Luiza Helena (@balaiodebabados) 03/09/2019Originalmente postada em https://balaiodebabados.blogspot.com.br/Kiss the Girl fecha a trilogia Naughty Princess Club. Foram três leituras maravilhosas e com certeza já entraram na lista de melhores do ano.
Conhecemos uma Ariel mandona, destemida, boca-suja, impetuosa e confiante, mas não é bem assim que ela se sente. Na verdade, Ariel ainda tem muitas marcas e inseguranças causadas pelo seu ex-marido, que criticava de tudo sobre ela, principalmente sobre seu corpo. Por isso, ela fechou seu coração e ergueu paredes para qualquer indivíduo do sexo masculino. Ela só não contava com Eric derrubando todas elas.
Eric tinha tudo para ser um grande babaca. Na real é que ele realmente pareceu ser um grande babaca em outras aparições, mas aqui vimos o quão grande é seu coração e a pessoa maravilhosa que ele é. Engraçado, divertido e compreensivo, ele vê a verdadeira Ariel por baixo de seus desaforos e nem por isso se sente intimidado.
Se existe um casal feito um para o outro é Ariel e Eric. Ambos têm o mesmo senso de humor, o que faz com que suas interações sejam regadas a piadas e também uma baita tensão sexual. Os dois são explosivos e, ao mesmo, um casal bastante fofo. Eric, sabendo o quanto a última relação de Ariel ainda enche sua cabeça de vozes ruins, soube dar o espaço necessário para que ela pudesse se acostumar com sua presença e seu sentimento.
Gostei muito da questão da perda da voz da Ariel ser utilizada como metáfora dela ter se perdido e retraído por conta do ex-marido; de não se achar boa o bastante em nada. Desde o primeiro livro, ela apoia Cynthia e Belle a serem fortes e determinadas, sem deixar que ninguém diga o que fazer, enquanto ela ainda não chegou nesse ponto. Com o apoio de Eric e de suas amigas, ela vai recuperar sua voz e voltar a lutar suas batalhas.
Das três capas, eu achei que essa foi a que menos podemos associar com os personagens, principalmente a Ariel. Vários momentos do livro ressaltam sobre Ariel ter curvas e curvas e seu ex-marido sempre criticá-la por não ter o corpo “padrão”. Apesar de suas inseguranças em relação ao seu relacionamento com Eric e encontrar sua voz, a colecionadora não tem vergonha e nem se sente desconfortável com seu corpo.
Assim como nos outros livros, a autora inseriu elementos do conto de inspiração. Destaque para uma apresentação de Kiss the Girl de arrancar gargalhadas. Ursula e o pai de Ariel também tiveram suas participações aqui. Porém, o destaque mesmo dos secundários é Derrick Alfredo e sua mania um pouco desconcertante.
O epílogo aqui mostra o final feliz de cada uma das três e é de deixar o coração quentinho ao ver o quanto elas progrediram. O meu favorito foi o da Cynthia por motivos de PJ e sua necessidade de incluir Anastasia (filha de Cynthia) em todas as decisões que envolvem sua mãe.
The Naughty Princess Club foi uma ótima trilogia. Como sempre, Tara não erra em fazer histórias divertidas e envolventes. Apesar dos livros serem um tanto independentes, recomendo ler os livros na sequência e acompanhar as aventuras dessas mulheres na busca por independência e uma pitada de romance.
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