Vivik Oliveira 27/08/2018Allegra não se conforma como as mulheres são menosprezadas pela igreja, suas opiniões nunca importam e qualquer coisa que pensem ou falem que vá contra a igreja, é passível de punição. É uma época muito opressora para as mulheres.
E é assim, por pequenas coisas e muito preconceito que Allegra acaba sendo levada pelo inquisidor Klaus para “uma conversa” sobre sobre as acusações sobre ela.
Allegra jamais poderia imaginar que a opressão iria muito além de proibições da igreja.
Eu fiquei chocada em muitos momentos nessa leitura, a autora não poupou nada em descrições dos horrores que as mulheres passavam nesses interrogatórios da inquisição, foram inúmeras torturas físicas e psicológicas. O golpe em Allegra foi tão grande que até mesmo seus pais a abandonaram nos calabouços de tortura.
Fica muito claro que o que moveu parte da inquisição foi preconceito e ódio, tudo “em nome de Deus”. É revoltante ler tudo o que acontece e você se pergunta se será possível Allegra escapar da fogueira.
Eu preciso tirar o chapéu pra essa narrativa, ela não é detalhada demais, mas não deixa a desejar em nos envolver na cena, eu podia sentir o frio e fedor da prisão e taaaaanta coisa acontece que jamais pensei que caberia tanta história em um livro com menos de trezentas páginas… É envolvente e te prende do começo ao fim.
A edição tem essa capa maravilhosa e o miolo não deixa a desejar, com folhas amareladas e diagramação impecável.
Recomendo MUITO pra quem gosta do gênero e também pra quem não gosta, sério, é uma história cheia de reviravoltas, capaz de entreter a todos.
Vejam bem, uma mulher na situação de Allegra tem duas opções: Ser morta na fogueira, condenada, afinal não importa se é inocente ou não, só importa o que o inquisidor decide, e ele não gosta de Allegra. Ou ela escapa e não tem para onde ir, porque nem mesmo sua família lutou por ela. Leiam e descubram o fim de Allegra.
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