João Pedro 22/06/2020
Tese onze sobre Feuerbach na veia
Ricardo Antunes faz um análise da nova organização do trabalho e do trabalhador na era da informação, o ''ciberproletarido'' ou infoproletariado, principalmente no contexto brasileiro. Ao mesmo tempo que refuta, com exemplos, a tese liberal de que o ''trabalho morreu''. O trabalho continua vivíssimo e o que ocorre é uma reestruturação produtiva do capital. É um alívio ver que ainda existem pessoas na esquerda comprometidas com a cultura marxista original. Pra onde olhamos, a esquerda, em âmbito geral, abandonou os movimentos de base, os trabalhadores do ''chão de fábrica''. Os representantes da ''new left'' aderiram às ''ideias frankfurtianas'', na mesma medida que largaram o ''povão'' à deriva, e cooptaram o ''lumpenproletariat''. Pra concluir, cito uma das frases mais icônicas de Marx: ''Os trabalhadores não têm nada a perder em uma revolução comunista, a não ser suas correntes''.