Isaque 02/05/2017
Seguir o coração e o caminho do meio
Nunca tinha ouvido falar de Siddartha, um amigo me indicou, consegui por coisa do destino e passou a ser um dos meus livros favoritos.
Siddhartha, personagem principal é um indiano da casta dos sacerdotes, uma das mais respeitadas, e filho de um homem muito respeitado. Em sua juventude, decide largar tudo para virar um samana, que é um tipo de pessoa que renuncia tudo e vive literalmente de tanga no mato jejuando. Ele chega a conhecer Buda, e também cai no “sansara”, passa a dar valor para as coisas do mundo, bens materiais, sexo e jogos de azar. A vida de Siddhartha passa por várias fases e tem lições valiosas sendo para mim, as duas grandes lições:
1) SEGUIR O CORAÇÃO:
Todas as experiências das vidas são importantes para aprender, até as decisões erradas. O importante é seguir o coração. “Aprendi, quando criança, que os prazeres do mundo e a riqueza não são bons. (...) E agora sei-o (...) com meus olhos, com meu coração. (...) Refletiu muito tempo sobre sua metamorfose. (...) Que pai, que mestre, poderia impedi-lo de viver a vida, de sujar-se com a vida, de carregar suas próprias culpas, de beber a mais amarga bebida, de encontrar o seu próprio caminho? (...) Fui obrigado a cometer tantos erros, tantos pecados, tantas loucuras. (...) Mas foi o caminho certo, o meu coração concorda, os meus olhos sorriem-lhe. (...) Para onde me conduzirá ainda o meu caminho? É um caminho louco, anda às curvas. (...) Que vá por onde quiser, eu segui-lo-ei.”
2) O CAMINHO DO MEIO
Siddartha foi de um extremo ao ao outro, foi de um samana da floresta para um viciado em jogos de azar. A vida lhe ensinou que não se precisa ser radical, nem ir por aqui nem por ali, buscar um equilíbrio, ir pelo caminho do meio. “Uma pessoa nunca é completamente santa ou completamente pecadora”.
O livro é relativamente curto, 153 páginas, sendo dividido em 12 capítulos com 10 páginas em média. A leitura é bem fácil e flui muito rápido. Li em um intervalo bem curto de tempo. Recomendo 100%.