhattan, somos apresentados à Anna, uma adolescente que depois se tornará adulta, super apegada com seu pai, Eddie, sua mãe Agnes, sua tia Brianne e sua irmã, Lydia (que é PCD) em um momento de efervescência entre a queda da bolsa de 29 e o advento da 2a guerra mundial.

Todos vivem em Manhattan, e a história se desenrola no encontro de Anna, acompanhando seu pai, Eddie, na casa de um suposto mafioso, Dexter Styles. A partir desse encontro, a vida de todos mudam. Eddie some algum tempo depois e deixa uma sombra em Anna, agora adulta e aspirante à mergulhadora pela marinha americana... ainda mais quando ela reencontra Styles despretensiosamente em uma boate.

Honestamente? O livro não me pegou.

A história é bem escrita, então tu fica ali por horas querendo identificar como se desenrola... e aí está o problema, o desenrolar é decepcionante... ou, ao menos, foi pra mim.

Fiquei esperando um grande desfecho e acabei esperando demais. Talvez expectativa muito alta de minha parte, talvez a escritora tenha mesmo se perdido e dado um jeito "Frankenstein" (não como o livro, mas como a criatura, meio remendada) com uma tentativa de Deus ex machina pra resolver as coisas.

Em suma... você lê o livro até o final com facilidade, pela boa narrativa e por querer saber o desfecho de Anne, Dexter e Eddie. Mas o final me desanimou muito, tornando uma leitura quase que perdida.

Recomendo? Não.

Fácil de ler? Sim, bem tranquilo. Como reafirmo, a narrativa de Egan é boa, e passa entre alguns personagens. Senti até uma pontada de Faulkner em seu primeiro capítulo de O SOM E A FÚRIA nos trechos em que vemos o fluxo de consciência de Lydia, mas só inspiração mesmo.

No fundo, era um livro para falar sobre praia. Os títulos de Egan tem grande influência em sua obra. Nessa, no caso, nadou nadou e morreu na praia.