As estrelas sob nossos pés

As estrelas sob nossos pés David Barclay Moore




Resenhas - As Estrelas Sob Nossos Pés


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Markarroni 04/02/2020

Tá esperando o quê pra ler essa obra-prima?
Um belo vislumbre, honesto, cru e real da vida de um garoto em luto após a morte de seu irmão mais velho, à beira de uma série de decisões que determinarão a direção de sua vida.

" - Bem, se a gente fosse diferente, você sabe, se tivéssemos nascido com dinheiro... É que... Fazer boa arte ou boa música não é o tipo de coisa que realmente esperam da gente. Esse tipo de trabalho é inesperado.

- Sim - respondi. - Não é o esperado de nós. Mas ainda acho que será um bom violinista. Você já é agora! [...]

- Lolly, acho que você será um bom arquiteto. Ou sei lá o que você quiser fazer.

- Obrigado, Vega. Nós dois sabemos que eu nunca serei nada."

Amei a maneira como o autor destacou a natureza contraditória da adolescência de negros criados num ambiente hostil do Harlem, as pressões extras impostas a eles para, devido às circunstâncias (pobreza, desigualdade social, violência, preconceito), serem forçados a pensar em coisas muito adultas precocemente.

É realmente emocionante e um pouco triste ver isso, mas os personagens possuem uma doçura tão grande que você mesmo se vê num paradoxo. O comportamento deles (principalmente dos pré-adolescentes e adolescentes) é representado de forma tão sincera, que deixa a ambientação ainda mais realista.

Eu fui muito surpreendido tão lenta e metodicamente com esse livro, que demorei bastante pra escrever essa resenha. Faltou palavras pra tentar descrever o que esse livro foi. E olhe que, por ser uma indicação do Victor Almeida, do canal Geek Freak, as minhas expectativas já estavam altas.

"As Estrelas Sob Nossos Pés" passa mensagens importantíssimas, mas sem militância, porém não deixa de ser politizado. E ainda temos representatividade LGBT e autista! Repito a pergunta: Tá esperando o quê pra ler essa obra-prima?

site: https://www.instagram.com/leitor.nerd/
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in.juria 01/12/2021

Um cemitério de pequenos arranha-céus.
Desde então aprendi a coisa mais importante: as decisões que você toma podem se tornar a sua vida. Você é suas escolhas.
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Gustavo.Marques 16/10/2020

Leiam!
Lilly é um menino que, infelizmente, é assolado pela grande violência existente no seu bairro. Um livro que leva você a reflexão, risadas e algumas lágrimas. Também indico para todos aqueles que querem enxergar como é a realidade de alguém que vive num bairro marginalizado e ainda é assolado na pele pela violência
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Heloísa 26/06/2022

Luto, superação, autodescobrimento
O autor usa a sua experiência com o luto de seu irmão Brian para escrever a obra. Isso torna a experiência mais real, pois Lolly vive experiências que poderiam ser de qualquer menino negro do Harlem. Os detalhes da culinária caribenha, as gírias, como por exemplo, o termo coquinhos, que é a forma um pouco preconceituosa como as pessoas de origem caribenha são chamadas, ajudam a enriquecer e mostram um Harlem que não estamos acostumados a ver nos filmes e livros, devido à descrição detalhada de sua culinária e cultura. A violência apresentada é a da realidade vivida, da mesma forma como estaria em uma obra ambientada em alguma favela do Brasil. Apesar de ruim, ela é bastante amenizada pelos acontecimentos que recebem maior destaque, e que são o que de fato importa na obra, como a construção da cidade de legos e como Lolly vai trabalhando o luto da morte do irmão Jermaine, ao mesmo tempo em que amadurece em outros aspectos da vida, como a mudança de atitudes em relação à Rose (uma aluna autista com quem ele parte da aversão à amizade genuína), ou a amizade com um garoto que toca violino e que pode levá-lo para o crime ou não e a escolha que ambos fazem. Espero que o autor escreva mais e que seja traduzido para nosso idioma.
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alinetiemi 12/02/2022

Aborda a criminalidade e a violência das gangues pela visão de um menino de 12 anos.
Um livro muito bem escrito, narrado pelo Wallace, que vê como a vida é difícil e diferente para um menino negro, com racismo e a desigualdade presente.
Além disso, o livro apresenta o espectro autista, como pode ser o cotidiano de uma criança autista.

