Resenhas - Morrer de Tanto Viver

juliafinamore 23/07/2020

a vida é feita para ser gasta
5 estrelas + coração
história. tempo. gratidão. uma infinidade de dadivas. morte. vida. morte. e vida eterna. a morte é uma realidade que tentamos esquecer, mas será que deveríamos? n.d. wilson, com sua genialidade narrativa, depois de nos contar sua visão de mundo [notas da xícara maluca] volta para nos contar o que ele faz com essa visão. mas nathan não passa de um personagem na própria história, ele não é o Autor. a vida cristã tantas vezes é colocada numa jaula criada por pensamentos humanos que nem um pouco se assemelham com que as Escrituras dizem. Deus nos criou para sermos parte da Sua história, de Sua narrativa criativa e redentiva. nós não devemos nos privar das dádivas benditas que Ele nos dá: almoço de família, o por do sol, as batidas do nosso coração, os muitos natais, e até mesmo a morte. eu não tenho palavras pra descrever o quanto esse livro me sacudiu e me mostrou coisas que há muito eu havia esquecido e provavelmente esquecerei novamente amanhã, mas eu espero que Deus sempre coloque alguém na minha vida que me lembre, assim como Ele fez através desse livro.

Rafael Reis 12/07/2021

Viver, avôs e sorvete
O último toque na tela me levou ao fim, eu conseguia sentir o ar saindo das minhas narinas e se direcionando aos pêlos do meu antebraço. Fechei a capa do Kindle, passei os dados nos detalhes em alto relevo, pensei.

Continuei a pensar. Como descrever esse acontecimento de leitura? É uma sensação semelhante ao tomar sorvete de flocos com creme e passas. Torcia muito pra não acabar, enquanto torcia pra meu estômago não encher. Gostei de conhecer James Wilson e sua história na guerra.

Já passou da meia noite e eu queria que fosse 10h da manhã na primavera de Madrid, o raio de sol entrando na pele das mãos que acabaram de sair da luva. Gostaria de lembrar de alguma história assim contada por meu avô.

Me deu vontade de viver, sim tem que ter vontade pra isso, e também de contar cada passa que eu saboreava do meu sorvete. Tenho medo de chegar no fim da primeira bola e ver que o cascalho está oco. Preciso que ele esteja cheio pra garantir mais 10 minutos de prazer degustativo.

Só conheci meu avô paterno e não lembro se ele me deu um sorvete, poderia ser até de napolitano. Que eu saiba ele não foi pra guerra. Recordei que ele me deu uma moeda de 1 real uma vez, valia muito em 1996. A guerra dele foi diferente, se manter vivo depois da minha avó morrer de tanto viver.

Nathan David Wilson colocou mais flocos no meu sorvete. Obrigado. Depois de terminar o creme e as passas, ainda tem o cascalho. Ele é crocante, não tem muito sabor, mas ainda assim alimenta e preenche o estômago. Está chegando ao fim, minhas mãos estão meladas, tem gosto de flocos. Os lábios estão doces e a última página desligada. Gracias ao Criador, estava uma delícia.

Beatriz 02/02/2021

A vida foi feita para ser gasta
?Morrer de tanto viver?, sabe quando o título do livro já resume bem o seu conteúdo? Pois bem, isso acontece nessa obra.
Você vive sua vida pela perspectiva de que está morrendo? Talvez soe um tanto pessimista, mas não é! Viver a vida assim, faz você vivê-la intensamente, desfrutando das belezas e desafios que ela nos proporciona, é sobre vivê-la o máximo que puder. É certo que nossos dias aqui estão contados, mas não sabemos quando esse cronômetro chegará ao fim, não vale a pena gastar esses preciosos dias superficialmente.
Esse é a segundo livro que leio de Nathan, o escritor já é um dos meus preferidos. Quando li ?Notas da xícara Maluca?, no ano passado, fiquei encantada por cada palavra daquele livro. Se em ?Notas?, o autor nos faz olhar o mundo por uma outra perspectiva, em ?morrer de tanto viver? ele nos faz querer viver de outra maneira, apreciar cada cena dessa peça. A escrita do livro é muito bela, bastante poética e intensa, é um livro de memórias vividas e ouvidas, é lindo!
"Entregue sua vida. Seus batimentos cardíacos não podem ser poupados. Sua reserva de respiração está escoando. Você tem mãos, caleje-as enquanto pode. Você tem ossos, desgaste-os - eles não podem carregar nada no túmulo. Você tem pulmões, permita que eles extravasem de risos."

