Bonsai & A Vida Privada das Árvores

Bonsai & A Vida Privada das Árvores Alejandro Zambra




Resenhas - Bonsai & A Vida Privada das Árvores


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Debora 30/06/2019

Uma boa prova de que bons livros podem ter poucas páginas
Em Bonsai, o protagonista opta por criar uma árvore ao invés de amar ou escrever. Em A Vida Privada das Árvores, o clima é mais angustiante, enquanto o protagonista aguarda a volta de sua companheira. Enquanto isso, nos leva a pensar sobre o amor.
Leila 30/06/2019minha estante
Eu amo a vida privada das árvores!


Debora 30/06/2019minha estante
Adorei tb, Leila!




mateus_fmarques 05/11/2020

Escrita confusa
Acredito que possa ter criado muitas expectativas a respeito dessas 2 obras, mas eu simplesmente não entendi muito o que foi passado no decorrer das páginas. Me senti lendo algo totalmente sem nexo é sem relação. Não me apeguei a nada nem a ninguém. Acho que ainda não estou preparado para ler Zambra. Quem sabe leio outras obras mais à frente.
Felipe Almeida 28/11/2020minha estante
Fica a pergunta: um bom escritor é aquele que tem o domínio das palavras, cuja escrita alguns poucos estão preparados para ler, ou um bom escritor é aquele que conta uma boa história? Para mim esse livro foi uma perda de tempo, pois foram duas histórias mal contadas, sem nada de interessante e que me deixaram o tempo todo com a sensação de não saber pra onde estava indo.




douglaseralldo 05/08/2018

10 CONSIDERAÇÕES SOBRE BONSAI & A VIDA PRIVADA DAS ÁRVORES, DE ALEJANDRO ZAMBRA OU SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS VASOS...
1 – Bonsai & A Vida Privada das Árvores reúne as duas primeiras obras de Zambra e narra duas histórias que tratam de identidades desgastadas e perambulam pelo ócio cotidiano das existências mundanas em duas narrativas que falam dos não-acontecimentos e dos fracassos costumeiros de vidas comuns;

2 – Em ambas narrativas o autor joga com os limites fronteiriços entre ficção e realidade, de modo que em seus argumentos poderíamos depreender que ele vê ambas numa relação simbiótica em que tanto a literatura tem a capacidade de literalizar as situações da vida, como a própria vida pode ser ponto de partida para a construção literária, algo que fica mais perceptível em seu estilo dotado de certa ironia por meio de narradores que jogam com habilidade quebrando distâncias ente uma e outra [vida e literatura] ao mesmo tempo que as aproxima num uno possível de ser fragmentado e coeso de acordo com a voz que narra;

3 – Essa relação bastante presente e explícita entre a vida e literatura reforçará do mesmo modo a característica de metaliteratura das narrativas, onde inclusive teremos, por exemplo a definição de que “escrever é como cuidar de um bonsai. Cuidar de um bonsai é como escrever”, conceito que não só apresenta a filosofia do autor, mas é espelhada pelo estilo enxuto de sua prosa. Além disso, o assumir-se literário dos personagens, joga também nesse campo da literatura, em estilo que teremos exemplos semelhantes e interessantes como o filme “Mais Estranho que A Ficção”, ou como o romance brasileiro “Nunca o nome do menino”, obras que como estas duas narrativas de Zambra ressaltam o estranhamento da existência em conjunto de uma discussão sobre a própria discussão ficcional;

+: http://www.listasliterarias.com/2018/08/10-consideracoes-sobre-bonsai-vida.html

site: http://www.listasliterarias.com/2018/08/10-consideracoes-sobre-bonsai-vida.html
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AnaBia Pereira 25/11/2018

Lacunas e repetições em incrível domínio da linguagem
Uma sensação de visão embaçada marca a literatura do chileno Alejandro Zambra. Pelo menos, foi assim que me senti ao final da leitura do livro que reúne dois de seus romances: Bonsai e A Vida Privada das Árvores. Fica-se sabendo, de antemão, que Julio e Emília, protagonistas da primeira narrativa, e Julian e Verônica, da segunda, terão seus momentos de felicidade atropelados pela presença potente do desencontro, da incerteza e da morte. Mas não há como explicar os desvios e tropeços das histórias de amor.

As lacunas fazem parte do estilo narrativo de Zambra que, como ele mesmo relata no prefácio, escreve por subtração, podando o texto como a um bonsai, para que dele só reste a essência da forma textual, indícios mínimos que instiguem a ação do leitor na construção da completude da obra. Completude parcial e subjetiva, acrescento eu, enquanto tento identificar as pistas e os porquês surrupiados dos romances. Confesso que a economia de Zambra me incomodou um pouco e ficou o desejo de conhecer mais a fundo os personagens. Por outro lado, tivesse eu, após a leitura, me considerado plena de sentidos, talvez não me sentisse desafiada a escrever esta resenha. Deve ser o que nos diz a Psicanálise: se algo nos falta, a gente precisa criar.

