A dor

A dor Marguerite Duras




Resenhas - A Dor


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@julia_inbookland 27/10/2023

A Dor
Esse livro conta seis histórias (autobiográficas e autoficções) sobre todos os tipos de dor que a 2° guerra mundial causou. Gostei muito das histórias, só achei que foi um texto denso de mais, o que provavelmente é a intenção, porque é para parecer um diário da Marguerite. O que me fez apreciar ainda mais o livro foi o posfácio. Leiam que vocês não irão se arrepender.

OBSERVAÇÃO DE GATILHOS: existe uma cena de tortura em uma das histórias, então tomem cuidado.
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florescerdaleitura 27/09/2023

Relatos da segunda guerra mundial
O livro é muito perturbador e profundamente triste. Os relatos que ela narra, faz com que o livro pareça com uma antologia de contos. O que em si é muito bom e torna a leitura mais fluída.
O melhor e também o que torna a narrativa mais chocante é o fato dela contar sobre sua vivência no período da guerra e do holocausto. O que ela via e as ideias de histórias que povoaram sua mente nesse período. É uma leitura extremamente fascinante.
Leiam
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gabriel2621 18/06/2023

A dor da espera
Marguerite Duras se aventura em um novo e esplêndido estilo, abandona a sensualidade de ?O Amante? e mergulha em uma intensa e dolorosa escrita em ?A Dor?, descrevendo os horrores da guerra, da espera, da tortura. É humano, desesperador e profundo.
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Paulinha 22/05/2023

Dor dor dor
Acompanhamos um sofrimento imenso durante e logo após a segunda guerra mundial.
Dor transformado em palavras, palavras que sangram.
Bem interessante.
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mimperatriz 15/04/2023

A dor
Um livro difícil de ler, doído e sensível ao extremo.
Marguerite Duras divide ?A dor? em seis textos que descrevem os sentimentos na época da Segunda Guerra Mundial.
O primeiro tem formato de um diário e retrata sua espera pela volta do marido preso e levado a um campo de concentração na Alemanha por sua participação no movimento de resistência francesa. É o texto mais forte, na minha opinião, até por saber que é real, que aquela dor (que sentimos em vários momentos) foi de fato vivida em um momento único e terrível da nossa história recente. A escrita de Duras é especial e ajuda o leitor a vivenciar os fatos como ela viveu.
O segundo, terceiro e quarto textos são autoficção, e os demais ficção mesmo, literatura.
Aliás, é muito interessante ver que os textos transitam entre diário, autobiografia, autoficção e ficção - começam no mais autobiográfico e terminam no mais ficção (como a própria Duras nos informa: ?É inventado. É Literatura.?). É como se Duras se despedisse e deixasse o leitor com histórias ficcionais que também margeiam aquela época e apresentam, de forma brilhante, uma emoção única que transpassa o próprio texto e chega inteira ao leitor.
São textos fortes que não poderiam atingir o público da mesma maneira se não usassem, de forma espetacular, a memória! Já falei um pouco, em outras resenhas, sobre a importância da historia contada e da política de memórias e reforço aqui: a memória é vida, é viva e apresenta a nossa história. Duras usa divinamente as suas memórias - a partir da resistência e, portanto, memórias não oficiais - para nos situar e mostrar os horrores daquele período de uma forma muito própria.
Ainda sobre o tema, no posfácio (e não acho que é spoiler, já que não é sobre as histórias em si) Laura nos lembra que ?A literatura de testemunho, mais do que um gênero, seria uma face da literatura que vem à tona em época de catástrofe - cada vez mais presentes e constantes, como diagnosticou Walter Benjamin - e que compele à revisão da história da literatura a partir do questionamento de sua relação e compromisso com o real.?.
Lembrei de um trecho do texto de Soraia Ansara que, embora escrito pensado na repressão latinoamericana e brasileira, cabe perfeitamente com os textos de Duras, já que ela mostra alguns fatos duros ocorridos do lado da resistência e, portanto, do lado que não tem a ?memória oficial?:
?Não se pode separar o estudo da memória coletiva da repressão do seu caráter político e ideológico. Nesse sentido, assumimos uma responsabilidade histórica de trazer à luz a memória política de segmentos das classes populares, procurando desmascarar a ?memória oficial? que foi produzida, como bem aponta Coimbra (2001), pelo poder ditatorial para apagar as marcas da resistência e luta das classes populares numa tentativa de ocultar da sociedade brasileira a história dos ?vencidos? como se estes não pertencessem ao cenário político?.
Desculpem, mas adoro misturar meus estudos com a literatura que leio. ?
Foi uma leitura dolorida pelo teor dos contos e principalmente pela época que as histórias ocorreram, mas foi interessante e já estou saudosa da escrita de Duras.
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Renata.Mieko 04/04/2023