Maria 21/03/2022

A vida é pra ser gasta
Livro maravilhoso, feito pra você parar, levantar o rosto e olhar pela janela do ônibus. Causa reflexões lindas, faz a gente observar a história que é a nossa vida e deixar gastar nossos pulmões numa cantoria.
Daria mais estrelas se não fosse por alguns problemas teológicos que me fizeram repensar a leitura (no final). Porém, maravilhoso.

EduardaMarquess 23/01/2024

De maneira bem leve e divertida somos apresentados a uma série de histórias que não são nossas nem daqueles que conhecemos, mas nos mostram o valor de viver ?usando? a vida e não apenas esperando o tempo passar, e, mais que isso, ver a graça de Deus em tudo. O autor nos convida a deixarmos de lado nossa fatiga e simplesmente viver, pararmos de ficar esperando apenas o extraordinário e viver, parar de reclamarmos tanto e viver, parar de nos fecharmos no nosso próprio mundo de maneira egoísta e viver se doando aos outros, em gratidão aqueles que se doaram para que estivéssemos aqui hoje, direta ou indiretamente, e Aquele que perfeitamente doou a sua vida para que tenhamos vida.

?Glória é sacrifício, glória é exaustão, glória é ter nada sobrando para dar. Quase. É morrer de tanto viver.?

@leiturasdadudis 06/01/2021

Muito inspirador
O livro abriu meus olhos em muitos aspectos! Saber aproveitar a vida é essencial, principalmente se foi o Autor da vida que nos entregou o tempo que temos.

A leitura é bem fluída, e o autor brinca com as palavra trazendo um tom sarcástico à narrativa, misturando lembranças à momentos presentes à reflexões sobre Soberania de Deus.

Igor Roberto 27/03/2021

Bom livro. Possui bons ensinamentos e visões interessantes sobre temas relativamente comuns. Porém, o ritmo não fluiu muito bem para mim, o problema pode estar em mim e no momento em que li , é claro, mas, em certos pontos, foi uma leitura arrastada.

Floriele 26/02/2024

Viva para morrer
Eu amo muito a escrita do Nathan David Wilson, acho muito empolgante a forma como ele  mistura acontecimentos cotidianos da sua jornada com reflexões profundas sobre a vida debaixo do sol e isso me deixa de olhos marejados. 

Em Morrer de tanto viver somos apresentados à notícia inevitável: nós morreremos. E, ao invés de vivermos em lamúrias a tentar lutar contra os ponteiros do relógio, o autor nos convoca a morrer de tanto viver, experienciar uma vida plena em Cristo.

O argumento é: nosso tempo é limitado. Como fazer valer a pena cada segundo? É em busca da resposta a essa pergunta que percorremos ao longo da leitura. 

N. D. Wilson não nos faz ignorar o sofrimento causado pela escolha de nossos primeiros pais, mas nos traz à tona como a graça de Deus apresenta-se mesmo na morte, quando as dores e angústias chegam ao fim. 

Em resumo, somos constatemente  instigados a viver plenamente em Deus, aproveitando cada uma das bênçãos que Ele nos concede. 

Sandro 23/01/2022

Era para ser natural...
Era para ser natural morrer de tanto viver.
Na verdade era para ser natural apenas viver de tanto viver.
Contudo houve "algo" não natural no caminho e a vida passou a ser contada. Nós só contamos o que tem início e fim.
E agora nesse "novo normal" de alguns milênios, onde a morte chega, de um lado você tem quem morre de tanto viver alucinada e inconsequentemente, e do outro você tem quem não vive, por achar profano até as coisas belas do Criador.

Por que é tão difícil para uns compreender que tudo é permitido, mas nem tudo é lícito, saudável e realmente bom?

Por que é tão difícil para outros compreender que a vida é para ser vivida em mundo belo criado para ser descoberto, explorado e contemplado?

O pecado! Sim o pecado é a resposta desta dificuldade. Ele afunda uns na vida alucinada e afasta outros de viver a criação.

Este livro é uma benção. É um chicote e também o bálsamo.

Roberth 06/06/2022

"É a vez do pôr do sol..."
Maestria pura. Um agridoce que faz rir e chorar. Encanto em forma de palavras.

Após a "alvorada" de Notas, Nathan Wilson nos faz mergulhar em uma história, a narrativa maior e mais importante, repleta de pequeninas histórias, de pequeninos personagens... Saber da maior, torna a jornada mais plena de sentido para as menores.

Morrer de tanto viver conseguiu fazer ressoar em mim a vontade de vida, de sentido, que vem do próprio Autor.

É um livro lindão que supera o predecessor, a meu ver. Leiam!

