Tamara 28/09/2018
Eu não sou uma pessoa muito ligada em jornais e muito menos em coisas que falam de economia, por isso, embora tivesse ouvido várias vezes falar em Miriam Leitão, pouco sabia e sei sobre sua carreira no jornalismo econômico, suas ideias políticas e qualquer coisa no gênero e conheci-a realmente quando li sua primeira obra de ficção, Tempos Extremos, lançada pela editora Intrínseca, um livro pelo qual me apaixonei pelo cunho histórico que trazia. Dessa forma, como gostei do que ela apresentou no meu primeiro contato com ela, continuei acompanhando a autora, em seu lado de escritora e assim que foi lançado o seu livro mais recente, Refúgio no sábado, logo tive vontade de lê-lo. A princípio, como crônicas podem ser um tanto cansativas em alguns momentos pelo seu tamanho e pela falta de ligação entre uma e outra, me propus a ler umas quatro por dia até terminar o livro. No entanto, foi um mero engano essa suposição de que eu me sentiria cansada ou entediada lendo as crônicas de uma vez, e assim que comecei a leitura, logo mergulhei na escrita maravilhosa de Miriam, no que ela relata, em seus causos de viagens, de seu passado, de pessoas que ela conheceu, suas incursões jornalísticas e afins, e quando vi já havia devorado todas as crônicas em um só dia e fiquei querendo mais. Gostei muito do livro principalmente pelo tom jornalístico presente nas crônicas, mas que ao mesmo tempo nos aproxima de quem está contando e nos leva a refletir, sorrir, se emocionar ou simplesmente contemplar o que está sendo apresentado, ou ainda nos mergulha em vários momentos nostálgicos, nos quais conseguimos imaginar com perfeição uma longa história embutida ali naquela pequena crônica. Refúgio no sábado é um livro criativo, intrigante e que me distraiu por umas boas horas, e depois do seu término fiquei querendo ler semanalmente as crônicas que a autora escreve e posta no blog do seu filho, que foi de onde elas saíram para compor o livro. Para quem gosta desse gênero, recomendo muito a leitura.