Com armas sonolentas

Com armas sonolentas Carola Saavedra




Resenhas - Com Armas Sonolentas


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LeonardoGS89 01/09/2022

Muito bom, bem escrito, envolvente.
Absurdamente lindo, belo e triste na mesma proporção.
Fiquei muito envolvido com as histórias das três mulheres e pelos fios quase invisíveis que as conectam ao longo da trama, a trama da avó foi a que mais me chamou atenção e ao mesmo tempo a mais triste, ela vive uma vida sendo explorada, abusada, abandonada a solidão e é muito triste pois casos assim ocorrem com muita frequência.
No entanto, por mais belo que seja o final do livro, saí dele com uma sensação de incompletude, que acredito ser intencional, mas que afetou negativamente minha experiência, senti falta do encontro físico das três mulheres na casa amarela, não sei, senti que ficou alguns pontos em abertos e somente por isso minha experiência não foi mais satisfatória, contudo, ainda assim super recomendo esse livro, vale muito a pena sua leitura.
DANILÃO1505 01/09/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!


Luana1208 27/02/2023minha estante
Nossa, simm!! Senti o mesmo quando acabei o livro.
Mas mesmo com essa incompletude no final o livro é extremamente bonito e vale muito a pena ser lido.




Mariana Dal Chico 16/07/2021

“Com Armas Sonolentas” de Carola Saavedra foi publicado em 2018 pela @companhiadasletras e li em março desse ano em conjunto com o @leiamulheresjundiai , que rendeu uma discussão maravilhosa sobre diversos temas abordados no livro.

O livro é dividido em duas partes (o lado de fora | o lado de dentro), com três vozes narrativas diferentes: Anna, Maike e (Avó), e uma linha do tempo descontinuada.

Para mim, a primeira parte do livro foi bem mais fluida, momento em que o leitor é apresentado para as personagens como quem as vê pelo lado de fora, ou recebe as impressões de como elas observam o mundo.

Eu diria que é uma parte um tanto mais concreta se comparada com a segunda que carrega um clima mais onírico/fantástico, onde entramos nos pensamentos das personagens e as margens do real, alucinação, sonho, fantasia, deixam de ser bem delimitadas. Para aproveitar o máximo da leitura, aqui é preciso entrar de peito aberto e mente livre de amarras terrenas.

Os momentos mais difíceis de leitura para mim estavam nas palavras da (avó), uma mulher que não é nomeada e carrega a ancestralidade de todo um gênero que sofreu - e ainda sofre - violências constantes e é silenciada repetidamente, diariamente. Os parágrafos maiores, a falta de espaço para respirar no meio do discurso, só aumentam a sensação de opressão. É preciso atenção, pois é ali que muitas cenas se conectam e provocam o leitor a pensar sobre os temas abordados e a forma como eles poderiam ser resolvidos dentre os caminhos possíveis que se colocam à frente das personagens.

Essa foi uma leitura que me marcou, fez com que muitos questionamentos rondassem minha mente por dias e alguns deles ainda reverberam no peito.

site: https://www.instagram.com/p/CP3Jdt1jQyS/
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Karenok 06/09/2022

Forte, vivo, intenso.
Não é meu estilo preferido de leitura, mas boa parte do livro me prendeu pela narrativa forte e real, com retratos tão claros das personagens.
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Livia M. 04/09/2022minha estante
Acho que também fiquei em transe rs


Rick Shandler 05/09/2022minha estante
Difícil não ficar!!! Hahah




Dani 17/10/2021

Um dos livros que mais mexeram - positivamente - comigo esse ano.
Digo com propriedade que ele ainda reverbera em mim.

A autora conseguiu deixar o livro mais interessante a cada virada de página, superando e frustrando expectativas.
Real e imaginário e onírico e fantasioso tudo junto!
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Luly @projetocabeceira 17/08/2022

Um livro perfeito. Que dor, que revolta, que angústia. E que escrita! Fora a teia que envolve essas 3 mulheres.
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Juh 12/12/2022

Talvez eu seja
O sonho de mim mesma.
Criatura-ninguém
Espelhismo de outra
Tão em sigilo e extrema
Tão sem medida
Densa e clandestina

Hilda Hilst
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Wal - Ig Amor pela Literatura 01/02/2019

Primeiro sueño
Quando comprei “Com armas sonolentas”, não tinha a menor ideia de que o título era um verso do poema “Primeiro sueño”, da Sor Juana Inés de la Cruz – adquiri o livro porque adoro a escrita da Carola Saavedra. Coincidentemente, eu havia começado a ler, há poucos dias, o livro que é considerado o maior ensaio sobre a vida da freira, do autor mexicano Octavio Paz.