Outra_flor 03/09/2020

Melhor livro ever
Eu não amo esse livro só porque com ele conheci o futuro pai dos meus filhos, mas também porque escolhi o modo como irei envelhecer: gastando bem minhas energias e atuando bem nessa peça maravilhosa, preparada para aproveitar da melhor forma as aventuras e emoções escritas pelo Autor e criador de todo universo.

Isadora.Nascimento 07/12/2020

Adorável!
Não consegui encontrar palavras ainda para descrever esse livro. Pura poesia. Me arrancou risadas, suspiros, caretas e emoções profundas. De ácaro no tapete à galáxia. E Deus está em tudo. Ele mesmo tudo faz e sustenta em sua soberania. Incrível. Desejo reler muitas vezes. Transformador. Leiam!

Maycon Casado 12/01/2021

Morremos porque vivemos. Vivemos porque o Criador quis.
O gênero deste livro talvez seja "não-autobiografia" (não faço a mínima ideia se isso existe). Mas o que Nathan David Wilson faz é nos convidar a embarcar em sua vida, porém isso é totalmente secundário já que sua habilidade com as narrativas nos envolvem ao ponto de esquecermos que aquelas memórias são de sua família. Ele mistura poesia e doses de verdades que remontam o memento mori (lembre-se da morte) numa tentativa de te fazer entender que a vida é aqui, a vida é agora.

Este livro pode ser incluído também no tema Cosmovisão. Entretanto não é aquele conceito teórico de cosmovisão que alguns já viram por aí. Eis aqui algo relamente prático sobre como precisamos ver o mundo ao nosso redor, como nos relacionar com as pessoas à nossa volta e principalmente como devemos ser gratos a Deus por ele ter aberto sua boca e nos criado sua imagem e semelhança.

O livro é um convite para você gastar sua vida pois o tempo é implacável. Acumule histórias e conte-as às suas descendências. É clichê mas "o tempo voa". "Não fique ressentido com momentos por eles não poderem ser congelados. Prove-os. Saborei-os. Agradeça pelo pão diário. O maná não fica para o dia seguinte. Mais virá pela manhã." No salmo 71, o salmista afirma que desde a infância Deus o conhece e agora na velhice ele pede que Deus não o abandone. É a conexão entre início e fim que devemos relembrar enquanto vivemos para morrer.

Agradeço a Deus por ter incluído este livro na minhas leituras logo no início do ano, ele com certeza é um ponto de virada para enxergarmos aqueles detalhes que deixamos passar despercebido.

Mayhara 18/06/2022

"(...)Viver arduamente e morrer grato."...
Pág. 177.
Na primeira vez que li ou eu estava sem paciência ou, mais provável, eu ainda estava pegando o ritmo, retornando a rotina de ler livros até então desprezada.Ele não era chato. Mas não tava "indo". Anos sem ter vida de leitora, dar de cara com o tipo de escrita de Nathan, meio poética e tal, pode ter sido cansativo naquela época. Como não gostar? "Comassim"? Rs
Nessa releitura pude ver coisas que tinham "passado direto", até por causa da experiência de outros livros que fui lendo depois que parei ele.
Então chego a conclusão de que se um livro não tá engatando, pare e em outro tempo retorne. Vai que dá bom, igual a minha releitura dessa vez? (Porém, se o livro for muito chato real, não relute em abandonar. E tudo numa boa! rs)

Citações:
"Não fique ressentido com os momentos por eles não poderem ser congelados. Prove-os. Saboreie-os. Agradeça pelo pão diario. O maná não fica para o dia seguinte. Mais virá pela manhã." Pág. 11

"Beba seu vinho. Chore de rir. Acumule os momentos com gratidão. Esteja tão vazio quanto puder quando o relógio parar. Gaste sua vida. E, se o tempo é um rio, que você deixe um rastro." Pág. 119

"Veja. Escute-o. Agradeça. Peça mais.
Procure momentos da sua história pelos quais pode ser grato.' Pág. 139

"Você tem mãos e palavras. Você tem algo. Faça a diferença. Toque o menor deles." Pág. 143

4,5* (quem diria, Brasil!)
P.s. Já tô pronta pra Notas!

Késsia 22/03/2021

Gostei
Bem poético. Tem umas passagens bem bonitas e interessantes sobre a vida em geral. Contudo, o autor se perde um pouco em contar alguns fatos ao meu ver, desinteressantes sobre sua vida.
Mesmo assim ele fala muito bem sobre a vida e trás uma perspectiva bela sobre a morte.
Recomendo