Vale muito a pena. leiamm
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Débora 18/04/2022

Leiam
Um livro muito lindo, que fala sobre luto e superação. Foi muito bom acompanhar personagens tão reais e verdadeiros
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Estante do Papai 12/04/2020

"Sensivelmente" fantástico!
Uma história simples , realista, triste e feliz. Daqueles livros com 300 páginas que você termina em algumas "sentadas". Entrou para um dos meus preferidos.
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Luna 31/12/2021

chorei mto
é um livro bem curto mas desenrola bastante história, os personagens são bem escritos e é uma leitura rápida e legal?. Em geral é um livro muito bom pra pré-adolescentes e adolescentes
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Danika 18/03/2019

"Sem luzes de Natal, guirlandas, enfeites e compras de final de ano. Eu tinha decidido semanas atrás que nunca mais seria feliz outra vez."

Quando recebi o livro já tinha grandes expectativas sobre ele. Ao ler a sinopse e ver do que se tratava, quis conhecer esse garoto de doze anos que já passou por tanta coisa e que tenta buscar um caminho diferente da maioria dos jovens negros do Harlem: as gangues. E não é fácil se manter longe de problemas e passar despercebido, mesmo quando é aquilo que você mais quer.

Depois da morte do seu irmão, Lolly quer sentir a raiva, a tristeza profunda, a dor de perder sua melhor parte. A sensação que ele sente dentro dele precisa ser intensificada, consumida, vivida. E é o que mais me dói. Ver esse sentimento em uma criança que perdeu o irmão para a violência e ver os pensamentos dele sobre tantas outras coisas. Como é o primeiro natal sem o Jeraime, ele não queria festas, comidas, presentes, nem ver ninguém. Só desejava ter o irmão de volta. A única coisa que o conforta são seus Legos. As peças que ele coleciona e monta em seus respectivos brinquedos. Ele tem vários deles montados no mais minucioso detalhe. É o que lhe distrai, o que motiva, o que o anima. Seu momento de fuga do mundo é quando ele se perde diante dos Legos.

"- Se você só se arrisca a fazer aquilo que todo mundo já faz, nunca vai fazer uma coisa nova."

É por essa paixão que ele tem pelos Legos que a namorada da sua mãe lhe dá um saco imenso cheio deles, mas muitos mesmo. É aí que ele começa a criar sua cidade. Harmore, a cidade imaginária, habitada por seres perigosos mas que também tem seus heróis. Neste cenário ele acaba se aproximando de Big Rose, uma aluna calada e sem amigos que participava da mesma aula extraclasse comunitária. Além de seu amigo Vega, Lolly andava com outros colegas e a gente se pega sentado entre eles enquanto debatem se um dia irão fazer parte de uma gangue ou não, uma conversa muito comum entre eles.

"Gosto muito de fazer as coisas do meu jeito pra me juntar. Se você está em uma gangue, tem que fazer o que eles dizem, e eu não faço o que os outros dizem. A menos que seja a mamãe. Ou Yvonne."

É mais complicado ainda quando seu irmão fazia parte de uma. Ou quando o primo do seu melhor amigo também está envolvido nisso. Onde quer que eles vão, há alguém de alguma gangue dando avisos ou ameaças. Ruas pelas quais não podem andar, bens materiais que é arriscado carregar porque eles roubam. Lembram de Todo mundo odeia o Chris e o carinha que vivia pedindo um dólar toda vez? É assim, só que pior. Eu não vivo lá nem conheço o suficiente para ter propriedade de me aprofundar no assunto, mas são vidas de crianças que acabam corrompidas pela violência, expostos à desigualdade e ao preconceito. Vidas que importam, que deveriam importar.