Achei curioso, e também genial que, embora fatos sejam deliberadamente suprimidos, o autor use o recurso da repetição para sublinhar aquelas ideias que deseja oferecer aos leitores. Há palavras e expressões reprisadas nas orações e parágrafos; informações são reforçadas ao longo dos capítulos, criando ciclos verbais que se retroalimentam. Com competência, e a favor da potência do texto, ele ignora a recomendação de que a repetição deve ser evitada pelos escritores.

Os dois romances são, ainda, uma homenagem literária à própria literatura – Zambra é professor e crítico de literatura. Os personagens dos dois romances se enredam em processos de leitura e escrita: discutem os clássicos antes de fazerem amor, ganham a vida dando aulas de espanhol, dedicam-se longamente à escrita “daquele” livro essencial. Julian, por exemplo, é tão apaixonado pelas palavras que inventa histórias sobre árvores e as conta, todas as noites, para a enteada.

Aliás, quando li, já há algum tempo, uma resenha sobre os livros do escritor, foi o assunto peculiar – a existência da vida privada de um álamo e um baobá - que primeiro me chamou a atenção. Só que, no romance, as árvores são simples coadjuvantes na aventura amorosa interrompida repentinamente. Na falta do empoderamento vegetal esperado, o jeito vai ser eu mesma inventar um conto sobre amendoeiras e ipês, figueiras e damas da noite, ou flamboyants e coqueiros. Escrever sobre as alegrias e desventuras destas personagens numa cidade linda e insana como o Rio de Janeiro. Alguém me acompanha?

site: https://naprimeirapessoa12.blogspot.com/2018/11/um-dia-um-caminhao-atropelou-paixao.html
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Amanda Ulaf 07/05/2019

Bonsai e A Vida Privada das Árvores ? Alejandro Zambra ? Nota: 4/5
Em minha jornada de conhecer escritores chilenos, Alejandro Zambra é considerados um dos maiores escritores contemporâneos. Com uma escrita bem crua e sem pudor, essas leituras foram ao mesmo tempo incomodas e adoráveis.
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Em Bonsai conhecemos Julio e seus inúmeros casos de amor, não levando nenhum relacionamento a sério ele se vê apenas observando em silencio o crescimento de um bonsai enquanto vagueia pelos incômodos caminhos da literatura.
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Já em A Vida Privadas das Árvores conhecemos Julián, morando com sua esposa Verónica e sua enteada Daniela, nos deparamos com sua angustia e ansiedade ao ver que a esposa não retorna para casa. Fantasiando o que poderia ter acontecido a ela, Julián se perde em pensamentos sobre seu passado e sobre seu livro no qual está escrevendo.
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Apesar de serem histórias curtas e aparentemente simples, a escrita de Zambra é intensa e profunda. Sem papas na língua ele nos leva a viajar na mente de cada personagem e nos pegamos sem querer sair. Querendo mais de cada história, mais de cada protagonista. E o melhor, seus personagens são imersos no universo literário. Várias indicações de livros durante a leitura. Gostei demais!
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?A vida é um enorme álbum no qual é possível construir um passado instantâneo, de cores vivas e definitivas.? (Pg. 119).
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Anny50 12/07/2019

Bonsai 10/10. Absolutamente maravilhoso
E A Vida Privada das Árvores 7.75/10
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Jader 27/02/2020

Boa leitura!
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Aline 12/05/2020

Narrativa surpreendente
Já tinha lido Múltiplas escolhas do autor no ano passado e pensei que ele não poderia me instigar mais com esses dois romances! Zambra faz uma conexão de histórias em sua narrativa que realmente é de surpreender por tamanha autenticidade... Uma mistura de elementos biográficos com relatos de processo de escrita e ficção! Já conquistou meu coração!
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Nic 13/06/2020

