O filho mais velho de Deus e/ou Livro IV

O filho mais velho de Deus e/ou Livro IV Lourenço Mutarelli




Resenhas - O filho mais velho de Deus e/ou livro IV


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Matheus 23/12/2018

Amor Cósmico e/ou Psicologia Americana
Mutarelli em seu projeto junto a Companhia das letras foi a NY com a missão de falar sobre o amor de seu ponto de vista.
Anos depois do projeto, feito com maestria, nasce O filho mais velho de Deus e/ou livro IV. Tendo esse histórico, o que se encontra no livro são reflexões profundas, misticismo, cultura americana, amor, solidão e uma quebradeira mental de um mundo visto de dentro de um personagem muito forte.
O livro que pode parecer cansativo no começo (A quem está lendo, segura até a parte 2 é lá que o bicho pega) se estende por construir nossas opiniões sobre o principal como quem cozinha um prato em fogo baixo. Passo a passo se monta todo o histórico e já se tem bagagem para iniciar a trama, e essa é incrível. Com surpresas, intelectualidade, teorizações, se vive algo intenso página a página em uma mistura de sobrenatural e humano.
Sem spoilers, o livro te leva para um lugar ora desconfortável, ora amigo. Ora mágico, ora real. Embalado por percepções de como o americano tradicional pensa, da paisagem nova iorquina, ele vale a leitura!
Lourenço usa um estilo muito próprio trazendo palavras americanas em português (Pedaço de bolo, Buraco da bunda) que cria humor e a forma de expressão local com exatidão. Usa uma enciclopédia de foras da lei com pausas para suas histórias paralelas que dão um tom ao livro. Usa de comentários em primeira pessoa para trazer curiosidades e claramente fez de muita pesquisa e dados reais para construir uma ficção (será?).
Sem ambições reais de trazer respostas, a história é incrível. Embora falte algumas pontas para a total explicação dos casos, esses espaços em aberto são ricos e te geram uma boa sensação para continuar suas próprias teorias. As vezes peca pelo uso excessivo de algumas técnicas narrativas que desgastam o leitor de certa experiência com o livro, mas acerta muito mais do que erra.
Em suma, é uma experiência de leitura que te coloca em novos temas, traz uma nova visão e te faz pensar. Elementos que por si só já me fariam ler, mas ainda é bem construído, de leitura fácil e emocionante.
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douglaseralldo 28/05/2019

SANTA BOSTA! 10 CONSIDERAÇÕES SOBRE O FILHO MAIS VELHO DE DEUS E/OU LIVRO IV, DE LOURENÇO MUTARELLI OU SOBRE FAZER UMAS LOUCURAS
1 - Integrante da coleção Amores Expressos cujos romances focalizam cada qual uma importante cidade do mundo, coube a Mutarelli escrever a narrativa sobre Nova York, e, se tomarmos "a grande maçã" como a grande metrópole mais filmada dos tempos recentes pelo cinema, veremos esta "cidade-cenário" refletida neste romance de difícil - talvez impossível - classificação dar vazão a uma narrativa insana e satírica, mas capaz de reforçar certa atmosfera etérea e absurda duma cidade onde as loucuras mais improváveis são possíveis, como veremos em O filho mais velho de Deus;

2 - Antes de mais nada, todavia, precisamos observar o tom satírico com que Mutarelli elabora sua narrativa nestes romance. A começar por seu narrador em terceira pessoa, mas íntimo não apenas do protagonista, mas também do próprio leitor, a quem ele procura estar sempre próximo. Trata-se de um narrador que extrapola as ironias e não teme o usa das figuras de linguagens ao que não se furta de cortar sua narração com trechos que desavisados poderiam pensar estar diante problemas de coerência, tais são as interferências, intrusões e outras rupturas realizadas pelo narrador. Contudo, não apenas ele é fortemente marcado pelas tintas da sátira, mas o próprio protagonista de múltiplos nomes, de certa fixação pelos cus alheios e uma jornada das mais absurdas - ou não;

3 - George, no caso o protagonista, que compartilha com outros personagens o bordão santa bosta! é um homem comum que acaba indo parar em Nova York depois de abandonar Minneapolis para envolver-se com um estranho grupo que envolve religião, alienígenas e outras teorias conspiratórias que na narrativa tecem-se pelo absurdo e pelo exagero da sátira, mas que como toda boa sátira vai deixando pelo caminho uma trilha de reflexões a serem feitas;

site: http://www.listasliterarias.com/2019/05/santa-bosta-10-consideracoes-sobre-o.html
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Pablo Pacheco 10/04/2020

