Bekah Abreu 15/04/2016''Nós vamos ser muito felizes, Constance."Esse é meu primeiro livro lido em inglês. Acho que por isso foi difícil a compreensão e demorou um pouco para eu compreender o que eu estava lendo, mas como a versão em português de Portugal estava cara, resolvi ler a inglês mesmo, pois estava a tempos querer ler essa estória.
Numa cidadezinha qualquer, Merricat vive com a irmã mais velha e tio Julian, um senhor invalido. Tudo seria normal se a irmã dela não tivesse agorofobia e fosse acusada de um crime horrível.
Tudo isso culmina para a família morar num castelo, longe do mundo, onde Merricat criou seu próprio mundo.
Só que a chegada de um visitante põe tudo a perder.
Eu fui ler esse livro, achando ser uma coisa. Só que depois eu vi que era outra coisa. Não que eu desgostei, na verdade foi uma inovação bem interessante.
A sinopse deixa você achando que esta de cara para uma estória cheia de ação e uma terror (meio sangrento e bad), só que na trama, tudo é incutido com singeleza e simplicidade.
Temos tudo pela visão de Merricat, que ao que parece, é uma criança (mesmo tendo dezoito anos); então o mundinho que eles vivem parece ser enorme, mesmo sendo apenas um castelo.
Ok, um castelo é grande. Só que para uma pessoa que não tem contato com o mundo lá fora, parece ser um local mínimo.
O resto dos personagens principais meio que te chocam com sua complexidade.
Constance parece uma passiva que deixa tudo rolar e precisa que alguém lhe diga o que fazer com sua vida.
Tio Julian (meu preferido), mesmo doido, o acho um dos personagens mais sagazes e bem feitos pela Shirley. Fiquei triste com o que aconteceu com ele, mas...né.
Primo Charles...Ele sempre foi meio odiado por mim, até por que minha visão era da Merricat. Só que depois que tudo se desenrolou, continuei o achando um bundão.
Bem, há o resto. A cidade.
Um grupo meio sociopatico que me deixava com ódio por sua perversidade. Só que depois de ler o livro todo, fiquei pensando se não seria eu, uma daquelas pessoas de aspecto cruel e mal.
Há também os que querem ajudar. Uma pena que eles não conseguem alcançar o real problema.
E quanto ao fim, achei bem a cara do que a obra quis passar. Nada muito irreal e fantasioso. Curti demais o fato da autora não tentar criar um finalzinho fofinho para uma coisa que não tinha como ser linda.
E sobre o real assassino? Me surpreendi e ao mesmo tempo não me surpreendi. Até agora ainda não entendi bem os motivos e o como foi feito, mas realmente gostei de tudo como apresentado.
Recomendado demais. Fico triste por que nenhuma editora quis publicar aqui no Brasil.
PS: de todas as capas, acabei pegando a mais estranha. Meio arrepiante, né?