Resenhas - Conversações

jungesartur 15/09/2023

Mais Deleuze pra cachola
Interessante saber mais sobre Foucalt, triângulos, sociedades de soberania, disciplina, controle, e também o saber, o poder e a subjetivação.
Leibniz também, há uma entrevista somente sobre as dobras do Leibniz, mas confesso que não entendi nem mesmo vi/intuí muita coisa, não submergiu nenhum entendimento muito claro, tudo tem uma dobra?
Eu sou uma pessoa que tem uma leve esquizofrenia do tipo escutar uma voz involuntária e provinda do inconsciente vez ou outra, quase todo dia ou todo dia, mas parece que não é dessa esquizofrenia que Deleuze fala... Eu também tenho um pézinho nas filosofias da imaginação por meio do Tom Cheetam no podcast no Spotify "As Variously as Possible" mas parece que o Deleuze não se interessa tanto pelos meios do imaginário, do sonho, de acordo com uma das entrevistas desse livro sobre o imaginário, apesar dele falar do terceiro olho, do olho do Espírito, e isso remeter um pouco a um Mago, a um Feiticeiro, a um devir... Fala -se do esquizofrênico em relação ao povo por vir, à subjetivação artista, não tanto como um "doente" mental. Há os delírios, eu deliro Jung, religião, as relações, BANG, o magnetismo e a eletricidade, como ele fala aqui, e esse interesse pelo cérebro e sua relação com os condicionamentos mais primitivos e as relações mais improváveis, é um assunto que eu gosto também.
E sobre a aula, que tem-se que se preparar e estudar muito, traçar perfis, para que tenhamos "alguns momentos de inspiração...".
"Só é possível pensar sobre esta linha de feiticeira".
O cérebro e seus mecanismos probabilísticos, semi-aleatórios...
Pra quem já leu uns Deleuze na vida como eu, nesse livro ele retoma muita coisa, é bom, para se aprofundar, retomar, atualizar leituras, mas é também um pouco um mergulho não tão empolgante em falas/águas pelas quais já se nadou...
Tem algumas coisas sobre a educação, ditos de outro modo, mas pensamentos dele que já tive acesso, o surfismo, sobre a aula ser musical, sobre o aluno capturar somente aquilo que lhe diz respeito, mas isso foi um pouco novo: "dá-se um curso sobre o que se busca e não o que se sabe".
Tá certo que ele fala de dar aula na graduação, e não nos ensinos fundamentais, médio... Ele podia dar um curso inteiro sobre Espinoza e nós professorinhos damos um conteúdo por aula, várias aulas por semana, não tem tempo pra aprofundamento.
Aproveitando a palavra, é um livro bom pra dar uma aprofundada em Deleuze etc.

Gabriel Dummer 13/03/2020

Perceptos...
Deleuze possuía uma percepção do mundo, e da filosofia, singular e inquietante. Este livro se mostra uma leitura básica para aqueles que querem conhecer mais do pensamento deste extraordinário filósofo. Uma coletânea de textos e entrevistas que se movem, e resumem, entre as filosofias do autor. E ainda assim um escrito repleto de nuances filosóficas impossíveis de captar em apenas uma leitura.