Ponto fora da curva
Livro diferente dos outros Mutarelli. Uma história bizarra e intrigante vira pretexto para deixar em relevo a situação humana.
Toques de Vonnegut, Borges, Kafka e Dostoiévski, um livro super interessante.
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() 05/08/2020

o filho mais velho de deus e/ou livro chato
Com exceção de "Jesus Kid", li todos os livros do Lourenço Mutarelli e sempre o considerei um dos melhores autores de literatura brasileira contemporânea. Esse é o primeiro livro dele que eu francamente não gostei. Uma história arrastada e cheia de pausas e repetições, com um argumento bizarríssimo que não me convenceu. Acredito que chegou a hora do autor se reinventar, criar personagens que não sejam somente um reflexo dele mesmo e das obsessões de sempre e/ou de pessoas conhecidas, como o escritor Glauco Mattoso (Pedro José Ferreira da Silva) na personagem de Peter Matthews Silva.
Não recomendo esse livro para ninguém que ainda não conheça o trabalho de Lourenço Mutarelli na literatura. Melhor começar com "O cheiro do ralo", "O natimorto" ou "A arte de produzir efeito sem causa". Da coleção Amores Expressos, indico "Do fundo do poço se vê a lua" (vencedor do concurso) e "O último final feliz para uma história de amor é um acidente", que se passam respectivamente no Egito e no Japão.
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Doug 14/01/2022

Devorei!
Fazia tempo que não lia um livro tão rápido.
A narrativa é muito boa! Apesar da história em si não ser grande coisa e o enredo ser meio amalucado, vc fica curioso pra saber o que vai rolar no final.

Além disso, tem umas claras influências de autores clássicos como Vonnegut.

Como disse, a história é esquisita, por isso, muito provavelmente é um daqueles livro ame ou odeie. Eu amei.
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Marcos.Paulo 03/02/2022

Arrastado demais
Chegou o dia em que direi que não gostei de uma das obras do Mutarelli. Achei a leitura arrastada demais, com muitos autos e baixo na narrativa da estória, o livro começa a te prender e ficar interessante lá pelo meio, daí esfria novamente, para dar um up no final. Mas há pontos positivos, alguns diálogos são sensacionais, com muita teoria da conspiração e reflexões que ficam depois martelando na cabeça, me identifiquei muito com o personagem principal e as diversas referências legais, me levaram a dar muitos Google pra me situar na trama. Enfim, Mutarelli está com muito crédito comigo.
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Dude 13/02/2022

Reptilianos
Sou suspeito para falar dos livros de Mutarelli. Leio todos que encontro e nunca me decepciono. Adoro as narrativas e os diálogos. Esse não foi diferente.
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Michelly 07/07/2022

Justificativa
Mutarelli é um autor que faço questão de acompanhar, por considerá-lo, até o momento, um dos melhores autores da literatura contemporânea. E, óbvio, estou falando isso porque ele se afasta de literatura polêmica, de literatura com viés identitário, de literatura política. Aqui, estou citando um autor exemplar, com narrativa peculiar, cujos personagens tem suas particularidades e são humanos como nós: constituídos de defeitos, de desejos, de inseguranças, arremates de obsessões e neuroses.

Esse livro em particular, diferente dos demais que já li, não me trouxe aquele desejo intenso de continuar a leitura para entender os pormenores dos mistérios que Mutarelli trabalha tão bem. Para justificar a minha nota, achei a narrativa fraca, apesar de bons diálogos, e, senti também por parte do autor uma narrativa (do meio para o final) extremamente corrida, com solavancos desesperados.

Para não ser injusta com o autor, aconselho as leituras dos demais livros dele. No fim, o todo compensa o tropeço deste.
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01/10/2023

Livro muito bom, mesmo sendo o menos melhor que já li de Mutarelli, sou sempre suspeito em critica-lo. Interessante a forma que ele traz temas ocultistas, Aleister Crowley, misturados com paranóias e teorias absurdas de conspiração sobre reptilianos. Como sempre, valeu a pena a leitura, Mutarelli é daqueles escritores que você começa a ler e esquece de reparar em qual página está, quando se depara o livro acabou. Recomendo como sempre
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