Plataforma

Plataforma Michel Houellebecq




Resenhas - Plataforma


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vicareno 26/02/2021

A vida como ela é?
Título: ?
O que tem me feito ler os romances de Houellebecq é sua verve para criar personagens multifacetados e demasiadamente humanos: parece que nada, nenhum tabu ou princípio moral universal, o impedirá de dar vida e asas às suas personagens e aos enredos em que elas se desenvolvem. Tenho dado cada vez mais valor a esse atributo em criadores.
Já passei por Submissão, Serotonina e O mapa e o Território, nessa ordem. Vejam que estou regredindo cronologicamente...mas tem sido bom notar, em especial nessa obra que está a fazer vinte anos, como o Houellebecq de agora já existia lá atrás.
Em termos de história, esse não é o seu melhor romance, em absoluto. Mas trata-se de um excelente livro sobre as temáticas que se propõe, até mesmo dá pra dizer que ele anteviu certas tendências, o que denota que além de escritor é um pensador de nosso tempo.
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Julio.Gurgel 14/03/2020

Houellebecq sendo Houellebecq
Cínico, seco, direto, essa é uma das obras mais houellebecquianas dele. Trata do turismo sexual sob o ponto de vista de um dos seus maiores consumidores: homens brancos e europeus acima dos 40.
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Haunyed 24/10/2019

Moralismo e erotismo
Conheço o autor nessa primeira leitura, gostei muito de seu humor, das críticas e análises que o personagem faz. No fim acaba sendo um livro tris, no fim o moralismo supera a liberdade pela felicidade, no fim seremos somente um número em uma certidão de óbito.
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Emanuel 05/09/2017

E se não entendi o amor, de que me serve entender o resto?
A pergunta/tese acima está na penúltima página do livro e dá uma ideia dá pegada do autor sobre o esgotamento geral das energias Ocidente, visto do ponto de vista do eclipse da sexualidade.
Curiosamente, o protagonista do autor conhece a excepcional experiência de amar.
Além da abordagem da sexo e da agonia do Ocidente um aspecto notável deste livro é que aqui o Islã entra para o primeiro plano da obra de Houllebecq, um encontro, inacabado, por certo, mas que já tem um ponto alto no livro "Submissão" (uma espécie de reelaboração dos temas deste livro, onde os elementos temáticos são de alguma forma invertidos quanto a sua participação na substância dá trama, com a religiosidade ascendente ao primeiro plano).
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David Atenas 26/07/2017

Um balde de lixo
Acompanho o autor e leio seus livros. Neste aqui há um funcionário da secretaria de cultura francesa que atua como uma espécie de "consultor criativo" numa rede de hotéis baseada na francesa Accor.
Alguns dos críticos de Houellebecq apontam suas descrições pornográficas de sexo como seu calcanhar de aquiles, o que impede que ele seja tomado como "escritor sério". Já acho que seu defeito é a irregularidade da qualidade do texto. Este "Plataforma" é, de longe, um dos piores romances que eu já vi, e o pior dele, mas "Partículas Elementares" é um dos melhores do cara, enquanto "Submissão" não significa nada, apenas um desperdício de oportunidades.
Como aqui o tema envolve prostituição, já viu.

site: datenas.wordpress.com
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Alexandre.Matte 10/08/2016

INTENSO, PESADO (e quase repugnante)
Livro muito pesado, mas muito mesmo, transparecendo as vezes que a intenção do autor nem era escrever uma história, e sim criticar o que (ou quem) quer que seja. Achei forçado demais, demais, demais, mas realmente faz raciocinar sobre alguns assuntos.

Se eu sugeriria esse livro pra alguém:
1) Por sua conta e risco
2) Só para pessoas extremamente questionadoras
3) 50 tons de cinza é historinha infantil pra dormir perto desse
4) Desista da humanidade

Vou procurar saber que fim levou o autor, não me surpreenderia que tiver sido assassinado!

(Para quem tiver percebido, não marquei que tenho o livro, e não é a toa. Minha vontade era de fazer com esse livro o que o personagem fez com outro, mas como eu não tinha praia perto, deixei na casa da minha sogra)
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GilbertoOrtegaJr 23/04/2015

Plataforma – Michel Houellebecq
Uma das minhas grandes dificuldades em pensar sobre um livro que acabei de ler é se o livro trata de um tema polêmico de forma sensacionalista ou se o autor escolheu aquele tema com intuito de trabalhar de forma séria com ele, de forma a abrir espaço para debates conversações sobre ele. Isso é algo que acontece com uma constante frequência pelo fato de que eu adoro livros estranhos ou com temas inusitados e/ou bizarros.

Este era um dos grandes enigmas que rodeavam minha ideia de o que me esperava em Plataforma, do autor francês Michel Houellebecq. O livro conta a história de Michel, um burocrata que trabalha no ministério de Cultura francês, sua vida não tem grandes paixões e ele vive sozinho, seu único vício é peep-shows, mas após a morte repentina do seu pai ele decide tirar férias e ir em uma excursão para a Tailândia, durante esta excursão ele conhece Valérie, por quem irá se apaixonar e viver um caso de amor, mas não somente ela que ele conhece nesta viagem, ele também passa a conhecer a rota do turismo sexual.