Aos 21 anos, Juana ingressou no convento e ganhou o título de Sor (irmã). Foi uma mulher à frente do seu tempo – estudou, escreveu, transgrediu, amou. Encarou a opressão no México no século XVII. Alguns estudiosos acreditam que ela viveu uma história de amor com a Condessa de Paredes; Octávio Paz acreditava que fora apenas um amor platônico. Carregou tormentos em seu coração, lutou, já naquele tempo, pelos direitos femininos – foi chamada de mística, neurótica, feminista – mulher.

O que o livro da Saavedra tem a ver com isso? Muitas coisas. Carola traz a história de três mulheres – vidas muito diferentes, mas que trazem uma ligação indestrutível entre elas.

________ “Gostamos de imaginar que somos livres, completamente livres, mas isso não passa de ilusão, somos a nossa herança, uma herança gravada nas palavras de nossos ancestrais." ________

A maternidade não desejada, a descoberta da sexualidade como forma de autoconhecimento, a exploração no trabalho. Nas histórias de Anna, Maike e da “avó”, o mundo parece não caminhar na trajetória esperada, tudo anda meio às avessas e nenhuma dessas mulheres compreende para onde estão indo. “O lado de dentro ainda é o lado de fora”. Nada fará sentido até que essas almas encontrem a mesma direção.

Aos poucos enxergamos as três vencendo seus tormentos internos e externos – ressurgem das cinzas como a fênix da América latina, Juana Inés de la Cruz, libertam-se de amarras e prisões - sonham.

________ “e me veio um cansaço imenso, uma sonolência, mal conseguia manter os olhos abertos, ela disse, é um bom sinal, os espíritos estão do nosso lado, e você tem agora suas próprias armas“. ________

Sempre admirei a escrita da Carola Saavedra, mas “Com armas sonolentas” ela se superou. Livro imenso em sensibilidade e significados. Leiam!

site: https://www.instagram.com/amor.pela.literatura/?hl=pt-br
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DEA 05/09/2022

Eu não sei ainda o que pensar desse livro ????.
Nunca tinha lido algo nesse estilo, onírico, então algumas partes ficaram ou foram confusas.
Mas a leitura é fluída.
O livro tem um final aberto, e isso não o torna ruim mas eu esperava (queria) um final com algumas respostas e resoluções ??.
Li várias opiniões para ver pontos de vistas diferentes, para quem sabe ter uma luz ?. Interessante como cada um absorve de uma maneira diferente, mas realmente ainda não consegui definir essa leitura.
Continuo refletindo sobre ele ??????.
LeonardoGS89 07/09/2022minha estante
Finalizei esse livro com esse mesmo sentimento de querer respostas, o livro em si é muito bom, mas preferia que não tivesse tido um final tão aberto.


DEA 07/09/2022minha estante
Exatamente!!!!?




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Toni 25/09/2018

Livros contam histórias, emocionam, assombram, desassossegam. Vez ou outra, no entanto, mais raramente e contra nossas expectativas, livros reorganizam a corrente sanguínea, arrastam a gente para o fundo da linguagem, nos deixam num estado que é como “estar acordado duas vezes”, nas palavras de Garcia Márquez. “Com armas sonolentas” é livro dessa estirpe, é romance-de-formação, palimpsesto, fantasmagoria, é leitura-desabrigo, é narrativa-suspensa, é (já o disse no stories e repito a ousadia) o romance do ano e meu favorito ao próximo Jabuti.
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A maternidade é a grande personagem do livro. Mas aquilo que em mãos menos talentosas acabaria num moralismo machista com pretensões empoderadoras se transforma em uma trama sem soluções fáceis, repleta de incômodos que desestabilizam a leitura e deixam o leitor enlevado pelo destino de três protagonistas — e uma avó indígena — que habitam abismos cavados pela própria linguagem que as materializa (reparem na sintaxe nos trechos da avó, que trabalho). ❤️
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O romance está dividido em duas partes. A segunda, O lado de dentro, se relaciona com diversas formas de gestação—da ideia de filha, do desprezo de classe, do abandono, do cárcere afetivo. Já a primeira, O lado de fora, com as maneiras que o mundo interpreta e interage com aquilo que foi gestado e entregue em suas mãos, como um bombom todo amassado comido de noite enquanto os patrões dormem. Em ambas as partes, três histórias se entrelaçam—da atriz Anna, da jovem Maike e de uma avó-não-nomeada. Todavia, o que uma leitura rápida talvez reconheça como complementaridade de vozes se torna, por engenho de Saavedra, em desmonte e convite à desestruturação (“o lado de dentro ainda é o lado de fora”).
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Um belo livro que arremete com voracidade silenciosa contra o lugar-comum e as certezas aconchegantes de tudo que é patriarcalmente normativo. Nele, liberdade, desejo e medo são ao mesmo tempo pontos de partida e de chegada na trajetória dessas mulheres cujos percursos desenham a cartografia de uma literatura de muita força e resiliência.
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Nati Sampaio 02/03/2022

