Evelin 01/01/2023
Bom
Decidi ler The Priory of the Orange Tree em inglês como um desafio pra mim mesma, que estou aprendendo, mas também porque sabia que a edição brasileira não estava completa e não queria ler um livro dividido, ainda mais porque lido muito bem com leituras longas, até mesmo gosto. Dito isso, quando li, as vezes quis que a história estivesse dividida.
Esse é um livro bom. Tem um universo bem construído, fundamentado, a forma com a qual as histórias de cada nação são contadas é ótima e fica perceptível a dedicação em criá-las. Mas, eu gostaria de ter tido mais tempo para absorvê-las. Em 100% do livro, tem muita coisa acontecendo e não há a menor pausa para absorver os cenários e os contextos de cada nação o que, para mim, afetou a imersão. O mesmo vale para os personagens. Eles são inteligentes, interessantes e mesmo carismáticos, mas estão a todo instante tão ocupados que não há tempo para conhecê-los e entender melhor as razões das suas ações. Está tudo dito, mas a impressão que a história deixa é muito rápida, como se a narradora parasse e dissesse: "Ó, agora vou explicar. Entendeu? Então vamos" e enfiasse o pé no acelerador da história, não dá pra ver por onde e por quem ela tá passando direito.
Não vou negar que é um livro que te segura e te leva até o final sendo muito interessante e cativante, porque isso ele faz, e muito provavelmente também satisfaz certos tipos de leitores. Mas, para mim, deixou a desejar nesse envolvimento.
O que comentei no início de querer que a história fosse dividida, foi imaginando que, tendo a história sido desenvolvida em "porções menores" e com mais calma, haveria mais tempo para que o impacto de cada acontecimento se instalasse no leitor, para que o apego fosse maior. Certas descobertas levariam mais tempo, ofereceriam mais chances a quem está acompanhando de entender melhor o que está acontecendo ? e também de se deixar enganar pelos plots mais complicados e se surpreeender depois!
Resumindo, gostaria de ter tido mais tempo, dentro da narrativa, para aproveitar a história ? que é muito boa, ainda assim, e que me deixa ansiosa para experimentar futuros trabalhos da autora.