Após voltar da sua viagem ambos passam a viver juntos e mantém um caso de amor, e sobretudo de grande atração sexual. Valérie é uma importante funcionária de uma agencia de turismo e teve uma carreira com rápida ascensão, o que provoca um convite para que ela e seu colega de trabalho Jean- Yves trabalharem na reestruturação de uma rede de resorts que não estão dando lucros.

Em síntese está é a trama que se passa ao longo das 383 páginas do livro Plataforma, mas não é tão simples quanto parece ser, quem conhece minimamente o nome de Michel Houellebecq sabe que ele é intimamente ligado a polêmicas, e é nesta direção que o livro vai, segura e velozmente, propondo ideias em situações que requer uma abertura muito grande do leitor para temas desta tipo. Mas isso não quer dizer que este seja um livro amparado somente em polêmicas, aliás o texto de orelha faz com que o livro parece bem mais bombástico do que ele realmente é. Já em se tratando do autor ele narra em primeira pessoa de forma simples e direta com tranquilidade e com algumas ideias muito boas (Só para constar não sublinhei nada deste livro, ao contrário do que faço em alguns e-books, para não ter que sair apagando depois).

A narrativa de forma simples não quer dizer que o autor seja tolo, ou não domine plenamente aquilo que está descrevendo ali, pelo contrário o autor fala facilmente e de forma acessível de temas que vão desde o turismo sexual, passando pelo islamismo e indo a relações amorosas.

O livro que flui de forma rápida e clara, faz uma crítica contundente a sociedade contemporânea, e o modo como agora se vive, de forma delicioso Michel (o autor) nos faz pensar sobre o mundo em que vivemos, com um estilo elegante e altamente inteligente, constrói calmamente uma crítica ao Islã.

Uma nota: li em uma resenha sobre este livro que críticas ao Islã passou a se tornar território comum agora portanto o final do livro não seria lá grande coisa, isso soa altamente desinformado já que; o livro foi lançado em 2001, e somente após os atentados de 11 de Setembro de 2001 a maioria do mundo ocidental passou a estar alerta sobre o perigo que é um regime fundamentalista como é o caso do Islã, ou seja daí pode-se concluir que o autor falou sobre o tema Islã quando ele ainda não era exaustivamente explorado e criticado quando o é hoje, o que para mim deixa claro que não foi só uma forma de culpar o Islã, mas contextualizar uma atitude que não seria impossível ser tomada por este grupo, não sendo assim um final puramente sensacionalista ou lugar comum. Pelo contrário muito apropriado e bem aproveitado como alerta.



site: https://lerateaexaustao.wordpress.com/2015/04/23/plataforma-michel-houellebecq/
Nanci 23/04/2015minha estante
Gilberto,
Também estou curiosa sobre a obra de Houellebecq. Bom saber que gostou tanto - mais um motivo pra eu ler Plataforma


Ladyce 31/03/2019minha estante
Acabei de ler. Gostei. Talvez até mude de 4 para 5 estrelas; Totalmente diferente. Nem consigo imaginar o impacto que este livro teve em 2001 já que é tão controverso em 2019. Sim o autor adora a polêmica, mas é realista. Há milhares, centenas de milhares de pessoas que pensam exatamente como Michel. Mais abaixo Márcia Regina diz que retirou-o da lista dela, lembra Balzac. Sim, lembra Balzac. Por isso mesmo tem aquele ranço de sucesso perpétuo. Michel é um francês mal humorado como muitos são, meio encabulado com a falta de destino de sua vida, com a mediocridade em que se situa como milhões e milhões de pessoas. Na verdade é um grande luxo, neste nosso mundo, ter ensino, ter conhecimento (ele não é iletrado, muito pelo contrário) e se sentir entediado com a vida e se dar o direito de todos esses julgamentos sobre o mundo, muitos dos quais CERTÍSSIMOS, mas tudo do conforto de seu emprego governamental, como a maioria dos que têm emprego na França o são. Este é um livro que vou ler mais de uma vez e que vou ler de novo antes de escrever uma resenha. Já li SUBMISSÃO, e voltei a Houellebecq, porque, mesmo sem estilo literário admirável, foi um livro ao qual recorri em pensamentos diversas vezes. Tenho certeza de que o mesmo acontecerá desta vez com Plataforma.




Márcia Regina 12/08/2012

Lembrei de Balzac, Camus, discursos e relatórios. E retirei o livro da minha lista de compras.
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Tito 28/03/2011

Sexo, globalização e morte, nessa ordem.
Julyana. 16/04/2011minha estante
E amor, Tito. Lá também tinha amor...


Tito 16/04/2011minha estante
Sexo, globalização e morte, nessa ordem. E, vá lá, amor...




Bruno 09/11/2009

Este livro evidencia toda a ânsia de Houellebecq em polemizar. Ele o faz com estilo. Só não curti o final meio "Deus ex machina", cujo único objetivo parece ser o de impor uma crítica vazia ao fundamentalismo islâmico, que no pós-torres gêmeas soa ainda mais batida.
Ferreira.Souza 14/10/2020minha estante
literatura conteporanea adulta de qualidade




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