Subcidadania Brasileira

Subcidadania Brasileira Jessé Souza




Resenhas - Subcidadania Brasileira


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Rosa.France 07/09/2023

Não é um livro fácil
É um livro que demanda uma leitura lenta, atenta, reflexiva e uma busca para compreender a base da qual o autor parte (Pierre Bourdier e Charles Taylor) e pela qual passa (Sérgio Buraque de Holanda e Gilberto Freyre) para chegar a sua tese final sobre a criação da subcidadania brasileira. Vale à pena o empenho.
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Daniel432 19/03/2023

O Brasil Que Precisamos Mudar
Esse não é um livro comum, é uma tese nova proposta pelo autor visando demonstrar como as sociedades capitalistas periféricas perpetuam o status quo que interessa às elites dominantes e fazem parecer natural a enorme desigualdade em que vivemos.

Para tanto, introduz ao leitor as teorias de dois filósofos e sociólogos, o canadense Charles Taylor e o francês Pierre Bourdieu, ambos ilustres desconhecidos para mim que, como verão, não possuo capacidade de entender e processar corretamente nem metade do que está escrito.

Aos dois ilustres desconhecidos o autor junta dois sociólogos brasileiros, Gilberto Freyre e Florestan Fernandes e desses não posso dizer que não os conheço, mas também nunca li os livros que escreveram.

O autor faz uso de termos técnicos relacionados à sociologia fato que dificulta a leitura para o leitor comum. O tema é complexo e a linguagem utilizada pelo autor dificulta o entendimento do leitor comum dada a utilização de jargões e expressões típicas de estudos sociológicos. Não posso culpar o autor pela minha incapacidade, mas dá vontade!!

Dessa forma temos um sociólogo explicando as teorias de quatro outros sociólogos e criando uma teoria sobre a visão da nossa sociedade atual, mostrando que nossa sociedade é composta por subcidadãos, um terço segundo o autor, invisíveis aos cidadãos, ao Estado e ao mercado. Enfim, acredito que a melhor forma de explicar o livro está na capa do livro, baseada em uma foto (link abaixo) tirada durante manifestações cariocas contra o governo Dilma Rousseff.

Como um livro desse pode ser fácil de ler!!?? Simplesmente não pode!! Não por pobres mortais, como eu!! A leitura é tão difícil que até para parar a leitura é complicado!! Quando você volta à leitura você precisa retroagir alguns parágrafos para tentar retomar o fio da meada. Eu até acho que o li rapidamente, levei 15 dias.


site: https://www.redebrasilatual.com.br/blogs/blog-na-rede/casal-leva-empregada-a-protesto-e-expoe-parte-da-motivacao-contra-o-governo-dilma-9432/
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bibliostella 25/07/2022

Não é uma leitura fácil porque é bastante acadêmica. Apesar do trabalho que dá pra ler, vale a pena se dar ao trabalho. Tem ótimos insights.
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Mary Manzolli 26/07/2021

Mais acadêmico e mais teórico que os outros livros do autor.
Um dos primeiros trabalhos do autor, mais acadêmico e mais teórico do que a Elite do Atraso, que tive a oportunidade de ler há alguns anos. Embora a linguagem acadêmica dificulte a leitura, principalmente, para aqueles que, como eu, não possuem conhecimento de muitos jargões específicos, ainda assim é um excelente material para conhecermos um pouco da composição da cidadania do Brasil.

Neste livro Jessé de Souza nos traz, com clareza e fundamentos, suas percepções e compreensões acerca da sociedade brasileira moderna. Analisando obras de Taylor, Bordieu e Florestan Fernandes, o autor expõe a história da modernização do país e suas características seletivas e excludentes ao mesmo tempo em que tece críticas às obras de Gilberto Freire e Sérgio Buarque de Holanda que atribuem ao personalismo e ao patrimonialismos a responsabilidade pela formação social brasileira tão desigual.

A ideia central é desmistificar certos conceitos que nos levam a fechar os olhos às verdadeiras causas das desigualdades, como, por exemplo, a meritocracia, tão discutida atualmente, mas que funciona como forma de legitimação destas discrepâncias, ainda mais em sociedades como a nossa, em que existe um grande número de pessoas, sem condições básicas de competir de forma justa e igualitária.

No entendimento do autor a elite e a classe média brasileira são forjadas pelos ganhos trazidos da escravidão, se beneficiando das desigualdades tanto econômicas quanto de oportunidades, além de influenciarem diretamente nos contextos político, social e econômico do Brasil atual, criando consigo uma sociedade regida, convenientemente, por normas e hábitos escravocratas de forma que se criam não apenas classes econômicas mas também classes populares vistas como sub-humana.

Um livro que, para leigos como eu, demandou um tempinho para algumas pesquisas, o que para mim não é, propriamente, uma desvantagem, pois valorizo as oportunidades de aprender, porém pode ser trabalhoso para alguns leitores.
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Diego 28/03/2021

O autor se propõe a pensar a sociedade brasileira de modo inovador com ênfase na desigualdade social, tecendo algumas críticas à Freyre e Holanda. O livro busca romper com a ideia do "jeitinho brasileiro" ("o tal do jeitinho brasileiro é hoje em dia uma bobagem monstruosa e naturalizada pela repetição e usada comp explicação fácil dos problemas brasileiros") e o "complexo de vira-lata" que nos rodeia e baseia-se em esteriótipos perpassados ao longo do tempo, não apenas pela elite, mas também por uma esquerda que o autor julga colonizada. Neste sentido, ele busca mostrar uma alternativa de pensamento que vá além da "herança madilta" portuguesa e sim fruto das relações de dominação que buscam perpertuar a miséria. Dessa forma, o autor busca se distanciar dessa condenação culturalista e passa a pensar em uma luta política de aperfeiçoamento moral e político da nossa sociedade. Pensar no capital cultural como possibilidade de mudança é importante pois coloca cada um de nós como uma possibilidade de transformação de mudança na sociedade, quando lemos e disseminamos a leitura, por exemplo. O autor aborda diversas ideias, mas em resumo, busca romper com as ideias atuais como coloquei e pensar novas possibilidades: "Uma sociedade se transforma quando a percebemos de modo mais verdadeiro e crítico." Vale a leitura!
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