O tacão de ferro

O tacão de ferro Jack London




Resenhas - Tacão de Ferro


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alex santos 20/01/2010

Obra prima
London era um comunista legítimo, militante, americano, no início do século XX. Este livro é a melhor obra de comunismo que anda por aí. Ensina, de forma simples e quase natural, os principais conceitos do marxismo e a sua forma de entender o mundo. Mistura o vigoroso amor revolucionário com o singelo amor entre duas pessoas e mostra uma capacidade premonitória que chega a assustar. Mas é brilhante!
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Eder Ribeiro 30/10/2016

A direita volta com mais força
Com o ressurgimento da direita, em alguns casos a extrema direita, na Europa e agora nos Estados Unidos, na figura de Donald Trump, como aqui no Brasil, o capital, ganancioso e individualista nunca perderá o seu poder e influência sobre a sociedade. Pois acima de todos os deuses ou Deus, é o dinheiro o deus supremo.
O romance de Jack London, O Tacão de Ferro, previu as mudanças que estavam por vir, a saber, a revolução socialista. Contudo, o socialismo falhou, apesar de trazer grandes desenvolvimentos sociais. E é devido a essa falha, esse vácuo de opção à esquerda que a direita volta ao poder mais gananciosa, xenófoba e extremista. E se no romance de Jack London a sociedade oprimida e escravizada pelo capital se revoltava, hoje, essa revolta não desponta porque nos tornamos individualista. Recomendo a leitura
cid 24/06/2017minha estante
Como dizia Simone de Beauvoir "O opressor não seria tão forte se não tivesse cúmplices entre os próprios oprimidos".Gostei da resenha e vou ler o livro.




Caique Apolinário | Cappuccino Cast 17/12/2016

Livro feito para você e eu
Contexto

Se baseando em um período em que a Revolução Industrial toma o palco e obriga que milhões de pobres tenham lugares nas diversas indústrias virando operários com péssimas condições de trabalho, com um abismo crescente entre as classes trazendo uma irremediável polarização entre os mais ricos que não sabem nem onde colocar tanto dinheiro e os mais pobres que mal conseguem uma refeição por dia. Em meio a este turbilhão surge Ernest Everhard, um revolucionário com excelente instrução que tenta convencer os capitalistas de que aquele modo não funciona e nem funcionará mais.

O problema dos discursos lógicos e sensatos de Ernest eram os seus interlocutores, que eram os tais capitalistas. Assim como em qualquer lugar e como a maioria das pessoas, independente de religião, etnia, classe social ou adepta a qualquer sistema político-econômico, quando os argumentos se tornam falhos e irrelevantes a saída é a violência para não perder a sua “razão”. E este prenúncio foi anunciado diversas vezes, por meio burocrático ou não.

Narrativa

O livro é narrado por sua esposa, Avis Everhard que narra em primeira pessoa todas as lutas em que ficou sabendo entre o proletariado que queria se levantar e lutar por seus justos direitos e a oligarquia cada vez mais cruel em defender seus interesses econômicos. Os estopins se tornaram cada vez mais curtos e estrondosos, a crueldade se intensificou de uma maneira tremenda. Lembrando que a estória se passa no EUA mas toma como referências tudo que estava acontecendo na Rússia.

É impressionante a forma de narrativa de Jack London, que primeiro nos introduz ao livro em formas de debate, colocando todo o seu ponto de vista através de seu protagonista. Apesar de achar que os argumentos dos capitalista serem extremamente falhos e facilmente derrotados, mostrando que o autor não quis se aprofundar em ter alguma empatia com os oligarcas para saber as suas posições. Apesar de se aprofundar para conhecer melhor a classe média. Mostrando que o foco era mostrar tudo sobre o socialismo e a sua prometida revolução.

Esse livro é para você

Apesar de não adepto do socialismo, é muito interessante conhecer esta abordagem sobre o tema e saber realmente quais são as propostas de tal sistema que começou a ganhar o ideal de muitas pessoas de forma justa e justificável. Tacão de Ferro é um livro para pessoas que são adeptas de qualquer sistema político e até para aquelas que são adeptas de nenhum. Um livro sobre um ideal é enriquecedor para qualquer ser humano e a abordagem de Jack London foi digna em forma de narrativa.

