Dona Guidinha do Poço

Dona Guidinha do Poço Manuel de Oliveira Paiva...




Resenhas - Dona Guidinha do Poço


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Liliane França 29/10/2019

Li mais por curiosidade que por vontade de ler. Tomei conhecimento sobre essa história por meio de comentários sobre outros livros com personagens femininas. O autor, Manuel de Oliveira Paiva, é pouco conhecido embora sua obra seja considerada precusora do Modernismo e do Regionalismo. Apesar da linguagem difícil consegui avançar na leitura em pouco tempo, não achei a história em si chata, a linguagem é um pouco enfadonha, mas isso não torna todo o resto desinteressante. O autor registra a fala coloquial dos sertanejos mais castigados pela seca mesclada com a fala provinciana dos que viviam nas vilas e nas povoações mais desenvolvidas. Algumas expressões do vocabulário sertanejo eu já conhecia por estar em contato com elas.
A história de Dona Guidinha do Poço me fez lembrar da história de uma outra personagem, a jovem Inocência do livro do Visconde de Taunay. As histórias ambientam-se em locais relativamente parecidos: os extremos sertões do Brasil, o cenário serve como retrato do povo sertanejo e dos seus costumes. O que chama a atenção em ambos os livros é a condição moral da mulher. Guidinha do Poço é geniosa e rica. Apenas essas características parecem marcar a personagem ao longo de todo o romance. Fiquei curiosa para saber como o marido dela é assassinado. Não é uma história de amor, de paixões ardentes ou de uma bela jovem de pele alva, cabelos esvoaçantes e alma pura. Guidinha é referida não pela beleza, mas pelo gênio forte, pelas riquezas além se ser o amparo para os pobres da região. Feiticeira, adúltera, prostituta. Pela narrativa todos esses atributos cabem a Dona Guidinha do Poço.
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Mauro 21/03/2023

Clássico Perdido da Literatura Brasileira
"Dona Guidinha do Poço" pode ser considerado um clássico perdido da literatura brasileira. Explico: apesar de ter sido escrito no final do Século XIX, e poder ser catalogado dentro dos movimentos Realista/Naturalista, o livro só teve sua publicação completa apenas em 1952, 60 anos após a morte do escritor, Manoel de Oliveira Paiva.
O livro conta a história de Guidinha, ou Dona Margarida, uma mulher rica do interior do Ceará que vive um casamento frio, com seu marido, Major Joaquim.
Ao serem visitados pelo sobrinho deste, Secundino, deparamo-nos com um romance nas entrelinhas entre Guidinha e o sobrinho.
O livro é rico em descrever as paisagens e costumes da região semi árida, além de focar em como as pessoas da época e do lugar costumam ser subservientes àqueles que têm mais posses.
O romance possui toques de regionalismo, crime e romance, fazendo dele um verdadeiro clássico da literatura nacional, ainda que esquecido.
Nota: 7,5
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Carol.coruja 04/11/2023

Excelente
Livro maravilhoso, embora as suas nuances serem complexas, gostei tanto da estória como da escrita.

Recomendo!
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Jayannes 06/11/2023

Livro rápido de ler pelo número de páginas, mas de difícil compreensão pela marca da oralidade dentro da própria narração. Além disso, ainda trás uma narrativa saturada que talvez para leitores de thrillers que estão acostumados com algo mais desafiador torne a leitura chata, no mais o livro é interessante para ter um repertório social cultural já que se passa em uma época onde a mulher não tinha escolhas e era obrigada a casar-se por bens ou por algum benefício para sua família, guidinha vai além.
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Gláucia 01/05/2011

Dona Guidinha do Poço - Manoel de Oliveira Paiva
Leitura chata, sem atrativos, historinha boba, personagens não chamam a atenção. Totalmente dispensável.
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julialleite_ 26/05/2021

Não gostei.
Não me prendeu, história irrelevante, mais parado que uma tartaruga e decepcionante.
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z..... 21/01/2018

Muito chato! Sem narrativa e revelações empolgantes na leitura (falo por mim).

Gosto das obras realistas por abrirem uma janela de observação interessante sobre o homem e seu contexto. Quando situadas no Nordeste, a expectativa aumenta pelo cenário rico em diversidade cultural e contrastes. Para alguns, como o escritor Franklin Távora, essa literatura traduz os primeiros romances de identidade genuinamente brasileira. Outro elemento que, em primeiro momento, despertou atenção para a leitura, foi a inspiração em fato real, sugestionando uma mulher arretada e carismática. Partiu daí a leitura.

Não quero me resumir a algo emotivo e, sim, há apresentação do meio, vendo-se a seca, costumes locais, vaquejada, casamento, festa e outros aspectos. Mas é numa descrição sem graça pra caramba! Não explode em dramaticidade ou na força do homem, ou do meio. Dá a sensação de algo contido, sutil demais para o que gosto de ler e, principalmente, se é que me faço entender, em uma percepção diluída, que não desponta algo na atenção. O autor não trabalha com maior ênfase os fatos. Por exemplo: uma mulher reclama do sabão aqui, damos um pulo em uma vaquejada ali, ou numa roda de samba acolá, vemos uma fofocagem ali e assim vai se desenvolvendo, sem centrar a história numa descrição paidégua, valorizando com mais ênfase os fatos, que vem e vão parecendo insignificantes (mesmo não sendo na história). A morte do major nem é explicitada, nem o tórrido caso amoroso dos amantes... Enfim, não curti esse desenrolar.

Em linhas gerais, a mulher de um fazendeiro se apaixona por um parente agregado, manda matar o marido e vai presa.

A lembrança mais importante que guardo é o breve registro sobre a impressão do retirante naquele contexto (expresso no capítulo II da Segunda Parte). O retirante é visto pejorativamente como um símbolo de miséria e desgraça. Se já não bastasse sua condição difícil, carrega também o peso de um desgraçado, que os outros lhe impõem, como se fosse sua culpa. Involuntariamente ou não, parece que o meio lhe atribuía imagem de sub-raça. Isso chamou minha atenção. O detalhe é que a tal Dona Guidinha se apaixona por um sujeito que de certa forma é um retirante. Ah, mas a história foi contada de um jeito que não conquista.

Foi o que o livro me transmitiu.
Samara 23/01/2018minha estante
Escritor cearense, aqui em Fortaleza, tem uma famosa avenida atribuída ao seu nome, avenida Oliveira Paiva.


z..... 23/01/2018minha estante
Vc já leu ou conhece Quixeramobim? Cidade em que aconteceu a história


Samara 25/01/2018minha estante
Ouvi falar, é na região do Cariri




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