Sempre acho os relatos do holocausto completamente profundos e cruéis.
Não é a toa que o livro chama A Dor.
Leitura importante.
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dyanabsl 10/01/2023

Em transe
ao ouvir esse nome (?) choro. choro ainda hoje. chorarei a vida inteira.
?? fora durante sua agonia que melhor conhecera aquele homem, que percebera do que ele era feito, apenas ele, mais ninguém?
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maria laura 05/12/2022

Quanto mais conheço da Duras e do trabalho dela, mais me apaixono. Que sensibilidade!!! Me tocou profundamente e tive insights incríveis sobre guerra, humanidade, amor, tudo que se pode imaginar.
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Adriana Scarpin 06/02/2022

Estou revisitando a minha sempre querida Duras por conta de um curso que estou fazendo sobre ela na Casa das Rosas e o pujante A Dor é um dos seus carros chefe.
Dividido em seis contos, dos quais quatro são autobiográficos e dois ficcionais, mas todos tendo pano de fundo a Segunda Guerra Mundial, especialmente tratando da própria presença de Duras na Resistência Francesa.
O livro começa em forma de diário contando a dor sofrida por Duras ao ter o marido enviado para um campo de concentração, a dor da espera, a dor da volta. Depois segue com o relato da perseguição que sofreu de um agente da Gestapo, o mesmo que prenderá seu marido. No conto seguinte o relato é a partir de uma sessão de interrogação (e tortura) da Resistência à um cidadão francês que colaborava com os nazis. O último relato ficcional se refere à um miliciano colaboracionista esperando a sorte frente ao que a Resistência faria com ele. Os dois contos ficcionais se referem a um momento pós libertação e a um momento da vida de Aurelia Steiner, personagem conhecida de Duras de outros livros e filmes.
Tudo narrado potentemente à maneira de Duras, sobretudo ao diário que dá nome ao livro.
Edição do Círculo do Livro dos anos 80, mas se preparem que a Relicário em breve o reeditará com nova tradução para sua coleção Marguerite Duras.
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Lu 24/04/2021

Livro composto por vezes de frases mais curtas, dando um efeito por vezes de uma anestesia. Dor que se perde no tempo, diários de quem não sabe se o que viveu foi há uma semana ou mais. Mais do que descrever a dor, o desespero, há um silêncio gritante entre cada frase que parece escancarar aí o terror desse afeto.
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Nilton 18/10/2020

Segunda Guerra Mundial
Contos muito bem escritos sobre o período vivido pela autora.
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Sara.Ferreira 15/02/2019

QUE MULHER FOI MARGUERITE DURAS
Duras tem aquela coisa que não consigo explicar. Em quase tudo que li sobre a obra dela, prefácios, artigos, etc; o que encontrei foi essa mesma descrição da essência de sua obra: não é completamente autobiográfica, não é totalmente fictícia. Em A Dor, livro dividido em cinco contos, parece organizar suas partes em subjetividade crescente. Começa contando sobre a dor da espera, prosseguindo com três contos que parecem contar mais sobre sua vida na política, passado o período mórbido da não-volta do marido; e termina com mais dois contos cujo caráter literário não sei descrever, mas que são mais ficcionais; a própria autora aponta: "Foi inventado. É literatura.".
Quando falo sobre subjetividade crescente, quero dizer que Duras aos poucos se retira de cena. Passa a ser menos introspectiva depois do primeiro conto, fala mais sobre o que acontece ao seu redor, narra os fatos mais objetivamente; depois altera seu nome, nos últimos dois contos que envolvem sua relação com o Movimento. E, por fim, nos últimos dois, desaparece. Conta pequenas duas histórias em que fica difícil de encontrá-la. Ela está ali, o tom de suas palavras é perceptível uma atenção, concentração, ou até sonolência. Mas uma que me chama atenção, é que em todos, mas nos últimos dois contos particularmente, Duras faz arquétipos do que quer dizer, os personifica. A autora de guerra, do medo da guerra, da resistência, da ideologia do inimigo, da espera, da desconfiança, da previsão do caos, do nascer no caos, da ideia da morte, da morte escancarada, da vingança. Nunca escreve superficialmente sobre um indivíduo, nem sobre as pessoas que passaram por sua vida, nem os personagens que inventara, não importando se eram seus inimigos ou seus aliados. É só no mínimo impressionante a forma tão humana na qual ela aborda todas essas questões, nesse contexto tão específico que foi a Segunda Guerra. Um evento dessa magnitude tem tantas camadas que nas mãos erradas fica pouco palpável a realidade, muito distante, mas Duras não escreve nada com superficialidade. E por mais que relatos de guerra dificilmente não nos emocionem, ou não nos toquem, nenhuma abordagem jamais me fez sentir o nó da garganta que senti lendo este. Não derramei uma lágrima sequer durante a leitura, mas senti o maior horror do mundo, o aperto dilacerante da guerra como se fosse meu.
Que mulher foi Marguerite Duras, sabe? Nem fez biografia própria, nem escreveu ficção. Misturou tudo e criou verdade.
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Juliana 03/11/2015

