Infância, Adolescência e Juventude

Infância, Adolescência e Juventude Leon Tolstói




Resenhas - Infância, Adolescência e Juventude


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Cristiane 07/12/2022

Infância, Adolescência e Juventude
Eu sou uma apaixonada pela literatura russa, e fã de Tolstói. Neste ano, 2022, tive a oportunidade de ler dois livros dele, este que estou resenhando e Anna Karienina.
Uma criança encantadora, um adolescente feio e um jovem bobão (metido). Este é o nosso personagem principal: Nikolai.
Na primeira parte do livro conhecemos toda a sua família, seu tutor, os empregados da casa. As brincadeiras... A caçada que se transforma em picnic. O ação desastrosa de Nikolai durante a caçada.
Na segunda parte a vida dele e de seu irmão na cidade, na casa da avó e os preparativos para ingressar na faculdade. Ele se depara com "os defeitos de seu rosto e de seu cabelo". A morte da mãe...
Na terceira parte acompanhamos o início de sua vida "adulta" e na transformação daquele menino gentil e espontâneo num jovem pedante.
Este livro é o primeiro deste autor e há muito de autobiográfico nele. Amei!
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@retratodaleitora 21/10/2021

Preciosidade
Publicado em: @retratodaleitora


?Quando mamãe sorria, por mais belo que já fosse seu rosto, ele se tornava incomparavelmente melhor e tudo ao redor parecia se alegrar. Se nos momentos difíceis da vida eu pudesse ver aquele sorriso, ainda que só num lampejo, eu não saberia o que é a dor.??
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?Infância, Adolescência, Juventude? é uma trilogia escrita pelo autor russo Liev Tolstói, publicada entre os anos de 1852 e 1857 na revista O Contemporâneo, que publicou na época muitas outras obras de sucesso. Tolstói então se inspirou em episódios de sua vida privada para escrever esses livros, que acompanham o crescimento do jovem Nikolai Irtiéniev, nosso narrador. Filho homem mais novo de uma família abastada, Nikolai tem muitos privilégios, como aulas particulares e um preceptor alemão.?
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No primeiro livro Nikolai nos apresenta todos os integrantes de sua família, como bem os empregados de sua casa. E ele faz isso de uma forma tão incrivelmente marcante, tocante e singela que é de aquecer a alma. Quando ele descreve sua mãe, meu coração derreteu. A inocência das crianças!?
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No segundo livro acompanhamos o personagem saindo da primeira infância e entrando na adolescência. Os percalços de tentar se encaixar, as perdas, as descobertas, o choque das novas convenções para sua idade??
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No último livro encontramos o Nikolai um pouco mais maduro que no livro anterior. Ele ainda luta para se encaixar e agora tenta encontrar seu lugar no mundo, agora se virando cada vez mais sozinho.?
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?Por que tudo é tão belo e claro dentro da minha alma e fica tão horroroso no papel e na vida, em geral, quando quero executar algo que penso???
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Foi encantador acompanhar o amadurecimento, o despertar desse personagem inesquecível que é o Nikolai. Me apaixonei completamente pela narrativa, não queria abandonar suas páginas e me senti órfã quando acabou. Que delícia de leitura! De aquecer o coração e a alma. E a escrita do Tolstói? sem comentários, apenas leiam! É a perfeição. E tem tanto do próprio autor nessa obra, tanto de sua vida, sua juventude, família, reflexões.?
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Leiam essa obra-prima! Uma das melhores leituras que fiz esse ano, sem dúvidas.
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Carol 31/05/2023

Impressões da Carol
Livro: Infância, Adolescência, Juventude {1852-1857}
Autor: Liev Tolstói {Rússia, 1828-1910}
Tradução: Rubens Figueiredo
Editora: Todavia
496p.

Tolstói iniciou sua carreira literária com os livros "Infância" (1852), "Adolescência" (1854) e "Juventude" (1857), publicados no periódico "Contemporâneo", fundado por Púchkin.

Acredito que, para além de ser a primeira obra de um autor colossal, a trilogia oferece alguns outros atrativos para o leitor que se pergunta se vale ler um calhamaço de 500 páginas.

1. É uma das primeiras obras da literatura russa a colocar uma criança como centro da narrativa. Acompanhamos as ações e pensamentos de Nikolai Irtiéniev, dos 10 anos ao início da vida adulta. Um romance de formação, com pitadas psicológicas.

2. A perspectiva infantil dá liberdade ao autor para questionar pressupostos implícitos de uma sociedade aristocrática, rural, estratificada, em que 'parecer ser' algo tem mais valor do que 'ser'. A trilogia é um retrato dos mais interessantes da Rússia do século XIX.