E que final… Leia mais em https://multiversonews.com/resenha-o-tacao-de-ferro-de-jack-london/

site: https://multiversonews.com/resenha-o-tacao-de-ferro-de-jack-london/
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Negres 23/07/2020

A Ficção criada com base em fatos reais e visionários.
A história é um relato da vida de Avis Evernhard, personagem criada por Jack London, e ele narrará essa história com base nos manuscritos deixados por esta personagem.
Apesar da história ter sido criada por Jack London, ele nos trás muito de conteúdo histórico ocorrido no período de 1912 a 1930, com referências literárias de personagens importantes da história que de alguma forma estiveram envolvidos com disputas de classe e revoluções. A capacidade visionária de Jack London impressionou Leon Trótski, que se fez um Posfácio no livro.
Um livro com uma qualidade literária única, um documento histórico que ajuda a compreender como se desenvolveu a luta de classe nos anos de 1900 e como isso trás consequências até hoje nas relações humanas.
Boa Leitura
Sinopse por Ricardo Maia 23/07/2020 
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Antonio Aresta 16/11/2012

Sábio, forte e bom. Denso, cru e direto.
Prefácio: Anatole France diz que Ernst Everhard, herói socialista de London, é sábio, forte e bom. Isto logo se confirma em embates verbais com a classe dominante: em defesa da ciência contra a metafísica; e sobre a luta de classes. Este último, diálogo contra dois, é talvez o pequeno trecho mais lúcido jamais escrito sobre o tema. Prossegue: no jantar em que se discutem monopólios, ele diz a pequenos capitalistas que a melhor maneira de lutar contra monopólios é aderir ao socialismo para controlá-los. Everhard é denso, cru, direto. O narrador vive numa utopia no século XXVII, a Irmandade dos Homens; ele reproduz e comenta manuscrito feito por Avis, mulher de Everhard: uma descrição factual – ainda que fictícia –, sensível e íntima da luta revoltosa dos socialistas utópicos contra a democracia capitalista, no início do século XX, que redundaria em oligarquia. Posfácio de Trotsky.
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Patrick 25/12/2013

O Tacão de Ferro, o Antes e o Depois
Livro excelente, um marco fundamental das obras distópicas (assim como Nós) e políticas. Jack London cria habilmente um universo ficcional onde é referenciada historicamente uma ruptura com a nossa realidade, uma revolução social em termos mundiais.

Apenas uma crítica, não ao livro mas a edição comercializada pelo antigo selo Hemus, atual Selo Leopardo. Por um motivo ainda não explicado essa edição não conta com o prefácio do autor ficcional Anthony Meredith, apesar da mesma configurar na obra original e em cópias como a do projeto Gutenberg. Essa ausência descaracteriza o livro como distopia.
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Yan 03/02/2020

Panfletário
É pioneiro no gênero das distopias. Carrega informações valiosas sobre as teorias do comunismo e faz importantes juízos de um futuro não muito distante. Mas peca no desenvolvimento da história, mesmo carregando o conceito goetheriano do editor que publica excertos escritos por um personagem da trama. A partir da segunda metade do livro, os fatos são expostos rapidamente e sem profundidade de detalhes, o que torna o relato de Avis Everhard um compilado de acontecimentos tal como numa enciclopédia. No geral, O Tacão de Ferro de Jack London funciona bem como um romance divulgador dos ideais socialistas, porém carrega uma superficialidade narrativa no desenvolvimento da história e dos personagens.
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Alan kleber 18/03/2021

"A fera do abismo" é o povo: oprimido, humilhado, degenerado
As últimas páginas são de um realismo assustador.
Alguns trechos do livro.
" A roubalheira predominava de maneira incrível. Todos roubavam de todos.
Os ricos roubavam legalmente ou faziam com que seus atos se tornassem legais, enquanto os pobres roubavam ilegalmente. Tudo precisava ser muito bem vigiado. Um grande número de homens trabalhava como vigia, para proteger a propriedade. As casas dos abastados eram uma combinação de caixa-forte, cofre e fortaleza."
"Os homens devoravam uns aos outros como lobos famintos. Os lobos grandes comiam os pequenos...
" Naquela época, era costume encher as salas de objetos de decoração. Não haviam ainda descoberto a simplicidade da vida. Os aposentos dessas casas eram verdadeiros museus, exigindo um trabalho infindável para manter a limpeza...
" Apesar da devastação promovida no coração da cidade, os oligarcas, com suas mulheres e filhos, retiraram-se sem sofrer o menor dano. Dizem que, durante esses dias terríveis, seus filhos brincavam nos parques, e que o tema favorito de suas brincadeiras era imitar os adultos pisoteando o proletariado."
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Dani Gundes 23/09/2023

Não foi o que imaginei...
Foi-me recomendado como uma distopia, mas pareceu mais uma utopia romantizada e idealizada. O autor trouxe uns conceitos interessantes sobre o socialismo e capitalismo, mas o livro não me ganhou. Achei difícil comprar a história, muito surreal, sem verossimilhança com a natureza humana egocêntrica.
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