"- Ele não vai voltar Lolly - o sr. Ali disse antes que eu saísse. Ele falou com muita calma. - Você precisa aceitar isso. Pode soar cruel, sangue-frio, mas nunca mais vai ver Jermaine novamente. Pelo menos não nesta vida."

O livro é uma mistura de revolta com o que vemos de errado por aí e de doçura na forma como o autor apresenta a vida do nosso pequeno Lolly. A inocência em corações tão jovens sendo ameaçadas a cada esquina. A luta diária para se livrar ou esquecer da dor da perda, de tentar cada dia se manter bem mesmo quando tudo parece ter desmoronado, como um castelo de Legos se espalhando pelo chão. Os personagens nos encantam e a história é linda demais! Nos faz abrir os olhos e tentar pensar como essas crianças enxergam e pelo que passam vivendo tão a margem da sociedade. O medo, os conflitos e a esperança de não ser apenas mais um que a vida eliminaria com uma bala. O desejo de tomar um rumo diferente do que a maioria deles irá tomar.

"Desde então aprendi a coisa mais importante: as decisões que você toma podem se tornar a sua vida. Você é as suas escolhas."

É um livro que merece ser lido, apreciado, recomendado. E teremos filme em breve. A adaptação será dirigida por Michel B. Jordan e eu já quero pra ontem! A capa do livro é linda, foi mantida a original e a diagramação está impecável. Deu super vontade de me encher de Legos e criar minha própria cidade também, mas pra isso precisaria de espaço! hehehehe Eu indico MUITO a leitura da obra! Com certeza não irão se arrepender! ❤

site: http://www.garotaselivros.com/2019/01/as-estrelas-sob-nossos-pes-david.html
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Fátima 14/11/2021

Lolly construindo seu sentimentos com legos.
A forma que o autor apresentou a vida de Lolly e seus sentimentos em primeira pessoa deixou a leitura mais profunda e mais comovente para entendermos todas as mudanças na vida desse jovem com um pé na adolescência e outro na infância. Lolly enfrenta a tristeza de ter perdido o irmão e tem que lidar com a violência de seu bairro, os sentimentos de raiva que surgem após a morte do irmão e a possibilidade de poder sonhar seu futuro.

Não foi uma leitura na qual eu quis aplaudir, mas a forma como o autor demonstrou os pensamentos do jovem Lolly tentando se entender e as coisas que estavam ao seu redor assim como esse processo de crescimento junto com familiares e amigos foi uma narrativa forte como os acontecimentos e leve como uma criança que tenta entender o mundo dos adultos.

Rose foi uma personagem que mesmo falando tão pouco ensinou tanto ao leitor quanto a Lolly a importância de dar espaço e deixar a pessoa se sentir confortável para querer companhia. Compartilhar.
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Caroline860 03/10/2023

Esse livrou mexeu comigo em diversas camadas diferente. Lolly é uma criança com a mente extremamente criativa e que tem tudo pra ter o mundo nas mãos, mas vem de uma história tão triste e já é tão machucado. O final é incrível, pq essa história poderia ser fatos reais, e imagino um milhão de finais tristes. O tipo de livro que dá vontade de ler uma continuação dele com os personagens mais velhos, pra saber se o futuro deles foi como esperado e merecido.

Pra falar a verdade não tenho palavras pra descrever todas as emoções, como fiquei orgulhosa por Lolly conseguir construir tudo que construiu.
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carinavd 23/04/2019

A diversidade em NY
O protagonista está passando por uma fase ruim e descobre no lego uma forma de criar a cidade perfeita.
As coisas dão incrivelmente certo e errado ao mesmo tempo. É um retrato de um lugar, com seus preconceitos.
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Niájera 21/05/2019

Bonito
Que história linda e com uma lição de vida tocante: somos resultado das nossas escolhas. Vale a pena! Leitura rápida e fluída.
Anny 22/05/2019minha estante
Tô doida pra ler esse livroo


Niájera 22/05/2019minha estante
Leia Anny, leitura muito bacana.




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