3. Apesar de ser ficção, o leitor que conhece um pouco da vida do autor notará muitas semelhanças entre esta e as memórias de seu protagonista. É divertido imaginar se este personagem, em especifico, foi baseado em algum desafeto ou parente do Conde ou se tal fato aconteceu ou não.

4. Aos 2 anos, Tolstói perdeu a mãe, a Condessa Maria Tolstaia. Essa perda moldou seu caráter pelo resto da vida. Um ser humano dramático, intenso, carente. A mãe é seu ideal e a morte dela é a primeira morte descrita pelo autor em sua obra literária, numa passagem belíssima de "Infância".

5. Tolstói escreveu em seu diário, aos 18 anos, que "o objetivo da vida homem é contribuir, de todas as maneiras possíveis, para o desenvolvimento multilateral de tudo o que existe." Para alcançar tal objetivo, criou um intrincado sistema de regras de autoaperfeiçoamento. Nikolai Irtiéniev, por sua vez, anota num caderno as suas próprias regras. O autor, sabemos bem que não cumpriu as suas. Quanto ao seu protagonista, fica a cargo do leitor descobrir ;)

Li a trilogia numa leitura mediada pelo @litrussa. Tolstói é sempre prazeroso de se ler. Indico!
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none 02/02/2019

Retrato de um arteiro quando pirralho
Uma criança feia, um adolescente sonhador e um jovem metido. Como o protagonista narrador desses pode encantar quem lê? Sua feiura pode ser aparente, seu jeito aluado e sonso um disfarce, o fato de ser metido, bem, é um defeito de família, digamos, o irmão mais velho é bem pior. O autor é Tolstoi. Dizem que o romance tem pitadas biograficas. Tolstoi viria a rejeitar esse e outros livros que escreveu na fase inicial da carreira por serem demasiadamente romanticos e carentes de espírito crítico. O livro deve ser lido antes dos grandes clássicos do autor. É verdade. Os contos e crônicas dele são bem mais aprofundados e ricos. Mas Infância adolescência e juventude tem seu tempo e seu encanto. Três livros em um. No fim o autor dá a entender que prosseguiria a estória e muitos podem achar que existe uma parte II de Juventude. Pode-se ir direto para as Crônicas de Sebastopol. No livro 1 de Contos completos. Mas voltando ao livro em questão. Trata-se de uma experiência. Joyce fez isso em Um retrato do artista quando jovem. E desenvolveu o herói em Ulysses. Tolstoi fez deste livro seu laboratório para experiências muito maiores e em relação aos muitos personagens que criou. Não se pode considerar o protagonista um artista propriamente, mas um arteiro. Dada a idade dos personagens e as temáticas das narrativas. Totalmente diversas uma da outra.
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Geraldobneto 14/02/2020

Uma "biografia" de Tolstoi
Aqui nesse romance em parte autobiográfico, Tolstoi nos conta como foi parte do seu crescimento físico e psicológico. A forma como ele conta isso, a sinceridade, torna impossível a gente não se identificar em algum momento e pensar "eu já senti isso". Porém, como nem tudo são flores, o protagonista é chatissimooo (sem entrar em mais detalhes) e a história por vezes é desinteressante, e apesar da infância ser perfeita, a adolescência e a juventude deixam a desejar, demorei bastante tempo para terminar de ler essas fases. Contudo, isso tudo só comprova que a "biografia" foi muito bem escrita, sendo fiel ao Tolstoi da sua menoridade
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Luciana435 26/07/2023

Infância, Adolescência e Juventude
Quando Liev Tolstói escreveu os livros ?Infância (1852)? e ?Adolescência (1854)? ele estava atuando como soldado na campanha do Cáucaso e quando começou a trabalhar no livro ?Juventude (1857)? ele ainda estava na guerra da Crimeia. A questão é que, por um lado, é incompatível pensar na ?mente criativa? dessas histórias inserida em um contexto tão hostil e violento. Por outro lado, sabemos o quanto essas vivências de guerra ajudaram Tolstói a se tornar o escritor que se tornou. No decorrer da leitura me perguntei diversas vezes se os momentos de escrita ajudavam Tolstói a ?fugir? um pouco de todo peso das batalhas e da guerra.

Segundo Rubens Figueiredo, o autor se inspirou em muitos parentes e conhecidos para compor os personagens dessa trilogia, além de se inspirar em situações que viveu pessoalmente.

?Infância? foi muito bem recebida pelo público da época e foi a primeira obra publicada do autor que tinha apenas 24 anos quando tudo aconteceu. No decorrer dos três livros acompanhamos o crescimento, descobertas e desenvolvimento do personagem Nikolai Irtêniev. A família de Nikolai pertence a nobreza rural e a ambientação da história nos apresenta a Rússia da metade do século XIX.

