Bruna 31/01/2020Decepção e mais amor pelo NoahPoucos são os livros que me despertam a vontade avassaladora de escrever sobre, mas esse aqui, meu amigo...
Na trilogia da Mara Dyer, o personagem do Noah foi um dos meus queridinhos desde do primeiro momento que ele apareceu. Suas aparições deixavam a trama da trilogia mais leves (até certa revelações, claramente).
Assim que terminei o último livro da trilogia corri desesperada para inciar a leitura deste, até porque minhas expectativas estavam altas, já que a finalização do outro lá não me agradou.
Iniciei a leitura com muita vontade de desvendar esse mundo criado pela autora, mas dessa vez pela perspectiva do meu crush (hahaha). A escrita continua impecável, mas sem aquele toque mórbido encontrado na trilogia original narrado pela Mara, aqui, meus caros, a narrativa é mais leve e bem mais divertida, pois estamos na cabeça de um adolescente cheio de hormônios e que está passando por uma experiência transcendental ou algo assim. Uma coisa que ao longo da narrativa foi me surpreendendo era a forma como os Noah tinha suas divagações, em alguns momentos os pensamentos dele se dirigiam para lugares sombrios, o que na minha opnião deixou tudo mais humano, que eu super me identifiquei. É perceptível olhar e ver as facetas de um personagem muito bem construído nos livros anteriores sendo explorados aqui, como a questão do suicídio e tals. Aliás, tem um capítulo que fala sobre confiança que é uma obra prima. Logo me identifiquei muito como o Noah visualizava os acontecimentos, com uma narrativa gostosinha de ser lida e em pontos especificos ocorria uma transformação onde ficava sombria e angustiante. Antes das severas criticas, um breve resumo;
Depois de todo os acontecimentos do livros anteriores, algo trágico acontece com nossos garotos e eles estão em Londres, até que a habilidade de Noah o permite ver um dos "Agraciados" se matando, porém a pessoa não queria realizar tal ato e ai que a trama realmente começa (e desanda também). Somos apresentados a novos personagens e o ressurgimento de antigos, além de dar destaque para alguns personagens recorrentes, como o irmão da Mara, o Daniel.
Mas enfim, eu senti que demorou bastante para as coisas acontecerem (sério, só lá pelas últimas 50 páginas que as coisas ficam interessantes), e por esse motivo li esse livro a passos de tartaruga, por que: 1º não queria me decepcionar e 2º tava tudo muito chato, sad but true. Creio que se no lugar de ter quase 300 páginas tivesse metade séria mais agradável de ser lido e não torturante.
Outro fator que me faz revirar os olhos, enquanto leitora, é a falta de comunicação entre os personagens, e quando alguns elementos importantes para a narrativa vão sendo descobertos, isso é o que mais vai acontecendo entre o casal principal.
Confesso que já não aguentava mais tanta enrolação e queria terminar logo essa tortura, coloquei como objetivo pessoal terminar esse livro nem que seja na base de pula páginas, o que aconteceu. Talvez seja isso o fato de ter achado o final um pouco confuso, reli algumas partes para fixar se realmente era aquilo que estava sendo narrado e fiquei sem entender o motivo da autora querer "lacrar" com isso, pois sinceramente, não desceu para mim. Entendo o motivo de bocas se abrirem com o final, mas já era esperado, a autora fez bem o seu papel de guiar para isso.
A proposta do enredo era tão interessante, mas não funcionou para mim. Estou bastante triste por não ter apreciado a obra, juro que tentei, mas não deu. Sem falar que o segundo livro também não agradou muito por ai.
Minha pergunta que fica, por que autores estragam suas obras concluídas criando continuações? (o fandom enlouquece, mas as vezes não vale a pena).