Evellim 22/06/2020
50 notas de amor, e com amor...
Olha, comecei esse livro com outras idéias, pensei que o foco seria realmente o reino e a Bia governando como rainha (apesar de sim, ela ter crescido muito, e não só como rainha, mas, como mulher também.), eu não sabia que o livro era meio que uma fanfic de 50 tons, e me surpreendi por amar tanto ele.
A Bia "nossa rainha" no começo é apenas uma menininha, ai do nada chega o "Sr. Gostosão/Principe Jorge" e muda completamente, a visão da menina sobre os prazeres da vida. Ela sempre foi reclusa por causa de sua mãe, que exigia dela o que a própria não foi, a mãe da Bia engravidou muito nova, e não teve aquele amor avassalador, já que o pai da Bia não ficou com ela e a “largou” grávida, então ela queria a todo momento que a Bia não fosse como ela, e caísse nas garras de um carinha qualquer, se apaixonasse e fosse abandonada.
Bem o fato é que a mãe da Bia morre, e com isso a menina fica sozinha e cheia de dívidas, até o momento que o Príncipe Jorge vem até ela. Jorge era melhor amigo do pai de Bia, Felipe, e antes de morrer, Felipe pediu a Jorge para tomar conta de sua filha, porém, só depois de anos Jorge pode concretizar a sua promessa. Mas não é bem a Bia que precisa de ajuda, e sim ele, já que seu reino está com problemas financeiros e o único modo de reergue-lo é se casando com a Princesa Bia, que desconhece o seu título.
“A gente não volta no tempo, nem no espaço, mas, sempre podemos nos voltar para nós mesmos, onde estão nossos princípios que nos guiam e norteiam para os caminhos que podemos querer seguir..”
O modo como o Jorge trata a Bia, como ele faz ela se ver como uma mulher é satisfatório, a todo momento ele diz a Bia como ela é linda, que sua beleza é inigualável, que não deve ter medo do espelho, ele faz ela se sentir amada e satisfeita com seu corpo, e o mais legal de tudo é que esse carinho que ele tem por ela passa para o leitor da forma mais pura e leve, as “frases de efeito” do Jorge são aquelas que fazem o leitor parar, e pensar sobre o assunto, ele plantou a sementinha do amor próprio, da aceitação nela, e foi regando aos poucos, e com ela fez a sementinha virar uma bela arvore, as vezes suas folhas caiam e galhos quebravam, mas ele estava lá, para fazer brotar outros ramos na arvore.
O amor que ele sentia por ela era intenso e libertador, para ambos os lados, já que ele também tinha seus medos e ressentimentos.
“Não é o olhar do outro que te torna bonita, é o seu conhecimento sobre seu corpo.”
Pensei que iria me decepcionar quando vi que o livro focou mais no relacionamento dos dois, mas, foi ao contrário, não tivemos um romance bobo, foi ai que eu percebi que o foco no casal, no crescimento da Bia como mulher, no amadurecimento do sentimento dos dois, tinha total influência na vida de ambos em frente ao seu povo, como princesa/príncipe, e posteriormente, rainha/rei, lideres de um povo. Sempre foi batido na tecla de que, o povo vem antes de qualquer coisa, até mesmo do amor, e que ela deveria fazer de tudo pelo seu reino, porém, a Bia e o Jorge conseguiram unir as obrigações em frente ao seu povo com o amor que um sentia pelo outro.
Enfim, como sempre a Li Mendi me fez ficar apaixonada por mais um de seus livros, me encantei com a estória desses dois, e vou falar novamente, amei ver o desenvolvimento da Bia como mulher, e do Jorge como um homem apaixonado pela primeira vez, o final foi muito fofo, a autora conseguiu fechar todas as lacunas que abriu, terminou o livro com uma cena linda, que resumiu todo o perrengue que esses dois passaram ao longo do livro.
“Está sentindo doer porque, quando nos afastamos de algo que amamos, é sempre como morrer devagarinho...”
Obs¹: Leiam esse livro vocês não vão se arrepender.
Obs²: Uma coisa que eu achei interessante foi que o reino deles existe no século XXI, em meio a avanços tecnológicos, e uma era regada de conhecimentos e meios de comunicação, temos dois reinos, com rei e rainha, príncipes e princesas. Isso foi muito legal, é como uma distopia, não é como na Inglaterra, aqui eles realmente governam seus reinos.