Em infância conhecemos Nikolai ainda criança e acompanhamos suas descobertas, preocupações, frustrações e satisfações conforme ele interage com seu ambiente social e familiar. Minha experiência de leitura com Infância foi muito agradável e fluida. A forma como Nikolai começa a ter consciência da existência da desigualdade social é muito tocante.

Em adolescência acompanhamos as mudanças que ocorrem na vida do personagem. Tolstói trouxe com muita maestria as angústias e preocupações dessa fase. Gostei muito da forma como o personagem amadurece, ocorre uma mudança significativa em seu comportamento e compreensão do mundo a sua volta, mas sua essência segue a mesma.

Em juventude acompanhamos a vida universitária de Nikolai e todas as reflexões que seus relacionamentos sociais com os colegas de curso despertam nele. Vivenciamos suas amizades, seus erros, suas cobranças em relação a si mesmo e seus julgamentos em relação aos outros.

Os capítulos são bem curtinhos e isso torna a leitura muito mais fluida e agradável. E a minha sensação ao ler esse livro foi de que os sentimentos e emoções desse personagens eram reais. Terminei a leitura com a sensação de ter entrado na mente do Nikolai e desejei muito que Tolstoi tivesse escrito a próxima fase da vida do Nikolai, já mais velho.

Amei muito essa leitura!
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Fernanda.Lopes 11/01/2024

Um prazer conhecer
Primeira obra do meu projeto de leitura das ficções de Tolstói em ordem cronológica e sinto que ele inicia muitas temáticas que o autor vai aprofundar em obras posteriores, como A morte de Ivan Ilitch e Anna Kariênina.

O caráter quase autobiográfico me deixou bastante pensativa e entendendo porque Tolstói foi uma figura tão controversa ao longo da vida.
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Fayetsho 19/11/2019

Deu uma esfriada
Esse é o primeiro Tolstói que leio, e gostei bastante.
O livro em si é uma trilogia dos 3 primeiros livros do autor, que compõe esse recorte de tempo de Nikolaiénka. A uma certa autoficção, mas a diferença mais notória é que os pais do autor morreram quando ele era muito jovem, e os do personagem ainda estão vivos.
Como disse, vamos acompanhar episódios da formação desse jovem, o que caracterizou sua infância, e o fim dela; como foi sua adolescência; e por fim, a chegada da juventude.
Os dois primeiros livros eu gostei demais. Capítulos curtos (a edição inteira tem 100 capítulos), uma história interessante, e principalmente uma excelente construção do personagem principal. Porém, no juventude, minha leitura deu uma boa esfriada. Sendo o mais longo dos 3, tem mais desses episódios, em que muitas são só pra encher linguiça, que deixou extremamente tediante. No geral, gostei muito do livro, da escrita do autor e seu estilo.
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gabmello 19/03/2023

Um incrível ensaio sobre o crescimento
Liev Tolstói foi surpreendente com o seu lançamento na literatura. "Infância, Adolescência e Juventude" reúne as três primeiras histórias de Tolstói, que possuem um caráter autobiográfico.
O brilho da leitura, e motivo para eu tê-la favoritado, é a simplicidade com que podemos acompanhar o crescimento de um indivíduo, da sua passagem de uma época ? marcada na infância ? repleta de inocência e prazer pelo viver à amargura das incertezas ao perceber estar no mundo.
Realmente, uma evolução lenta, porém complexa. Das passagem que mais me marcaram, recorro a "Infância", que trouxe a lucidez da imaturidade apenas presente na cabeça das crianças; o ênfase à vontade de criar um mundo justo, belo e singelo.
Quanto a "Adolescência", apenas os hormônios justificam a metamorfose de uma criatura bondosa a uma profundamente egoísta, que leva ao âmbito universal os pensamentos que são, na verdade, profundamente pessoais.
Mais a diante, a "Juventude" conversou diretamente comigo, que me encontro nesta fase de incerteza, da vontade de ser vitorioso nessa batalha que é a vida, ora sentindo-me fraco e desamparado, ora com a certeza de que não há ninguém melhor do que eu para viver a minha vida.
Tolstói, no meu primeiro contato com a sua literatura, marcou-me profundamente. Não tenho palavras que expressem a grandiosidade para mim desta leitura.
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kondo.flavia 21/02/2024

A maturidade que ele não alcançou
Feliz e aliviada de ter concluído esse livro. Pendi várias vezes para o fato de que iria abandoná-lo, mas alguma coisa me fazia desistir e simplesmente voltava a lê-lo. Em pausas, confesso. Acho que é um livro denso para ler em poucos dias.

Nikolai tem suas fases. Cresce, se desenvolve, se torna petulante na juventude, mas não deixa de ser encantador e sensível.

Tolstói construiu uma obra profunda. Construiu um Nikolai que ora te desperta pena e vontade de colocar em seu colo e que ora, te desafia a vê-lo como um serzinho mimado e desprezível.

Linda obra.
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