Resenhas - Jane Eyre

Diane 25/09/2022

Leitura válida para leitores de clássicos!
Jane Eyre é uma pequena órfã que mora com a tia e seus primos, mas sempre é maltratada por eles. Até que certo dia, a tia, cansada de conviver com a sobrinha de seu falecido esposo, decide enviar Jane para uma escola de moças. Lá, ela se forma e se torna professora, crescendo com o desejo de expandir seus horizontes, e para isso, decide pôr um anúncio no jornal, em busca de trabalhar como governanta. A sra. Fairfax responde seu anúncio, e Jane vai trabalhar em Thornfield Hall, onde conhece o sr. Rochester, seu patrão, um homem sombrio e cheio de segredos por quem ela se apaixona.

“Mas eu continuava viva, e a vida, com suas necessidades e dores e responsabilidades, me chamava. O fardo precisava ser carregado, as necessidades satisfeitas, o sofrimento enfrentado, as responsabilidades assumidas.”

Jane Eyre é um clássico! A protagonista é uma das mocinhas mais notórias da literatura e com essa leitura pude comprovar o motivo. Jane é forte, determinada, destemida. Apesar de tudo que passou durante a infância, cresceu decidida a vencer na vida. A escrita não é fluida, e por isso me senti perdida em alguns momentos na trama, mas a saga da protagonista me manteve firme na leitura, que não foi das minhas preferidas, mas é válida para quem curte um bom clássico e romances de época.

BIANCA 14/01/2019

#RESENHADALUZ

JANE EYRE - Charlotte Brontë
KTTK (e-book Amazon)
406 páginas

arraste para o lado para conferir sinopse e quotes >

TRAMA:
O livro é narrado em primeira pessoa. Com um capítulo que puxa o outro e carrega muitos mistérios, relata a vida sofrida da jovem Jane Eyre.


Essa obra, como todas das irmãs Brontë, foi escrita no período vitoriano. Típico das obras dessa época, aproxima o leitor do cotidiano; podemos perceber como era o dia a dia daquela sociedade.

Charlotte traz um manifesto feminista nesta novela, e mostra como a mulher poderia ter certa independência, e que não eram frágeis como os homens supunham. Portanto, para aquela época, foi uma obra bastante arrojada.


A história aborda temas como religião, feminismo, críticas à hipocrisia. Mas seu assunto mais notado são os conflitos. Conflitos entre amor e independência, indulgência e vingança, entre homens e mulheres, moralidade e desejo.

PERSONAGENS:
Temos na obra mulheres superficiais, como as primas da infância de Jane; mas encontramos também mulheres fortes, como a primeira amiga de Jane, a resoluta Helen Burns.

Os homens são, em geral, estúpidos, frios, possessivos, hipócritas.

Temos, portanto, uma inevitável comparação ao universo feminino e masculino, que acredito ser proposital da autora, para mostrar como mulheres poderiam ser importantes, pois as principais e mais formidáveis personagens eram mulheres.


OPINIÃO:
Para quem se interessa por novelas, com diversos capítulos, romances com muitas reviravoltas, esse é o livro perfeito. Caso queira conhecer mais sobre a era vitoriana, também o recomendo muito.

Foi um dos melhores livros que li em 2018.
Já no primeiro capítulo essa obra ganhará toda sua atenção, sendo impossível largar até a finalização. Você vai chorar, se emocionar, amar e viver com Jane.

PONTO NEGATIVO:
Uma coincidência, ao final, não me agradou. Pareceu-me forçada, pouco real.

AUTORA:
Charlotte Brontë foi uma escritora inglesa, a mais velha das três irmãs Brontë que chegaram à idade adulta. Nasceu no Reino Unido, em 1816. Escreveu o seu romance mais conhecido, Jane Eyre, com o pseudônimo Currer Bell.

Polly 28/04/2019

Jane Eyre: dava era um bom de um novelão! (#077)
O livro de hoje foi minha primeira experiência com uma leitura coletiva. Li em conjunto com as meninas do grupo Cantinho da Leitura no whatsapp criado pela Camila do @vivenciasdeumaleitora e foi muito massa! É enriquecedor dividir uma leitura com outras pessoas que têm visões de mundo diferentes. Recomendo a experiência!

Jane Eyre, apesar de eu não ter gostado tanto assim do desfecho do livro, foi uma história que me conquistou, sobretudo pela protagonista. Jane é uma personagem incrível, forte, determinada e fiel aos seus princípios. Por ser um romance de formação, a retidão de caráter é um traço fundamental da Jane, e mesmo acontecendo todos os infortúnios possíveis com essa garota (é de dá dó, sério), ela não esmorece e não trai a verdade do seu coração.

Acompanhamos boa parte da infância da Jane, desde os maus-tratos que sofria da tia e dos primos até o seu começo difícil no internato, experiência essa que vai ser determinante no caráter da personagem. No entanto, é a vida adulta da Jane que é a peça central dessa história. Depois de anos vivendo no internando, de onde ela tinha virado professora, Jane decide ganhar o mundo e se torna a preceptora da pequena Adele na misteriosa e sombria Thornfield Hall.

Lá, ela conhece Edward Rochester, protetor da pequena Adele, e dono de uma personalidade tão sombria e misteriosa quanto a casa da qual é dono. Já dá para imaginar que vai dar romance, né? Autores de romance têm fetiche por personagens masculinos inacessíveis emocionalmente. Sério, nunca vi isso.

Apesar desse clichezão, isso não prejudica o livro. Jane Eyre é uma história e tanto, daquelas que a gente não consegue parar de ler, porque o final de cada capítulo acaba com um gancho que te mata de curiosidade para saber o que vai acontecer no próximo. Dava uma boa de uma novela das seis (me julguem)! É um plot twist atrás do outro, desses de a gente ficar de queixo caído.

Mas, como falei, o final não me agradou tanto. Achei que a Charlotte fez muito malabarismo para um “final feliz”. No entanto, por outro lado, entendo o livro no seu tempo. Afinal, estamos falando de quase dois séculos de diferença. O final escolhido pela autora fazia todo o sentido na época. Hoje, ele já não cabe mais para a cabeça de uma mulher progressista do século XXI, que sou. Entendo a Jane, mas me dou o direito de discordar dela.

Enfim, a escrita da Charlotte Brontë é sedutora e me deixou com água na boca para experimentar outras de suas obras. Com personagens bem construídos e um enredo digno de novela, a história não deixa nada a desejar. E, só para acrescentar, que é que tinha na genética dessas irmãs Brontë, hein? Que mulheres maravilhosas! Fica a dica de uma leitura fantástica!

site: https://madrugadaliterarialerevida.blogspot.com/2019/04/jane-eyre-dava-era-um-bom-de-um-novelao.html#more