Meu deus, que livro!!!
Acabo de terminar o livro e sinto que nada mais faz sentido. Já sinto falta da Maike, da avó e sua sabedoria, da mulher sem nome.. e da Anna? Bem, um pouco também.
É um livro extremamente tocante, nostálgico, fluido, complexo? e muito, muito importante.
Muitas pontas ficaram soltas, senti falta de um desfecho nas histórias, mas acho que justamente isso era o que a autora pretendia.

Com certeza entrou para um dos meus favoritos da vida!
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Aline.Zancani 25/09/2022

Sucessão de abandonos
Em ?Com armas sonolentas?, Carola Saavedra narra a história de 3 mulheres que tem entre si um fato comum: o abandono.
Conectadas entre si por uma trajetória não óbvia que só torna clara ao final da primeira parte.
Uma obra que traz a maternidade como plano de fundo, além da desigualdade social, trabalho escravo, violência, em uma mistura com o intangível e até mesmo místico, onde o principal ator é o destino.
Em alguns momentos chega a ser desconexo, embora intrigante fazendo com que você anseie saber onde a história vai acabar.
O final frustra, pela expectativa que o próprio leitor vai criando, deixando um vazio? uma sensação de abandono.
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Bianca.Lampa 23/08/2022

Espetacular! Maravilhoso! História envolvente, pesada, densa. Incrível. Recomendo muito a leitura e reflexão.
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Marcelo 27/07/2021

Resenha no Instabooks @cellobooks
Três mulheres vivenciam o exílio e o abandono, num desencontro de línguas, lugares e experiências.

O livro gira em torno de três mulheres: Anna, uma aspirante a atriz, de origem humilde, que vê num cineasta alemão a possibilidade de ser levada a sério e ter fama e reconhecimento. Logo depois que o conhece, ela aceita mudar-se para a Alemanha, onde a realidade (agravada pelo desconhecimento do idioma) se apresenta bem diferente de suas expectativas;

Depois há também a melancólica Maike, uma jovem alemã que, sem razão aparente, resolve estudar português na universidade ? para o desgosto dos pais, advogados ? e descobre aos poucos que sua improvável ligação com a língua e o Brasil é cada vez mais forte. No curso, ela se apaixona por uma colega, que vai abrir seus olhos para muito do que estava reprimido em seu inconsciente;

E ainda uma terceira personagem, sem nome, que aos catorze anos é obrigada pela mãe a deixar sua casa no interior de Minas para trabalhar como doméstica numa casa de família no Rio de Janeiro, onde relações bem complexas irão se desenvolver no convívio dela com os patrões.

São três mulheres muito distintas, mas fortemente interligadas, que experimentam uma situação crescente de abandono e exílio ? seja geográfico, seja emocional e a na busca por desvendar sua verdadeira identidade.

Um livro vivo, real, com historias que poderiam ter acontecido com qualquer mulher à nossa volta. Incomoda mas nos tira da zona de conforto.

Gostei da escrita da autora (primeira obra dela que leio) mas me incomoda um pouco a forma como o livro termina, o que não é uma característica apenas dela, mas de alguns novos autores.
Vinicius 27/07/2021minha estante
Final aberto?


Marcelo 27/07/2021minha estante
Pois é Vinícius... isso me incomoda um pouco estes ?finais abertos?. Vc já leu este livro?


Vinicius 28/07/2021minha estante
Não, mas ta na lista...
Bom saber, assim já não vou com tanta expectativa rs


Marcelo 28/07/2021minha estante
Apesar disso, é um bom livro. Leia ok




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