O Suicida do Corpo Fechado

O Suicida do Corpo Fechado Vítor Neves Souza




Resenhas -


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Karla Lima @seguelendo 03/06/2019

Resenha #seguelendo

Pare e pense no ser humano mais chato, irritante e covarde que você conhece.

Pensou?

Emílio é pior.

O autor nos transporta para a mente de um homem fracassado e incrivelmente desprezível, nos fazendo sentir muita raiva, mas também nos fazendo rir. Emílio é cínico, antiético e antissocial: e tem plena consciência de tudo.

O protagonista frustrado não consegue suportar a si mesmo e por isso tenta se matar das mais diversas formas. Por tabela, nos entrega momentos que variam entre revoltantes e hilários, alguns bem no limite entre uma coisa e outra.

A obra é acelerada. Muito acelerada. Os diálogos são rápidos e o fluxo de pensamento de Emílio chega a ser desconcertante. É quase como se estivéssemos ouvindo os pensamentos daquela pessoa desprezível que você pensou lá no primeiro parágrafo dessa resenha.

Em alguns momentos, a conversa de Emílio com sua própria mente é cansativa. Ele dialoga com o leitor e, ao mesmo tempo, consigo mesmo, tornando algumas partes confusas quando algumas cenas mudam ou outros personagens são introduzidos.

Mesmo assim, o autor nos entrega uma história engraçada, divertida e de rápida leitura, que recomendo a todos que desejem uma leitura leve.

E então? Está preparado para amar ou odiar Emílio? Ou quem sabe as duas coisas ao mesmo tempo?
comentários(0)comente



Litterae Focus 15/07/2018

Um marcante livro com uma narrativa inovadora no Brasil
O SUICIDA DO CORPO FECHADO - VÍTOR NEVES
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Emílio, um indivíduo muuuito chato, que já tem afastado todos ao seu redor é alguém muito frustrado com suas ?tentativas? de suicídio que não dão certo (um pouco disso é porque ele é covarde - ele próprio reconhece), mas tudo muda quando ele tem um infarto (ou quase isso, ou ele acha que tem - a gente não consegue afirmar com clareza muitas coisas nesse livro. Fica a cargo da nossa capacidade interpretativa).
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O Vítor deixa claro desde o início que a própria figura do início somos nós quem pintaremos. Como é o Emílio, qual a altura dele? Como se veste, qual a cor do seu cabelo, usa óculos ??! Temos essa liberdade.
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Numa viagem interdimensional (supus), numa aura etérea, Emílio inicia sua jornada de autoconhecimento. Para ele é só a tentativa de se suicidar (- redundância à vista), ah, pois não, suicidar apenas, sem o ?se?. (? Não lembro de ter chamado o Emílio pra se meter na minha resenha...) Continuando...
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A verdade é que ele é declarado de corpo fechado, e seu maior intento parece não poder se realizar.
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Com um discurso muito próprio; narração em primeira pessoa; ótima coesão e coerência textuais; rompimento da 4ª barreira (quando o personagem se entende um ser fictício, conversando com o autor acerca de si e de seu destino, até tentando convencer o autor de suas convicções); uma escrita leve que certamente vai trazer boas risadas, e... prepare-se para as cenas ?new adult?. ?É um livro que consegue manter o suspense, a comédia, o apelo filosófico que denota a inspiração do autor em nomes como Jorge Luiz Borges (identifiquei semelhanças com ?o Aleph?)
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Pairamos sobre o que é realidade e ficção na obra. Faz parte da experiência do leitor esse mergulho no confuso mundo da mente do Emílio.
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Imagine que alguém esteja insatisfeito com a vida. Ao se imaginar tendo um corpo fechado poderia reaprender qual o sabor da vida.
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Esse era o pontapé inicial que você precisava pra adquirir essa obra?! ?
Litterae Focus 28/08/2018minha estante
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