Anderson668 09/04/2016
"Inquietação gera dúvida; dúvida pede resposta; resposta pede reflexão.
Posso resumir este livro no melhor questionamento sobre a realidade brasileira quando trata-se de educação, o ato de educar a ler, a escrever, a compreender, e entender e apreender.
Trazendo dois pontos inciais: A introdução pelo próprio autor e o prefácio por Joel Martins. Na introdução, o autor questiona as diversas formas de conceituar e preocupar-se com o ato de ler, com o que o Brasil e seus psicólogos, educadores, professores, bibliotecários, entre tantos outros profissionais envolvidos com a educação e a leitura buscam melhorar.
Já no prefácio, o autor questiona as formas de ler, como ler, compreender e interpretar. Traz também a forma como os públicos desenvolvem a leitura dos mais variados materiais.
Qual a consequência de uma sociedade que não tem o hábito de ler? Será que podemos dizer que já virou um hábito cultural ou um método de dominação da elite sobre o povo?
Esses e tantos outros questionamentos são exacerbados pelo autor, que constrói uma perspectiva crítica do hábito de ler da sociedade brasileira como também da qualificação de professores, de estruturas e profissionais capacitados para incentivo a leitura.
No segundo capítulo, o autor traz as teorias clássicas construídas sobre a leitura e ao expor seus conceitos e definições, o mesmo traz uma crítica ao modo de pensar dos psicólogos, onde posso definir este capítulo com uma frase: "A inquietação gera dúvida; a dúvida pede resposta; a resposta pede reflexão."
No terceiro capítulo, o autor procurou completar o segundo capítulo numa visão mais crítica, elaborando uma perspectiva maior sobre o ato de ler e compreender. Onde a leitura trata-se de uma fenomenologia e precisa ser compreendida de forma mais humana e não positivista. Nesta perspectiva, o autor traz questionamentos que serão abordados de forma mais detalhada no quarto capítulo.
Explicar o ato de ler, de comunicarmos, de ter liberdade para relacionarmos com o mundo das mais variadas maneiras, sendo principalmente através da oralidade e da leitura. Baseando-se neste contexto, no quarto capítulo, o autor come a a segmentar mais forte o conceito de LER; o que realmente representa o ato da leitura para uma sociedade? Qual a importância da leitura para o EU ou para uma cultura? Qual o contexto hermenêutico da leitura e como dar-se duas metodologias?
No quarto capítulo que há uma explicitação maior sobre a leitura, sobre a importância do comportamento que o Estado e/ou sociedade devem ter reciprocamente.
No quinto e último capítulo, o autor legitima a leitura como meio de evolução do ser humano consigo mesmo e com o mundo, como também questiona o método de comunicação (emissor x receptor), sendo que há muito mais detalhes envolvidos.
site: www.ideaisideologicos.blogspot.com