Dor é não ler este livro.
A Dor
Autora: Marguerite Duras
Editora: Círculo do Livro
Páginas: 177
Preço: Comprei por R$ 12,00 em um sebo online (frete incluso), é possível encontrar versões atualizadas na Livraria Saraiva e Cultura, mas, é preciso encomendar.
Ideal para quem deseja conhecer um pouco mais sobre a II Guerra Mundial e seus desdobramentos.
“Talvez ele já esteja morto há quinze dias, em paz, estendido naquela vala escura. Os vermes já correm sobre seu corpo, habitam-no. Uma bala na nuca? no coração? nos olhos? Sua boca empalidece contra a terra alemã, e eu continuo esperando porque não tenho certeza, talvez ainda haja mais um segundo. Porque ele talvez vá morrer dentro de um segundo, mas ainda não está morto. Assim, segundo após segundo, a vida também nos abandona, todas as chances parecem perdidas, e da mesma maneira a vida retorna, e todas as chances se restabelecem.” (Página 36).
Sinopse
No fim da Segunda Guerra Mundial, uma mulher espera por um homem que está preso num campo de concentração nazista. Ela é uma militante da Resistência. É membro do Partido Comunista francês. É também Marguerite Duras. Uma história de desespero e paixão, de despojamento e de apego à vida. Um amor que se debate para além das fronteiras da razão e do possível e luta para sobreviver a uma guerra.
Opinião
A Dor é um livro estupendo. Talvez começar uma resenha com este adjetivo possa até soar exagero, entretanto, a escrita de Marguerite Duras conseguiu resgatar os obscuros episódios da Segunda Grande Guerra Mundial de um modo marcante.
O livro é dividido em cinco contos, alguns destes são fatos reais vividos pela autora. O conto que mais gostei foi o primeiro. Achei incrível a dualidade que Marguerite explicita em suas linhas – revela a condição humana de um modo sensível e ao mesmo tempo denso.
A profundidade psicológica e o existencialismo são características predominantes em toda a obra (a própria autora foi uma das percussoras deste estilo). A obra retrata a tristeza, melancolia e o medo de um dos acontecimentos mais tenebrosos da história mundial. “A Dor” não é um livro bonitinho com final feliz – se estiver procurando isso, é melhor nem embarcar nesta leitura – longe disso, é um livro impactante que promete inquietações a cada página lida.
A linguagem é complexa, mas não chega a ser algo inacessível. Um fato muito interessante são as curiosidades descobertas ao longo da leitura, por exemplo, durante a guerra existiu um STO (Sistema de Trabalho Obrigatório) que consistiu na requisição e transferência compulsória para a Alemanha nazista, de centenas de milhares de trabalhadores franceses para ajudarem ao esforço de guerra alemão nomeadamente em fábricas, na agricultura e nos caminhos de ferro.
“A Dor” foi uma grande descoberta literária de 2015. Pretendo com certeza ler outros livros de Duras e me aventurar em sua escrita magnífica.
MarcusASBarr 08/02/2019minha estante
Chegou já ao livro "O Amante", há uma produção cinematográfica, inclusive a autora tem uma larga colaboração nesta linguagem, onde é diretora e roteirista.




larissa dowdney 24/02/2011

Somente lhe darei quatro estrelas porque há dois contos que valhem MUITO a pena serem lidos! o resto não são nem tão bons, mas esses dois, salvam o livro inteiro!
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laisov 14/01/2012minha estante
quais?




Lisania.Faria 21/08/2009

Interessante
Baseada em situações reais, a autora lança pequenos textos encontrados em sua casa, onde ficaram esquecidos por anos...
Falando de situações extremas onde a dor impera, é excepcional o rumo que as histórias tomam.
Gostei porque esperava bem menos e ela trata a dor em sua essência.
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larissa dowdney 23/02/2011minha estante
eu também esperava bem menos, Lily! o livro me surpreendeu.




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