Uma nova experiência literária.
Neste livro embarquei numa nova experiência literária, Zambra é um autor chileno, sendo tido como "uma das mais proeminentes e interessantes vozes da literatura hispânica contemporânea". Em seu prefácio Zambra cita Borges, que este "aconselhava a escrever um romance como quem escreve o resumo de um livro já escrito". E por isto é uma experiência nova, porque sim, o livro parece um resumo, 157 páginas, destas 122 úteis. Zambra é direto, não tem firulas, conta as histórias como se estivesse conversando com você na sala sobre a vida, passado, futuro, encontros e desencontros, mas nem por isto suas palavras deixam de ser profundas e até mesmo poéticas. Tem mais toda a "metáfora" do Bonsai, parece que a história do livro (na verdade são dois livros em um) é um misto com a vida do autor, pois ele, o autor, possuiu um bonsai na vida real e ambas as histórias também possuem bonsais, sem contar que ele escreve como se estivesse cuidando de um bonsai, textos "podados", mas ainda assim belos.
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Paula A. C. 21/08/2020

Um autor brilhante
Este é o segundo livro de Alejandro Zambra que leio e não posso descrever este autor com outra palavra que não seja brilhante. Sua escrita e singela, porém certeira. Como alguém é capaz de dizer tanto em tão poucas palavras? Recomendo muito!
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Victor 29/11/2020

Promete e não cumpre
O livro me tinha como interessado até a metade. Bonsai é bom, não achei nada de extraordinário, mas bom. Já A vida privada das árvores criou uma expectativa que não foi correspondida.

[SPOILERS ABAIXO]

Ao anunciar que a história se passaria ao longo de uma noite inteira, eu esperei algo Virginia Woolf, algo fluxo de consciência. E acaba que o que Zambra entregou foi uma narrativa comum e linear, contada através de memórias. Eu diria que um escritor não é culpado pelas expectativas do leitor, mas no caso ele foi sim ao se vender como mais do que era.
Fez o que disse que faria, mas através de um truque barato. Quer dizer, estava fazendo, até chegar perto do fim: O salto ao final para os anos futuros de Daniela foram completamente fora de nexo. Além disso, ele anunciou gratuitamente (e mais de uma vez) que quando/se Verónica voltasse para casa, o livro acabaria; acaba que o livro acaba mesmo sem isso acontecer. O final aberto pareceu uma tentativa de conceito que acabou saindo pela culatra.

Enfim, 3 estrelas pois, felizmente, não é chato.
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Day 21/06/2021

legal né hih
Bonsai: uma história curta sobre um casal e no final a mulher morre e o homem não. Isso não é spoiler, pois está na primeira frase do livro. Eu gostei e me importei com as personagens até certo ponto, mas senti falta de um final com cara de final, porque foi bem abrupto e sem nenhuma explicação. Nota: 3,5

A Vida Privada das Árvores: o começo é intrigante. Padrasto e filha esperam a mãe chegar em casa, mas ela não chega. Diferente de bonsai, que me deixou interessada durante toda a história, da metade pra frente "a vida privada das árvores" foi um parto pra ler. Muitas divagações, algumas frases poéticas, um salto temporal que eu não sei se foi só um pensamento do personagem principal ou se as coisas realmente aconteceram, e um final que, mais uma vez, deixa a desejar. Nota: 2,5

Pela fama do autor pensei que iria gostar mais do livro, principalmente de Bonsai, mas não foi pra mim. Eu ainda preciso de livros com uma escrita que faz sentido.
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Ana 08/07/2021

Confesso que quando terminei de ler esse livro não ia dar essa nota, mas quanto mais tempo passava mais eu continuava pensando sobre.
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@Marverosa 13/07/2021

Para saborear com calma
Vim aqui defender estás duas novelas (vá lá, não chegam a ser um romance), pequeninas mas na minha opinião fantásticas.

Começando pelo narrador. O narrador que conversa com o leitor, que se mistura com o personagem ao mesmo tempo que desaparece nele. O tom de confissão e oralidade faz com que a leitura soe rápida. Mas por isso mesmo não pode ser rápida, porque Zambra é um mestre em dizer o não escrito, em revelar pelas entrelinhas. Os seus personagens falam com suas atitudes, medos, receios, sentimentos posturas e pensamentos defeituosos. É exatamente quando parece não dizer nada que ele revela o que aquele personagem ou cena diz.

Começar o romance pelo fim. É muita ousadia.

?No final, ela morre e ele fica sozinho, ainda que na verdade ele já tivesse ficado sozinho muitos anos antes da morte dela, de Emilia. Digamos que ela se chama ou se chamava Emilia e que ele se chama, se chamava e continua se chamando Julio. Julio e Emilia. No final, Emilia morre e Julio não morre. O resto é literatura.?

O resto é literatura. Você já sabe o final, mas
Você le, porque é literatura.

Tanto Bonsai, quanto A vida privada São romances de conteúdo. Não espere um final (embora o autor semeie isto desde o início). Eles são romances de revelação, de análise da condição e relações humanas. Com frases maravilhosas durante a leitura.


Super recomendo.
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